Questões de Concurso Público Câmara de Ipuiuna - MG 2022 para Secretário Legislativo

Foram encontradas 10 questões

Q1945792 Português

Pandemia nos faz questionar noção de individualidade
Verlaine Freitas*

    “Quem sou eu em meio ao oceano de pessoas do país e do mundo?” “O que representam bilhões de pessoas do planeta para mim, um mero indivíduo?”
     Essas perguntas, que nos rondam ocasionalmente como meras fantasias existenciais – sem respostas e sem desdobramentos práticos, meros índices das incertezas quanto ao sentido da existência individual e coletiva em um mundo cada vez mais individualista, repentinamente ganharam uma concretude avassaladora.
    A pandemia de COVID-19 nos mostra a densidade urgente, visceral e corpórea do tecido societário, expondo à luz do dia como falácias inadmissíveis os discursos baseados no mero esforço próprio, nas opções individuais, no interesse centrado na maximização do lucro em detrimento do bem-estar coletivo.
   [...]
  Vivemos atualmente um chamamento à concretude radical da negatividade do mundo, muito além da experimentada nas figuras dos vilões nos filmes, nas derrotas esportivas e nas notícias de guerras do outro lado do mundo.
   Ela deverá forjar uma nova consciência do significado dessa vida “em piloto automático”, com este vaivém constante, seguindo o eterno princípio da maior vantagem para si. Tal como toda interrupção do trânsito com objetos de desejo constrange a uma posição crítica sobre o significado deste vínculo, agora também seremos levados a nos perguntar sobre esta colonização expansiva do mundo, cuja marcha inexorável levou a natureza a nos questionar: “Quais seus limites? Qual a racionalidade social disso tudo? Quais os custos ambientais e de vidas humanas vocês estão dispostos a pagar para manter a ilusão de um individualismo exacerbado?”.     
   Naturalmente, o aprendizado dessa experiência negativa será muito diverso, pois alguns grupos sociais lucram com esta crise, outros aferram-se a leituras religiosas fundamentalistas baseando-se no conceito de castigo divino, e alguns tenderão a se fechar mais ainda em seu mundo, isolando-se de toda e qualquer responsabilização social.
    Espero, porém, que a maior parte da sociedade tenha uma visão crítica progressista, cobrando de si e dos outros um comprometimento maior com o bemestar social, percebendo o quanto a vida em sociedade significa, por si, uma dimensão inexpugnável e inelidível da vida individual no sentido mais próprio do termo.
   O isolamento social a que hoje nos vemos forçados pode ser lido como uma metáfora do quanto a negligência para com os serviços públicos de saúde significa o desprezo para com a vida de cada uma e cada um de nós em termos singulares.
  Os filósofos da Escola de Frankfurt, Theodor Adorno e Max Horkheimer, haviam concebido a destruição avassaladora da Segunda Guerra Mundial como um retorno violento da natureza recalcada, reprimida e mutilada. Tal como, segundo a psicanálise, desejos recalcados retornam sob a forma de sofrimento neurótico, todo o complexo natural pareceu retornar, furioso, nas centenas de bombas despejados sobre as metrópoles.
   Agora vemos, mais uma vez, porém de forma menos metafórica, a natureza cobrando um alto preço pelo esquecimento de que somos seres vivos, aliás muito frágeis, muito mais fracos que outros, invisíveis aos nossos olhos, mas muito mais poderosos que nós humanos, demasiadamente humanos.

*Verlaine Freitas é professor da UFMG e pesquisador do CNPq

Disponível em:<https://www.em.com.br/app/noticia/cultura/2020/ 03/28/interna_cultura,1133266/pandemia-nos-faz-questionar-nocao-de-individualidade-diz-filosofo-da.shtml> . Acesso em 28 mar. 2020.
Após a leitura do texto, é correto afirmar que o autor 
Alternativas
Q1945793 Português

Pandemia nos faz questionar noção de individualidade
Verlaine Freitas*

    “Quem sou eu em meio ao oceano de pessoas do país e do mundo?” “O que representam bilhões de pessoas do planeta para mim, um mero indivíduo?”
     Essas perguntas, que nos rondam ocasionalmente como meras fantasias existenciais – sem respostas e sem desdobramentos práticos, meros índices das incertezas quanto ao sentido da existência individual e coletiva em um mundo cada vez mais individualista, repentinamente ganharam uma concretude avassaladora.
    A pandemia de COVID-19 nos mostra a densidade urgente, visceral e corpórea do tecido societário, expondo à luz do dia como falácias inadmissíveis os discursos baseados no mero esforço próprio, nas opções individuais, no interesse centrado na maximização do lucro em detrimento do bem-estar coletivo.
   [...]
  Vivemos atualmente um chamamento à concretude radical da negatividade do mundo, muito além da experimentada nas figuras dos vilões nos filmes, nas derrotas esportivas e nas notícias de guerras do outro lado do mundo.
   Ela deverá forjar uma nova consciência do significado dessa vida “em piloto automático”, com este vaivém constante, seguindo o eterno princípio da maior vantagem para si. Tal como toda interrupção do trânsito com objetos de desejo constrange a uma posição crítica sobre o significado deste vínculo, agora também seremos levados a nos perguntar sobre esta colonização expansiva do mundo, cuja marcha inexorável levou a natureza a nos questionar: “Quais seus limites? Qual a racionalidade social disso tudo? Quais os custos ambientais e de vidas humanas vocês estão dispostos a pagar para manter a ilusão de um individualismo exacerbado?”.     
   Naturalmente, o aprendizado dessa experiência negativa será muito diverso, pois alguns grupos sociais lucram com esta crise, outros aferram-se a leituras religiosas fundamentalistas baseando-se no conceito de castigo divino, e alguns tenderão a se fechar mais ainda em seu mundo, isolando-se de toda e qualquer responsabilização social.
    Espero, porém, que a maior parte da sociedade tenha uma visão crítica progressista, cobrando de si e dos outros um comprometimento maior com o bemestar social, percebendo o quanto a vida em sociedade significa, por si, uma dimensão inexpugnável e inelidível da vida individual no sentido mais próprio do termo.
   O isolamento social a que hoje nos vemos forçados pode ser lido como uma metáfora do quanto a negligência para com os serviços públicos de saúde significa o desprezo para com a vida de cada uma e cada um de nós em termos singulares.
  Os filósofos da Escola de Frankfurt, Theodor Adorno e Max Horkheimer, haviam concebido a destruição avassaladora da Segunda Guerra Mundial como um retorno violento da natureza recalcada, reprimida e mutilada. Tal como, segundo a psicanálise, desejos recalcados retornam sob a forma de sofrimento neurótico, todo o complexo natural pareceu retornar, furioso, nas centenas de bombas despejados sobre as metrópoles.
   Agora vemos, mais uma vez, porém de forma menos metafórica, a natureza cobrando um alto preço pelo esquecimento de que somos seres vivos, aliás muito frágeis, muito mais fracos que outros, invisíveis aos nossos olhos, mas muito mais poderosos que nós humanos, demasiadamente humanos.

*Verlaine Freitas é professor da UFMG e pesquisador do CNPq

Disponível em:<https://www.em.com.br/app/noticia/cultura/2020/ 03/28/interna_cultura,1133266/pandemia-nos-faz-questionar-nocao-de-individualidade-diz-filosofo-da.shtml> . Acesso em 28 mar. 2020.
Ao longo do texto, o autor se vale das oposições para discorrer sobre o assunto. Assinale a alternativa que não relaciona adequadamente o trecho à oposição por ele representada. 
Alternativas
Q1945794 Português

Pandemia nos faz questionar noção de individualidade
Verlaine Freitas*

    “Quem sou eu em meio ao oceano de pessoas do país e do mundo?” “O que representam bilhões de pessoas do planeta para mim, um mero indivíduo?”
     Essas perguntas, que nos rondam ocasionalmente como meras fantasias existenciais – sem respostas e sem desdobramentos práticos, meros índices das incertezas quanto ao sentido da existência individual e coletiva em um mundo cada vez mais individualista, repentinamente ganharam uma concretude avassaladora.
    A pandemia de COVID-19 nos mostra a densidade urgente, visceral e corpórea do tecido societário, expondo à luz do dia como falácias inadmissíveis os discursos baseados no mero esforço próprio, nas opções individuais, no interesse centrado na maximização do lucro em detrimento do bem-estar coletivo.
   [...]
  Vivemos atualmente um chamamento à concretude radical da negatividade do mundo, muito além da experimentada nas figuras dos vilões nos filmes, nas derrotas esportivas e nas notícias de guerras do outro lado do mundo.
   Ela deverá forjar uma nova consciência do significado dessa vida “em piloto automático”, com este vaivém constante, seguindo o eterno princípio da maior vantagem para si. Tal como toda interrupção do trânsito com objetos de desejo constrange a uma posição crítica sobre o significado deste vínculo, agora também seremos levados a nos perguntar sobre esta colonização expansiva do mundo, cuja marcha inexorável levou a natureza a nos questionar: “Quais seus limites? Qual a racionalidade social disso tudo? Quais os custos ambientais e de vidas humanas vocês estão dispostos a pagar para manter a ilusão de um individualismo exacerbado?”.     
   Naturalmente, o aprendizado dessa experiência negativa será muito diverso, pois alguns grupos sociais lucram com esta crise, outros aferram-se a leituras religiosas fundamentalistas baseando-se no conceito de castigo divino, e alguns tenderão a se fechar mais ainda em seu mundo, isolando-se de toda e qualquer responsabilização social.
    Espero, porém, que a maior parte da sociedade tenha uma visão crítica progressista, cobrando de si e dos outros um comprometimento maior com o bemestar social, percebendo o quanto a vida em sociedade significa, por si, uma dimensão inexpugnável e inelidível da vida individual no sentido mais próprio do termo.
   O isolamento social a que hoje nos vemos forçados pode ser lido como uma metáfora do quanto a negligência para com os serviços públicos de saúde significa o desprezo para com a vida de cada uma e cada um de nós em termos singulares.
  Os filósofos da Escola de Frankfurt, Theodor Adorno e Max Horkheimer, haviam concebido a destruição avassaladora da Segunda Guerra Mundial como um retorno violento da natureza recalcada, reprimida e mutilada. Tal como, segundo a psicanálise, desejos recalcados retornam sob a forma de sofrimento neurótico, todo o complexo natural pareceu retornar, furioso, nas centenas de bombas despejados sobre as metrópoles.
   Agora vemos, mais uma vez, porém de forma menos metafórica, a natureza cobrando um alto preço pelo esquecimento de que somos seres vivos, aliás muito frágeis, muito mais fracos que outros, invisíveis aos nossos olhos, mas muito mais poderosos que nós humanos, demasiadamente humanos.

*Verlaine Freitas é professor da UFMG e pesquisador do CNPq

Disponível em:<https://www.em.com.br/app/noticia/cultura/2020/ 03/28/interna_cultura,1133266/pandemia-nos-faz-questionar-nocao-de-individualidade-diz-filosofo-da.shtml> . Acesso em 28 mar. 2020.
Em relação ao texto, é correto afirmar que nele predomina o tipo textual 
Alternativas
Q1945795 Português

Pandemia nos faz questionar noção de individualidade
Verlaine Freitas*

    “Quem sou eu em meio ao oceano de pessoas do país e do mundo?” “O que representam bilhões de pessoas do planeta para mim, um mero indivíduo?”
     Essas perguntas, que nos rondam ocasionalmente como meras fantasias existenciais – sem respostas e sem desdobramentos práticos, meros índices das incertezas quanto ao sentido da existência individual e coletiva em um mundo cada vez mais individualista, repentinamente ganharam uma concretude avassaladora.
    A pandemia de COVID-19 nos mostra a densidade urgente, visceral e corpórea do tecido societário, expondo à luz do dia como falácias inadmissíveis os discursos baseados no mero esforço próprio, nas opções individuais, no interesse centrado na maximização do lucro em detrimento do bem-estar coletivo.
   [...]
  Vivemos atualmente um chamamento à concretude radical da negatividade do mundo, muito além da experimentada nas figuras dos vilões nos filmes, nas derrotas esportivas e nas notícias de guerras do outro lado do mundo.
   Ela deverá forjar uma nova consciência do significado dessa vida “em piloto automático”, com este vaivém constante, seguindo o eterno princípio da maior vantagem para si. Tal como toda interrupção do trânsito com objetos de desejo constrange a uma posição crítica sobre o significado deste vínculo, agora também seremos levados a nos perguntar sobre esta colonização expansiva do mundo, cuja marcha inexorável levou a natureza a nos questionar: “Quais seus limites? Qual a racionalidade social disso tudo? Quais os custos ambientais e de vidas humanas vocês estão dispostos a pagar para manter a ilusão de um individualismo exacerbado?”.     
   Naturalmente, o aprendizado dessa experiência negativa será muito diverso, pois alguns grupos sociais lucram com esta crise, outros aferram-se a leituras religiosas fundamentalistas baseando-se no conceito de castigo divino, e alguns tenderão a se fechar mais ainda em seu mundo, isolando-se de toda e qualquer responsabilização social.
    Espero, porém, que a maior parte da sociedade tenha uma visão crítica progressista, cobrando de si e dos outros um comprometimento maior com o bemestar social, percebendo o quanto a vida em sociedade significa, por si, uma dimensão inexpugnável e inelidível da vida individual no sentido mais próprio do termo.
   O isolamento social a que hoje nos vemos forçados pode ser lido como uma metáfora do quanto a negligência para com os serviços públicos de saúde significa o desprezo para com a vida de cada uma e cada um de nós em termos singulares.
  Os filósofos da Escola de Frankfurt, Theodor Adorno e Max Horkheimer, haviam concebido a destruição avassaladora da Segunda Guerra Mundial como um retorno violento da natureza recalcada, reprimida e mutilada. Tal como, segundo a psicanálise, desejos recalcados retornam sob a forma de sofrimento neurótico, todo o complexo natural pareceu retornar, furioso, nas centenas de bombas despejados sobre as metrópoles.
   Agora vemos, mais uma vez, porém de forma menos metafórica, a natureza cobrando um alto preço pelo esquecimento de que somos seres vivos, aliás muito frágeis, muito mais fracos que outros, invisíveis aos nossos olhos, mas muito mais poderosos que nós humanos, demasiadamente humanos.

*Verlaine Freitas é professor da UFMG e pesquisador do CNPq

Disponível em:<https://www.em.com.br/app/noticia/cultura/2020/ 03/28/interna_cultura,1133266/pandemia-nos-faz-questionar-nocao-de-individualidade-diz-filosofo-da.shtml> . Acesso em 28 mar. 2020.
Assinale a alternativa em que a palavra grifada não pode ser substituída pelo termo entre colchetes sem que haja prejuízo para o sentido do trecho. 
Alternativas
Q1945796 Português

Pandemia nos faz questionar noção de individualidade
Verlaine Freitas*

    “Quem sou eu em meio ao oceano de pessoas do país e do mundo?” “O que representam bilhões de pessoas do planeta para mim, um mero indivíduo?”
     Essas perguntas, que nos rondam ocasionalmente como meras fantasias existenciais – sem respostas e sem desdobramentos práticos, meros índices das incertezas quanto ao sentido da existência individual e coletiva em um mundo cada vez mais individualista, repentinamente ganharam uma concretude avassaladora.
    A pandemia de COVID-19 nos mostra a densidade urgente, visceral e corpórea do tecido societário, expondo à luz do dia como falácias inadmissíveis os discursos baseados no mero esforço próprio, nas opções individuais, no interesse centrado na maximização do lucro em detrimento do bem-estar coletivo.
   [...]
  Vivemos atualmente um chamamento à concretude radical da negatividade do mundo, muito além da experimentada nas figuras dos vilões nos filmes, nas derrotas esportivas e nas notícias de guerras do outro lado do mundo.
   Ela deverá forjar uma nova consciência do significado dessa vida “em piloto automático”, com este vaivém constante, seguindo o eterno princípio da maior vantagem para si. Tal como toda interrupção do trânsito com objetos de desejo constrange a uma posição crítica sobre o significado deste vínculo, agora também seremos levados a nos perguntar sobre esta colonização expansiva do mundo, cuja marcha inexorável levou a natureza a nos questionar: “Quais seus limites? Qual a racionalidade social disso tudo? Quais os custos ambientais e de vidas humanas vocês estão dispostos a pagar para manter a ilusão de um individualismo exacerbado?”.     
   Naturalmente, o aprendizado dessa experiência negativa será muito diverso, pois alguns grupos sociais lucram com esta crise, outros aferram-se a leituras religiosas fundamentalistas baseando-se no conceito de castigo divino, e alguns tenderão a se fechar mais ainda em seu mundo, isolando-se de toda e qualquer responsabilização social.
    Espero, porém, que a maior parte da sociedade tenha uma visão crítica progressista, cobrando de si e dos outros um comprometimento maior com o bemestar social, percebendo o quanto a vida em sociedade significa, por si, uma dimensão inexpugnável e inelidível da vida individual no sentido mais próprio do termo.
   O isolamento social a que hoje nos vemos forçados pode ser lido como uma metáfora do quanto a negligência para com os serviços públicos de saúde significa o desprezo para com a vida de cada uma e cada um de nós em termos singulares.
  Os filósofos da Escola de Frankfurt, Theodor Adorno e Max Horkheimer, haviam concebido a destruição avassaladora da Segunda Guerra Mundial como um retorno violento da natureza recalcada, reprimida e mutilada. Tal como, segundo a psicanálise, desejos recalcados retornam sob a forma de sofrimento neurótico, todo o complexo natural pareceu retornar, furioso, nas centenas de bombas despejados sobre as metrópoles.
   Agora vemos, mais uma vez, porém de forma menos metafórica, a natureza cobrando um alto preço pelo esquecimento de que somos seres vivos, aliás muito frágeis, muito mais fracos que outros, invisíveis aos nossos olhos, mas muito mais poderosos que nós humanos, demasiadamente humanos.

*Verlaine Freitas é professor da UFMG e pesquisador do CNPq

Disponível em:<https://www.em.com.br/app/noticia/cultura/2020/ 03/28/interna_cultura,1133266/pandemia-nos-faz-questionar-nocao-de-individualidade-diz-filosofo-da.shtml> . Acesso em 28 mar. 2020.
O emprego de conectivos é um dos recursos utilizados para, em termos de coesão, garantir a progressão do texto. Diante disso, assinale a alternativa em que a ideia sugerida pelo conectivo destacado não corresponde àquela indicada entre colchetes.    
Alternativas
Q1945797 Português

Pandemia nos faz questionar noção de individualidade
Verlaine Freitas*

    “Quem sou eu em meio ao oceano de pessoas do país e do mundo?” “O que representam bilhões de pessoas do planeta para mim, um mero indivíduo?”
     Essas perguntas, que nos rondam ocasionalmente como meras fantasias existenciais – sem respostas e sem desdobramentos práticos, meros índices das incertezas quanto ao sentido da existência individual e coletiva em um mundo cada vez mais individualista, repentinamente ganharam uma concretude avassaladora.
    A pandemia de COVID-19 nos mostra a densidade urgente, visceral e corpórea do tecido societário, expondo à luz do dia como falácias inadmissíveis os discursos baseados no mero esforço próprio, nas opções individuais, no interesse centrado na maximização do lucro em detrimento do bem-estar coletivo.
   [...]
  Vivemos atualmente um chamamento à concretude radical da negatividade do mundo, muito além da experimentada nas figuras dos vilões nos filmes, nas derrotas esportivas e nas notícias de guerras do outro lado do mundo.
   Ela deverá forjar uma nova consciência do significado dessa vida “em piloto automático”, com este vaivém constante, seguindo o eterno princípio da maior vantagem para si. Tal como toda interrupção do trânsito com objetos de desejo constrange a uma posição crítica sobre o significado deste vínculo, agora também seremos levados a nos perguntar sobre esta colonização expansiva do mundo, cuja marcha inexorável levou a natureza a nos questionar: “Quais seus limites? Qual a racionalidade social disso tudo? Quais os custos ambientais e de vidas humanas vocês estão dispostos a pagar para manter a ilusão de um individualismo exacerbado?”.     
   Naturalmente, o aprendizado dessa experiência negativa será muito diverso, pois alguns grupos sociais lucram com esta crise, outros aferram-se a leituras religiosas fundamentalistas baseando-se no conceito de castigo divino, e alguns tenderão a se fechar mais ainda em seu mundo, isolando-se de toda e qualquer responsabilização social.
    Espero, porém, que a maior parte da sociedade tenha uma visão crítica progressista, cobrando de si e dos outros um comprometimento maior com o bemestar social, percebendo o quanto a vida em sociedade significa, por si, uma dimensão inexpugnável e inelidível da vida individual no sentido mais próprio do termo.
   O isolamento social a que hoje nos vemos forçados pode ser lido como uma metáfora do quanto a negligência para com os serviços públicos de saúde significa o desprezo para com a vida de cada uma e cada um de nós em termos singulares.
  Os filósofos da Escola de Frankfurt, Theodor Adorno e Max Horkheimer, haviam concebido a destruição avassaladora da Segunda Guerra Mundial como um retorno violento da natureza recalcada, reprimida e mutilada. Tal como, segundo a psicanálise, desejos recalcados retornam sob a forma de sofrimento neurótico, todo o complexo natural pareceu retornar, furioso, nas centenas de bombas despejados sobre as metrópoles.
   Agora vemos, mais uma vez, porém de forma menos metafórica, a natureza cobrando um alto preço pelo esquecimento de que somos seres vivos, aliás muito frágeis, muito mais fracos que outros, invisíveis aos nossos olhos, mas muito mais poderosos que nós humanos, demasiadamente humanos.

*Verlaine Freitas é professor da UFMG e pesquisador do CNPq

Disponível em:<https://www.em.com.br/app/noticia/cultura/2020/ 03/28/interna_cultura,1133266/pandemia-nos-faz-questionar-nocao-de-individualidade-diz-filosofo-da.shtml> . Acesso em 28 mar. 2020.
Assinale a alternativa em que o pronome grifado não corresponde ao termo ou à expressão destacados em negrito.
Alternativas
Q1945798 Português

Pandemia nos faz questionar noção de individualidade
Verlaine Freitas*

    “Quem sou eu em meio ao oceano de pessoas do país e do mundo?” “O que representam bilhões de pessoas do planeta para mim, um mero indivíduo?”
     Essas perguntas, que nos rondam ocasionalmente como meras fantasias existenciais – sem respostas e sem desdobramentos práticos, meros índices das incertezas quanto ao sentido da existência individual e coletiva em um mundo cada vez mais individualista, repentinamente ganharam uma concretude avassaladora.
    A pandemia de COVID-19 nos mostra a densidade urgente, visceral e corpórea do tecido societário, expondo à luz do dia como falácias inadmissíveis os discursos baseados no mero esforço próprio, nas opções individuais, no interesse centrado na maximização do lucro em detrimento do bem-estar coletivo.
   [...]
  Vivemos atualmente um chamamento à concretude radical da negatividade do mundo, muito além da experimentada nas figuras dos vilões nos filmes, nas derrotas esportivas e nas notícias de guerras do outro lado do mundo.
   Ela deverá forjar uma nova consciência do significado dessa vida “em piloto automático”, com este vaivém constante, seguindo o eterno princípio da maior vantagem para si. Tal como toda interrupção do trânsito com objetos de desejo constrange a uma posição crítica sobre o significado deste vínculo, agora também seremos levados a nos perguntar sobre esta colonização expansiva do mundo, cuja marcha inexorável levou a natureza a nos questionar: “Quais seus limites? Qual a racionalidade social disso tudo? Quais os custos ambientais e de vidas humanas vocês estão dispostos a pagar para manter a ilusão de um individualismo exacerbado?”.     
   Naturalmente, o aprendizado dessa experiência negativa será muito diverso, pois alguns grupos sociais lucram com esta crise, outros aferram-se a leituras religiosas fundamentalistas baseando-se no conceito de castigo divino, e alguns tenderão a se fechar mais ainda em seu mundo, isolando-se de toda e qualquer responsabilização social.
    Espero, porém, que a maior parte da sociedade tenha uma visão crítica progressista, cobrando de si e dos outros um comprometimento maior com o bemestar social, percebendo o quanto a vida em sociedade significa, por si, uma dimensão inexpugnável e inelidível da vida individual no sentido mais próprio do termo.
   O isolamento social a que hoje nos vemos forçados pode ser lido como uma metáfora do quanto a negligência para com os serviços públicos de saúde significa o desprezo para com a vida de cada uma e cada um de nós em termos singulares.
  Os filósofos da Escola de Frankfurt, Theodor Adorno e Max Horkheimer, haviam concebido a destruição avassaladora da Segunda Guerra Mundial como um retorno violento da natureza recalcada, reprimida e mutilada. Tal como, segundo a psicanálise, desejos recalcados retornam sob a forma de sofrimento neurótico, todo o complexo natural pareceu retornar, furioso, nas centenas de bombas despejados sobre as metrópoles.
   Agora vemos, mais uma vez, porém de forma menos metafórica, a natureza cobrando um alto preço pelo esquecimento de que somos seres vivos, aliás muito frágeis, muito mais fracos que outros, invisíveis aos nossos olhos, mas muito mais poderosos que nós humanos, demasiadamente humanos.

*Verlaine Freitas é professor da UFMG e pesquisador do CNPq

Disponível em:<https://www.em.com.br/app/noticia/cultura/2020/ 03/28/interna_cultura,1133266/pandemia-nos-faz-questionar-nocao-de-individualidade-diz-filosofo-da.shtml> . Acesso em 28 mar. 2020.

No último parágrafo, o autor observa: 


“Agora vemos, mais uma vez, porém de forma menos metafórica, a natureza cobrando um alto preço pelo esquecimento de que somos seres vivos, [...].” (10º parágrafo) 


Sobre esse trecho, é correto afirmar que a expressão grifada indica que o autor 

Alternativas
Q1945799 Português

Pandemia nos faz questionar noção de individualidade
Verlaine Freitas*

    “Quem sou eu em meio ao oceano de pessoas do país e do mundo?” “O que representam bilhões de pessoas do planeta para mim, um mero indivíduo?”
     Essas perguntas, que nos rondam ocasionalmente como meras fantasias existenciais – sem respostas e sem desdobramentos práticos, meros índices das incertezas quanto ao sentido da existência individual e coletiva em um mundo cada vez mais individualista, repentinamente ganharam uma concretude avassaladora.
    A pandemia de COVID-19 nos mostra a densidade urgente, visceral e corpórea do tecido societário, expondo à luz do dia como falácias inadmissíveis os discursos baseados no mero esforço próprio, nas opções individuais, no interesse centrado na maximização do lucro em detrimento do bem-estar coletivo.
   [...]
  Vivemos atualmente um chamamento à concretude radical da negatividade do mundo, muito além da experimentada nas figuras dos vilões nos filmes, nas derrotas esportivas e nas notícias de guerras do outro lado do mundo.
   Ela deverá forjar uma nova consciência do significado dessa vida “em piloto automático”, com este vaivém constante, seguindo o eterno princípio da maior vantagem para si. Tal como toda interrupção do trânsito com objetos de desejo constrange a uma posição crítica sobre o significado deste vínculo, agora também seremos levados a nos perguntar sobre esta colonização expansiva do mundo, cuja marcha inexorável levou a natureza a nos questionar: “Quais seus limites? Qual a racionalidade social disso tudo? Quais os custos ambientais e de vidas humanas vocês estão dispostos a pagar para manter a ilusão de um individualismo exacerbado?”.     
   Naturalmente, o aprendizado dessa experiência negativa será muito diverso, pois alguns grupos sociais lucram com esta crise, outros aferram-se a leituras religiosas fundamentalistas baseando-se no conceito de castigo divino, e alguns tenderão a se fechar mais ainda em seu mundo, isolando-se de toda e qualquer responsabilização social.
    Espero, porém, que a maior parte da sociedade tenha uma visão crítica progressista, cobrando de si e dos outros um comprometimento maior com o bemestar social, percebendo o quanto a vida em sociedade significa, por si, uma dimensão inexpugnável e inelidível da vida individual no sentido mais próprio do termo.
   O isolamento social a que hoje nos vemos forçados pode ser lido como uma metáfora do quanto a negligência para com os serviços públicos de saúde significa o desprezo para com a vida de cada uma e cada um de nós em termos singulares.
  Os filósofos da Escola de Frankfurt, Theodor Adorno e Max Horkheimer, haviam concebido a destruição avassaladora da Segunda Guerra Mundial como um retorno violento da natureza recalcada, reprimida e mutilada. Tal como, segundo a psicanálise, desejos recalcados retornam sob a forma de sofrimento neurótico, todo o complexo natural pareceu retornar, furioso, nas centenas de bombas despejados sobre as metrópoles.
   Agora vemos, mais uma vez, porém de forma menos metafórica, a natureza cobrando um alto preço pelo esquecimento de que somos seres vivos, aliás muito frágeis, muito mais fracos que outros, invisíveis aos nossos olhos, mas muito mais poderosos que nós humanos, demasiadamente humanos.

*Verlaine Freitas é professor da UFMG e pesquisador do CNPq

Disponível em:<https://www.em.com.br/app/noticia/cultura/2020/ 03/28/interna_cultura,1133266/pandemia-nos-faz-questionar-nocao-de-individualidade-diz-filosofo-da.shtml> . Acesso em 28 mar. 2020.
Dentre as alternativas que se seguem, assinale aquela em que o termo destacado atua como complemento nominal.
Alternativas
Q1945800 Português

Pandemia nos faz questionar noção de individualidade
Verlaine Freitas*

    “Quem sou eu em meio ao oceano de pessoas do país e do mundo?” “O que representam bilhões de pessoas do planeta para mim, um mero indivíduo?”
     Essas perguntas, que nos rondam ocasionalmente como meras fantasias existenciais – sem respostas e sem desdobramentos práticos, meros índices das incertezas quanto ao sentido da existência individual e coletiva em um mundo cada vez mais individualista, repentinamente ganharam uma concretude avassaladora.
    A pandemia de COVID-19 nos mostra a densidade urgente, visceral e corpórea do tecido societário, expondo à luz do dia como falácias inadmissíveis os discursos baseados no mero esforço próprio, nas opções individuais, no interesse centrado na maximização do lucro em detrimento do bem-estar coletivo.
   [...]
  Vivemos atualmente um chamamento à concretude radical da negatividade do mundo, muito além da experimentada nas figuras dos vilões nos filmes, nas derrotas esportivas e nas notícias de guerras do outro lado do mundo.
   Ela deverá forjar uma nova consciência do significado dessa vida “em piloto automático”, com este vaivém constante, seguindo o eterno princípio da maior vantagem para si. Tal como toda interrupção do trânsito com objetos de desejo constrange a uma posição crítica sobre o significado deste vínculo, agora também seremos levados a nos perguntar sobre esta colonização expansiva do mundo, cuja marcha inexorável levou a natureza a nos questionar: “Quais seus limites? Qual a racionalidade social disso tudo? Quais os custos ambientais e de vidas humanas vocês estão dispostos a pagar para manter a ilusão de um individualismo exacerbado?”.     
   Naturalmente, o aprendizado dessa experiência negativa será muito diverso, pois alguns grupos sociais lucram com esta crise, outros aferram-se a leituras religiosas fundamentalistas baseando-se no conceito de castigo divino, e alguns tenderão a se fechar mais ainda em seu mundo, isolando-se de toda e qualquer responsabilização social.
    Espero, porém, que a maior parte da sociedade tenha uma visão crítica progressista, cobrando de si e dos outros um comprometimento maior com o bemestar social, percebendo o quanto a vida em sociedade significa, por si, uma dimensão inexpugnável e inelidível da vida individual no sentido mais próprio do termo.
   O isolamento social a que hoje nos vemos forçados pode ser lido como uma metáfora do quanto a negligência para com os serviços públicos de saúde significa o desprezo para com a vida de cada uma e cada um de nós em termos singulares.
  Os filósofos da Escola de Frankfurt, Theodor Adorno e Max Horkheimer, haviam concebido a destruição avassaladora da Segunda Guerra Mundial como um retorno violento da natureza recalcada, reprimida e mutilada. Tal como, segundo a psicanálise, desejos recalcados retornam sob a forma de sofrimento neurótico, todo o complexo natural pareceu retornar, furioso, nas centenas de bombas despejados sobre as metrópoles.
   Agora vemos, mais uma vez, porém de forma menos metafórica, a natureza cobrando um alto preço pelo esquecimento de que somos seres vivos, aliás muito frágeis, muito mais fracos que outros, invisíveis aos nossos olhos, mas muito mais poderosos que nós humanos, demasiadamente humanos.

*Verlaine Freitas é professor da UFMG e pesquisador do CNPq

Disponível em:<https://www.em.com.br/app/noticia/cultura/2020/ 03/28/interna_cultura,1133266/pandemia-nos-faz-questionar-nocao-de-individualidade-diz-filosofo-da.shtml> . Acesso em 28 mar. 2020.
Dentre as alternativas que se seguem, assinale aquela em que não se pode precisar sintaticamente o agente da ação verbal destacada. 
Alternativas
Q1945801 Português

Pandemia nos faz questionar noção de individualidade
Verlaine Freitas*

    “Quem sou eu em meio ao oceano de pessoas do país e do mundo?” “O que representam bilhões de pessoas do planeta para mim, um mero indivíduo?”
     Essas perguntas, que nos rondam ocasionalmente como meras fantasias existenciais – sem respostas e sem desdobramentos práticos, meros índices das incertezas quanto ao sentido da existência individual e coletiva em um mundo cada vez mais individualista, repentinamente ganharam uma concretude avassaladora.
    A pandemia de COVID-19 nos mostra a densidade urgente, visceral e corpórea do tecido societário, expondo à luz do dia como falácias inadmissíveis os discursos baseados no mero esforço próprio, nas opções individuais, no interesse centrado na maximização do lucro em detrimento do bem-estar coletivo.
   [...]
  Vivemos atualmente um chamamento à concretude radical da negatividade do mundo, muito além da experimentada nas figuras dos vilões nos filmes, nas derrotas esportivas e nas notícias de guerras do outro lado do mundo.
   Ela deverá forjar uma nova consciência do significado dessa vida “em piloto automático”, com este vaivém constante, seguindo o eterno princípio da maior vantagem para si. Tal como toda interrupção do trânsito com objetos de desejo constrange a uma posição crítica sobre o significado deste vínculo, agora também seremos levados a nos perguntar sobre esta colonização expansiva do mundo, cuja marcha inexorável levou a natureza a nos questionar: “Quais seus limites? Qual a racionalidade social disso tudo? Quais os custos ambientais e de vidas humanas vocês estão dispostos a pagar para manter a ilusão de um individualismo exacerbado?”.     
   Naturalmente, o aprendizado dessa experiência negativa será muito diverso, pois alguns grupos sociais lucram com esta crise, outros aferram-se a leituras religiosas fundamentalistas baseando-se no conceito de castigo divino, e alguns tenderão a se fechar mais ainda em seu mundo, isolando-se de toda e qualquer responsabilização social.
    Espero, porém, que a maior parte da sociedade tenha uma visão crítica progressista, cobrando de si e dos outros um comprometimento maior com o bemestar social, percebendo o quanto a vida em sociedade significa, por si, uma dimensão inexpugnável e inelidível da vida individual no sentido mais próprio do termo.
   O isolamento social a que hoje nos vemos forçados pode ser lido como uma metáfora do quanto a negligência para com os serviços públicos de saúde significa o desprezo para com a vida de cada uma e cada um de nós em termos singulares.
  Os filósofos da Escola de Frankfurt, Theodor Adorno e Max Horkheimer, haviam concebido a destruição avassaladora da Segunda Guerra Mundial como um retorno violento da natureza recalcada, reprimida e mutilada. Tal como, segundo a psicanálise, desejos recalcados retornam sob a forma de sofrimento neurótico, todo o complexo natural pareceu retornar, furioso, nas centenas de bombas despejados sobre as metrópoles.
   Agora vemos, mais uma vez, porém de forma menos metafórica, a natureza cobrando um alto preço pelo esquecimento de que somos seres vivos, aliás muito frágeis, muito mais fracos que outros, invisíveis aos nossos olhos, mas muito mais poderosos que nós humanos, demasiadamente humanos.

*Verlaine Freitas é professor da UFMG e pesquisador do CNPq

Disponível em:<https://www.em.com.br/app/noticia/cultura/2020/ 03/28/interna_cultura,1133266/pandemia-nos-faz-questionar-nocao-de-individualidade-diz-filosofo-da.shtml> . Acesso em 28 mar. 2020.
Assinale a alternativa em que as palavras extraídas do texto são acentuadas graficamente pela mesma regra.
Alternativas
Respostas
1: C
2: D
3: A
4: C
5: B
6: B
7: A
8: A
9: D
10: C