Questões de Concurso Público UESPI 2017 para Tutor de Apoio Presencial
Foram encontradas 20 questões
Q815669
Português
Texto associado
Texto 1- O que o jogo da Baleia Azul nos ensina
ROSELY SAYÃO – FOLHA DE SÃO PAULO, 25/04/2017.
As notícias sobre o jogo da Baleia Azul provocaram diferentes reações na sociedade. Primeiramente, elas
colocaram na ordem do dia as reflexões e os debates a respeito do suicídio. Sabemos que o índice de suicídio vem
crescendo no mundo todo, em todas as faixas etárias, em especial entre os jovens e adolescentes.
O Brasil segue essa tendência global, e o tema costuma ser tratado como tabu, ou melhor, não costuma ser
tratado. A polêmica em torno da "Baleia Azul", portanto, provocou pelo menos uma consequência produtiva. Falar
sobre o suicídio, um assunto tão inquietante e espinhoso, é bem melhor do que silenciar.
São diversas as razões que nos levam a evitar conversas a respeito desse tema, mas a principal delas é o
receio de colocar o suicídio em evidência para os jovens e, sem querer, apresentar essa possibilidade como uma
saída para quem vive um problema –ou vários. Entretanto, o silêncio é ainda pior: é como se negássemos a
existência dessa possibilidade, em vez de enfrentá-la.
Pois bem: logo após o primeiro impacto da Baleia Azul, que afetou famílias com filhos adolescentes,
mudamos o jogo. Na internet, bem como nas rodas de amigos e conhecidos –presenciais e virtuais–, piadas e
caricaturas do jogo começaram a mostrar uma outra face de nossas posições em relação aos mais jovens.
Primeiramente, um chinelo de dedo com a tira azul substituiu a baleia e se propagou rapidamente pela
internet, sugerindo que o que os adolescentes que se aproximam de jogos perigosos precisam mesmo é de castigo
para aprender a viver.
Logo após esse "meme", surgiu um outro que, no lugar da baleia, mostra uma carteira de trabalho com o
texto "É dessa baleia azul que os adolescentes precisam". Curioso como a ideia de trabalho se aproxima à de
castigo, não é?
Esses exemplos mostram o nosso despreparo para lidar com os adolescentes. Nós, que passamos a
adolescência em um mundo com características diferentes do atual, ainda achamos que eles devem ser tratados
como fomos –ou como imaginamos que fomos.
A maioria dos adultos não se lembra das angústias e inquietações que viveu nessa fase da vida e, por isso,
trata com um certo desdém o sofrimento dos jovens.
Vamos relembrar: os adolescentes, no presente, sofrem uma pressão desmedida para que tenham sucesso
escolar e pessoal, além de boa aparência, segundo determinados modelos; para que sejam populares; para que
participem de determinados grupos sociais, e para que sejam felizes, muito felizes, porque damos "tudo o que
não tivemos" a eles! E isso tudo é somado às inquietações de quem vive um momento de crise. Crescer dói, é
preciso que lembremos sempre disso!
O que nossos jovens e adolescentes querem e precisam – e que pouco temos ofertado– é a nossa presença
verdadeiramente interessada na vida deles.
Precisamos desenvolver empatia e compaixão pelos adolescentes: tentar trazer para nós o lugar que eles
ocupam nesta época da vida para nos aproximarmos deles com intimidade, sem, porém, invadir sua privacidade;
para dialogar sem moralismos; ouvir com atenção e interesse o que dizem abertamente e aprender a ler o que dizem
nas entrelinhas.
"Conte comigo sempre." É essa a mensagem que cada jovem e adolescente precisa ouvir dos adultos,
principalmente dos pais e professores.
Logo no primeiro parágrafo do texto 1, a autora afirma que várias reações foram provocadas pelas
notícias do jogo da Baleia Azul. Qual das alternativas a seguir não possui quaisquer das reações
indicadas por Rosely Sayão?
Q815670
Português
Texto associado
Texto 1- O que o jogo da Baleia Azul nos ensina
ROSELY SAYÃO – FOLHA DE SÃO PAULO, 25/04/2017.
As notícias sobre o jogo da Baleia Azul provocaram diferentes reações na sociedade. Primeiramente, elas
colocaram na ordem do dia as reflexões e os debates a respeito do suicídio. Sabemos que o índice de suicídio vem
crescendo no mundo todo, em todas as faixas etárias, em especial entre os jovens e adolescentes.
O Brasil segue essa tendência global, e o tema costuma ser tratado como tabu, ou melhor, não costuma ser
tratado. A polêmica em torno da "Baleia Azul", portanto, provocou pelo menos uma consequência produtiva. Falar
sobre o suicídio, um assunto tão inquietante e espinhoso, é bem melhor do que silenciar.
São diversas as razões que nos levam a evitar conversas a respeito desse tema, mas a principal delas é o
receio de colocar o suicídio em evidência para os jovens e, sem querer, apresentar essa possibilidade como uma
saída para quem vive um problema –ou vários. Entretanto, o silêncio é ainda pior: é como se negássemos a
existência dessa possibilidade, em vez de enfrentá-la.
Pois bem: logo após o primeiro impacto da Baleia Azul, que afetou famílias com filhos adolescentes,
mudamos o jogo. Na internet, bem como nas rodas de amigos e conhecidos –presenciais e virtuais–, piadas e
caricaturas do jogo começaram a mostrar uma outra face de nossas posições em relação aos mais jovens.
Primeiramente, um chinelo de dedo com a tira azul substituiu a baleia e se propagou rapidamente pela
internet, sugerindo que o que os adolescentes que se aproximam de jogos perigosos precisam mesmo é de castigo
para aprender a viver.
Logo após esse "meme", surgiu um outro que, no lugar da baleia, mostra uma carteira de trabalho com o
texto "É dessa baleia azul que os adolescentes precisam". Curioso como a ideia de trabalho se aproxima à de
castigo, não é?
Esses exemplos mostram o nosso despreparo para lidar com os adolescentes. Nós, que passamos a
adolescência em um mundo com características diferentes do atual, ainda achamos que eles devem ser tratados
como fomos –ou como imaginamos que fomos.
A maioria dos adultos não se lembra das angústias e inquietações que viveu nessa fase da vida e, por isso,
trata com um certo desdém o sofrimento dos jovens.
Vamos relembrar: os adolescentes, no presente, sofrem uma pressão desmedida para que tenham sucesso
escolar e pessoal, além de boa aparência, segundo determinados modelos; para que sejam populares; para que
participem de determinados grupos sociais, e para que sejam felizes, muito felizes, porque damos "tudo o que
não tivemos" a eles! E isso tudo é somado às inquietações de quem vive um momento de crise. Crescer dói, é
preciso que lembremos sempre disso!
O que nossos jovens e adolescentes querem e precisam – e que pouco temos ofertado– é a nossa presença
verdadeiramente interessada na vida deles.
Precisamos desenvolver empatia e compaixão pelos adolescentes: tentar trazer para nós o lugar que eles
ocupam nesta época da vida para nos aproximarmos deles com intimidade, sem, porém, invadir sua privacidade;
para dialogar sem moralismos; ouvir com atenção e interesse o que dizem abertamente e aprender a ler o que dizem
nas entrelinhas.
"Conte comigo sempre." É essa a mensagem que cada jovem e adolescente precisa ouvir dos adultos,
principalmente dos pais e professores.
No texto 1, a autora afirma que:
Q815671
Português
Texto associado
Texto 1- O que o jogo da Baleia Azul nos ensina
ROSELY SAYÃO – FOLHA DE SÃO PAULO, 25/04/2017.
As notícias sobre o jogo da Baleia Azul provocaram diferentes reações na sociedade. Primeiramente, elas
colocaram na ordem do dia as reflexões e os debates a respeito do suicídio. Sabemos que o índice de suicídio vem
crescendo no mundo todo, em todas as faixas etárias, em especial entre os jovens e adolescentes.
O Brasil segue essa tendência global, e o tema costuma ser tratado como tabu, ou melhor, não costuma ser
tratado. A polêmica em torno da "Baleia Azul", portanto, provocou pelo menos uma consequência produtiva. Falar
sobre o suicídio, um assunto tão inquietante e espinhoso, é bem melhor do que silenciar.
São diversas as razões que nos levam a evitar conversas a respeito desse tema, mas a principal delas é o
receio de colocar o suicídio em evidência para os jovens e, sem querer, apresentar essa possibilidade como uma
saída para quem vive um problema –ou vários. Entretanto, o silêncio é ainda pior: é como se negássemos a
existência dessa possibilidade, em vez de enfrentá-la.
Pois bem: logo após o primeiro impacto da Baleia Azul, que afetou famílias com filhos adolescentes,
mudamos o jogo. Na internet, bem como nas rodas de amigos e conhecidos –presenciais e virtuais–, piadas e
caricaturas do jogo começaram a mostrar uma outra face de nossas posições em relação aos mais jovens.
Primeiramente, um chinelo de dedo com a tira azul substituiu a baleia e se propagou rapidamente pela
internet, sugerindo que o que os adolescentes que se aproximam de jogos perigosos precisam mesmo é de castigo
para aprender a viver.
Logo após esse "meme", surgiu um outro que, no lugar da baleia, mostra uma carteira de trabalho com o
texto "É dessa baleia azul que os adolescentes precisam". Curioso como a ideia de trabalho se aproxima à de
castigo, não é?
Esses exemplos mostram o nosso despreparo para lidar com os adolescentes. Nós, que passamos a
adolescência em um mundo com características diferentes do atual, ainda achamos que eles devem ser tratados
como fomos –ou como imaginamos que fomos.
A maioria dos adultos não se lembra das angústias e inquietações que viveu nessa fase da vida e, por isso,
trata com um certo desdém o sofrimento dos jovens.
Vamos relembrar: os adolescentes, no presente, sofrem uma pressão desmedida para que tenham sucesso
escolar e pessoal, além de boa aparência, segundo determinados modelos; para que sejam populares; para que
participem de determinados grupos sociais, e para que sejam felizes, muito felizes, porque damos "tudo o que
não tivemos" a eles! E isso tudo é somado às inquietações de quem vive um momento de crise. Crescer dói, é
preciso que lembremos sempre disso!
O que nossos jovens e adolescentes querem e precisam – e que pouco temos ofertado– é a nossa presença
verdadeiramente interessada na vida deles.
Precisamos desenvolver empatia e compaixão pelos adolescentes: tentar trazer para nós o lugar que eles
ocupam nesta época da vida para nos aproximarmos deles com intimidade, sem, porém, invadir sua privacidade;
para dialogar sem moralismos; ouvir com atenção e interesse o que dizem abertamente e aprender a ler o que dizem
nas entrelinhas.
"Conte comigo sempre." É essa a mensagem que cada jovem e adolescente precisa ouvir dos adultos,
principalmente dos pais e professores.
No texto 1, as frases em negrito que estão entre aspas:
Q815672
Português
Texto associado
TEXTO 2 - O que atrai jovem professor é carreira decente, e não aposentadoria especial
Érica Fraga FOLHA DE SÃO PAULO, 04/05/2017.
A adesão de professores à greve de sexta-feira (28/04/2017) em oposição às reformas propostas pelo
governo Temer causou barulho. Muitos pais cujos filhos estudam em escolas privadas se sentiram incomodados
pela perda de um dia de aula. Um dos argumentos contrários mais mencionados por eles é o fato de que os docentes
desses estabelecimentos têm remuneração melhor que a recebida por seus pares do setor público e, portanto, não
deveriam parar. Do lado dos professores, uma das principais queixas é que serão prejudicados pela reforma da
Previdência.
O projeto original previa a equiparação das regras de aposentadoria para todos os trabalhadores, o que
levaria a uma mudança significativa no regime mais benéfico dos docentes, que, de forma geral, conseguem se
aposentar cinco anos mais cedo.
Desde então — e antes da greve —, o governo cedeu. Se o relatório em debate hoje for aprovado como
está, os professores mantêm um regime especial, mas com regras um pouco mais duras que as atuais.
A queda de braços entre os grupos com benefícios especiais mais afetados pelas reformas e o governo, as
paralisações, a revolta dos pais e os choques de ideias são desdobramentos esperados no jogo democrático. Mas
será uma pena se não aproveitarmos essa oportunidade para debater uma importante questão de fundo: por que,
afinal, os professores brasileiros têm o direito de se aposentar mais cedo do que trabalhadores de outras categorias?
A resposta dos docentes é, geralmente, que recebem salários mais baixos embora trabalhem em situações mais
adversas do que os demais profissionais.
Esses argumentos têm fundamentos em dados da realidade. Segundo o movimento "Todos pela Educação",
a remuneração dos professores com ensino superior equivale a pouco mais da metade da média recebida pelos
profissionais com essa escolaridade. O alto nível de estresse envolvido no exercício do magistério — que inclui
casos de violência por parte dos alunos — ajuda a compor o cenário complicado da profissão.
O problema é que inúmeras nuances no mercado de trabalho fazem com que seja difícil avaliar essas
condições piores em termos absolutos, que justificariam uma aposentadoria especial para essa categoria, e não para
outras.
Há, por exemplo, diferenças de salários percebidas entre os próprios docentes. Os de escolas privadas têm
remuneração normalmente maior e atuam em contextos menos estressantes. Existem outras categorias pouco
valorizadas, assim como outras profissões cujo exercício envolve condições precárias de trabalho. Isso dificulta
qualquer análise sobre onde colocar a régua que separaria os que merecem e os que não merecem condições
especiais de aposentadoria, se o principal critério para isso for justiça social.
Resta, no entanto, outro argumento sobre o benefício no caso do magistério que tem bastante apelo: ele
ajudaria a manter alguma atratividade para essa profissão tão crucial para o desenvolvimento de qualquer nação.
O problema é que, se isso for uma possibilidade de fato, não parece estar funcionando no caso do Brasil, onde o
desinteresse pela carreira docente é galopante.
Como já mostrado nesta coluna, os jovens brasileiros não têm interesse pelo magistério e aqueles que o
acabam elegendo são os de pior desempenho escolar.
Talvez isso ocorra porque fatores que desvalorizam a profissão têm peso muito maior do que benefícios
como aposentadoria especial e férias mais longas. Discutir e implementar medidas que tornem o magistério, de
fato, mais atraente é, portanto, necessário.
A experiência de países bem-sucedidos indica que isso passa pela adoção de salários decentes e planos de
carreira (com a criação de cargos que permitam que os melhores profissionais se destaquem), assim como pela
oferta de cursos de formação práticos e interessantes.
No Brasil, assumimos metas para melhorar a remuneração dos professores e adotar planos de carreira no
magistério, mas não temos nem mesmo critérios e indicadores bem definidos para acompanhar a evolução de
ambos; e nossos cursos de formação de professores permanecem extremamente teóricos.
Se alguém acha que esses são temas menos urgentes que o da sustentabilidade do nosso sistema
previdenciário, está redondamente enganado. Sem educação de qualidade não há possibilidade de desenvolvimento
econômico.
Disponível em: http://www1.folha.uol.com.br/colunas/ericafraga/2017/05/1880620-o-que-atrai-jovem-professor-e-carreira-decente-e-naoaposentadoria-especial.shtml
. Acessado em 04/05/2017
“Desde então — e antes da greve —, o governo cedeu”. Em relação à ação expressa pelo verbo
destacado nesta frase, qual a alternativa que está ligada a essa ação, segundo o texto 2?
Q815673
Português
Texto associado
TEXTO 2 - O que atrai jovem professor é carreira decente, e não aposentadoria especial
Érica Fraga FOLHA DE SÃO PAULO, 04/05/2017.
A adesão de professores à greve de sexta-feira (28/04/2017) em oposição às reformas propostas pelo
governo Temer causou barulho. Muitos pais cujos filhos estudam em escolas privadas se sentiram incomodados
pela perda de um dia de aula. Um dos argumentos contrários mais mencionados por eles é o fato de que os docentes
desses estabelecimentos têm remuneração melhor que a recebida por seus pares do setor público e, portanto, não
deveriam parar. Do lado dos professores, uma das principais queixas é que serão prejudicados pela reforma da
Previdência.
O projeto original previa a equiparação das regras de aposentadoria para todos os trabalhadores, o que
levaria a uma mudança significativa no regime mais benéfico dos docentes, que, de forma geral, conseguem se
aposentar cinco anos mais cedo.
Desde então — e antes da greve —, o governo cedeu. Se o relatório em debate hoje for aprovado como
está, os professores mantêm um regime especial, mas com regras um pouco mais duras que as atuais.
A queda de braços entre os grupos com benefícios especiais mais afetados pelas reformas e o governo, as
paralisações, a revolta dos pais e os choques de ideias são desdobramentos esperados no jogo democrático. Mas
será uma pena se não aproveitarmos essa oportunidade para debater uma importante questão de fundo: por que,
afinal, os professores brasileiros têm o direito de se aposentar mais cedo do que trabalhadores de outras categorias?
A resposta dos docentes é, geralmente, que recebem salários mais baixos embora trabalhem em situações mais
adversas do que os demais profissionais.
Esses argumentos têm fundamentos em dados da realidade. Segundo o movimento "Todos pela Educação",
a remuneração dos professores com ensino superior equivale a pouco mais da metade da média recebida pelos
profissionais com essa escolaridade. O alto nível de estresse envolvido no exercício do magistério — que inclui
casos de violência por parte dos alunos — ajuda a compor o cenário complicado da profissão.
O problema é que inúmeras nuances no mercado de trabalho fazem com que seja difícil avaliar essas
condições piores em termos absolutos, que justificariam uma aposentadoria especial para essa categoria, e não para
outras.
Há, por exemplo, diferenças de salários percebidas entre os próprios docentes. Os de escolas privadas têm
remuneração normalmente maior e atuam em contextos menos estressantes. Existem outras categorias pouco
valorizadas, assim como outras profissões cujo exercício envolve condições precárias de trabalho. Isso dificulta
qualquer análise sobre onde colocar a régua que separaria os que merecem e os que não merecem condições
especiais de aposentadoria, se o principal critério para isso for justiça social.
Resta, no entanto, outro argumento sobre o benefício no caso do magistério que tem bastante apelo: ele
ajudaria a manter alguma atratividade para essa profissão tão crucial para o desenvolvimento de qualquer nação.
O problema é que, se isso for uma possibilidade de fato, não parece estar funcionando no caso do Brasil, onde o
desinteresse pela carreira docente é galopante.
Como já mostrado nesta coluna, os jovens brasileiros não têm interesse pelo magistério e aqueles que o
acabam elegendo são os de pior desempenho escolar.
Talvez isso ocorra porque fatores que desvalorizam a profissão têm peso muito maior do que benefícios
como aposentadoria especial e férias mais longas. Discutir e implementar medidas que tornem o magistério, de
fato, mais atraente é, portanto, necessário.
A experiência de países bem-sucedidos indica que isso passa pela adoção de salários decentes e planos de
carreira (com a criação de cargos que permitam que os melhores profissionais se destaquem), assim como pela
oferta de cursos de formação práticos e interessantes.
No Brasil, assumimos metas para melhorar a remuneração dos professores e adotar planos de carreira no
magistério, mas não temos nem mesmo critérios e indicadores bem definidos para acompanhar a evolução de
ambos; e nossos cursos de formação de professores permanecem extremamente teóricos.
Se alguém acha que esses são temas menos urgentes que o da sustentabilidade do nosso sistema
previdenciário, está redondamente enganado. Sem educação de qualidade não há possibilidade de desenvolvimento
econômico.
Disponível em: http://www1.folha.uol.com.br/colunas/ericafraga/2017/05/1880620-o-que-atrai-jovem-professor-e-carreira-decente-e-naoaposentadoria-especial.shtml
. Acessado em 04/05/2017
Em relação ao aspectos gramaticais do texto 2, marque a proposição correta:
Q815674
Português
Texto associado
TEXTO 2 - O que atrai jovem professor é carreira decente, e não aposentadoria especial
Érica Fraga FOLHA DE SÃO PAULO, 04/05/2017.
A adesão de professores à greve de sexta-feira (28/04/2017) em oposição às reformas propostas pelo
governo Temer causou barulho. Muitos pais cujos filhos estudam em escolas privadas se sentiram incomodados
pela perda de um dia de aula. Um dos argumentos contrários mais mencionados por eles é o fato de que os docentes
desses estabelecimentos têm remuneração melhor que a recebida por seus pares do setor público e, portanto, não
deveriam parar. Do lado dos professores, uma das principais queixas é que serão prejudicados pela reforma da
Previdência.
O projeto original previa a equiparação das regras de aposentadoria para todos os trabalhadores, o que
levaria a uma mudança significativa no regime mais benéfico dos docentes, que, de forma geral, conseguem se
aposentar cinco anos mais cedo.
Desde então — e antes da greve —, o governo cedeu. Se o relatório em debate hoje for aprovado como
está, os professores mantêm um regime especial, mas com regras um pouco mais duras que as atuais.
A queda de braços entre os grupos com benefícios especiais mais afetados pelas reformas e o governo, as
paralisações, a revolta dos pais e os choques de ideias são desdobramentos esperados no jogo democrático. Mas
será uma pena se não aproveitarmos essa oportunidade para debater uma importante questão de fundo: por que,
afinal, os professores brasileiros têm o direito de se aposentar mais cedo do que trabalhadores de outras categorias?
A resposta dos docentes é, geralmente, que recebem salários mais baixos embora trabalhem em situações mais
adversas do que os demais profissionais.
Esses argumentos têm fundamentos em dados da realidade. Segundo o movimento "Todos pela Educação",
a remuneração dos professores com ensino superior equivale a pouco mais da metade da média recebida pelos
profissionais com essa escolaridade. O alto nível de estresse envolvido no exercício do magistério — que inclui
casos de violência por parte dos alunos — ajuda a compor o cenário complicado da profissão.
O problema é que inúmeras nuances no mercado de trabalho fazem com que seja difícil avaliar essas
condições piores em termos absolutos, que justificariam uma aposentadoria especial para essa categoria, e não para
outras.
Há, por exemplo, diferenças de salários percebidas entre os próprios docentes. Os de escolas privadas têm
remuneração normalmente maior e atuam em contextos menos estressantes. Existem outras categorias pouco
valorizadas, assim como outras profissões cujo exercício envolve condições precárias de trabalho. Isso dificulta
qualquer análise sobre onde colocar a régua que separaria os que merecem e os que não merecem condições
especiais de aposentadoria, se o principal critério para isso for justiça social.
Resta, no entanto, outro argumento sobre o benefício no caso do magistério que tem bastante apelo: ele
ajudaria a manter alguma atratividade para essa profissão tão crucial para o desenvolvimento de qualquer nação.
O problema é que, se isso for uma possibilidade de fato, não parece estar funcionando no caso do Brasil, onde o
desinteresse pela carreira docente é galopante.
Como já mostrado nesta coluna, os jovens brasileiros não têm interesse pelo magistério e aqueles que o
acabam elegendo são os de pior desempenho escolar.
Talvez isso ocorra porque fatores que desvalorizam a profissão têm peso muito maior do que benefícios
como aposentadoria especial e férias mais longas. Discutir e implementar medidas que tornem o magistério, de
fato, mais atraente é, portanto, necessário.
A experiência de países bem-sucedidos indica que isso passa pela adoção de salários decentes e planos de
carreira (com a criação de cargos que permitam que os melhores profissionais se destaquem), assim como pela
oferta de cursos de formação práticos e interessantes.
No Brasil, assumimos metas para melhorar a remuneração dos professores e adotar planos de carreira no
magistério, mas não temos nem mesmo critérios e indicadores bem definidos para acompanhar a evolução de
ambos; e nossos cursos de formação de professores permanecem extremamente teóricos.
Se alguém acha que esses são temas menos urgentes que o da sustentabilidade do nosso sistema
previdenciário, está redondamente enganado. Sem educação de qualidade não há possibilidade de desenvolvimento
econômico.
Disponível em: http://www1.folha.uol.com.br/colunas/ericafraga/2017/05/1880620-o-que-atrai-jovem-professor-e-carreira-decente-e-naoaposentadoria-especial.shtml
. Acessado em 04/05/2017
Em relação à ortografia, marque a alternativa que apresenta a forma correta:
Q815675
Português
Texto associado
TEXTO 2 - O que atrai jovem professor é carreira decente, e não aposentadoria especial
Érica Fraga FOLHA DE SÃO PAULO, 04/05/2017.
A adesão de professores à greve de sexta-feira (28/04/2017) em oposição às reformas propostas pelo
governo Temer causou barulho. Muitos pais cujos filhos estudam em escolas privadas se sentiram incomodados
pela perda de um dia de aula. Um dos argumentos contrários mais mencionados por eles é o fato de que os docentes
desses estabelecimentos têm remuneração melhor que a recebida por seus pares do setor público e, portanto, não
deveriam parar. Do lado dos professores, uma das principais queixas é que serão prejudicados pela reforma da
Previdência.
O projeto original previa a equiparação das regras de aposentadoria para todos os trabalhadores, o que
levaria a uma mudança significativa no regime mais benéfico dos docentes, que, de forma geral, conseguem se
aposentar cinco anos mais cedo.
Desde então — e antes da greve —, o governo cedeu. Se o relatório em debate hoje for aprovado como
está, os professores mantêm um regime especial, mas com regras um pouco mais duras que as atuais.
A queda de braços entre os grupos com benefícios especiais mais afetados pelas reformas e o governo, as
paralisações, a revolta dos pais e os choques de ideias são desdobramentos esperados no jogo democrático. Mas
será uma pena se não aproveitarmos essa oportunidade para debater uma importante questão de fundo: por que,
afinal, os professores brasileiros têm o direito de se aposentar mais cedo do que trabalhadores de outras categorias?
A resposta dos docentes é, geralmente, que recebem salários mais baixos embora trabalhem em situações mais
adversas do que os demais profissionais.
Esses argumentos têm fundamentos em dados da realidade. Segundo o movimento "Todos pela Educação",
a remuneração dos professores com ensino superior equivale a pouco mais da metade da média recebida pelos
profissionais com essa escolaridade. O alto nível de estresse envolvido no exercício do magistério — que inclui
casos de violência por parte dos alunos — ajuda a compor o cenário complicado da profissão.
O problema é que inúmeras nuances no mercado de trabalho fazem com que seja difícil avaliar essas
condições piores em termos absolutos, que justificariam uma aposentadoria especial para essa categoria, e não para
outras.
Há, por exemplo, diferenças de salários percebidas entre os próprios docentes. Os de escolas privadas têm
remuneração normalmente maior e atuam em contextos menos estressantes. Existem outras categorias pouco
valorizadas, assim como outras profissões cujo exercício envolve condições precárias de trabalho. Isso dificulta
qualquer análise sobre onde colocar a régua que separaria os que merecem e os que não merecem condições
especiais de aposentadoria, se o principal critério para isso for justiça social.
Resta, no entanto, outro argumento sobre o benefício no caso do magistério que tem bastante apelo: ele
ajudaria a manter alguma atratividade para essa profissão tão crucial para o desenvolvimento de qualquer nação.
O problema é que, se isso for uma possibilidade de fato, não parece estar funcionando no caso do Brasil, onde o
desinteresse pela carreira docente é galopante.
Como já mostrado nesta coluna, os jovens brasileiros não têm interesse pelo magistério e aqueles que o
acabam elegendo são os de pior desempenho escolar.
Talvez isso ocorra porque fatores que desvalorizam a profissão têm peso muito maior do que benefícios
como aposentadoria especial e férias mais longas. Discutir e implementar medidas que tornem o magistério, de
fato, mais atraente é, portanto, necessário.
A experiência de países bem-sucedidos indica que isso passa pela adoção de salários decentes e planos de
carreira (com a criação de cargos que permitam que os melhores profissionais se destaquem), assim como pela
oferta de cursos de formação práticos e interessantes.
No Brasil, assumimos metas para melhorar a remuneração dos professores e adotar planos de carreira no
magistério, mas não temos nem mesmo critérios e indicadores bem definidos para acompanhar a evolução de
ambos; e nossos cursos de formação de professores permanecem extremamente teóricos.
Se alguém acha que esses são temas menos urgentes que o da sustentabilidade do nosso sistema
previdenciário, está redondamente enganado. Sem educação de qualidade não há possibilidade de desenvolvimento
econômico.
Disponível em: http://www1.folha.uol.com.br/colunas/ericafraga/2017/05/1880620-o-que-atrai-jovem-professor-e-carreira-decente-e-naoaposentadoria-especial.shtml
. Acessado em 04/05/2017
Na frase: “os jovens brasileiros não têm interesse pelo magistério e aqueles que o acabam elegendo são
os de pior desempenho escolar”; a palavra que não pode substituir a expressão em destaque pois
causaria prejuízo de sentidos é:
Q815676
Português
Texto associado
TEXTO 2 - O que atrai jovem professor é carreira decente, e não aposentadoria especial
Érica Fraga FOLHA DE SÃO PAULO, 04/05/2017.
A adesão de professores à greve de sexta-feira (28/04/2017) em oposição às reformas propostas pelo
governo Temer causou barulho. Muitos pais cujos filhos estudam em escolas privadas se sentiram incomodados
pela perda de um dia de aula. Um dos argumentos contrários mais mencionados por eles é o fato de que os docentes
desses estabelecimentos têm remuneração melhor que a recebida por seus pares do setor público e, portanto, não
deveriam parar. Do lado dos professores, uma das principais queixas é que serão prejudicados pela reforma da
Previdência.
O projeto original previa a equiparação das regras de aposentadoria para todos os trabalhadores, o que
levaria a uma mudança significativa no regime mais benéfico dos docentes, que, de forma geral, conseguem se
aposentar cinco anos mais cedo.
Desde então — e antes da greve —, o governo cedeu. Se o relatório em debate hoje for aprovado como
está, os professores mantêm um regime especial, mas com regras um pouco mais duras que as atuais.
A queda de braços entre os grupos com benefícios especiais mais afetados pelas reformas e o governo, as
paralisações, a revolta dos pais e os choques de ideias são desdobramentos esperados no jogo democrático. Mas
será uma pena se não aproveitarmos essa oportunidade para debater uma importante questão de fundo: por que,
afinal, os professores brasileiros têm o direito de se aposentar mais cedo do que trabalhadores de outras categorias?
A resposta dos docentes é, geralmente, que recebem salários mais baixos embora trabalhem em situações mais
adversas do que os demais profissionais.
Esses argumentos têm fundamentos em dados da realidade. Segundo o movimento "Todos pela Educação",
a remuneração dos professores com ensino superior equivale a pouco mais da metade da média recebida pelos
profissionais com essa escolaridade. O alto nível de estresse envolvido no exercício do magistério — que inclui
casos de violência por parte dos alunos — ajuda a compor o cenário complicado da profissão.
O problema é que inúmeras nuances no mercado de trabalho fazem com que seja difícil avaliar essas
condições piores em termos absolutos, que justificariam uma aposentadoria especial para essa categoria, e não para
outras.
Há, por exemplo, diferenças de salários percebidas entre os próprios docentes. Os de escolas privadas têm
remuneração normalmente maior e atuam em contextos menos estressantes. Existem outras categorias pouco
valorizadas, assim como outras profissões cujo exercício envolve condições precárias de trabalho. Isso dificulta
qualquer análise sobre onde colocar a régua que separaria os que merecem e os que não merecem condições
especiais de aposentadoria, se o principal critério para isso for justiça social.
Resta, no entanto, outro argumento sobre o benefício no caso do magistério que tem bastante apelo: ele
ajudaria a manter alguma atratividade para essa profissão tão crucial para o desenvolvimento de qualquer nação.
O problema é que, se isso for uma possibilidade de fato, não parece estar funcionando no caso do Brasil, onde o
desinteresse pela carreira docente é galopante.
Como já mostrado nesta coluna, os jovens brasileiros não têm interesse pelo magistério e aqueles que o
acabam elegendo são os de pior desempenho escolar.
Talvez isso ocorra porque fatores que desvalorizam a profissão têm peso muito maior do que benefícios
como aposentadoria especial e férias mais longas. Discutir e implementar medidas que tornem o magistério, de
fato, mais atraente é, portanto, necessário.
A experiência de países bem-sucedidos indica que isso passa pela adoção de salários decentes e planos de
carreira (com a criação de cargos que permitam que os melhores profissionais se destaquem), assim como pela
oferta de cursos de formação práticos e interessantes.
No Brasil, assumimos metas para melhorar a remuneração dos professores e adotar planos de carreira no
magistério, mas não temos nem mesmo critérios e indicadores bem definidos para acompanhar a evolução de
ambos; e nossos cursos de formação de professores permanecem extremamente teóricos.
Se alguém acha que esses são temas menos urgentes que o da sustentabilidade do nosso sistema
previdenciário, está redondamente enganado. Sem educação de qualidade não há possibilidade de desenvolvimento
econômico.
Disponível em: http://www1.folha.uol.com.br/colunas/ericafraga/2017/05/1880620-o-que-atrai-jovem-professor-e-carreira-decente-e-naoaposentadoria-especial.shtml
. Acessado em 04/05/2017
A expressão “por seus pares”, presente no primeiro parágrafo, pode ser substituída sem prejuízo de
sentidos pela expressão:
Q815677
Português
Texto associado
TEXTO 2 - O que atrai jovem professor é carreira decente, e não aposentadoria especial
Érica Fraga FOLHA DE SÃO PAULO, 04/05/2017.
A adesão de professores à greve de sexta-feira (28/04/2017) em oposição às reformas propostas pelo
governo Temer causou barulho. Muitos pais cujos filhos estudam em escolas privadas se sentiram incomodados
pela perda de um dia de aula. Um dos argumentos contrários mais mencionados por eles é o fato de que os docentes
desses estabelecimentos têm remuneração melhor que a recebida por seus pares do setor público e, portanto, não
deveriam parar. Do lado dos professores, uma das principais queixas é que serão prejudicados pela reforma da
Previdência.
O projeto original previa a equiparação das regras de aposentadoria para todos os trabalhadores, o que
levaria a uma mudança significativa no regime mais benéfico dos docentes, que, de forma geral, conseguem se
aposentar cinco anos mais cedo.
Desde então — e antes da greve —, o governo cedeu. Se o relatório em debate hoje for aprovado como
está, os professores mantêm um regime especial, mas com regras um pouco mais duras que as atuais.
A queda de braços entre os grupos com benefícios especiais mais afetados pelas reformas e o governo, as
paralisações, a revolta dos pais e os choques de ideias são desdobramentos esperados no jogo democrático. Mas
será uma pena se não aproveitarmos essa oportunidade para debater uma importante questão de fundo: por que,
afinal, os professores brasileiros têm o direito de se aposentar mais cedo do que trabalhadores de outras categorias?
A resposta dos docentes é, geralmente, que recebem salários mais baixos embora trabalhem em situações mais
adversas do que os demais profissionais.
Esses argumentos têm fundamentos em dados da realidade. Segundo o movimento "Todos pela Educação",
a remuneração dos professores com ensino superior equivale a pouco mais da metade da média recebida pelos
profissionais com essa escolaridade. O alto nível de estresse envolvido no exercício do magistério — que inclui
casos de violência por parte dos alunos — ajuda a compor o cenário complicado da profissão.
O problema é que inúmeras nuances no mercado de trabalho fazem com que seja difícil avaliar essas
condições piores em termos absolutos, que justificariam uma aposentadoria especial para essa categoria, e não para
outras.
Há, por exemplo, diferenças de salários percebidas entre os próprios docentes. Os de escolas privadas têm
remuneração normalmente maior e atuam em contextos menos estressantes. Existem outras categorias pouco
valorizadas, assim como outras profissões cujo exercício envolve condições precárias de trabalho. Isso dificulta
qualquer análise sobre onde colocar a régua que separaria os que merecem e os que não merecem condições
especiais de aposentadoria, se o principal critério para isso for justiça social.
Resta, no entanto, outro argumento sobre o benefício no caso do magistério que tem bastante apelo: ele
ajudaria a manter alguma atratividade para essa profissão tão crucial para o desenvolvimento de qualquer nação.
O problema é que, se isso for uma possibilidade de fato, não parece estar funcionando no caso do Brasil, onde o
desinteresse pela carreira docente é galopante.
Como já mostrado nesta coluna, os jovens brasileiros não têm interesse pelo magistério e aqueles que o
acabam elegendo são os de pior desempenho escolar.
Talvez isso ocorra porque fatores que desvalorizam a profissão têm peso muito maior do que benefícios
como aposentadoria especial e férias mais longas. Discutir e implementar medidas que tornem o magistério, de
fato, mais atraente é, portanto, necessário.
A experiência de países bem-sucedidos indica que isso passa pela adoção de salários decentes e planos de
carreira (com a criação de cargos que permitam que os melhores profissionais se destaquem), assim como pela
oferta de cursos de formação práticos e interessantes.
No Brasil, assumimos metas para melhorar a remuneração dos professores e adotar planos de carreira no
magistério, mas não temos nem mesmo critérios e indicadores bem definidos para acompanhar a evolução de
ambos; e nossos cursos de formação de professores permanecem extremamente teóricos.
Se alguém acha que esses são temas menos urgentes que o da sustentabilidade do nosso sistema
previdenciário, está redondamente enganado. Sem educação de qualidade não há possibilidade de desenvolvimento
econômico.
Disponível em: http://www1.folha.uol.com.br/colunas/ericafraga/2017/05/1880620-o-que-atrai-jovem-professor-e-carreira-decente-e-naoaposentadoria-especial.shtml
. Acessado em 04/05/2017
A palavra nuances, presente no 6º parágrafo do texto 2 significa:
Q815678
Português
Texto associado
TEXTO 2 - O que atrai jovem professor é carreira decente, e não aposentadoria especial
Érica Fraga FOLHA DE SÃO PAULO, 04/05/2017.
A adesão de professores à greve de sexta-feira (28/04/2017) em oposição às reformas propostas pelo
governo Temer causou barulho. Muitos pais cujos filhos estudam em escolas privadas se sentiram incomodados
pela perda de um dia de aula. Um dos argumentos contrários mais mencionados por eles é o fato de que os docentes
desses estabelecimentos têm remuneração melhor que a recebida por seus pares do setor público e, portanto, não
deveriam parar. Do lado dos professores, uma das principais queixas é que serão prejudicados pela reforma da
Previdência.
O projeto original previa a equiparação das regras de aposentadoria para todos os trabalhadores, o que
levaria a uma mudança significativa no regime mais benéfico dos docentes, que, de forma geral, conseguem se
aposentar cinco anos mais cedo.
Desde então — e antes da greve —, o governo cedeu. Se o relatório em debate hoje for aprovado como
está, os professores mantêm um regime especial, mas com regras um pouco mais duras que as atuais.
A queda de braços entre os grupos com benefícios especiais mais afetados pelas reformas e o governo, as
paralisações, a revolta dos pais e os choques de ideias são desdobramentos esperados no jogo democrático. Mas
será uma pena se não aproveitarmos essa oportunidade para debater uma importante questão de fundo: por que,
afinal, os professores brasileiros têm o direito de se aposentar mais cedo do que trabalhadores de outras categorias?
A resposta dos docentes é, geralmente, que recebem salários mais baixos embora trabalhem em situações mais
adversas do que os demais profissionais.
Esses argumentos têm fundamentos em dados da realidade. Segundo o movimento "Todos pela Educação",
a remuneração dos professores com ensino superior equivale a pouco mais da metade da média recebida pelos
profissionais com essa escolaridade. O alto nível de estresse envolvido no exercício do magistério — que inclui
casos de violência por parte dos alunos — ajuda a compor o cenário complicado da profissão.
O problema é que inúmeras nuances no mercado de trabalho fazem com que seja difícil avaliar essas
condições piores em termos absolutos, que justificariam uma aposentadoria especial para essa categoria, e não para
outras.
Há, por exemplo, diferenças de salários percebidas entre os próprios docentes. Os de escolas privadas têm
remuneração normalmente maior e atuam em contextos menos estressantes. Existem outras categorias pouco
valorizadas, assim como outras profissões cujo exercício envolve condições precárias de trabalho. Isso dificulta
qualquer análise sobre onde colocar a régua que separaria os que merecem e os que não merecem condições
especiais de aposentadoria, se o principal critério para isso for justiça social.
Resta, no entanto, outro argumento sobre o benefício no caso do magistério que tem bastante apelo: ele
ajudaria a manter alguma atratividade para essa profissão tão crucial para o desenvolvimento de qualquer nação.
O problema é que, se isso for uma possibilidade de fato, não parece estar funcionando no caso do Brasil, onde o
desinteresse pela carreira docente é galopante.
Como já mostrado nesta coluna, os jovens brasileiros não têm interesse pelo magistério e aqueles que o
acabam elegendo são os de pior desempenho escolar.
Talvez isso ocorra porque fatores que desvalorizam a profissão têm peso muito maior do que benefícios
como aposentadoria especial e férias mais longas. Discutir e implementar medidas que tornem o magistério, de
fato, mais atraente é, portanto, necessário.
A experiência de países bem-sucedidos indica que isso passa pela adoção de salários decentes e planos de
carreira (com a criação de cargos que permitam que os melhores profissionais se destaquem), assim como pela
oferta de cursos de formação práticos e interessantes.
No Brasil, assumimos metas para melhorar a remuneração dos professores e adotar planos de carreira no
magistério, mas não temos nem mesmo critérios e indicadores bem definidos para acompanhar a evolução de
ambos; e nossos cursos de formação de professores permanecem extremamente teóricos.
Se alguém acha que esses são temas menos urgentes que o da sustentabilidade do nosso sistema
previdenciário, está redondamente enganado. Sem educação de qualidade não há possibilidade de desenvolvimento
econômico.
Disponível em: http://www1.folha.uol.com.br/colunas/ericafraga/2017/05/1880620-o-que-atrai-jovem-professor-e-carreira-decente-e-naoaposentadoria-especial.shtml
. Acessado em 04/05/2017
A palavra “galopante”, na frase “o desinteresse pela carreira docente é galopante”, significa:
Q815679
Noções de Informática
O termo “Vírus de computador” refere-se a um (uma)
Q815680
Arquitetura de Computadores
Com relação aos Periféricos de Entrada e Saída do Computador, responda.
Q815681
Noções de Informática
Os codigos maliciosos conseguem infectar diversos dispositivos dentre eles temos:
Q815682
Noções de Informática
Após a construção de uma planilha devemos salvar o arquivo. Qual dos modelos de extensão de
arquivos podemos encontrar um arquivo do Microsoft Excel:
Q815683
Noções de Informática
Um usuário acessa constantemente um site de uma empresa e para agilizar seu uso resolve colocar a
url da empresa em sua lista de favoritos. Estando na página do site, quais teclas de atalho deverão ser
pressionadas para que o endereço fique gravado na lista de favoritos?
Q815684
Redes de Computadores
No acesso a uma rede sem fio temos alguns protocolos para criptografar nossas senhas tornando
assim o ambiente mais seguro. Marque nas opções a seguir um destes protocolos de criptografia
usados pelas redes sem fio:
Q815685
Noções de Informática
O sistema operacional Windows 7 foi lançado em meados de 2009 e desde então teve várias versões
lançadas para se adequar melhor com cada usuário. Marque a alternativa que não possua uma destas
versões do Windows 7:
Q815686
Sistemas de Informação
O Moodle é um software livre de apoio a aprendizagem, que simula as funções de uma sala de aula
presencial. Dentre estas ferramentas temos algumas equivalências corretas, exceto:
Q815687
Sistemas de Informação
“Um professor poderá usar para montar suas aulas no AVA Moodle diversos formatos de mídia. Nas
alternativas a seguir temos exemplos destes formatos, exceto:
Q815688
Sistemas de Informação
O Moodle possui a ferramenta para discussões através de posts. O Fórum é uma ferramenta
extremamente flexível e pode ser adaptado para implementar várias estratégicas pedagógicas.
Marque a alternativa que não condiz a verdade sobre os fóruns do Moodle: