Questões de Concurso Público UFBA 2012 para Vestibular de Arquivologia

Uma unidade de informação, como a biblioteca e o arquivo, é uma organização social, estruturada e orientada para cumprir o objetivo de reunir, organizar e disseminar a informação e o conhecimento para a sociedade em geral ou para o usuário em particular.

A produtividade de uma unidade de informação é a relação entre os recursos utilizados na execução de um serviço de informação e os resultados obtidos.

O bibliotecário ou arquivista que dirige uma biblioteca ou arquivo, respectivamente, para obter êxito profissional na direção dessa unidade de informação, deve apresentar competências duráveis, como as baseadas no conhecimento, as atitudinais e as comportamentais.

No papel de administrador de uma unidade de informação, o bibliotecário e o arquivista exercem os papéis de representação, liderança, ligação, monitoração, disseminação, porta-voz, empreendimento, resolução de conflitos, alocação de recursos e negociação.

A figura apresenta cinco dos seis elementos indispensáveis à existência e ao funcionamento de uma unidade de informação, que, em essência, é uma organização.

O elemento que está faltando para completar a figura é a inovação.

A biblioteca e o arquivo são unidades documentárias que têm, quase sempre, finalidades social e educativa, às quais não se aplicam os princípios da competitividade.

De acordo com Schellenberg, os campos de atuação das bibliotecas e dos arquivos têm características próprias e, sendo assim, pode-se afirmar que, quanto à origem, os documentos, nos arquivos, são produzidos e conservados com objetivos funcionais.

Na evolução histórica dos arquivos, os sistemas de escrita tiveram grande importância.

Como base dos primeiros sistemas, destacam-se objetos simbólicos e sinais materiais, a exemplo de desenhos, entalhes e nós.

Os tipos de suportes da escrita, na Antiguidade, como o mármore, o cobre, o marfim, as tábuas e os tabletes de argila possibilitaram a criação de grandes arquivos.

Os estudos contemporâneos aproximam biblioteca, arquivo e museus.

Nesse sentido, observa-se que a afinidade dessas unidades informacionais é, primordialmente, funcional.

O estudo da terminologia é importante para o desenvolvimento de uma área, de uma ciência, dentre outras finalidades.

No que se refere à Arquivologia, pode-se dizer que há dúvidas quanto à origem do termo “arquivo”, mas há indicações de que surgiu na Grécia com a denominação de Archivum.

A atividade de avaliação de documentos é feita tomando-se por base o valor primário/administrativo e o valor secundário/histórico dos documentos.

O nascimento dos arquivos e da Arquivística está ligado ao aparecimento da escrita. Segundo Malheiros et al (1999, p. 45) “[...] a escrita permitiu produzir obras literárias, mas também serviu à administração”.

Desse modo, é correto afirmar que os estudos realizados indicam que os primeiros registros foram encontrados na região da Roma Antiga.

No que se refere à entidade mantenedora e em face das características das organizações, os arquivos por elas produzidos podem ser públicos, institucionais, comerciais e pessoais.

No grupo institucional, encontram-se os arquivos ditos estaduais.

Os arquivos também são classificados quanto aos estágios de sua evolução e um deles é representado pelos arquivos de segunda idade ou permanentes.

Estudos sobre a tipologia documental são importantes para a compreensão da Arquivologia.

Consideram-se exemplos, quanto ao gênero micrográfico, o rolo, a microficha, a jaqueta e o cartão-janela.

Reinterpretando o pesquisador José Rosnay, pode-se afirmar que o fenômeno maior da contemporaneidade é a nova relação espaço-tempo em que está inserido o gênero humano, dentro do que ele chamou de cyberespaço.

Desse modo, o encurtamento das distâncias e a redução do tempo relativo trouxeram profundas modificações às regras políticas, econômicas e industriais, deixando de lado, entretanto, questões culturais, sociais e morais.

Na sociedade contemporânea, o jargão “informação é poder” pode ser compreendido de forma literal e ocorre na medida em que o fluxo de informação possa contribuir para a expansão e a consolidação da democracia e dos valores da cidadania, e, assim, se tem um progresso pleno para a sociedade, mesmo que corroam particularidades, tradições nacionais, regionais e individuais.

Um dos dilemas do profissional da informação, na atualidade, é a visão de se criar uma consciência multidisciplinar para aqueles que atuam em centros e serviços de informação (arquivos, bibliotecas, centros de documentação).

A informação, o acesso ao conhecimento e a velocidade da comunicação internacional têm universalizado o homem, criando uma estrutura espacial denominada de globalização.

Nesse sentido, o significado imediato desse processo é a ampliação das referências do indivíduo.