Questões de Concurso Público CREA-GO 2023 para Analista de Fiscalização - Engenheiro de Minas ou Geólogo
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Por definição, mineral é toda substância homogênea, de composição fixa e definida, geralmente sólidos com algumas exceções líquidas, como, por exemplo, água, petróleo e mercúrio, cujas propriedades físicas vêm definidas pela rede atômica cristalina interna e sua origem pode ser natural ou artificial em laboratório.
Os minerais se desenvolvem segundo sete sistemas de cristalização, conhecidos como cúbico, tetragonal, ortorrômbico, hexagonal, romboédrico ou trigonal, monoclínico e triclínico, cuja simetria vem definida por planos e eixos de simetria. No sistema tetragonal, seus planos de simetria são ortogonais entre si e seus eixos de simetria são a=b=c.
As soluções sólidas minerais são a mistura homogênea de dois ou mais minerais, em que um mineral pode substituir gradualmente outro dentro de sua estrutura cristalina, e ocorrem quando átomos de um mineral são substituídos por átomos de outro mineral sem alterar a estrutura cristalina básica. As soluções sólidas podem ocorrer em diferentes proporções, resultando em uma variedade de composições e de propriedades físicas nas rochas e nos minerais.
Entre as propriedades físicas dos minerais, destaca‑se a dureza, na qual, segundo a escala de Mohs, a gipsita é 1, o menos duro de todos, e o diamante é 10, o mais duro. Entre os minerais nativos, que são os compostos de apenas um elemento químico, existe o exemplo do diamante (mais duro) e o grafite (muito menos duro), com ambos sendo compostos apenas do elemento C (carbono). As diferenças de dureza entre ambos os polimorfos de C devem‑se ao fato de que o empacotamento cristalino do diamante acontece no sistema cúbico (o de maior simetria), ao passo que o do grafite acontece no sistema hexagonal.
Dureza (H) nos minerais é a propriedade física que se define pela resistência do mineral a ser quebrado. Tenacidade é a resistência dos minerais a serem riscados ou penetrados por uma agulha.
Prospecção e pesquisa mineral são etapas para localizar os depósitos minerais, avaliar sua viabilidade econômica e determinar a forma de extração. Vários sistemas e métodos são utilizados nesse processo. Uma relação abreviada dos métodos que se aplicam é: métodos geológicos como fotogeologia e sensoriamento remoto, levantamento geológico com amostragem de rochas e solos, análises de laboratórios químicos e físicos; métodos geofísicos, como magnetometria, gravimetria, métodos elétricos, radiometria, sísmica; e levantamentos topográficos, perfuração de exploração, ensaios de beneficiamento mineral, modelagem, estimativa de recursos minerais e cubagem das reservas minerais.
A perfuração das rochas pode ser realizada por meio do sistema percussivo ou por meio do sistema rotativo. O sistema rotativo é o que consegue penetrar mais profundamente nas rochas.
A perfuração de poços, atividade que comprova a existência dos depósitos minerais, tanto sólidos quanto de hidrocarbonetos, utiliza várias ferramentas em sua execução. Entre elas, a coluna de perfuração é a parte que realiza diretamente o poço. A coluna de perfuração rotativa, da superfície até o fundo do poço, é composta do Kelly, dos tubos de perfuração ou drill pipes, dos tubos pesados ou do heavy weight drill pipes, dos comandos ou drill collars e da broca de perfuração.
A função dos comandos (drill collars) na coluna de perfuração é a de aliviar o peso da coluna sobre a broca.
O colar de segurança é o equipamento de segurança colocado próximo ao topo da coluna de comandos quando ela é suspensa por sua cunha na mesa rotativa. O colar de segurança evita a queda da coluna no poço, em caso de deslizamento pelas cunhas.
Quanto à mineração, julgue o item.
Topografia, de topos (lugar) e grafia (desenho), é a
ciência com base na geometria e na trigonometria
plana, que utiliza medidas horizontais e verticais
para obter a representação em projeção ortogonal
sobre um plano de referência, plano horizontal (plano
topográfico) de projeção com dimensão máxima
limitada a 80 km, segundo a NBR 13133/94, dos
pontos capazes de definir a forma, a dimensão e os
acidentes naturais e artificiais de uma porção limitada
do terreno. A topografia divide‑se em: topologia;
topometria; e fotogrametria.
Na topografia se utiliza o sistema de pontos de referência e curvas de nível para a determinação de distâncias.
O sistema GPS é constituído pela rede de satélites StarLink, de Elon Musk, e eles orbitam a Terra em órbita baixa de 550 km sobre a superfície do planeta.
A topologia tem por objetivo o estudo das formas exteriores do terreno e das leis que regem seu modelado. A topometria estuda os processos clássicos de medição de distâncias, ângulos e desníveis, cujo objetivo é a determinação de posições relativas de pontos. Ela pode ser dividida em planimetria e altimetria.
Na mineração, a topografia determina os dados necessários para a correta localização dos limites dos corpos minerais, as estimativas das reservas, a localização das obras de escavação e lavra em geral. As cartas topográficas resultantes dos trabalhos topográficos estabelecem as bases diretivas dos projetos de extração mineral.
A superfície do Planeta Terra, de maneira geral, tem o formato semelhante ao de uma esfera, que, devido às irregularidades das superfícies continentais, não é perfeita. Esse tipo de superfície, na topografia, é denominado geoide, cuja definição de pontos e medidas com precisão se faz complexa. Por isso foi adotado o elipsoide de revolução, conforme o qual cada país adota aquele que mais se aproxima de sua superfície. No caso brasileiro, adota‑se o Sistema Geodésico Sul‑Americano – SAD 69, cujas características são elipsoide de referência – UGGI 67, recomendado pela União Geodésica e Geofísica Internacional, em 1967, definido por: semieixo maior a = 6.378.160 m; e achatamento ‑ f: 1/298,25. Assim, a partir de fevereiro de 2015, o SIRGAS2000 tornou‑se o datum oficial do Brasil.
A rede altimétrica brasileira forma parte das quase 70.000 estações implantadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em todo o território brasileiro. O datum, ou origem, da rede altimétrica brasileira nas vinte e sete unidades da Federação utiliza‑se de marégrafo instalado no Porto de Santana (AP).
As partes obrigatórias de uma carta topográfica são título, nome dos autores, legenda, escala gráfica, bússola (norte), sistema de coordenadas, curvas de nível, hidrografia, pontos de referência, vegetação e todos os aspectos que sejam destacados nessa carta, como, por exemplo, construções, estradas, pontes e escavações.
Em planimetria, a maior ou menor distância entre as curvas de nível indica a menor ou a maior declividade do terreno. Assim, quando as curvas de nível estão muito próximas entre si, indicarão a declividade do terreno e, quanto menor e quanto mais separadas estiverem essas curvas, mais íngreme ficará a inclinação da superfície do terreno.
As escalas das cartas topográficas representam o terreno da região mapeada. Assim, uma unidade de medida no mapa representa tantas unidades quanto a escala indicada no mapa apresenta, ou seja, 1: 100 significa que uma unidade de medida no mapa representa cem unidades de medida no terreno. Por exemplo, 1 cm no mapa representa 1 m no terreno. Ou 1: 10.000, em que 1 cm no mapa representa 100 m no terreno. Isso leva os especialistas a identificarem as escalas em grandes, médias e pequenas. Assim sendo, uma escala 1:2.500.000 será considerada uma escala grande.