Questões de Concurso Público IMA 2015 para Analista Administrativo Jr. - Suprimentos
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casa abandonada. Está em ruínas.
A velha casa não mais abriga vidas em seu interior.
Tudo é passado. Tudo é lembrança.
Hoje, apenas almas juvenis brincam
despreocupadas e felizes entre suas paredes
trêmulas.
Em seu chão, despido da madeira polida que a
cobriam, brotam ervas daninhas. Entre a vegetação
que busca minimizar as doces recordações do
passado, surge a figura amarela e suave da
margarida, flor-mulher. As nuanças de suas cores
sorriem e denunciam lembranças de seus
ocupantes.
A velha casa está em ruínas. Pássaros saltitam e
gorjeiam nas amuradas que a cercam. Seus trinados
são melodias no altar do tempo à espera de
redentoras orações. Raízes vorazes de grandes
árvores infiltraram-se entre as pedras do alicerce e
abalam suas estruturas.
Agoniza a velha casa. Agora, somente imagens
desfilam, ao longo das noites. As janelas são bocas
escancaradas. A casa velha em ruínas clama por
vozes e movimentos...
(Geraldo M. de Carvalho)
Disponível em: http://www.colegioweb.com.br/portugues/descricao-de-cenario.html.
Acesso em 18/02/2015.
que, sejam quais forem as utilizações comunitárias
ou práticas da arte primitiva, ela dependia do
exercício do talento individual. (…) Devemos pôr de
lado a ideia que as pinturas foram produto casual do
lazer forçado de uma tribo de caçadores, ou mesmo
subprodutos de cultos mágicos. Elas estavam sem
dúvida associadas a tais atividades, mas o
pressuposto da sua produção foi a existência de
raros indivíduos dotados de sensibilidade e
habilidade expressiva excepcionais.
Assim, a arte pressupõe um indivíduo que assume a
iniciativa da obra. Mas precisa ele ser
necessariamente um artista, definido e reconhecido
pela sociedade como tal? Ou, em termos
sociológicos, a produção da arte depende de posição
social e papéis definidos em função dela? A resposta
seria: conforme a sociedade, o tipo de arte e,
sobretudo, a perspectiva considerada. Se para a
atitude romântica a coletividade é criadora, no outro
polo um estudioso contemporâneo, Hauser, acha
que as pinturas pré-históricas já demonstram a
existência de um artista especializado, uma
espécie de feiticeiro-artista, dispensado das
tarefas de produção econômica para poder de
certa maneira especializar-se.
Isto significaria o reconhecimento da sua função
social desde as sociedades pré-históricas, sendo
preciso notar que Hauser entra pelo terreno da
conjetura; mas de qualquer modo sugere o
vínculo estreito entre a arte e a sociedade, por
meio da diferenciação precoce da função do
artista.
CANDIDO, Antonio. Literatura e Sociedade. 10ª. Ed. São Paulo: Ouro sobre Azul,
2008. pp.35-36.