Questões de Concurso Público UFBA 2013 para Administrador
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me dá cinco anos.
Me dá um pé de fedegoso com formiga preta,
me dá um Natal e sua véspera,
05 o ressonar das pessoas no quartinho.
Me dá a negrinha Fia pra eu brincar,
me dá uma noite pra eu dormir com minha mãe.
Me dá minha mãe, alegria sã e medo remediável,
me dá a mão, me cura de ser grande,
10 ó meu Deus, meu pai,
meu pai.
PRADO, A. Orfandade. Bagagem. 29. ed. Rio de Janeiro: Record, 2010. p.12.
me dá cinco anos.
Me dá um pé de fedegoso com formiga preta,
me dá um Natal e sua véspera,
05 o ressonar das pessoas no quartinho.
Me dá a negrinha Fia pra eu brincar,
me dá uma noite pra eu dormir com minha mãe.
Me dá minha mãe, alegria sã e medo remediável,
me dá a mão, me cura de ser grande,
10 ó meu Deus, meu pai,
meu pai.
PRADO, A. Orfandade. Bagagem. 29. ed. Rio de Janeiro: Record, 2010. p.12.
me dá cinco anos.
Me dá um pé de fedegoso com formiga preta,
me dá um Natal e sua véspera,
05 o ressonar das pessoas no quartinho.
Me dá a negrinha Fia pra eu brincar,
me dá uma noite pra eu dormir com minha mãe.
Me dá minha mãe, alegria sã e medo remediável,
me dá a mão, me cura de ser grande,
10 ó meu Deus, meu pai,
meu pai.
PRADO, A. Orfandade. Bagagem. 29. ed. Rio de Janeiro: Record, 2010. p.12.
me dá cinco anos.
Me dá um pé de fedegoso com formiga preta,
me dá um Natal e sua véspera,
05 o ressonar das pessoas no quartinho.
Me dá a negrinha Fia pra eu brincar,
me dá uma noite pra eu dormir com minha mãe.
Me dá minha mãe, alegria sã e medo remediável,
me dá a mão, me cura de ser grande,
10 ó meu Deus, meu pai,
meu pai.
PRADO, A. Orfandade. Bagagem. 29. ed. Rio de Janeiro: Record, 2010. p.12.
anos... Este começo, evidentemente, não é meu, mas de autor célebre, o que
não impede que podia ser de toda gente. Há sempre uma pessoa que nunca
pôde entender a conversação que teve com uma senhora, há muitos anos.
05 As mulheres costumam ter conversas estranhas, que só entendemos pela metade, ou
nada, se for não em dobro, o que é outra forma de engano.
No meu caso, ela telefonou pedindo que fosse correndo apagar um incêndio em
sua rua. Saltei da cama, nem sei se calcei os chinelos, e voei para o lugar indicado.
Apesar de noite alta, o trânsito estava engarrafado, devia haver uma festa importante,
10 homenagem a rei ou presidente estrangeiro, imagino. Fiz tudo para chegar o mais
depressa possível, e, ao chegar, não localizei o incêndio. É mais adiante, disse a
mulher, do alto do 9° andar. Onde? Mais, mais adiante. E apontava com o braço na
direção do infinito.
Mas a rua não acaba nesta quadra? perguntei. Não. A rua continuava
15 indefinidamente, e o dedo apontado, e eu sem saber, e ela pedindo urgência, dizendo
que o fogo lavrava sempre. Realmente, nunca pude entender.
ANDRADE, C. D. de. Incêndio: Poesia e prosa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1988. p. 1270.