Questões de Concurso Público FUNDAÇÃO PRÓ-SANGUE 2018 para Enfermeiro do Trabalho
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O acidente com material radiativo em Goiânia não foi um evento relacionado ao trabalho, pois as pessoas do ferro velho envolvidas não eram trabalhadoras formais.
Os riscos ocupacionais existentes nos serviços de saúde são objetos de regulamentação das Normas Regulamentadoras (NR), com a seguinte distribuição exclusiva: quanto a riscos biológicos, pela NR n.º 32 do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE); quanto a riscos químicos e radiações ionizantes, pela NR n.º 9; e quanto aos riscos ergonômicos, pela NR n.º 17.
No caso de trabalhadores terceirizados, de cooperativas, prestadores de serviços e bolsistas, a responsabilidade relativa à aplicação e ao cumprimento da NR n.º 32 é exclusiva da contratante, pois ela tem a gestão do local em que é prestado o serviço de saúde.
Para coordenar o Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO), o empregador deverá indicar um médico do trabalho, empregado ou não da empresa, dependendo da obrigatoriedade de se constituir o Serviço Especializado em Segurança e Medicina do Trabalho (SESMT).
Suponha-se que três trabalhadoras tenham retornado ao trabalho: a primeira após a licença-gestante; a segunda após quarenta dias; e a terceira após 26 dias, as duas últimas devido a afastamento por motivo de doença e tendo recebido auxílio-doença do INSS. Nessa situação, todas elas deverão realizar o exame de retorno ao trabalho para emissão do atestado de saúde ocupacional.
O médico define, no atestado de saúde ocupacional, se o empregado está apto, mesmo sendo portador de alguma doença. Caso seja considerado como inapto pelo médico, isso não significa que o empregado tenha doenças graves.
Os exames periódicos de saúde para os trabalhadores com idade superior a 45 anos devem ser anuais, pois o envelhecimento pode ocasionar fragilidade, conferindo-lhes alto risco para desfechos clínicos adversos devido às três principais mudanças: sarcopenia; desregulação do sistema neuroendócrino; e disfunção do sistema imunológico.
Suponha-se que uma enfermeira tenha procurado o SESMT, solicitando remoção da radiologia para o setor de quimioterápicos antineoplásicos devido à gravidez recente. Nesse caso, o parecer dependerá do que dispõe o PCMSO.
De acordo com o Sistema Nacional de Vigilância em Saúde do Trabalhador, devem ser notificados os casos de acidente do trabalho graves ou com óbito e os que ocorrem com mulheres.
O MTE, representado pelas Delegacias Regionais do Trabalho e Emprego nos estados da Federação, tem o papel de realizar a inspeção e a fiscalização das condições e dos ambientes de trabalho em todo o território nacional.
A exposição a fibras de asbesto, além de causar a asbestose, pode provocar o surgimento de alterações pleurais benignas, câncer de pulmão e mesoteliomas malignos, que podem acometer a pleura, o pericárdio e o peritônio.
Determinadas patologias, como a perda auditiva induzida pelo ruído, têm sua progressão cessada após o afastamento do risco ocupacional. Outras, como as pneumoconioses, continuam a evoluir desfavoravelmente, mesmo depois que o trabalhador é afastado de suas atividades.
Suponha-se que um trabalhador rural que fazia capina com enxada em plantações e passou a utilizar produto químico para aumentar sua produtividade tenha apresentado quadro de lesões hepáticas e renais, além de fibrose pulmonar. Nesse caso, provavelmente, o produto químico utilizado foi um herbicida, sendo o paraquat o mais conhecido.
Considere-se que, durante exame periódico, um técnico de enfermagem que apresentava queixa de lombalgia não tenha conseguido esclarecer a causa do quadro álgico por meio de anamnese. Em se tratando de lombalgias, isso ocorre na maioria dos casos.
Os sinais de alerta das lombalgias incluem quadro álgico diurno, que melhora à noite e com analgésicos, e faixa etária entre vinte e cinquenta anos.
O trabalhador com lombalgia deve ser reavaliado com duas e quatro semanas, realizando exame físico direcionado ao exame de coluna em cada visita, e ter orientação postural e incentivo à atividade física. Seu retorno ao trabalho só deverá ocorrer quando houver total remissão do quadro.
A dor osteomuscular pode ser muito influenciada por estresses psicológicos, depressão e outros fatores psíquicos não orgânicos que muitas vezes não estão expressos claramente ou são mascarados por sintomas somáticos, somente sendo revelados por meio de escuta atenta, feita por qualquer um dos profissionais da equipe de saúde.
Crises de ansiedade podem ter diversas origens, incluindo reações transitórias a situações de estresse e transtornos mentais crônicos, como transtorno obsessivo compulsivo, transtorno do pânico e somatização. Os ansiolíticos benzodiazepínicos, como o clonazepam, são a primeira linha de tratamento que tem resposta cumulativa ao longo das primeiras duas a quatro semanas.
Considere-se que um trabalhador diabético tenha procurado o serviço de saúde da empresa com quadro de vômitos, fraqueza muscular, dor abdominal, sinais de desidratação (boca seca e olhos encovados), taquipneia ou respiração de Kussmaul, hipotensão, hálito cetônico e alteração do estado mental. Nesse caso, o trabalhador deve estar com níveis muito elevados de hiperglicemia e necessita de ser encaminhado a uma unidade de emergência.
Suponha-se que um trabalhador hipertenso que estava com pressão arterial controlada tenha apresentado elevação dos níveis pressóricos, com pressão arterial diastólica de 120 mmHg. Apesar de estar com condição clínica estável e sem comprometimento de órgãos-alvo, trata-se de emergência hipertensiva e o trabalhador deverá ser encaminhado para controle com medicação endovenosa.