MARACUJÁ CONTRA O SOL
Revista Pesquisa FAPESP
outubro 2024
Vendido em feiras livres do interior da Bahia e
de Goiás, com polpa amarelada, ácida e teores
altos de vitamina C, o maracujá-do-mato
(Passiflora cincinnata), típico da Caatinga e do
Cerrado, pode ganhar novas aplicações. Nove
compostos químicos chamados flavonoides,
extraídos das folhas, apresentaram efeito
antioxidante e fotoprotetor, barrando os raios
ultravioleta do Sol, in vitro, em um estudo que
reuniu pesquisadores das universidades de São
Paulo (USP), Federal do Vale do São Francisco
(Univasf), do Porto, de Portugal, e Paris Cité,
da França. Também in vitro, o extrato de folhas
aumentou a eficácia de formulações comerciais,
indicando que poderia ser usado como
adjuvante para reduzir a quantidade de
compostos sintéticos dos filtros solares e o risco
de reações alérgicas. As folhas e frutos do
também chamado maracujá-da-caatinga são
usados para tratar insônia, ansiedade,
hipertensão e inflamação. Na região Nordeste,
a polpa é usada na produção de sucos, doces e
cerveja, sendo as folhas descartadas. As flores
são ornamentais, geralmente roxo-escuro, mas
também rosa, lilás e branca (Chemistry and
Biodiversity, agosto).
Retirado e adaptado de:
https://revistapesquisa.fapesp.br/pedaladascontra-o-parkinson/. Acesso em 01 nov 2024.