Ao se perguntar às pessoas de um grupo quais suas cores favoritas, a maioria responderá azul. Provavelmente, por
essa razão, a descoberta acidental do pigmento azul da Prússia por Diesbach no começo do séc. XVIII foi uma criação
tão preciosa. Do seu uso nas artes, atualmente esse material encontra aplicações em medicamentos até janelas
eletrocrômicas. O material é formado pela combinação de Fe(III) (Fe, Z = 26) e o íon ferrocianeto [Fe(CN)6]4-, em que Fe(II)
está em campo octaédrico coordenado ao ligante de campo forte CN-
. A cor azul intensa é proveniente de uma transição
de intervalência entre Fe(III) e o íon ferrocianeto. Ao oxidar eletroquimicamente o ferrocianeto ao ferricianeto [Fe(CN)6]3-
, a cor desaparece. Esse fenômeno é explorado nas janelas eletrocrômicas.
Ventura, D. O lendário azul da Prússia, cor que pode salvar ou tirar vidas. Disponível em www.bbc.com. Adaptado.
A distribuição eletrônica na valência do par associado à conversão eletroquímica de oxidação mencionada no texto é
descrita por: