Questões de Concurso Público UFU-MG 2023 para Analista de Tecnologia da Informação - Área 2 - Infraestrutura de Redes e Serviços
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Para muitos, os cheiros destravam lembranças que datam da infância. Sentir o perfume da vovó em outra pessoa pode levar você numa viagem no tempo até a casa dela. Os pesquisadores acreditam que isso acontece por causa da proximidade entre determinadas regiões do cérebro e o bulbo olfatório, que transmite as informações do nariz. “O bulbo olfatório fica perto da amígdala, que regula nossas emoções, e do hipocampo, estrutura importante que codifica e recupera lembranças”, esclarece Erika Laukka, de Estocolmo. “As lembranças trazidas pelos cheiros podem ser mais emocionais e profundas do que as provocadas por outros sentidos”.
O Dr. Hummel, de Dresden, acrescenta: “Quem perde o olfato, perde essas lembranças. É como se a chave fosse perdida”.
FIELDS, Lisa. Nosso misterioso olfato. Seleções/Reader’s Digest. Mai. 2021. Rio de Janeiro: Plural Indústria Gráfica. p. 59. (Fragmento).
Considerando que se trata de uma matéria de divulgação científica, é INCORRETO afirmar que
Inovações tecnológicas têm redesenhado o sistema de saúde no Brasil e no mundo. O processo de transformação foi intensificado com a pandemia, com o avanço da telemedicina e do rastreamento da contaminação. A pesquisa genética propiciou o desenvolvimento da medicina personalizada, específica para cada paciente; robôs e equipamentos permitem cirurgias a distância; automação de processos e integração de informações ajudam nas decisões médicas. Ao mesmo tempo, o setor continua a enfrentar velhos problemas, que exigem mais recursos e melhor gestão para ampliar a eficiência. Entre os desafios estão a falta de verbas públicas para o Serviço Único de Saúde (SUS), que teve queda de 77% em investimentos em menos de uma década, em contraste com os altos preços dos planos de saúde, que subiram 15,5% neste ano. Há ainda outros problemas estruturais como o sistemático déficit da balança comercial, que chegou a US$ 18,5 bilhões em 2021. A pandemia mostrou a grande dependência externa com a necessidade de importações de máscaras, respiradores e outros equipamentos. Embora os desafios sejam grandes, há iniciativas como as Parcerias para o Desenvolvimento Produtivo (PDPs), que operam com a transferência de tecnologia estrangeira para atender às necessidades do SUS.
DA EDIÇÃO. Carta ao leitor. Valor Setorial Saúde. Jun. 2022. Rio de Janeiro: Grupo Globo. p. 4.
Com base na leitura do texto, é correto afirmar que a expressão negritada “Ao mesmo tempo” introduz informações que
Uma visita indesejada bate à porta. Resolve se instalar, causa uma reviravolta e só vai embora meses depois. Ah, um detalhe: a dona da casa está grávida.
De acordo com o Atlas do Diabetes, da International Diabetes Federation (IDF), estima-se que, em 2021, cerca de 80% dos casos de mães que apresentaram hiperglicemia na gravidez foram decorrentes de Diabetes Mellitus Gestacional (DMG). No Brasil, a prevalência no Sistema Único de Saúde (SUS) é de aproximadamente 18% das gestações. E a tendência é de aumento dos números. Diagnóstico precoce e tratamento fazem toda a diferença, por isso, ter informação é essencial.
COSTA, Juliana. Que seja doce? Claudia. Ano 61, dez. 2022. São Paulo: Editora Abril. p. 55. (Fragmento adaptado).
A relação entre as informações apresentadas no primeiro e no segundo parágrafos do trecho é
O brado do Ipiranga, a declaração de Independência pelo então príncipe regente Dom Pedro de Alcântara (1798-1834), foi construído historicamente como um dos atos fundadores do Brasil, afirmam os estudiosos do período. Sua representação mais emblemática é o quadro Independência ou morte!, de 4,15 metros (m) por 7,60 m, elaborado entre 1886 e 1888 em Florença, na Itália. Exposto no salão nobre do Museu Paulista da Universidade de São Paulo (MP-SP), sabe-se hoje que seu autor, Pedro Américo de Figueiredo e Melo (1843-1905), um dos mais famosos pintores brasileiros do final do século XIX, não o concebeu como tentativa de representação fidedigna do ato nem como fantasia desvinculada da realidade.
A pintura expressa não só uma intensa pesquisa sobre a história e a cultura brasileiras, mas também uma marcante influência europeia, observa a historiadora Michelli Scapol Monteiro. Em 2019 e 2020, como parte de seu estágio de pós-doutorado no MP, ela visitou arquivos, bibliotecas e museus de Florença e Paris para identificar as influências artísticas e políticas do quadro e as referências a outras obras e artistas, também chamadas de citações, procedimento comum em pinturas históricas da época. “As citações eram uma forma de o artista mostrar erudição e conhecimento de seus predecessores e contemporâneos”, diz ela. “Serviam para mostrar deferência a pinturas que inspiram a composição de uma tela”.
As citações aparecem geralmente nos gestos de personagens, em detalhes ou na disposição dos elementos de uma cena que se assemelham aos das obras inspiradoras. Costumavam ser esperadas e até valorizadas, por evidenciarem a capacidade de um artista em adaptar um elemento prévio a um novo contexto.
ALBERGARIA, Danilo. As raízes do quadro Independência ou morte! Pesquisa FAPESP. Ano 23, n. 318, ago., 2023. p. 59. (Fragmento adaptado.)
Em relação ao enunciado negritado no primeiro parágrafo, é correto afirmar que a relação de sentido existente entre as expressões “O brado do Ipiranga” e “a declaração de Independência pelo então príncipe regente Dom Pedro de Alcântara (1798-1834)” é expressa pelo trecho
O brado do Ipiranga, a declaração de Independência pelo então príncipe regente Dom Pedro de Alcântara (1798-1834), foi construído historicamente como um dos atos fundadores do Brasil, afirmam os estudiosos do período. Sua representação mais emblemática é o quadro Independência ou morte!, de 4,15 metros (m) por 7,60 m, elaborado entre 1886 e 1888 em Florença, na Itália. Exposto no salão nobre do Museu Paulista da Universidade de São Paulo (MP-SP), sabe-se hoje que seu autor, Pedro Américo de Figueiredo e Melo (1843-1905), um dos mais famosos pintores brasileiros do final do século XIX, não o concebeu como tentativa de representação fidedigna do ato nem como fantasia desvinculada da realidade.
A pintura expressa não só uma intensa pesquisa sobre a história e a cultura brasileiras, mas também uma marcante influência europeia, observa a historiadora Michelli Scapol Monteiro. Em 2019 e 2020, como parte de seu estágio de pós-doutorado no MP, ela visitou arquivos, bibliotecas e museus de Florença e Paris para identificar as influências artísticas e políticas do quadro e as referências a outras obras e artistas, também chamadas de citações, procedimento comum em pinturas históricas da época. “As citações eram uma forma de o artista mostrar erudição e conhecimento de seus predecessores e contemporâneos”, diz ela. “Serviam para mostrar deferência a pinturas que inspiram a composição de uma tela”.
As citações aparecem geralmente nos gestos de personagens, em detalhes ou na disposição dos elementos de uma cena que se assemelham aos das obras inspiradoras. Costumavam ser esperadas e até valorizadas, por evidenciarem a capacidade de um artista em adaptar um elemento prévio a um novo contexto.
ALBERGARIA, Danilo. As raízes do quadro Independência ou morte! Pesquisa FAPESP. Ano 23, n. 318, ago., 2023. p. 59. (Fragmento adaptado.)
Uma das questões mais perniciosas das mudanças climáticas é que estamos falando de um sistema muito complexo. Um exemplo cada vez mais evidente disso está surgindo no extremo norte das Américas. No Alaska, novos lagos estão brotando do nada – e se tornando impulsionadores poderosos de mais aquecimento. O aumento da temperatura média, com verões mais quentes, promove o derretimento de permafrost – gelo misturado ao solo, logo abaixo da superfície. Ele se transforma em água e há o colapso da superfície, que afunda. Nasce um lago. E o maior problema vem em seguida: o material orgânico que até então estava congelado passa a ser consumido por microorganismos metanógenos. Aí esse metano passa a borbulhar da água em copiosas quantidades. E o metano retém 100 vezes mais calor na atmosfera do que o CO2.
Um desses novos lagos ganhou o nome de Big Trail. Cinquenta anos atrás, ele nem existia. Agora é uma das maiores fontes emissoras de metano no Ártico. E está bem longe de ser a única. Do Alaska à Sibéria, o processo de derretimento está impulsionando as emissões de metano. Que por sua vez aumentam o efeito estufa. Que por sua vez eleva a temperatura média do planeta. Que por sua vez produz mais derretimento de gelo. E por aí vai...
NOGUEIRA, Salvador. Carbono zero. Superinteressante. Edição 445, ano 33, n. 11, nov. 2022. São Paulo: Editora Abril. p. 12. (Fragmento adaptado).
O trecho negritado apresenta um conjunto de informações sequenciadas e relacionadas entre si por meio de relações de sentido
Livro reúne os casos clínicos que projetaram Freud
Você não precisa ser um psicanalista para perambular pelas histórias de quem passou, em carne e osso, pelo divã de Sigmund Freud. Em narrativas que entraram para os anais da ciência e da literatura, o médico de Viena expõe como o método inventado por ele ajuda a montar o quebra-cabeça das experiências e dos sofrimentos psíquicos vividos por cinco personagens reais – Dora, Schreber, o pequeno Hans, o Homem dos Ratos e o Homem dos Lobos. Os nomes até insinuam a vocação literária dos relatos, mas, fora as descrições biográficas, com direito a episódios que seriam facilmente (auto)censurados no início do século 20, os textos oferecem o roteiro freudiano para investigar as origens de histerias, neuroses, fobias e obsessões – com destaque para a interpretação de sonhos e episódios ligados à infância e às descobertas sexuais. Na obra recém-publicada pela Autêntica, as cinco histórias clínicas ganham nova tradução e vêm acrescidas de notas explicativas e materiais inéditos em português. Goste-se ou não de até onde ele vai – na mente e na leitura dos casos –, é Freud puro.
DA EDIÇÃO. Livro reúne casos clínicos que projetaram Freud. Veja Saúde. N. 485, nov., 2022. São Paulo: Editora Abril. p.18. (Fragmento)
Com base no trecho negritado – e também em outros elementos que compõem o texto acima, como seu
título, por exemplo –, é correto afirmar que o objetivo discursivo primordial do texto é
A pesquisa Ibope de 2019 mostra que 34% da população brasileira nunca foi ao oftalmologista. O dado é preocupante, principalmente considerando que a Organização Mundial de Saúde (OMS) estima que, até 2050, metade da população será míope. E engana-se quem pensa que esse é um problema apenas de adultos. A visita ao consultório desse especialista deve começar cedo.
A dra. Adriana Fecarotta, especialista em oftalmopediatria, explica que o primeiro exame oftalmológico deve ser feito antes dos 6 meses de vida e que crianças com até 2 anos de idade devem visitar oftalmologista a cada 6 meses. Depois disso, e caso não haja anormalidade, recomenda-se o acompanhamento anual.
DA EDIÇÃO. Crianças também precisam ir ao oftalmologista. Veja Saúde. N. 485, nov., 2022. São Paulo: Editora Abril. p. 69. (Fragmento).
A oração negritada cumpre, em relação à oração subsequente, a função de expressar um sentido de
O mundo inteiro vem sofrendo impactos econômicos por causa da pandemia da Covid-19. E, por conta das medidas de restrição à circulação de pessoas, muitas lojas tiveram de ser fechadas temporariamente. Nesse cenário de incertezas, talvez os desafios mais importantes sejam manter o vínculo com o consumidor e conquistar novos clientes, apesar de tudo.
MUFARREJ, Liane. Como eles mantêm a confiança do consumidor em tempos difíceis. Seleções/Reader’s Digest. Jul., 2021. Rio de Janeiro: Plural Indústria Gráfica. p. 75. (Fragmento adaptado.)
O mundo inteiro vem sofrendo impactos econômicos por causa da pandemia da Covid-19. E, por conta das medidas de restrição à circulação de pessoas, muitas lojas tiveram de ser fechadas temporariamente. Nesse cenário de incertezas, talvez os desafios mais importantes sejam manter o vínculo com o consumidor e conquistar novos clientes, apesar de tudo.
MUFARREJ, Liane. Como eles mantêm a confiança do consumidor em tempos difíceis. Seleções/Reader’s Digest. Jul., 2021. Rio de Janeiro: Plural Indústria Gráfica. p. 75. (Fragmento adaptado.)