Homem, 21 anos, estudante universitário, refere estar ansioso, angustiado, desanimado e com insônia inicial
há 2 meses, em razão de sentimentos de estranheza com relação ao mundo, percebe o clima ao seu redor
como ameaçador e tem a sensação de que alguma coisa está para acontecer, que “não há escapatória”,
mas não sabe ao certo do quê. Psiquiatra prescreve tratamento não farmacológico para insônia e é
encaminhado para psicoterapia. Na segunda consulta psiquiátrica, após 4 meses do primeiro atendimento,
relata que os professores o estão perseguindo, realizam reuniões para difamá-lo e estão criando estratégias
para reprová-lo e fazê-lo desistir do curso, além de enviar funcionários à porta do seu alojamento para
humilhá-lo, ofendendo-o em relação à sua capacidade intelectual e comportamentos. Parou de ir às aulas e
afastou-se de seus colegas por receio de que lhe façam mal. O paciente conclui sua fala, dizendo: “Lembrome de que, quando eu era criança, ganhei uma Bíblia do meu professor de religião. Por isso, os professores
estão me perseguindo”.