Questões de Concurso Público SECULT-CE 2018 para Analista de Cultura - Música
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O Grupo Cactus conjunto de vanguarda da bossa nova em nossa terra, gravará ainda este mês na Orgacine, um compacto. A nova componente é a estudante Olga Paiva, que toca muito bem piano, principalmente música clássica, mas agora aderiu àquele grupo musical-folclorista, de tanto talento e cultura.
CASTRO, W. No tom da canção cearense. Universidade Estadual do Ceará, 2007, modificado pelo autor
O artigo acima faz menção a um importante e arrojado grupo de artistas criado em 1966, um ano após a promoção do I Festival de Música Popular Cearense. Além de Olga Paiva, integravam o grupo
Atente para o seguinte excerto: “A premissa da estratégia de territorialização da gestão é considerar a identidade territorial como alicerce para a elaboração e execução das estratégias de gestão do equipamento cultural. Trata-se, portanto, de um convite aos gestores para adotar, como ponto de partida, não a ação cultural, mas o diálogo que esta e os demais aspectos da gestão podem estabelecer com os potenciais identitários percebidos no território”.
SANTOS, F.; DAVEL, E. Gestão de Equipamentos Culturais e Identidade Territorial: Potencialidades e Desafios, 2017.
Considerando o texto acima, que propõe um modelo de gestão que confronta a problematização do isolamento dos equipamentos culturais em relação ao seu entorno e aos demais atores sociais que o compartilham, analise as seguintes afirmações:
I. A gestão territorializada fomenta a criação de um processo dialógico entre equipamentos (ação cultural) e território (identidade), permitindo-lhes sair da condição de cidadelas fechadas para converterem-se em verdadeiras extensões do espaço público.
II. A gestão territorializada está fortemente vinculada à ideia de proteção e/ou distribuição da produção cultural, concepção típica dos processos de democratização cultural que constitui o coração da ação de qualquer equipamento cultural.
III. Na gestão territorializada, o vetor de ação
parte de fora para dentro, e torna o
equipamento permeável a dinâmicas, pautas,
identidades e interesses que estão para além
de seus muros, propiciando novos contextos
de atuação.
Dentre as diversas ações de difusão, podem-se citar apresentações de orquestras, bandas, corais, apresentações solo e de conjuntos camerísticos em teatros e espaços abertos, propícios à circulação. Muitas vezes tais concertos são reunidos em projetos com recortes curatoriais específicos, sejam históricos, biográficos, estéticos ou segundo o tipo de formação — quartetos de cordas, quintetos de metais, duos de canto e piano, etc.
Relacione, corretamente, os tipos de recorte curatorial com as respectivas ações de difusão, numerando os parênteses abaixo de acordo com a seguinte indicação:
1. Difusão com proposta curatorial de cunho didático
2. Difusão com curadoria voltada para o público infantil
3. Difusão com recortes curatoriais diversos
4. Difusão com curadoria calcada na pesquisa estética e experimental
( ) Em 1992 o Sesc (SP) recebeu, como parte das ações do Centro Experimental de Música – CEM –, o educador musical canadense Murray Schaffer, idealizador da proposta inovadora de uma paisagem sonora, para falar de seu livro O Ouvido Pensante, hoje bibliografia obrigatória em qualquer licenciatura em música do País.
( ) Com cerca de 1000 m2 , sua área é ocupada por uma instalação lúdico-pedagógica chamada Orquestra Mágica. Trata-se de um parque lúdico formado por instrumentos musicais gigantes e funcionais, todos afinados em escala pentatônica, possibilitando criações polifônicas em execuções simultâneas, mesmo quando não intencionais.
( ) Pequenas montagens e bate-papos,
apresentações condensadas de A Flauta
Mágica, Carmen, As Bodas de Fígaro,
projetos dedicados a apresentações
isoladas de árias do repertório operístico,
além dos projetos como Pocket Ópera, do
Sesc Ipiranga, o Dicionário de Ópera, do
Sesc Araraquara, Ópera e Outros Cantos,
do Sesc Ribeirão Preto e Conhecendo
Ópera, do Sesc Vila Mariana.
A questão da sustentabilidade na cultura surgiu a partir das discussões sobre meio ambiente, iniciadas na década de 1970, quando a sustentabilidade cultural surgiu associada ao respeito às diferentes culturas, passando pelas relações entre cultura e desenvolvimento, para chegar à visão de sustentabilidade relacionada aos sistemas e mecanismos de financiamento da cultura.
Considerando os conceitos atuais de sustentabilidade cultural, atente para as a seguintes afirmações:
I. O conceito de sustentabilidade cultural refere-se às mudanças no interior da continuidade — equilíbrio entre respeito à tradição e inovação — e à capacidade de autonomia para elaboração de um projeto nacional integrado e endógeno — em oposição à cópia de modelos do exterior.
II. Sustentabilidade na cultura relaciona-se às políticas culturais voltadas para a sustentabilidade por meio de mecanismos de financiamento da cultura, outrora tidos como obstáculos para o crescimento econômico; os Pontos de Cultura conseguiram cumprir a meta de autossustentabilidade prevista no Programa Cultura Viva pelo apoio do poder público.
III. A autossustentabilidade, ou a sustentabilidade de suas ações, decorre das contrapartidas que os projetos podem oferecer: quanto maior a capacidade de oferta de serviços e saberes, mais possibilidades de troca a entidade terá; a cultura passa a ser entendida como condição e contexto social do desenvolvimento.
IV. A simplicidade do conceito de sustentabilidade
obscurece complexidades e contradições
subjacentes ao tema: não há clareza em torno
do objeto a ser sustentado – por vezes, a
sustentabilidade se refere aos recursos
propriamente ditos; por outras, aos bens
derivados desses recursos; alguns autores se
referem à sustentabilidade dos níveis de
produção, outros enfatizam a sustentabilidade
dos níveis de consumo.