Questões de Concurso Público Prefeitura de Itanhandu - MG 2010 para Agente Administrativo da Saúde

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Q1155115 Português
Uma vida abaixo do tolerável


Crianças vivendo em bueiros: um triste retrato da miséria
nas ruas do Rio de Janeiro.


A orla da Praia de Ipanema é um dos metros quadrados mais caros do Rio de Janeiro. O vaivém dos turistas, os coqueiros na areia, as redes de vôlei lotadas e o mar deslumbrante fazem do lugar também um dos mais charmosos da cidade. Por isso é que a cena flagrada num domingo ensolarado, às nove e meia da manhã, causou espanto. Um menino saía de um bueiro. Ele não estava brincando com amigos nem fazendo travessura. Morava com seis outras crianças debaixo da Avenida Vieira Souto, endereço de artistas, empresários e outros endinheirados da cidade. Havia dois meses eles se abrigavam 1 metro abaixo do chão, em um túnel extenso e relativamente largo (de 2 metros), mas frio e úmido. Quando não estava espremido debaixo da terra, o grupo de meninos de rua circulava pedindo dinheiro, furtando turistas e amedrontando a vizinhança. A cena é motivo de indignação por uma razão adicional: trata-se de um flagelo urbano que, mesmo sem ser ainda numeroso, já se incorporou à paisagem do Rio de Janeiro.
Não é sequer a primeira vez que isso ocorre em Ipanema. Em março do ano passado, 25 pessoas foram surpreendidas quando saíam de uma tubulação em um local não muito distante dali. O grupo anterior também havia transformado a galeria em abrigo, mas com uma diferença. Daquela vez, o bueiro era equipado com colchonetes, cobertores, televisão e aparelho de som, que sugeriam uma estranha comodidade. Descoberto, o grupo foi removido. O mesmo já aconteceu em Copacabana, no centro. Situações como essa se repetem, e não escolhem protagonistas. Há, no centro do Rio, uma população que dorme quase todas as noites sob marquises por falta de dinheiro para o transporte até os bairros mais distantes depois que encerra o trabalho.
Depois do flagrante, as galerias foram vedadas e educadores da prefeitura passaram a acompanhar o grupo. Mas são medidas paliativas.
Esse tipo de flagelo urbano ocorre em boa parte das cidades do mundo. O exemplo mais conhecido e também o mais contrastante é o da cidade de Nova York. Um censo realizado recentemente constatou que aproximadamente 845 pessoas habitam as galerias do metrô da cidade. A maior parte são alcoólatras, viciados em drogas e doentes mentais. Alguns conseguem até mesmo regalias, como luz elétrica e água quente. Há casos de famílias numerosas que dispõem de “confortos” como eletrodomésticos, equipamentos eletrônicos e divisão em cômodos.
Em 1985, no filme Subway (metrô, em inglês – observação nossa), o personagem fugindo de uma perseguição, abrigouse nos subterrâneos do metrô de Paris, onde encontrou moradores com uma cultura própria, recheada de personagens excêntricos, vivendo à margem da sociedade parisiense.
A cena carioca é em tudo diferente. Não há charme nenhum em menores vivendo e se drogando em bueiros. As autoridades municipais cariocas anunciaram, na semana passada, providências que incluem estruturas de concreto, tampas de ferro e barras de aço – algo que, com certeza, se torna necessário. Entretanto, nunca é demais enfatizar, a vida de uma parte da população nos buracos da cidade não é um mero problema de engenharia.


Adaptado de artigo publicado na Revista Veja, de 08 de junho de 2009, de autoria de Roberta Salomone. 
Segundo o texto, por qual razão a cena do garoto saindo do bueiro causou espanto?
Alternativas
Q1155116 Português
Uma vida abaixo do tolerável


Crianças vivendo em bueiros: um triste retrato da miséria
nas ruas do Rio de Janeiro.


A orla da Praia de Ipanema é um dos metros quadrados mais caros do Rio de Janeiro. O vaivém dos turistas, os coqueiros na areia, as redes de vôlei lotadas e o mar deslumbrante fazem do lugar também um dos mais charmosos da cidade. Por isso é que a cena flagrada num domingo ensolarado, às nove e meia da manhã, causou espanto. Um menino saía de um bueiro. Ele não estava brincando com amigos nem fazendo travessura. Morava com seis outras crianças debaixo da Avenida Vieira Souto, endereço de artistas, empresários e outros endinheirados da cidade. Havia dois meses eles se abrigavam 1 metro abaixo do chão, em um túnel extenso e relativamente largo (de 2 metros), mas frio e úmido. Quando não estava espremido debaixo da terra, o grupo de meninos de rua circulava pedindo dinheiro, furtando turistas e amedrontando a vizinhança. A cena é motivo de indignação por uma razão adicional: trata-se de um flagelo urbano que, mesmo sem ser ainda numeroso, já se incorporou à paisagem do Rio de Janeiro.
Não é sequer a primeira vez que isso ocorre em Ipanema. Em março do ano passado, 25 pessoas foram surpreendidas quando saíam de uma tubulação em um local não muito distante dali. O grupo anterior também havia transformado a galeria em abrigo, mas com uma diferença. Daquela vez, o bueiro era equipado com colchonetes, cobertores, televisão e aparelho de som, que sugeriam uma estranha comodidade. Descoberto, o grupo foi removido. O mesmo já aconteceu em Copacabana, no centro. Situações como essa se repetem, e não escolhem protagonistas. Há, no centro do Rio, uma população que dorme quase todas as noites sob marquises por falta de dinheiro para o transporte até os bairros mais distantes depois que encerra o trabalho.
Depois do flagrante, as galerias foram vedadas e educadores da prefeitura passaram a acompanhar o grupo. Mas são medidas paliativas.
Esse tipo de flagelo urbano ocorre em boa parte das cidades do mundo. O exemplo mais conhecido e também o mais contrastante é o da cidade de Nova York. Um censo realizado recentemente constatou que aproximadamente 845 pessoas habitam as galerias do metrô da cidade. A maior parte são alcoólatras, viciados em drogas e doentes mentais. Alguns conseguem até mesmo regalias, como luz elétrica e água quente. Há casos de famílias numerosas que dispõem de “confortos” como eletrodomésticos, equipamentos eletrônicos e divisão em cômodos.
Em 1985, no filme Subway (metrô, em inglês – observação nossa), o personagem fugindo de uma perseguição, abrigouse nos subterrâneos do metrô de Paris, onde encontrou moradores com uma cultura própria, recheada de personagens excêntricos, vivendo à margem da sociedade parisiense.
A cena carioca é em tudo diferente. Não há charme nenhum em menores vivendo e se drogando em bueiros. As autoridades municipais cariocas anunciaram, na semana passada, providências que incluem estruturas de concreto, tampas de ferro e barras de aço – algo que, com certeza, se torna necessário. Entretanto, nunca é demais enfatizar, a vida de uma parte da população nos buracos da cidade não é um mero problema de engenharia.


Adaptado de artigo publicado na Revista Veja, de 08 de junho de 2009, de autoria de Roberta Salomone. 
Em dado momento a autora afirma que a cena descrita propicia indignação por um motivo adicional. Qual é esse motivo?
Alternativas
Q1155117 Português
Uma vida abaixo do tolerável


Crianças vivendo em bueiros: um triste retrato da miséria
nas ruas do Rio de Janeiro.


A orla da Praia de Ipanema é um dos metros quadrados mais caros do Rio de Janeiro. O vaivém dos turistas, os coqueiros na areia, as redes de vôlei lotadas e o mar deslumbrante fazem do lugar também um dos mais charmosos da cidade. Por isso é que a cena flagrada num domingo ensolarado, às nove e meia da manhã, causou espanto. Um menino saía de um bueiro. Ele não estava brincando com amigos nem fazendo travessura. Morava com seis outras crianças debaixo da Avenida Vieira Souto, endereço de artistas, empresários e outros endinheirados da cidade. Havia dois meses eles se abrigavam 1 metro abaixo do chão, em um túnel extenso e relativamente largo (de 2 metros), mas frio e úmido. Quando não estava espremido debaixo da terra, o grupo de meninos de rua circulava pedindo dinheiro, furtando turistas e amedrontando a vizinhança. A cena é motivo de indignação por uma razão adicional: trata-se de um flagelo urbano que, mesmo sem ser ainda numeroso, já se incorporou à paisagem do Rio de Janeiro.
Não é sequer a primeira vez que isso ocorre em Ipanema. Em março do ano passado, 25 pessoas foram surpreendidas quando saíam de uma tubulação em um local não muito distante dali. O grupo anterior também havia transformado a galeria em abrigo, mas com uma diferença. Daquela vez, o bueiro era equipado com colchonetes, cobertores, televisão e aparelho de som, que sugeriam uma estranha comodidade. Descoberto, o grupo foi removido. O mesmo já aconteceu em Copacabana, no centro. Situações como essa se repetem, e não escolhem protagonistas. Há, no centro do Rio, uma população que dorme quase todas as noites sob marquises por falta de dinheiro para o transporte até os bairros mais distantes depois que encerra o trabalho.
Depois do flagrante, as galerias foram vedadas e educadores da prefeitura passaram a acompanhar o grupo. Mas são medidas paliativas.
Esse tipo de flagelo urbano ocorre em boa parte das cidades do mundo. O exemplo mais conhecido e também o mais contrastante é o da cidade de Nova York. Um censo realizado recentemente constatou que aproximadamente 845 pessoas habitam as galerias do metrô da cidade. A maior parte são alcoólatras, viciados em drogas e doentes mentais. Alguns conseguem até mesmo regalias, como luz elétrica e água quente. Há casos de famílias numerosas que dispõem de “confortos” como eletrodomésticos, equipamentos eletrônicos e divisão em cômodos.
Em 1985, no filme Subway (metrô, em inglês – observação nossa), o personagem fugindo de uma perseguição, abrigouse nos subterrâneos do metrô de Paris, onde encontrou moradores com uma cultura própria, recheada de personagens excêntricos, vivendo à margem da sociedade parisiense.
A cena carioca é em tudo diferente. Não há charme nenhum em menores vivendo e se drogando em bueiros. As autoridades municipais cariocas anunciaram, na semana passada, providências que incluem estruturas de concreto, tampas de ferro e barras de aço – algo que, com certeza, se torna necessário. Entretanto, nunca é demais enfatizar, a vida de uma parte da população nos buracos da cidade não é um mero problema de engenharia.


Adaptado de artigo publicado na Revista Veja, de 08 de junho de 2009, de autoria de Roberta Salomone. 
Referindo-se aos bueiros equipados com colchonetes, cobertores e eletrodomésticos, Roberta Salomone afirma que esses elementos sugerem uma estranha comodidade. Por que estranha?
Alternativas
Q1155118 Português
Uma vida abaixo do tolerável


Crianças vivendo em bueiros: um triste retrato da miséria
nas ruas do Rio de Janeiro.


A orla da Praia de Ipanema é um dos metros quadrados mais caros do Rio de Janeiro. O vaivém dos turistas, os coqueiros na areia, as redes de vôlei lotadas e o mar deslumbrante fazem do lugar também um dos mais charmosos da cidade. Por isso é que a cena flagrada num domingo ensolarado, às nove e meia da manhã, causou espanto. Um menino saía de um bueiro. Ele não estava brincando com amigos nem fazendo travessura. Morava com seis outras crianças debaixo da Avenida Vieira Souto, endereço de artistas, empresários e outros endinheirados da cidade. Havia dois meses eles se abrigavam 1 metro abaixo do chão, em um túnel extenso e relativamente largo (de 2 metros), mas frio e úmido. Quando não estava espremido debaixo da terra, o grupo de meninos de rua circulava pedindo dinheiro, furtando turistas e amedrontando a vizinhança. A cena é motivo de indignação por uma razão adicional: trata-se de um flagelo urbano que, mesmo sem ser ainda numeroso, já se incorporou à paisagem do Rio de Janeiro.
Não é sequer a primeira vez que isso ocorre em Ipanema. Em março do ano passado, 25 pessoas foram surpreendidas quando saíam de uma tubulação em um local não muito distante dali. O grupo anterior também havia transformado a galeria em abrigo, mas com uma diferença. Daquela vez, o bueiro era equipado com colchonetes, cobertores, televisão e aparelho de som, que sugeriam uma estranha comodidade. Descoberto, o grupo foi removido. O mesmo já aconteceu em Copacabana, no centro. Situações como essa se repetem, e não escolhem protagonistas. Há, no centro do Rio, uma população que dorme quase todas as noites sob marquises por falta de dinheiro para o transporte até os bairros mais distantes depois que encerra o trabalho.
Depois do flagrante, as galerias foram vedadas e educadores da prefeitura passaram a acompanhar o grupo. Mas são medidas paliativas.
Esse tipo de flagelo urbano ocorre em boa parte das cidades do mundo. O exemplo mais conhecido e também o mais contrastante é o da cidade de Nova York. Um censo realizado recentemente constatou que aproximadamente 845 pessoas habitam as galerias do metrô da cidade. A maior parte são alcoólatras, viciados em drogas e doentes mentais. Alguns conseguem até mesmo regalias, como luz elétrica e água quente. Há casos de famílias numerosas que dispõem de “confortos” como eletrodomésticos, equipamentos eletrônicos e divisão em cômodos.
Em 1985, no filme Subway (metrô, em inglês – observação nossa), o personagem fugindo de uma perseguição, abrigouse nos subterrâneos do metrô de Paris, onde encontrou moradores com uma cultura própria, recheada de personagens excêntricos, vivendo à margem da sociedade parisiense.
A cena carioca é em tudo diferente. Não há charme nenhum em menores vivendo e se drogando em bueiros. As autoridades municipais cariocas anunciaram, na semana passada, providências que incluem estruturas de concreto, tampas de ferro e barras de aço – algo que, com certeza, se torna necessário. Entretanto, nunca é demais enfatizar, a vida de uma parte da população nos buracos da cidade não é um mero problema de engenharia.


Adaptado de artigo publicado na Revista Veja, de 08 de junho de 2009, de autoria de Roberta Salomone. 
“Depois do flagrante, as galerias foram vedadas e educadores da prefeitura passaram a acompanhar o grupo. Mas são medidas paliativas”.
O vocábulo sublinhado tem no texto o significado de:
Alternativas
Q1155119 Português
Uma vida abaixo do tolerável


Crianças vivendo em bueiros: um triste retrato da miséria
nas ruas do Rio de Janeiro.


A orla da Praia de Ipanema é um dos metros quadrados mais caros do Rio de Janeiro. O vaivém dos turistas, os coqueiros na areia, as redes de vôlei lotadas e o mar deslumbrante fazem do lugar também um dos mais charmosos da cidade. Por isso é que a cena flagrada num domingo ensolarado, às nove e meia da manhã, causou espanto. Um menino saía de um bueiro. Ele não estava brincando com amigos nem fazendo travessura. Morava com seis outras crianças debaixo da Avenida Vieira Souto, endereço de artistas, empresários e outros endinheirados da cidade. Havia dois meses eles se abrigavam 1 metro abaixo do chão, em um túnel extenso e relativamente largo (de 2 metros), mas frio e úmido. Quando não estava espremido debaixo da terra, o grupo de meninos de rua circulava pedindo dinheiro, furtando turistas e amedrontando a vizinhança. A cena é motivo de indignação por uma razão adicional: trata-se de um flagelo urbano que, mesmo sem ser ainda numeroso, já se incorporou à paisagem do Rio de Janeiro.
Não é sequer a primeira vez que isso ocorre em Ipanema. Em março do ano passado, 25 pessoas foram surpreendidas quando saíam de uma tubulação em um local não muito distante dali. O grupo anterior também havia transformado a galeria em abrigo, mas com uma diferença. Daquela vez, o bueiro era equipado com colchonetes, cobertores, televisão e aparelho de som, que sugeriam uma estranha comodidade. Descoberto, o grupo foi removido. O mesmo já aconteceu em Copacabana, no centro. Situações como essa se repetem, e não escolhem protagonistas. Há, no centro do Rio, uma população que dorme quase todas as noites sob marquises por falta de dinheiro para o transporte até os bairros mais distantes depois que encerra o trabalho.
Depois do flagrante, as galerias foram vedadas e educadores da prefeitura passaram a acompanhar o grupo. Mas são medidas paliativas.
Esse tipo de flagelo urbano ocorre em boa parte das cidades do mundo. O exemplo mais conhecido e também o mais contrastante é o da cidade de Nova York. Um censo realizado recentemente constatou que aproximadamente 845 pessoas habitam as galerias do metrô da cidade. A maior parte são alcoólatras, viciados em drogas e doentes mentais. Alguns conseguem até mesmo regalias, como luz elétrica e água quente. Há casos de famílias numerosas que dispõem de “confortos” como eletrodomésticos, equipamentos eletrônicos e divisão em cômodos.
Em 1985, no filme Subway (metrô, em inglês – observação nossa), o personagem fugindo de uma perseguição, abrigouse nos subterrâneos do metrô de Paris, onde encontrou moradores com uma cultura própria, recheada de personagens excêntricos, vivendo à margem da sociedade parisiense.
A cena carioca é em tudo diferente. Não há charme nenhum em menores vivendo e se drogando em bueiros. As autoridades municipais cariocas anunciaram, na semana passada, providências que incluem estruturas de concreto, tampas de ferro e barras de aço – algo que, com certeza, se torna necessário. Entretanto, nunca é demais enfatizar, a vida de uma parte da população nos buracos da cidade não é um mero problema de engenharia.


Adaptado de artigo publicado na Revista Veja, de 08 de junho de 2009, de autoria de Roberta Salomone. 
O filme Subway apresenta uma população marginal de personagens excêntricos, com charme e cultura própria, contudo, não devemos misturar ficção e realidade. Sobre o vocábulo em destaque, podemos afirmar:
Alternativas
Q1155120 Português
Uma vida abaixo do tolerável


Crianças vivendo em bueiros: um triste retrato da miséria
nas ruas do Rio de Janeiro.


A orla da Praia de Ipanema é um dos metros quadrados mais caros do Rio de Janeiro. O vaivém dos turistas, os coqueiros na areia, as redes de vôlei lotadas e o mar deslumbrante fazem do lugar também um dos mais charmosos da cidade. Por isso é que a cena flagrada num domingo ensolarado, às nove e meia da manhã, causou espanto. Um menino saía de um bueiro. Ele não estava brincando com amigos nem fazendo travessura. Morava com seis outras crianças debaixo da Avenida Vieira Souto, endereço de artistas, empresários e outros endinheirados da cidade. Havia dois meses eles se abrigavam 1 metro abaixo do chão, em um túnel extenso e relativamente largo (de 2 metros), mas frio e úmido. Quando não estava espremido debaixo da terra, o grupo de meninos de rua circulava pedindo dinheiro, furtando turistas e amedrontando a vizinhança. A cena é motivo de indignação por uma razão adicional: trata-se de um flagelo urbano que, mesmo sem ser ainda numeroso, já se incorporou à paisagem do Rio de Janeiro.
Não é sequer a primeira vez que isso ocorre em Ipanema. Em março do ano passado, 25 pessoas foram surpreendidas quando saíam de uma tubulação em um local não muito distante dali. O grupo anterior também havia transformado a galeria em abrigo, mas com uma diferença. Daquela vez, o bueiro era equipado com colchonetes, cobertores, televisão e aparelho de som, que sugeriam uma estranha comodidade. Descoberto, o grupo foi removido. O mesmo já aconteceu em Copacabana, no centro. Situações como essa se repetem, e não escolhem protagonistas. Há, no centro do Rio, uma população que dorme quase todas as noites sob marquises por falta de dinheiro para o transporte até os bairros mais distantes depois que encerra o trabalho.
Depois do flagrante, as galerias foram vedadas e educadores da prefeitura passaram a acompanhar o grupo. Mas são medidas paliativas.
Esse tipo de flagelo urbano ocorre em boa parte das cidades do mundo. O exemplo mais conhecido e também o mais contrastante é o da cidade de Nova York. Um censo realizado recentemente constatou que aproximadamente 845 pessoas habitam as galerias do metrô da cidade. A maior parte são alcoólatras, viciados em drogas e doentes mentais. Alguns conseguem até mesmo regalias, como luz elétrica e água quente. Há casos de famílias numerosas que dispõem de “confortos” como eletrodomésticos, equipamentos eletrônicos e divisão em cômodos.
Em 1985, no filme Subway (metrô, em inglês – observação nossa), o personagem fugindo de uma perseguição, abrigouse nos subterrâneos do metrô de Paris, onde encontrou moradores com uma cultura própria, recheada de personagens excêntricos, vivendo à margem da sociedade parisiense.
A cena carioca é em tudo diferente. Não há charme nenhum em menores vivendo e se drogando em bueiros. As autoridades municipais cariocas anunciaram, na semana passada, providências que incluem estruturas de concreto, tampas de ferro e barras de aço – algo que, com certeza, se torna necessário. Entretanto, nunca é demais enfatizar, a vida de uma parte da população nos buracos da cidade não é um mero problema de engenharia.


Adaptado de artigo publicado na Revista Veja, de 08 de junho de 2009, de autoria de Roberta Salomone. 
A concordância verbal está adequada em qual das alternativas a seguir?
Alternativas
Q1155121 Português
Uma vida abaixo do tolerável


Crianças vivendo em bueiros: um triste retrato da miséria
nas ruas do Rio de Janeiro.


A orla da Praia de Ipanema é um dos metros quadrados mais caros do Rio de Janeiro. O vaivém dos turistas, os coqueiros na areia, as redes de vôlei lotadas e o mar deslumbrante fazem do lugar também um dos mais charmosos da cidade. Por isso é que a cena flagrada num domingo ensolarado, às nove e meia da manhã, causou espanto. Um menino saía de um bueiro. Ele não estava brincando com amigos nem fazendo travessura. Morava com seis outras crianças debaixo da Avenida Vieira Souto, endereço de artistas, empresários e outros endinheirados da cidade. Havia dois meses eles se abrigavam 1 metro abaixo do chão, em um túnel extenso e relativamente largo (de 2 metros), mas frio e úmido. Quando não estava espremido debaixo da terra, o grupo de meninos de rua circulava pedindo dinheiro, furtando turistas e amedrontando a vizinhança. A cena é motivo de indignação por uma razão adicional: trata-se de um flagelo urbano que, mesmo sem ser ainda numeroso, já se incorporou à paisagem do Rio de Janeiro.
Não é sequer a primeira vez que isso ocorre em Ipanema. Em março do ano passado, 25 pessoas foram surpreendidas quando saíam de uma tubulação em um local não muito distante dali. O grupo anterior também havia transformado a galeria em abrigo, mas com uma diferença. Daquela vez, o bueiro era equipado com colchonetes, cobertores, televisão e aparelho de som, que sugeriam uma estranha comodidade. Descoberto, o grupo foi removido. O mesmo já aconteceu em Copacabana, no centro. Situações como essa se repetem, e não escolhem protagonistas. Há, no centro do Rio, uma população que dorme quase todas as noites sob marquises por falta de dinheiro para o transporte até os bairros mais distantes depois que encerra o trabalho.
Depois do flagrante, as galerias foram vedadas e educadores da prefeitura passaram a acompanhar o grupo. Mas são medidas paliativas.
Esse tipo de flagelo urbano ocorre em boa parte das cidades do mundo. O exemplo mais conhecido e também o mais contrastante é o da cidade de Nova York. Um censo realizado recentemente constatou que aproximadamente 845 pessoas habitam as galerias do metrô da cidade. A maior parte são alcoólatras, viciados em drogas e doentes mentais. Alguns conseguem até mesmo regalias, como luz elétrica e água quente. Há casos de famílias numerosas que dispõem de “confortos” como eletrodomésticos, equipamentos eletrônicos e divisão em cômodos.
Em 1985, no filme Subway (metrô, em inglês – observação nossa), o personagem fugindo de uma perseguição, abrigouse nos subterrâneos do metrô de Paris, onde encontrou moradores com uma cultura própria, recheada de personagens excêntricos, vivendo à margem da sociedade parisiense.
A cena carioca é em tudo diferente. Não há charme nenhum em menores vivendo e se drogando em bueiros. As autoridades municipais cariocas anunciaram, na semana passada, providências que incluem estruturas de concreto, tampas de ferro e barras de aço – algo que, com certeza, se torna necessário. Entretanto, nunca é demais enfatizar, a vida de uma parte da população nos buracos da cidade não é um mero problema de engenharia.


Adaptado de artigo publicado na Revista Veja, de 08 de junho de 2009, de autoria de Roberta Salomone. 
Localize a alternativa em que todas as palavras estejam acentuadas graficamente de acordo com a mesma regra gramatical do vocábulo metrô.
Alternativas
Q1155122 Português
Uma vida abaixo do tolerável


Crianças vivendo em bueiros: um triste retrato da miséria
nas ruas do Rio de Janeiro.


A orla da Praia de Ipanema é um dos metros quadrados mais caros do Rio de Janeiro. O vaivém dos turistas, os coqueiros na areia, as redes de vôlei lotadas e o mar deslumbrante fazem do lugar também um dos mais charmosos da cidade. Por isso é que a cena flagrada num domingo ensolarado, às nove e meia da manhã, causou espanto. Um menino saía de um bueiro. Ele não estava brincando com amigos nem fazendo travessura. Morava com seis outras crianças debaixo da Avenida Vieira Souto, endereço de artistas, empresários e outros endinheirados da cidade. Havia dois meses eles se abrigavam 1 metro abaixo do chão, em um túnel extenso e relativamente largo (de 2 metros), mas frio e úmido. Quando não estava espremido debaixo da terra, o grupo de meninos de rua circulava pedindo dinheiro, furtando turistas e amedrontando a vizinhança. A cena é motivo de indignação por uma razão adicional: trata-se de um flagelo urbano que, mesmo sem ser ainda numeroso, já se incorporou à paisagem do Rio de Janeiro.
Não é sequer a primeira vez que isso ocorre em Ipanema. Em março do ano passado, 25 pessoas foram surpreendidas quando saíam de uma tubulação em um local não muito distante dali. O grupo anterior também havia transformado a galeria em abrigo, mas com uma diferença. Daquela vez, o bueiro era equipado com colchonetes, cobertores, televisão e aparelho de som, que sugeriam uma estranha comodidade. Descoberto, o grupo foi removido. O mesmo já aconteceu em Copacabana, no centro. Situações como essa se repetem, e não escolhem protagonistas. Há, no centro do Rio, uma população que dorme quase todas as noites sob marquises por falta de dinheiro para o transporte até os bairros mais distantes depois que encerra o trabalho.
Depois do flagrante, as galerias foram vedadas e educadores da prefeitura passaram a acompanhar o grupo. Mas são medidas paliativas.
Esse tipo de flagelo urbano ocorre em boa parte das cidades do mundo. O exemplo mais conhecido e também o mais contrastante é o da cidade de Nova York. Um censo realizado recentemente constatou que aproximadamente 845 pessoas habitam as galerias do metrô da cidade. A maior parte são alcoólatras, viciados em drogas e doentes mentais. Alguns conseguem até mesmo regalias, como luz elétrica e água quente. Há casos de famílias numerosas que dispõem de “confortos” como eletrodomésticos, equipamentos eletrônicos e divisão em cômodos.
Em 1985, no filme Subway (metrô, em inglês – observação nossa), o personagem fugindo de uma perseguição, abrigouse nos subterrâneos do metrô de Paris, onde encontrou moradores com uma cultura própria, recheada de personagens excêntricos, vivendo à margem da sociedade parisiense.
A cena carioca é em tudo diferente. Não há charme nenhum em menores vivendo e se drogando em bueiros. As autoridades municipais cariocas anunciaram, na semana passada, providências que incluem estruturas de concreto, tampas de ferro e barras de aço – algo que, com certeza, se torna necessário. Entretanto, nunca é demais enfatizar, a vida de uma parte da população nos buracos da cidade não é um mero problema de engenharia.


Adaptado de artigo publicado na Revista Veja, de 08 de junho de 2009, de autoria de Roberta Salomone. 
Com relação ao uso apropriado dos vocábulos sublinhados, qual das frases a seguir necessita de correção?
Alternativas
Q1155123 Português
Uma vida abaixo do tolerável


Crianças vivendo em bueiros: um triste retrato da miséria
nas ruas do Rio de Janeiro.


A orla da Praia de Ipanema é um dos metros quadrados mais caros do Rio de Janeiro. O vaivém dos turistas, os coqueiros na areia, as redes de vôlei lotadas e o mar deslumbrante fazem do lugar também um dos mais charmosos da cidade. Por isso é que a cena flagrada num domingo ensolarado, às nove e meia da manhã, causou espanto. Um menino saía de um bueiro. Ele não estava brincando com amigos nem fazendo travessura. Morava com seis outras crianças debaixo da Avenida Vieira Souto, endereço de artistas, empresários e outros endinheirados da cidade. Havia dois meses eles se abrigavam 1 metro abaixo do chão, em um túnel extenso e relativamente largo (de 2 metros), mas frio e úmido. Quando não estava espremido debaixo da terra, o grupo de meninos de rua circulava pedindo dinheiro, furtando turistas e amedrontando a vizinhança. A cena é motivo de indignação por uma razão adicional: trata-se de um flagelo urbano que, mesmo sem ser ainda numeroso, já se incorporou à paisagem do Rio de Janeiro.
Não é sequer a primeira vez que isso ocorre em Ipanema. Em março do ano passado, 25 pessoas foram surpreendidas quando saíam de uma tubulação em um local não muito distante dali. O grupo anterior também havia transformado a galeria em abrigo, mas com uma diferença. Daquela vez, o bueiro era equipado com colchonetes, cobertores, televisão e aparelho de som, que sugeriam uma estranha comodidade. Descoberto, o grupo foi removido. O mesmo já aconteceu em Copacabana, no centro. Situações como essa se repetem, e não escolhem protagonistas. Há, no centro do Rio, uma população que dorme quase todas as noites sob marquises por falta de dinheiro para o transporte até os bairros mais distantes depois que encerra o trabalho.
Depois do flagrante, as galerias foram vedadas e educadores da prefeitura passaram a acompanhar o grupo. Mas são medidas paliativas.
Esse tipo de flagelo urbano ocorre em boa parte das cidades do mundo. O exemplo mais conhecido e também o mais contrastante é o da cidade de Nova York. Um censo realizado recentemente constatou que aproximadamente 845 pessoas habitam as galerias do metrô da cidade. A maior parte são alcoólatras, viciados em drogas e doentes mentais. Alguns conseguem até mesmo regalias, como luz elétrica e água quente. Há casos de famílias numerosas que dispõem de “confortos” como eletrodomésticos, equipamentos eletrônicos e divisão em cômodos.
Em 1985, no filme Subway (metrô, em inglês – observação nossa), o personagem fugindo de uma perseguição, abrigouse nos subterrâneos do metrô de Paris, onde encontrou moradores com uma cultura própria, recheada de personagens excêntricos, vivendo à margem da sociedade parisiense.
A cena carioca é em tudo diferente. Não há charme nenhum em menores vivendo e se drogando em bueiros. As autoridades municipais cariocas anunciaram, na semana passada, providências que incluem estruturas de concreto, tampas de ferro e barras de aço – algo que, com certeza, se torna necessário. Entretanto, nunca é demais enfatizar, a vida de uma parte da população nos buracos da cidade não é um mero problema de engenharia.


Adaptado de artigo publicado na Revista Veja, de 08 de junho de 2009, de autoria de Roberta Salomone. 
Qual das alternativas a seguir obedece completamente aos padrões da norma culta?
Alternativas
Q1155124 Português
Uma vida abaixo do tolerável


Crianças vivendo em bueiros: um triste retrato da miséria
nas ruas do Rio de Janeiro.


A orla da Praia de Ipanema é um dos metros quadrados mais caros do Rio de Janeiro. O vaivém dos turistas, os coqueiros na areia, as redes de vôlei lotadas e o mar deslumbrante fazem do lugar também um dos mais charmosos da cidade. Por isso é que a cena flagrada num domingo ensolarado, às nove e meia da manhã, causou espanto. Um menino saía de um bueiro. Ele não estava brincando com amigos nem fazendo travessura. Morava com seis outras crianças debaixo da Avenida Vieira Souto, endereço de artistas, empresários e outros endinheirados da cidade. Havia dois meses eles se abrigavam 1 metro abaixo do chão, em um túnel extenso e relativamente largo (de 2 metros), mas frio e úmido. Quando não estava espremido debaixo da terra, o grupo de meninos de rua circulava pedindo dinheiro, furtando turistas e amedrontando a vizinhança. A cena é motivo de indignação por uma razão adicional: trata-se de um flagelo urbano que, mesmo sem ser ainda numeroso, já se incorporou à paisagem do Rio de Janeiro.
Não é sequer a primeira vez que isso ocorre em Ipanema. Em março do ano passado, 25 pessoas foram surpreendidas quando saíam de uma tubulação em um local não muito distante dali. O grupo anterior também havia transformado a galeria em abrigo, mas com uma diferença. Daquela vez, o bueiro era equipado com colchonetes, cobertores, televisão e aparelho de som, que sugeriam uma estranha comodidade. Descoberto, o grupo foi removido. O mesmo já aconteceu em Copacabana, no centro. Situações como essa se repetem, e não escolhem protagonistas. Há, no centro do Rio, uma população que dorme quase todas as noites sob marquises por falta de dinheiro para o transporte até os bairros mais distantes depois que encerra o trabalho.
Depois do flagrante, as galerias foram vedadas e educadores da prefeitura passaram a acompanhar o grupo. Mas são medidas paliativas.
Esse tipo de flagelo urbano ocorre em boa parte das cidades do mundo. O exemplo mais conhecido e também o mais contrastante é o da cidade de Nova York. Um censo realizado recentemente constatou que aproximadamente 845 pessoas habitam as galerias do metrô da cidade. A maior parte são alcoólatras, viciados em drogas e doentes mentais. Alguns conseguem até mesmo regalias, como luz elétrica e água quente. Há casos de famílias numerosas que dispõem de “confortos” como eletrodomésticos, equipamentos eletrônicos e divisão em cômodos.
Em 1985, no filme Subway (metrô, em inglês – observação nossa), o personagem fugindo de uma perseguição, abrigouse nos subterrâneos do metrô de Paris, onde encontrou moradores com uma cultura própria, recheada de personagens excêntricos, vivendo à margem da sociedade parisiense.
A cena carioca é em tudo diferente. Não há charme nenhum em menores vivendo e se drogando em bueiros. As autoridades municipais cariocas anunciaram, na semana passada, providências que incluem estruturas de concreto, tampas de ferro e barras de aço – algo que, com certeza, se torna necessário. Entretanto, nunca é demais enfatizar, a vida de uma parte da população nos buracos da cidade não é um mero problema de engenharia.


Adaptado de artigo publicado na Revista Veja, de 08 de junho de 2009, de autoria de Roberta Salomone. 
Analise as orações abaixo.

I. Nunca se queixa, nem se aborrece. Parece que nada o incomoda.
II. Me diga quais são os seus desejos, me diga, vamos!
III. Sempre recordo-me de seu sorriso tímido.

Com relação à colocação pronominal, podemos assegurar:
Alternativas
Q1155125 Português
Uma vida abaixo do tolerável


Crianças vivendo em bueiros: um triste retrato da miséria
nas ruas do Rio de Janeiro.


A orla da Praia de Ipanema é um dos metros quadrados mais caros do Rio de Janeiro. O vaivém dos turistas, os coqueiros na areia, as redes de vôlei lotadas e o mar deslumbrante fazem do lugar também um dos mais charmosos da cidade. Por isso é que a cena flagrada num domingo ensolarado, às nove e meia da manhã, causou espanto. Um menino saía de um bueiro. Ele não estava brincando com amigos nem fazendo travessura. Morava com seis outras crianças debaixo da Avenida Vieira Souto, endereço de artistas, empresários e outros endinheirados da cidade. Havia dois meses eles se abrigavam 1 metro abaixo do chão, em um túnel extenso e relativamente largo (de 2 metros), mas frio e úmido. Quando não estava espremido debaixo da terra, o grupo de meninos de rua circulava pedindo dinheiro, furtando turistas e amedrontando a vizinhança. A cena é motivo de indignação por uma razão adicional: trata-se de um flagelo urbano que, mesmo sem ser ainda numeroso, já se incorporou à paisagem do Rio de Janeiro.
Não é sequer a primeira vez que isso ocorre em Ipanema. Em março do ano passado, 25 pessoas foram surpreendidas quando saíam de uma tubulação em um local não muito distante dali. O grupo anterior também havia transformado a galeria em abrigo, mas com uma diferença. Daquela vez, o bueiro era equipado com colchonetes, cobertores, televisão e aparelho de som, que sugeriam uma estranha comodidade. Descoberto, o grupo foi removido. O mesmo já aconteceu em Copacabana, no centro. Situações como essa se repetem, e não escolhem protagonistas. Há, no centro do Rio, uma população que dorme quase todas as noites sob marquises por falta de dinheiro para o transporte até os bairros mais distantes depois que encerra o trabalho.
Depois do flagrante, as galerias foram vedadas e educadores da prefeitura passaram a acompanhar o grupo. Mas são medidas paliativas.
Esse tipo de flagelo urbano ocorre em boa parte das cidades do mundo. O exemplo mais conhecido e também o mais contrastante é o da cidade de Nova York. Um censo realizado recentemente constatou que aproximadamente 845 pessoas habitam as galerias do metrô da cidade. A maior parte são alcoólatras, viciados em drogas e doentes mentais. Alguns conseguem até mesmo regalias, como luz elétrica e água quente. Há casos de famílias numerosas que dispõem de “confortos” como eletrodomésticos, equipamentos eletrônicos e divisão em cômodos.
Em 1985, no filme Subway (metrô, em inglês – observação nossa), o personagem fugindo de uma perseguição, abrigouse nos subterrâneos do metrô de Paris, onde encontrou moradores com uma cultura própria, recheada de personagens excêntricos, vivendo à margem da sociedade parisiense.
A cena carioca é em tudo diferente. Não há charme nenhum em menores vivendo e se drogando em bueiros. As autoridades municipais cariocas anunciaram, na semana passada, providências que incluem estruturas de concreto, tampas de ferro e barras de aço – algo que, com certeza, se torna necessário. Entretanto, nunca é demais enfatizar, a vida de uma parte da população nos buracos da cidade não é um mero problema de engenharia.


Adaptado de artigo publicado na Revista Veja, de 08 de junho de 2009, de autoria de Roberta Salomone. 
Indique a alternativa correta quanto à concordância nominal.
Alternativas
Q1155126 Português
Uma vida abaixo do tolerável


Crianças vivendo em bueiros: um triste retrato da miséria
nas ruas do Rio de Janeiro.


A orla da Praia de Ipanema é um dos metros quadrados mais caros do Rio de Janeiro. O vaivém dos turistas, os coqueiros na areia, as redes de vôlei lotadas e o mar deslumbrante fazem do lugar também um dos mais charmosos da cidade. Por isso é que a cena flagrada num domingo ensolarado, às nove e meia da manhã, causou espanto. Um menino saía de um bueiro. Ele não estava brincando com amigos nem fazendo travessura. Morava com seis outras crianças debaixo da Avenida Vieira Souto, endereço de artistas, empresários e outros endinheirados da cidade. Havia dois meses eles se abrigavam 1 metro abaixo do chão, em um túnel extenso e relativamente largo (de 2 metros), mas frio e úmido. Quando não estava espremido debaixo da terra, o grupo de meninos de rua circulava pedindo dinheiro, furtando turistas e amedrontando a vizinhança. A cena é motivo de indignação por uma razão adicional: trata-se de um flagelo urbano que, mesmo sem ser ainda numeroso, já se incorporou à paisagem do Rio de Janeiro.
Não é sequer a primeira vez que isso ocorre em Ipanema. Em março do ano passado, 25 pessoas foram surpreendidas quando saíam de uma tubulação em um local não muito distante dali. O grupo anterior também havia transformado a galeria em abrigo, mas com uma diferença. Daquela vez, o bueiro era equipado com colchonetes, cobertores, televisão e aparelho de som, que sugeriam uma estranha comodidade. Descoberto, o grupo foi removido. O mesmo já aconteceu em Copacabana, no centro. Situações como essa se repetem, e não escolhem protagonistas. Há, no centro do Rio, uma população que dorme quase todas as noites sob marquises por falta de dinheiro para o transporte até os bairros mais distantes depois que encerra o trabalho.
Depois do flagrante, as galerias foram vedadas e educadores da prefeitura passaram a acompanhar o grupo. Mas são medidas paliativas.
Esse tipo de flagelo urbano ocorre em boa parte das cidades do mundo. O exemplo mais conhecido e também o mais contrastante é o da cidade de Nova York. Um censo realizado recentemente constatou que aproximadamente 845 pessoas habitam as galerias do metrô da cidade. A maior parte são alcoólatras, viciados em drogas e doentes mentais. Alguns conseguem até mesmo regalias, como luz elétrica e água quente. Há casos de famílias numerosas que dispõem de “confortos” como eletrodomésticos, equipamentos eletrônicos e divisão em cômodos.
Em 1985, no filme Subway (metrô, em inglês – observação nossa), o personagem fugindo de uma perseguição, abrigouse nos subterrâneos do metrô de Paris, onde encontrou moradores com uma cultura própria, recheada de personagens excêntricos, vivendo à margem da sociedade parisiense.
A cena carioca é em tudo diferente. Não há charme nenhum em menores vivendo e se drogando em bueiros. As autoridades municipais cariocas anunciaram, na semana passada, providências que incluem estruturas de concreto, tampas de ferro e barras de aço – algo que, com certeza, se torna necessário. Entretanto, nunca é demais enfatizar, a vida de uma parte da população nos buracos da cidade não é um mero problema de engenharia.


Adaptado de artigo publicado na Revista Veja, de 08 de junho de 2009, de autoria de Roberta Salomone. 
Leia atentamente o texto a seguir.

Desigualdade social no Brasil continua em níveis elevados

O Brasil conseguiu melhorar alguns de seus principais indicadores sociais. No entanto, a distribuição de renda ainda é um dos piores problemas do país. É o que indica o Radar Social, estudo divulgado hoje pelo IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica aplicada), que tem como objetivo ajudar no planejamento de políticas sociais. De acordo com a pesquisa, 1% dos brasileiros mais ricos – 1,7 milhão de pessoas – detém uma renda equivalente à da parcela formada pelos 50% mais pobres (86,5 milhões de pessoas). O Ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, avalia que esse estudo irá fazer com que o governo receba mais cobranças sobre o que está sendo feito na área social. O Radar Social fez uma análise das condições de demografia, educação, saúde, trabalho, renda, moradia e segurança no país e aponta quais os principais problemas de cada uma dessas áreas. Ele será divulgado a cada dois anos com os dados atualizados.

Adaptado de artigo publicado na Folha Online de 01 de junho de 2005, de autoria de Ana Paula Ribeiro.


Ao compararmos o artigo lido com o texto anteriormente analisado, Uma vida abaixo do tolerável, podemos concluir que:
Alternativas
Q1155127 Matemática
Uma sala de trabalho retangular tem como dimensões 5,8m de comprimento por 350cm de largura. A área dessa sala é portanto de:
Alternativas
Q1155128 Matemática
Um reservatório com capacidade para 1000 litros de água está com 220 litros de água. Para encher o reservatório há uma torneira que quando aberta despeja 60 litros de água a cada 10 min. Se a torneira for aberta, em quanto tempo o reservatório estará com capacidade total?
Alternativas
Q1155129 Matemática
Um caminhão com uma carga de 4,2t foi fazer uma entrega para o almoxarifado de uma Prefeitura. Foram descarregadas 12 caixas de 65 Kg cada uma. Quanto é o peso da carga que restou no caminhão?
Alternativas
Q1155130 Matemática
No quadro de funcionários de uma determinada Prefeitura há 155 mulheres. Sabendo-se que o total de funcionários é de 500 pessoas quais as porcentagens que representam as mulheres e os homens, respectivamente?
Alternativas
Q1155131 Matemática
Num determinado concurso público cujas provas são de 30 questões um candidato acertou 12 questões. Que porcentagem representa as questões que ele errou?
Alternativas
Q1155132 Matemática
Consideremos as afirmações abaixo referentes ao conjunto dos números racionais em suas formas decimal e fracionária. Algumas afirmações são verdadeiras e outras são falsas. Identifique-as e depois assinale a alternativa correta.

I- As frações cujo numerador é múltiplo do denominador representam sempre números naturais ( )
II- Duas ou mais frações que representam a mesma parte da unidade são chamadas frações equivalentes ( )
III- A expressão 7/0 é uma fração ( )
IV- Nas frações que representam quantidades maiores que a unidade, o numerador é menor que o denominador ( )
V - 2 / 3 > 1 / 2 ( )
VI - 3 / 8 = 15 / 40
VII - 4 / 6 - 2 / 3 = 2 / 3 ( )
VIII- A representação decimal da fração 285 é 2,85 / 100 ( )
IX- O número decimal 2,47 pode ser lido como: dois inteiros e quarenta e sete décimos ( )
X- Na representação decimal de números racionais a vírgula separa a parte inteira da parte decimal ( )
Alternativas
Q1155133 Matemática Financeira
Determinada rede de lojas dá um desconto de 5% no preço de suas mercadorias quando vendidas à vista. A prazo o valor dessa mesma mercadoria pode ser dividido em 4 vezes com uma taxa mensal de juros simples de 2,5%. Se o preço dessa mercadoria é de R$ 550,00, o seu preço à vista e o valor total a prazo dessa mercadoria são, respectivamente:
Alternativas
Q1155134 Matemática
Pensando na unidade fundamental das medidas de capacidade ( ℓ ) complete as sentenças abaixo com os símbolos utilizados para cada situação.

I- A capacidade de um copo descartável de água é de 200........
II- O volume daquela caixa d’água é de 2000.......
III- O farmacêutico aplicou uma injeção com uma seringa de 15.......
IV- O tanque de um certo carro de passeio tem capacidade para 80........ de combustível
Alternativas
Respostas
1: D
2: A
3: C
4: C
5: A
6: B
7: B
8: B
9: A
10: A
11: D
12: B
13: B
14: D
15: C
16: B
17: D
18: A
19: A
20: C