Questões de Concurso Público SEDF 2022 para Professor de Educação Básica - Libras, Edital nº 31
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Nas línguas orais, os fonemas se relacionam com a passagem de ar pela laringe, pelo nariz e pela boca, ao passo que, nas línguas de sinais, a estrutura fonológica se organiza a partir de unidades mínimas denominadas parâmetros.
William Stokoe, linguista e pesquisador da Língua de Sinais Americana (ASL), defendeu o uso do termo “quirologia” para tratar da fonologia das línguas de sinais.
William Stokoe criou quatro componentes da quirologia: configuração da mão; expressão facial e corporal; locação da mão; e movimento.
Pares mínimos são sinais em que há contraste em apenas um dos parâmetros. Os sinais EU e MEU são exemplos de pares mínimos.
Os três sinais apresentados na figura a seguir são exemplos de sinais icônicos.
Ronice M. Quadros e Lodenir B. Karnopp. Língua de Sinais Brasileira: estudos linguísticos. Porto Alegre: Artmed, 2004, p. 79.
Os sinais CADEIRA e SENTAR são diferenciados pelo parâmetro de movimento.
Para Quadros e Karnopp, existem três tipos de verbo em Libras: verbos simples; verbos com concordância; e verbos espaciais.
Em ‘COMER-MAÇA’ e ‘BEBER-CAFÉ’, os verbos são incorporados ao objeto.
ESCOLA, FAVELA e QUINTA-FEIRA são sinais compostos.
A incorporação é um fenômeno bastante produtivo em Libras. Em QUATRO-MESES e DUAS-HORAS, há incorporação de número. Em NÃO-SABER, há incorporação de negação.
Na sentença ‘LIVRO 3PEGAR1’, o verbo é direcional revertido ou verbo reverso, porque o movimento do verbo é iniciado no espaço do objeto e se movimenta rumo ao espaço do sujeito.
No par apresentado na figura a seguir, só é possível distinguir se o sinal é utilizado como nome ou verbo a partir do contexto, pois se usa o mesmo sinal para os dois casos.
T. Felipe. Libras em Contexto: Curso Básico. 8.ª ed. Rio de Janeiro: WalPrint Gráfica e Editora, 2007, p. 146.
Pedro Ponce de León é considerado o primeiro professor de surdos na história. Ele era monge e educava surdos que eram filhos de nobres.
Na Antiguidade, gregos e romanos defendiam que os surdos deveriam ser escolarizados por meio de uma educação bilíngue.
Charles-Michel de L'Epée fundou a primeira escola pública para surdos no mundo, o Instituto Nacional para Surdos-Mudos em Paris.
Thomas Gallaudet, responsável pela criação da primeira escola pública para surdos nos Estados Unidos, interessou-se pela educação de surdos ao conhecer a filha de um vizinho, que era surda.
Com o fortalecimento da educação de surdos nos Estados Unidos, Thomas Gallaudet passou a defender o uso do método oralista nas escolas públicas.
No Congresso Internacional de Milão, organizado por professores e pesquisadores surdos e ouvintes, foi decidido, por meio de uma votação entre os presentes, que a educação bilíngue era a proposta que mais se adequava às necessidades dos estudantes surdos.
As principais abordagens de ensino aos estudantes surdos foram: oralismo; gestualismo; comunicação total; bilinguismo; e acessibilidade linguística.
Karin Strobel, pesquisadora e professora surda, defende que há dois tipos de artefato cultural: os artefatos materiais e a literatura surda.