Questões de Concurso Público Prefeitura de Boa Vista - RR 2020 para Médico Endocrinologista
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A definição clássica de puberdade precoce em meninas é o desenvolvimento de características sexuais secundárias antes dos 8 anos ou menarca antes dos 9 anos. E, em meninos, aparecimento de qualquer característica sexual secundária antes dos 9 anos. Puberdade precoce é classificada de acordo com o processo fisiopatológico subjacente em variantes normais do desenvolvimento puberal, puberdade precoce central e puberdade precoce periférica. Várias são as causas de puberdade precoce central, dentre elas genéticas, alterações SNC (tumor, causas inflamatórias/infecciosas, malformações) e idiopática. Puberdade precoce central idiopática representa 90% dos casos em meninas, enquanto etiologias orgânicas são mais frequentes em meninos (60-70% dos casos).
Em relação ao descrito acima, é correto afirmar que:
Síndrome de Cushing endógena pode ser definida como uma condição resultando de exposição prolongada e inapropriada a quantidades excessivas de cortisol, perda parcial do sistema de feedback do eixo hipotálamo-hipófise-adrenal e perda do ritmo circadiano da secreção de cortisol. Como consequência do hipercortisolismo, pode-se observar comorbidades comuns na prática clínica como obesidade, hipertensão arterial, Diabetes mellitus, nefrolitíase, osteopenia ou osteoporose. Contudo, essas comorbidades não são específicas e são bastante prevalentes na população, o que pode gerar confusão na avaliação diagnóstica da síndrome de Cushing, já que os testes de screening são sujeitos a resultados falso positivos. Com isso em mente, diversas sociedades têm proposto critérios para indicar avaliação diagnóstica de Cushing.
NÃO é um critério para avaliação de Cushing:
Adenomas hipofisários são tumores benignos classificados em funcionantes ou não funcionantes de acordo com a presença ou ausência de síndromes clínicas de hipersecreção hormonal. Podem ser ainda di v ididos de acordo com o tamanho em microadenomas (< 10mm) e macroadenomas (> 10 mm). A ausência de sinais clínicos de hipersecreção hormonal contribui para o diagnóstico tardio da doença. Portanto, a maioria dos pacientes procura atendimento médico por sinais e sintomas resultando de efeito de massa produzido por macroadenomas ou ainda por apresentar diagnóstico de incidentaloma de hipófise em exame de imagem do SNC.
Com relação à avaliação de um paciente com suspeita de adenoma hipofisário não funcionante, a conduta correta é:
Mulher de 35 anos de idade, obesa, tabagista, procura atendimento para avaliação de terapia contraceptiva. Tem história de irregularidade menstrual com períodos de amenorreia e hirsutismo desde a época da menarca. História familiar de Diabetes mellitus e dislipidemia. Exames são compatíveis com síndrome dos ovários policísticos. Já tentou usar anticoncepcional oral que não sabe informar, mas apresentou efeitos colaterais.
Amelhor conduta, nesse caso, é:
Paciente 54 anos de idade, feminina, HIV positivo, apresenta osteoporose grave secundária ao uso de glicocorticoide, já com várias fraturas de vértebra atraumáticas e densitometria mostrando Tscore de -4SD na coluna lombar.
A melhor opção terapêutica, nessa situação,
De acordo com as recomendações da Sociedade Americana de Endocrinologia - Endocrine Society, o diagnóstico de hipogonadismo masculino deve ser feito em pacientes com sinais/sintomas de deficiência de testosterona, bem como com níveis séricos de testosterona inequivocamente baixos. Contudo, os sinais e sintomas de deficiência de testosterona são pouco específicos e modificados pela idade, comorbidades, gravidade e duração da deficiência, variações na sensibilidade aos androgênios e terapia prévia com testosterona. O documento recomenda ainda que não se deve pedir dosagem de testosterona de rotina ou para pacientes as s intomáti cos ou com poucos s intomas inespecíficos.
Dentre as alternativas abaixo, a que representa o sintoma mais específico e que determinaria a avaliação de deficiência de testosterona é: