Questões de Concurso Público SEDF 2022 para Professor de Educação Básica - História, Edital nº 31
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A China, o Império do Meio, era a maior potência mundial até os anos finais do século XVIII, tendo produzido diversos inventos que foram utilizados mundo afora; seu declínio, gerado pelo isolamento a que se impôs, coincidiu com o início da Revolução Industrial inglesa, a qual possibilitou a crescente hegemonia econômica mundial pelo Ocidente.
Formalmente transformada em colônia britânica no século XIX, a Índia absorveu instituições políticas ocidentais, mas, ao conquistar a independência, logo após a Segunda Guerra Mundial, adotou o presidencialismo republicano e afastou-se do modelo ocidental de democracia.
Importante alvo da atuação do colonialismo europeu desde a Idade Moderna, a África teve sua imagem profundamente distorcida pelo Ocidente. O imperialismo desenvolveu a ideia da homogeneidade africana, desconhecendo as diferenças e as singularidades étnicas, culturais, linguísticas e religiosas de povos distintos. A fixação arbitrária das fronteiras coloniais levou a graves problemas quando das independências e da consequente criação de Estados nacionais no continente.
A ideia de um Brasil branco, católico, escravocrata, cultural e economicamente vinculado à Europa foi um projeto ideologicamente construído após a independência. Nessa perspectiva, negros e indígenas foram invisibilizados pela história oficial quanto ao seu papel na formação do País.
O século XX protagonizou duas guerras mundiais, sendo a primeira delas basicamente europeia; na segunda, a conflagração envolveu quase todos os continentes. País periférico, o Brasil optou por delas não participar.
Na economia, as décadas iniciais do regime republicano brasileiro, no período que se estende até 1930, foram marcadas pela elevada taxa de industrialização e pelo declínio acentuado da agricultura.
A expressão “política do café com leite” remete ao predomínio de dois estados — São Paulo e Minas — na condução da economia e da política do Brasil na Primeira República.
O cenário de instabilidade dos anos 1920, com revoltas militares e a decretação do estado de sítio, denunciava o crescente esgotamento da República Velha.
A vitória de Getúlio Vargas nas eleições diretas de 1930 sacramentou o colapso da Primeira República e iniciou uma nova fase do regime republicano brasileiro.
A Era Vargas (1930-1945) coincidiu com um período da história mundial em que o liberalismo cedeu lugar a regimes de força, quando não totalitários, a exemplo dos diversos fascismos.
No campo internacional, as décadas seguintes ao fim da Segunda Guerra foram marcadas pela disputa entre Estados Unidos e União Soviética, com vistas à hegemonia mundial; tratava-se da chamada Guerra Fria, um quadro de elevada tensão gerado pelo confronto ideológico, militar, estratégico e político entre as duas superpotências.
A escalada que fez o Japão tornar-se potência mundial em poucas décadas teve início com a Era Meiji, a partir de 1868. Seguiram-se importantes vitórias militares japonesas contra a Rússia, na Primeira Guerra Mundial, e contra os Estados Unidos, em 1945.
O Brasil integrou-se ao espírito da Guerra Fria no governo do marechal Eurico Gaspar Dutra: o registro do Partido Comunista foi cancelado, os mandatos de seus parlamentares foram cassados e foram rompidas as relações diplomáticas com a União Soviética.
O declínio europeu após a Segunda Guerra Mundial, além de testemunhar a emergência de uma ordem internacional bipolarizada, fortaleceu a luta pelas independências asiáticas e, sobretudo, africanas; entre 1960 e 1962, especialmente, a maioria absoluta das antigas colônias na África havia conquistado sua emancipação política.
A Revolução dos Cravos (1974), que pôs fim a mais de cinquenta anos de fascismo em Portugal, paradoxalmente, enrijeceu o colonialismo luso em África, retardando ao máximo a independência de suas colônias, como Moçambique, Angola, Guiné-Bissau e Cabo Verde.
O projeto de independência do Brasil, vitorioso há duzentos anos, uniu todas as elites econômicas e políticas locais, pois nenhuma delas advogava a favor da emancipação com a implantação da República ou seguia o exemplo das colônias espanholas.
Com cultura riquíssima e diversificada, povos africanos foram obrigados à diáspora pela escravidão. O Brasil foi um dos países que mais recebeu os escravizados africanos, os quais sempre procuraram se libertar. Os quilombos foram uma das formas de resistência que tiveram em Palmares seu exemplo mais vigoroso.
A política externa, um tema pouco presente na agenda política da República, jamais foi tratada com a devida importância em todo o período republicano e nunca suscitou interesse na opinião pública.
A Revolução Cubana de 1959 incendiou ideologicamente a América Latina, inclusive o Brasil, estimulando a radicalização das posições políticas, especialmente depois da guinada para o socialismo (1961) do regime de Fidel Castro.
Com cerca de cinco mil anos de história, a China proclamou a República no início do século XX. Depois de prolongada guerra civil e de o país ter sido invadido pelo Japão, a Revolução de 1949, liderada por Mao Tsé-Tung, tornou o país comunista. Com a morte de Mao e a ascensão de Deng Xiaoping ao poder, em 1978, o país deu uma guinada com a abertura controlada de sua economia ao mercado, o que o transformou em uma grande potência na ordem globalizada dos dias atuais.