Questões de Concurso Público UNIFASE - RJ 2023 para Residência Multiprofissional em Atenção Básica - Psicologia

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Q2049171 Psicologia

(...) é um novo modo de produzir saúde em que duas ou mais equipes, num processo de construção compartilhada, criam uma proposta de intervenção pedagógico-terapêutica. No processo de integração da saúde mental à atenção primária na realidade brasileira, esse novo modelo tem sido o norteador das experiências implementadas em diversos municípios, ao longo dos últimos anos. Esse (...), formulado por Gastão Wagner Campos (1999), tem estruturado em nosso país um tipo de cuidado colaborativo entre a saúde mental e a atenção primária. (CHIAVERINI; 2011)


O trecho acima se refere:

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Q2049172 Psicologia
Segundo Dalgarrondo (2000), “desde o século XIX, os clínicos têm percebido que nem todos os aspectos da manifestação de uma doença derivam diretamente do processo patológico de base (em geral relacionados à predisposição constitucional e a fatores predisponentes). Nessa linha, o psicopatólogo alemão Karl Birnbaum (1878- 1950) (1980) propôs que se discriminem três fatores envolvidos na manifestação das doenças mentais”:
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Q2049173 Psicologia
Segundo a concepção psicopatológica, com base na patologia geral e na escola jasperiana, os cursos crônicos dos transtornos mentais podem ser de dois tipos: processo e desenvolvimento. Processo refere-se a uma transformação lenta e insidiosa da personalidade, decorrente de alterações psicologicamente incompreensíveis, de natureza endógena. [...] Desenvolvimento refere-se à evolução psicologicamente compreensível de uma personalidade. Essa evolução pode ser normal, configurando os distintos traços de caráter do indivíduo, ou anormal, determinando os transtornos da personalidade e as neuroses.
Considere as definições a seguir e responda:
1 - Os fenômenos agudos ou subagudos classificam-se em crises ou ataques, episódios, reações vivenciais, fases e surtos.
2- A crise, ou ataque, caracteriza-se, em geral, por surgimento e término abruptos, durando segundos ou minutos, raramente horas. Utilizam-se os termos crise ou ataque para fenômenos como: crises epilépticas, crises ou ataques de pânico, crises histéricas, crises de agitação psicomotora, etc.
3- O episódio tem geralmente a duração de dias até semanas. Tanto o termo crise como o termo episódio nada especificam sobre a natureza do fenômeno mórbido. Os termos episódio e crise são denominações referentes apenas ao aspecto temporal do fenômeno. Na prática, é comum utilizar-se o termo episódio de forma inespecífica, quando não há condições de precisar a natureza do fenômeno mórbido. Assim, pode-se falar em episódio maniatimorfo, episódio paranóide, episódio depressivo, etc.
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Q2049174 Psicologia
A história e o exame do estado mental do paciente também constituem os recursos básicos de um diagnóstico e se desenvolvem, como outras interações clínicas, no contexto de uma entrevista (Strauss, 1999). Na realidade, compõem rotineiramente a avaliação clínica psiquiátrica. Num modelo psicológico, a história e o exame do paciente permitem a coleta de subsídios introdutórios que vão fundamentar o processo a que chamamos de psicodiagnóstico. Caracterizam, portanto, uma área de superposição profissional.
Leia atentamente o trecho a seguir e responda ao que se refere:
“Em primeiro lugar, esta é a época em que as relações sociais vão se tornando mais importantes e devem ser consideradas, enfocando irmãos, colegas e amigos. Deve-se analisar a facilidade ou não de estabelecer e manter relações, avaliar a extensão da rede de amizades, o grau de intimidade nas amizades, identificar qual o papel desempenhado nos grupos, grau de popularidade e liderança, a tendência de participar de grupos que se envolvem em atividades não aceitas pelas normas sociais ou, ao contrário, de organizações com interesses artísticos, políticos, religiosos, etc.” 
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Q2049175 Psicologia
“A não ser em casos muito específicos, em que o objetivo diagnóstico é bastante circunscrito, a (...) é realizada geralmente integrada com a história, buscando-se uma relação entre a pessoa com seus problemas específicos atuais e as experiências de sua vida passada. Pretende-se colocar a problemática presente numa perspectiva histórica, que permita compreender o transtorno dentro de um processo vital, em um contexto temporal, afetivo e social, com base num quadro referencial teórico. Trata-se de um modo específico de compreender os fatos. Desse modo, não se analisam os efeitos especiais de um e outro acontecimento, como também suas interações. Bellak e Small (1980) exemplificam: ‘a perda da mãe na infância do paciente deve ser posta em relação com a chegada anterior de um irmão e com a ausência prévia e prolongada do pai no lar’ (p.51). Os acontecimentos também devem ser entendidos em função da época em que ocorreram, pois a sua repercussão psicodinâmica pode ser intensificada em meio a uma crise de desenvolvimento, por exemplo, e eventualmente agravada por vulnerabilidade no desenvolvimento anterior.” (CUNHA, 2000).
O autor está se referindo a:
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Q2049176 Psicologia
Os delírios (do latim de, fora, e liros, sulco; sair da trilha arada, desviar o arado do sulco) podem ser classificados de diversas maneiras: a) conforme a sua temática (de desconfiança, de perseguição, de influência, de prejuízo, de referência, de autopreferência, de ciúme, de grandeza, de descendência ou de linhagem ilustre [genealógico], de invenção, de transformação cósmica, de prestígio, de missão divina, de reforma social, de possessão diabólica ou divina, de natureza hipocondríaca, de negação e transformação, de culpa, de autoacusação, de ruína e vários outros, de acordo com a plasticidade da trama delirante); b) conforme o grau de elaboração (sistematizados e não-sistematizados); c) conforme o curso evolutivo (agudos e crônicos).
Quanto ao delirium:
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Q2049177 Psicologia
“entendemos a experiência clínica como a devolução do sujeito ao plano da subjetivação, ao plano da produção que é plano do coletivo. O coletivo, aqui, bem entendido, não pode ser reduzido a uma soma de indivíduos ou ao resultado de um contrato que os indivíduos fazem entre si. Coletivo diz respeito a este plano de produção, composto de elementos heteróclitos e que experimenta, todo o tempo, a diferenciação. Coletivo é multidão, composição potencialmente ilimitada de seres tomados na proliferação das forças. No coletivo não há, portanto, propriedade particular, pessoalidades, nada que seja privado, já que todas as forças estão disponíveis para serem experimentadas. É aí que entendemos se dar a experiência da clínica: experimentação no plano coletivo, experimentação pública.” (BENEVIDES, 2005).
Considerando o que foi dito pela autora, diga a qual tipo ela está se referindo no parágrafo a seguir:
"se tomamos a Psicologia como campo de saber voltado para os estudos da subjetividade e se esta é entendida como processo coletivo de produção resultando em formas sempre inacabadas e heterogenéticas, é impossível separar, ainda que distinções haja, a clínica da política, o individual do social, o singular do coletivo; os modos de cuidar dos modos de gerir; a macro e a micropolítica. Fazer política pública – e o SUS é fundamentalmente política pública, porque de qualquer um -, é tomar esta dimensão da experiência coletiva como aquela geradora dos processos singulares. Neste sentido, pensar a interface da Psicologia com o SUS se dará exatamente por este ponto conector: os processos de subjetivação se dão num plano coletivo, plano de multiplicidades, plano público. O SUS, enquanto conquista do povo brasileiro, da humanidade, se faz como política pública de saúde.” 
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Q2049178 Psicologia
Ao aprovar e divulgar o Código de Ética Profissional do Psicólogo, a expectativa é de que ele seja um instrumento capaz de delinear para a sociedade as responsabilidades e deveres do psicólogo, oferecer diretrizes para a sua formação e balizar os julgamentos das suas ações, contribuindo para o fortalecimento e ampliação do significado social da profissão. Segundo o Código de Ética Profissional do Psicólogo podemos afirmar que, é responsabilidade do psicólogo:
I. Orientar a quem de direito sobre os encaminhamentos apropriados, a partir da prestação de serviços psicológicos, e fornecer, sempre que solicitado, os documentos pertinentes ao bom termo do trabalho
II. Ter, para com o trabalho dos psicólogos e de outros profissionais, respeito, consideração e solidariedade, e, quando solicitado, colaborar com estes, salvo impedimento por motivo relevante
III. Levar ao conhecimento das instâncias competentes o exercício ilegal ou irregular da profissão, transgressões a princípios e diretrizes deste Código ou da legislação profissional.
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Q2049179 Psicologia
(Código de Ética Profissional do Psicólogo, 2005) Art. 7º – O psicólogo poderá intervir na prestação de serviços psicológicos que estejam sendo efetuados por outro profissional, nas seguintes situações: Assinale a alternativa que não corresponda a uma real orientação do CEP.
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Q2049180 Psicologia
Observe os artigos do Código de Ética Profissional do Psicólogo a seguir e responda:
“Art. 11 – Quando requisitado a depor em juízo, o psicólogo poderá prestar informações, considerando o previsto neste Código.
Art. 12 – Nos documentos que embasam as atividades em equipe multiprofissional, o psicólogo registrará apenas as informações necessárias para o cumprimento dos objetivos do trabalho.
Art. 13 – No atendimento à criança, ao adolescente ou ao interdito, deve ser comunicado aos responsáveis o estritamente essencial para se promoverem medidas em seu benefício.
Art. 14 – A utilização de quaisquer meios de registro e observação da prática psicológica obedecerá às normas deste Código e a legislação profissional vigente, devendo o usuário ou beneficiário, desde o início, ser informado.” 
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Q2049181 Psicologia
O trabalho de grupos em atenção primária é uma alternativa para as práticas assistenciais. Estes espaços favorecem o aprimoramento de todos os envolvidos, não apenas no aspecto pessoal como também no profissional, por meio da valorização dos diversos saberes e da possibilidade de intervir criativamente no processo de saúde-doença de cada pessoa. (DIAS, SILVEIRA – 2009)
Considerando os papéis grupais, analise a definição a seguir e assinale a alternativa correspondente: “é aquele que assume as ‘culpas’ do grupo. Assume o papel de depositário dos conteúdos, percebidos como negativos, que provocam malestar no grupo, medo, culpa e vergonha.” 
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Q2049182 Psicologia
Leia as afirmativas e a seguir responda:
I. Uma forma de avaliar o grupo é a sondagem dos membros do grupo por intermédio de algumas questões objetivas feitas pelo coordenador, solicitando uma avaliação do seu desempenho como uma etapa das reuniões do grupo. Um outro meio poderia ser por meio de entrevistas individuais ou do preenchimento de instrumentos como um questionário de satisfação, ao final do grupo ou da permanência do participante.
II. O feedback do coordenador sobre o grupo deve considerar o seu desempenho sob a perspectiva do coordenador. É um recurso utilizado principalmente a partir da observação do mesmo frente aos fatos que ocorrem no desenvolvimento do trabalho. O registro escrito diário das reuniões balizado pelos objetivos do grupo pode constituir-se em uma preciosa fonte de informações. Uma estratégia de complementação dessa forma de avaliação seria a comparação das impressões do coordenador com as opiniões dos participantes.
III. O grupo também pode ser avaliado por supervisor externo. As avaliações sob perspectiva de outros membros da equipe que trabalham com grupo podem auxiliar também o processo de avaliação dos resultados alcançados pelo grupo. Os outros membros da equipe que dão apoio ao trabalho realizado pelo coordenador podem ajudá-lo a captar detalhes importantes sobre o seu desempenho, dos outros membros do grupo e do processo como um todo.
IV. O término do grupo é um evento tão importante quanto o seu percurso. Ao cuidarmos de um término digno do grupo é importante permitir que as pessoas possam experimentar as vicissitudes da separação como um momento inerente à vida. Muitos evitam essas situações acreditando que, com isso, irão evitar a dor. Assim não se despedem dos outros, iludindo-se que será mais fácil para não sentir saudades.
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Q2049183 Psicologia
“Pensar [...] como processo, como relação e como composição rompe com a noção de esquadrinhamento da sociedade, delimitando áreas de abrangência, considerando apenas o frio mapa de uma cidade. Trata-se aqui de construir/inventar um espaço possível de subjetivação. Considerar como [...] apenas o frio esquadrinhamento das áreas de adstrição das equipes das ESF não é suficiente para contemplar a multiplicidade dos fluxos da vida das pessoas que habitam os lugares. Moram aqui, trabalham acolá, transitam por vários espaços urbanos. Para a Política Nacional de Atenção Básica, é fundamental que a Rede de Atenção à Saúde oriente seu o trabalho pelos princípios da universalidade e da acessibilidade; atenta aos vínculos e a continuidade do cuidado sustentando a integralidade da atenção e da responsabilização; com equidade e participação social.” (YASUI, AMARANTE – 2018) 
O trecho acima se refere: 
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Q2049184 Psicologia
[...] caracteriza-se por um modo de exercício do biopoder que institui saberes e fazeres produzindo uma interdição dos espaços urbanos e a determinação de lugares e modos de se relacionar com certos grupos marcados pela exclusão e, em muitos casos, pelo confinamento. Não apenas como um poder que exclui e reprime, antes, um poder que produz normatizações, controle, assujeitamento, vigilância. Concretiza-se no policiamento da cidade e no controle dos indivíduos pela análise pormenorizada do território e de seus elementos e pelo exercício de um poder contínuo. (YASUI, AMARANTE – 2018)
A definição acima se refere:
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Q2049185 Psicologia
O termo “gentrificação” tem sido usado para determinar:
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Q2049186 Psicologia
“Tradicionalmente, os sistemas de saúde se organizam de uma forma vertical (hierárquica), com uma diferença de autoridade entre quem encaminha um caso e quem o recebe, havendo uma transferência de responsabilidade ao encaminhar. A comunicação entre os dois ou mais níveis hierárquicos ocorre, muitas vezes, de forma precária e irregular, geralmente por meio de informes escritos, como pedidos de parecer e formulários de contrarreferência que não oferecem uma boa resolubilidade. A nova proposta integradora visa transformar a lógica tradicional dos sistemas de saúde: encaminhamentos, referências e contrarreferências, protocolos e centros de regulação. Os efeitos burocráticos e pouco dinâmicos dessa lógica tradicional podem vir a ser atenuados por ações horizontais que integrem os componentes e seus saberes nos diferentes níveis assistenciais.” (CHIAVERINI; 2011)
Na horizontalização decorrente do processo de matriciamento, o sistema de saúde se reestrutura em dois tipos de equipes:
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Q2049187 Psicologia
O apoio matricial é distinto do atendimento realizado por um especialista dentro de uma unidade de atenção primária tradicional. Ele pode ser entendido com base no que aponta Figueiredo e Campos (2009):
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Q2049188 Psicologia
Quando solicitar um matriciamento?
I. Nos casos em que a equipe de referência sente necessidade de apoio da saúde mental para abordar e conduzir um caso que exige, por exemplo, esclarecimento diagnóstico, estruturação de um projeto terapêutico e abordagem da família.
II. Quando se necessita de suporte para realizar intervenções psicossociais específicas da atenção primária, tais como grupos de pacientes com transtornos mentais.
III. Para integração do nível especializado com a atenção primária no tratamento de pacientes com transtorno mental, como, por exemplo, para apoiar na adesão ao projeto terapêutico de pacientes com transtornos mentais graves e persistentes em atendimento especializado em um Centro de Atenção Psicossocial (CAPS).
IV. Quando a equipe de referência sente necessidade de apoio para resolver problemas relativos ao desempenho de suas tarefas, como, por exemplo, dificuldades nas relações pessoais ou nas situações especialmente difíceis encontradas na realidade do trabalho diário.
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Q2049189 Psicologia
O quadro de ansiedade generalizada caracteriza-se: 
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Q2049190 Psicologia
As síndromes depressivas têm como elementos mais salientes o humor triste e o desânimo. Dos agrupamentos de sinais e sintomas a seguir, quais não pertencem às síndromes depressivas? 
Alternativas
Respostas
1: B
2: A
3: D
4: D
5: E
6: B
7: A
8: A
9: E
10: D
11: C
12: D
13: C
14: D
15: A
16: B
17: A
18: E
19: C
20: C