Questões de Concurso Público SEDF 2022 para Professor de Educação Básica - Sociologia, Edital nº 31
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O suíço Johann Heinrich Pestalozzi defendia o princípio de que o professor deve respeitar a individualidade do aluno e de que o ensino não deve objetivar a mera exposição dogmática e a memorização mecânica, mas o desenvolvimento das capacidades intelectuais.
O alemão Johann Friedrich Herbart, que alguns consideram ter sido o primeiro autor a formular a pedagogia em termos propriamente científicos, acreditava que a ação pedagógica deve ser norteada por três procedimentos: o governo; a instrução; e a disciplina.
O norte-americano John Dewey contrapôs-se àquilo que alegou ser uma passividade no ensino tradicional, defendendo que a ação precede o conhecimento e o pensamento e que o ser humano é um ser que age antes de existir como ser pensante, o que deveria levar o indivíduo a ter um ensino intimamente conectado com a ação, com a vida, com a prática e com a experiência.
Jean-Jacques Rousseau defendia que as pessoas, que nascem boas, são corrompidas pela sociedade; o objetivo de um empreendimento educacional, por conseguinte, seria o de formar os jovens a fim de que consigam conviver em um meio corrupto.
Edgar Morin propõe um diálogo distanciado da sociologia com outras áreas do conhecimento, como a linguística, a psicologia, a antropologia e a história, defendendo que todos esses conhecimentos têm o seu grau de importância, mas que a sociologia ocuparia um lugar de destaque entre eles na compreensão da realidade.
Florestan Fernandes, patrono da sociologia brasileira, defendeu que o Ensino Secundário, o atual Ensino Médio, é formativo por excelência e deve visar a uma acumulação enciclopédica de conhecimentos. O conteúdo da transmissão seria mais importante do que o modo por meio do qual os conhecimentos são transmitidos.
Durkheim acreditava que a relação entre os membros de uma sociedade não é fruto exclusivamente dos aspectos físicos de um dado espaço geográfico; a sociedade estaria fundamentada no ideal moral. A religião, por conseguinte, seria um fundamento social, pois, em seu bojo, seriam reafirmados tais valores e crenças.
Max Weber aponta que a ética protestante, em especial aquela desenvolvida nos ramos luteranos, por meio da pregação de princípios morais rígidos, teria impulsionado o desenvolvimento do capitalismo.
Bourdieu, por meio da apropriação dos conceitos de Max Weber de sacerdote, profeta, mago e leigo, critica a religião, afirmando que ela contribuiria para que haja desigualdades na sociedade.
Talcott Parsons caracteriza a religião como um conjunto mais ou menos integrado de crenças em entidades sagradas ou sobrenaturais, extraordinárias, não instrumentalizáveis. A religião seria um aspecto da ação humana como todos os outros aspectos no decorrer do desenvolvimento social, cultural e da personalidade.
Para Marx, a religião seria o ópio do povo, por ser responsável pela atenuação das suas mazelas, ajudando-o no protesto necessário para uma subversão do status quo. Os processos de alienação do objeto, de autoalienação e de alienação social seriam denunciados por meio da religião. Ela teria um caráter revolucionário, por contribuir para o desfazimento das relações de poder na sociedade capitalista.
Pitirim Sorokin caracteriza a religião a partir da passagem do ascetismo para o ativismo, de um modelo ideacional para um sensista. Quando ascetas fundadores de sistemas religiosos conseguem ser ouvidos por outros homens, começam a ter seguidores, havendo uma demanda por uma organização ou instituição que mundanizaria um projeto de transcendentalidade.
Os sociólogos de Frankfurt, do Institut für Sozialforschung, consideravam que as igrejas fazem uso da razão instrumental, escravizando o indivíduo social e domesticando-o.
Simmel aproximou-se de Weber no seu tratamento do fenômeno religioso, apropriando-se do tipo ideal weberiano e tecendo análises históricas e comparativas.
A sociologia é o estudo científico do comportamento social e dos grupos humanos que tem por foco primordial a influência dos relacionamentos sociais nos comportamentos, nas atitudes das pessoas e na forma como as sociedades se estabelecem e se transformam. A fim de empreender tal estudo, os sociólogos recorrem a um tipo de exercício imaginativo que C. Wright Mills chama de imaginação sociológica.
Há um modo unívoco de olhar-se a sociedade para compreendermos como ela funciona, de modo que a sociologia deve servir-se, necessariamente, de um conjunto de técnicas e de abordagens para esse intuito, a saber, análises quantitativas, qualitativas, macrossociológicas, microssociológicas e de rede, sem que qualquer uma delas possa ser ignorada.
O sociólogo alemão Norbert Elias divide a ciência em três grandes sistemas a partir do seu escopo, havendo a ciência física, a biológica e a social. Qualquer empreendimento científico deve ser capaz de prover previsões; contudo, a previsibilidade dos fenômenos nesses três sistemas varia de acordo com sua complexidade. O mundo social, por ser um sistema mais complexo, seria menos previsível que o físico, enquanto o biológico ocuparia uma posição intermediária entre os dois.
A sociologia brasileira atingiu o seu ápice e sua maturidade no início da década de 1930 do século XX, com as publicações de Gilberto Freyre e de Caio Prado Júnior.
Em uma perspectiva histórico-social, pode-se destacar que a Revolução Industrial, a Revolução Francesa e a Revolução Científica, respectivamente, nos campos econômico, político e cultural, produziram elementos marcantes para o surgimento da sociologia.
O francês Auguste Comte foi quem cunhou o nome “sociologia”, ao conceber a ideia de fundar uma física social a fim de aplicar o método científico para o estudo da sociedade.