Questões de Concurso Público Prefeitura de Petrolina - PE 2019 para Médico Infectologista

Foram encontradas 40 questões

Q1660615 Medicina
Paciente previamente hígida e recentemente diagnosticada com hipertensão arterial, em uso de atenolol 25mg ao dia há 5 dias, dá entrada na emergência com quadro de cefaleia de forte intensidade e vômitos há 3 dias. Segundo a paciente, ela acordou com cefaleia de forte intensidade e náuseas, vindo a vomitar 40 minutos após se levantar. Procurou atendimento médico por duas vezes anteriormente, sendo medicada e liberada para casa com melhora parcial da dor. Ao exame físico, apresentava rigidez de nuca 3+/4+, fácies de dor, desidratação, PA de 190 x 110 mmHg e temperatura de 38,1°C. Hemograma mostrava 13.100 leucócitos (80% de segmentados, 12% de Linfócitos, 2% eosinófilos e 6% monócitos). Devido à suspeita de meningite, foi coletado um LCR que se mostrou hemorrágico, com 572 células (70% linfomononucleares), incontáveis hemácias, glicose de 45mg/dl, proteína de 136mg/dl e GRAM com raros diplococos GRAM negativos. Qual a melhor conduta a ser tomada nesse caso?
Alternativas
Q1660616 Medicina
Paciente masculino, 53 anos, diabético e cardiopata em uso de metformina e insulina NPH, enalapril, furosemida, espironolactona, carvedilol, AAS e amiodarona, todos em doses elevadas, chega à emergência com queixa de dispneia em repouso há 2 dias. Refere que, há 4 semanas, iniciou quadro de tosse seca e febre esporádica com dispneia apenas aos esforços moderados. Com o passar do tempo, a tosse ficou mais frequente, com secreção mucoide, e a dispneia piorou bastante, a ponto de ter que dormir sentado na última noite. Relatava ainda que há 6 meses vinha apresentando perda de peso com diarreia intermitente, astenia e anorexia. Ao exame físico, apresentava-se emagrecido, taquidispneico, hipocorado, com turgência jugular, cianose de extremidades e manchas hipercrômicas com algumas pápulas e nódulos escurecidos em membros e tronco. O ritmo cardíaco era regular, mas em 3 tempos, pulsos cheios, PA 110 x 60 mmHg. A ausculta pulmonar era diminuída em base pulmonar direita, mas sem ruídos adventícios. A frequência respiratória era de 40 ipm, saturava 85% em ar ambiente. O hemograma mostrou 2.300 leucócitos (81% segmentados, 9% linfócitos, 2% eosinófilos e 8% monócitos), hemoglobina de 9,9g/dl e plaquetas de 130.000. A desidrogenase lática (DHL) era de 1520 U/L, e o HGT, de 389mg%. A radiografia de tórax mostrava hipertransparência em terço inferior de HTD, com infiltrado intersticial bilateral e aumento da área cardíaca.

Diante desse caso, o diagnóstico mais provável é o seguinte:
Alternativas
Q1660617 Medicina
São Infecções comumente causadas por microrganismos anaeróbicos todas abaixo citadas, EXCETO:
Alternativas
Q1660618 Medicina
Com relação ao diagnóstico da sífilis, assinale a alternativa CORRETA.
Alternativas
Q1660619 Medicina
Com relação ao Tétano acidental, assinale a alternativa CORRETA.
Alternativas
Q1660620 Medicina
Uma paciente de 28 anos, procedente de Caruaru, chega à emergência com história de cefaleia, tontura, astenia e diarreia aquosa em grande quantidade há 3 dias. No interrogatório sintomatológico, referia que, há 3 meses, vem com quadro de perda de peso, astenia, sudorese noturna e linfonodos cervicais palpáveis. Durante a espera por exames laboratoriais, apresentou crise convulsiva tônico-clônica generalizada. Foi realizada uma tomografia de crânio que mostrou múltiplas lesões hipoatenuantes localizadas na região dos gânglios da base, na região córticosubcortical e substância branca profunda, além de cerebelo.

Qual a hipótese diagnóstica mais provável para esse caso?
Alternativas
Q1660621 Medicina
Um ex-presidiário com diagnóstico de infecção pelo HIV há 5 anos, mas sem tratamento procura um serviço especializado com queixa de febre vespertina, perda de peso, astenia e tosse produtiva há 40 dias. Ao exame físico, estava emagrecido, febril, com pele ressecada e monilíase oral. Na ausculta respiratória, apresentava murmúrio vesicular diminuído em base pulmonar direita e roncos difusos, frequência respiratória de 16 ipm, saturando 97% em ar ambiente, PA: 110 x 70 mmHg. A radiografia de tórax mostrava derrame pleural à direita, infiltrado alveolar bilateral e imagem cavitária em ápice de pulmão esquerdo com paredes bem evidentes.
A conduta a ser tomada nesse caso é a seguinte:
Alternativas
Q1660622 Medicina
O tratamento da infecção latente tuberculosa (ILTB) constitui uma das medidas para o controle da tuberculose no Brasil, principalmente na população com HIV. Uma vez excluída a tuberculose ativa na população HIV positiva, constitui indicação de tratamento da ILTB, EXCETO:
Alternativas
Q1660623 Medicina
Em relação à coinfecção HIV-HCV, assinale a afirmativa INCORRETA.
Alternativas
Q1660624 Medicina
Uma adolescente, previamente hígida procurou um serviço de pronto-atendimento com relatos de febre, mialgia, cefaleia, vômitos, diarreia e artralgias há 4 dias. Havia apresentado pela manhã um desmaio ao se levantar para ir ao banheiro e sangramento genital. Relatava não estar em período menstrual. Ao exame físico, apresentava taquicardia, palidez cutânea, extremidades frias, temperatura de 38,3ºC, rash petequial em tronco e porção superior de membros. A ausculta cardíaca estava normal, com frequência cardíaca de 138 bpm e PA: 85 x 50 mmHg. No aparelho respiratório, o murmúrio vesicular estava diminuído em bases. O abdome era doloroso difusamente, mas sem irritação peritoneal. Realizou hemograma que mostrou 2.100 leucócitos (41% segmentados, 56% linfócitos, 3% monócitos); hemoglobina de 16,2g/dl; hematócrito de 49,1% e plaquetas 89.000. AST de 234UI/L e ALT de 222 UI/L.

Diante desse caso, qual das afirmativas abaixo apresenta melhor conduta a ser tomada?
Alternativas
Q1660625 Medicina
Uma adolescente procura a emergência médica de seu plano de saúde com relato de disúria há 3 dias. Há 24 horas, apresenta febre com calafrios e lombalgia. Ao exame físico, apresenta temperatura de 39ºC, Giordano positivo à esquerda e postura antálgica. A frequência cardíaca é de 124 bpm, PA: 125 x 80 mmHg. A ausculta respiratória é normal. O hemograma mostra 23.800 leucócitos (4% de bastões, 85% de segmentados 6 linfócitos e 5% monócitos); hemoglobina de 13,7g/dl e plaquetas de 487.000.
Todas abaixo são opções de tratamento para essa paciente, EXCETO
Alternativas
Q1660626 Medicina
Sobre Leishmaniose Tegumentar Americana, analise as afirmativas abaixo:

I. Trata-se de uma doença infectocontagiosa, causada por protozoário do gênero Leishmania com três principais espécies no Brasil: Leishmania (Leishmania) amazonensis; Leishmania (Viannia) guyanensi; Leishmania (Viannia) braziliensis.

II A infecção e a doença não conferem imunidade ao paciente, podendo haver novas manifestações clínicas após o tratamento.

III. Recomenda-se a confirmação do diagnóstico por método parasitológico, antes do início do tratamento, especialmente naqueles casos com evolução clínica fora do habitual e/ou má resposta a tratamento anterior.

IV. Pacientes com HIV devem ser investigados para LTA, quando apresentarem qualquer tipo de lesão cutânea ou mucosa com mais de duas semanas de evolução, expostos à área de transmissão de LTA, em qualquer época da vida.

Assinale a alternativa CORRETA.
Alternativas
Q1660627 Medicina
O sarampo é uma doença infecciosa viral aguda, potencialmente grave, transmissível, extremamente contagiosa e bastante comum na infância. A viremia provoca uma vasculite generalizada, responsável pelo aparecimento das diversas manifestações clínicas.

Com relação a essa infecção, é CORRETO afirmar que
Alternativas
Q1660628 Medicina
Um empresário de 32 anos, previamente hígido procura um serviço médico especializado 2 horas após ter tido atividade sexual com uma profissional do sexo na qual houve ruptura do preservativo. Nega exposição prévia dessa natureza e refere que seus exames sorológicos para HIV, sífilis e hepatites virais estavam negativos na última rotina laboratorial há 6 meses.
Diante desse caso, qual a recomendação a ser feita?
Alternativas
Q1665004 Português
O "cidadão de bem", os Direitos Humanos e a opinião pública


É comum que a opinião pública adote, conforme o quadro social, determinados posicionamentos que predominam nos populares. Trata-se de uma uniformização de discursos, um consenso entre a maioria dos cidadãos sobre certo assunto. É evidente que o discurso não é sempre correto. O número de pessoas que fala a mesma coisa não é capaz de alterar o mundo dos fatos. Em outras palavras, quantidade não é qualidade.
No entanto, desde os primórdios, a intelectualidade gosta de nadar contra a maré. Dizer o contrário do que a maioria da população diz e acredita já deu causa a diversas descobertas, hoje consensos: antes de Galileu Galilei, a opinião pública acreditava que a Terra era plana; antes de Copérnico, era a Terra o centro do Universo. Isso não significa, todavia, que adotar posições antagônicas à opinião pública o tornará um descobridor, um visionário. Há muitas coisas em que a opinião pública está correta. [...]
Cada dia mais há publicações irônicas acerca do chamado "cidadão de bem", questionando a diferenciação desse com relação ao marginal. Há muito tempo o conceito de criminoso nato foi abandonado. Não há traços físicos de pessoas tendentes ao cometimento de delitos. Ademais, qualquer indivíduo está sujeito ao cometimento de práticas delituosas, uma vez que os dispositivos penais nem sempre refletem o sentimento coletivo ou mesmo individual do que é, de fato, uma grave transgressão.
Não se pode desconsiderar, todavia, que a prática criminosa reiterada deriva de desvios de conduta decorrentes de uma formação moral frágil, ou da simples ausência dela. Em uma sociedade, há quem não tenha coragem de subtrair um alfinete, enquanto outros estão dispostos a matar se for preciso ("necessidade" essa não tão latente quanto possa parecer).
João trabalha há 30 anos em uma empresa de vigilância. Exerce uma carga horária de 8 horas, de segunda a sextafeira, com uma remuneração um pouco superior a 1 salário mínimo e meio. Já foi assaltado 12 vezes e teve um filho morto em um assalto a mão armada. Pedro, por sua vez, não exerce função remunerada regular. Tem extensa ficha criminal, sobrevive com pequenos bicos e roubos a mão armada. Um deles sai à noite do trabalho temendo os altos índices de violência na cidade em que mora; o outro, é grande colaborador para os índices apontados. É fácil perceber que a arma nas mãos de um deles seria um exclusivo meio de defesa, para o outro, um objeto para práticas delituosas.
O disposto a cometer crimes, provavelmente, não se importará de transgredir outra lei penal: adquirirá ilegalmente uma arma também. Mas quem gostaria de tê-la como meio de defesa respeita as normas impostas pelo Estado e fica à mercê da criminalidade e da ineficaz segurança pública. Entre João e Pedro não é difícil visualizar qual é considerado "cidadão de bem" e qual não é.
Se a opinião pública encabeça, atualmente, um movimento cada vez mais punitivista, é porque se cansou de ficar à deriva, entre um Estado que não o protege (e não o deixa se defender) e uma criminalidade que cresce de forma exponencial. Ainda assim, toda vez que João liga a televisão, ouve ONGs de Direitos Humanos afirmando que os presídios estão superlotados; que é preciso desencarcerar; que os apenados sofrem com a opressão do Estado; que prisão não resolve, porque não cumpre sua finalidade ressocializadora.
É evidente que o indivíduo vê-se exausto de "ver prosperar a desonra, de ver crescer a injustiça" e demoniza os Direitos Humanos. Não que os Direitos Humanos em si sejam algo negativo, mas as instituições que os representam atualmente têm deturpado as suas finalidades. Há que se reconhecer o benefício histórico do movimento, sobretudo quando, em tempos sombrios, o Estado se excedia em face do indivíduo. Mas é preciso ponderação.
Os indivíduos devem deixar de transgredir por princípios morais, mas também por temer as consequências de seus atos. Se a educação não resolveu, o desvio precisa ser coibido. É preciso prevenção, mas também repressão. Por isso, a teoria não pode, jamais, desconsiderar a prática. Atacar a opinião pública sem analisar a sua perspectiva é injusto com quem é compelido a seguir os padrões morais e legais impostos pela vida em sociedade. E talvez o "cidadão de bem" não esteja tão errado assim...

Hyago de Souza Otto.Disponível em: https://hyagootto.jusbrasil.com.br/artigos/421032742/o-cidadao-de-bem-os-direitoshumanos-e-a-opiniao-publica?ref=topic_feed. Acesso em: 29/01/2019. Adaptado. 
Considerando a propriedade textual da coerência, assinale a alternativa CORRETA.
Alternativas
Q1665005 Português
O "cidadão de bem", os Direitos Humanos e a opinião pública


É comum que a opinião pública adote, conforme o quadro social, determinados posicionamentos que predominam nos populares. Trata-se de uma uniformização de discursos, um consenso entre a maioria dos cidadãos sobre certo assunto. É evidente que o discurso não é sempre correto. O número de pessoas que fala a mesma coisa não é capaz de alterar o mundo dos fatos. Em outras palavras, quantidade não é qualidade.
No entanto, desde os primórdios, a intelectualidade gosta de nadar contra a maré. Dizer o contrário do que a maioria da população diz e acredita já deu causa a diversas descobertas, hoje consensos: antes de Galileu Galilei, a opinião pública acreditava que a Terra era plana; antes de Copérnico, era a Terra o centro do Universo. Isso não significa, todavia, que adotar posições antagônicas à opinião pública o tornará um descobridor, um visionário. Há muitas coisas em que a opinião pública está correta. [...]
Cada dia mais há publicações irônicas acerca do chamado "cidadão de bem", questionando a diferenciação desse com relação ao marginal. Há muito tempo o conceito de criminoso nato foi abandonado. Não há traços físicos de pessoas tendentes ao cometimento de delitos. Ademais, qualquer indivíduo está sujeito ao cometimento de práticas delituosas, uma vez que os dispositivos penais nem sempre refletem o sentimento coletivo ou mesmo individual do que é, de fato, uma grave transgressão.
Não se pode desconsiderar, todavia, que a prática criminosa reiterada deriva de desvios de conduta decorrentes de uma formação moral frágil, ou da simples ausência dela. Em uma sociedade, há quem não tenha coragem de subtrair um alfinete, enquanto outros estão dispostos a matar se for preciso ("necessidade" essa não tão latente quanto possa parecer).
João trabalha há 30 anos em uma empresa de vigilância. Exerce uma carga horária de 8 horas, de segunda a sextafeira, com uma remuneração um pouco superior a 1 salário mínimo e meio. Já foi assaltado 12 vezes e teve um filho morto em um assalto a mão armada. Pedro, por sua vez, não exerce função remunerada regular. Tem extensa ficha criminal, sobrevive com pequenos bicos e roubos a mão armada. Um deles sai à noite do trabalho temendo os altos índices de violência na cidade em que mora; o outro, é grande colaborador para os índices apontados. É fácil perceber que a arma nas mãos de um deles seria um exclusivo meio de defesa, para o outro, um objeto para práticas delituosas.
O disposto a cometer crimes, provavelmente, não se importará de transgredir outra lei penal: adquirirá ilegalmente uma arma também. Mas quem gostaria de tê-la como meio de defesa respeita as normas impostas pelo Estado e fica à mercê da criminalidade e da ineficaz segurança pública. Entre João e Pedro não é difícil visualizar qual é considerado "cidadão de bem" e qual não é.
Se a opinião pública encabeça, atualmente, um movimento cada vez mais punitivista, é porque se cansou de ficar à deriva, entre um Estado que não o protege (e não o deixa se defender) e uma criminalidade que cresce de forma exponencial. Ainda assim, toda vez que João liga a televisão, ouve ONGs de Direitos Humanos afirmando que os presídios estão superlotados; que é preciso desencarcerar; que os apenados sofrem com a opressão do Estado; que prisão não resolve, porque não cumpre sua finalidade ressocializadora.
É evidente que o indivíduo vê-se exausto de "ver prosperar a desonra, de ver crescer a injustiça" e demoniza os Direitos Humanos. Não que os Direitos Humanos em si sejam algo negativo, mas as instituições que os representam atualmente têm deturpado as suas finalidades. Há que se reconhecer o benefício histórico do movimento, sobretudo quando, em tempos sombrios, o Estado se excedia em face do indivíduo. Mas é preciso ponderação.
Os indivíduos devem deixar de transgredir por princípios morais, mas também por temer as consequências de seus atos. Se a educação não resolveu, o desvio precisa ser coibido. É preciso prevenção, mas também repressão. Por isso, a teoria não pode, jamais, desconsiderar a prática. Atacar a opinião pública sem analisar a sua perspectiva é injusto com quem é compelido a seguir os padrões morais e legais impostos pela vida em sociedade. E talvez o "cidadão de bem" não esteja tão errado assim...

Hyago de Souza Otto.Disponível em: https://hyagootto.jusbrasil.com.br/artigos/421032742/o-cidadao-de-bem-os-direitoshumanos-e-a-opiniao-publica?ref=topic_feed. Acesso em: 29/01/2019. Adaptado. 
Assinale a alternativa em que há equivalência semântica entre os termos destacados nos enunciados e aqueles termos que se apresentam entre parênteses.
Alternativas
Q1665111 Português
O "cidadão de bem", os Direitos Humanos e a opinião pública


É comum que a opinião pública adote, conforme o quadro social, determinados posicionamentos que predominam nos populares. Trata-se de uma uniformização de discursos, um consenso entre a maioria dos cidadãos sobre certo assunto. É evidente que o discurso não é sempre correto. O número de pessoas que fala a mesma coisa não é capaz de alterar o mundo dos fatos. Em outras palavras, quantidade não é qualidade.
No entanto, desde os primórdios, a intelectualidade gosta de nadar contra a maré. Dizer o contrário do que a maioria da população diz e acredita já deu causa a diversas descobertas, hoje consensos: antes de Galileu Galilei, a opinião pública acreditava que a Terra era plana; antes de Copérnico, era a Terra o centro do Universo. Isso não significa, todavia, que adotar posições antagônicas à opinião pública o tornará um descobridor, um visionário. Há muitas coisas em que a opinião pública está correta. [...]
Cada dia mais há publicações irônicas acerca do chamado "cidadão de bem", questionando a diferenciação desse com relação ao marginal. Há muito tempo o conceito de criminoso nato foi abandonado. Não há traços físicos de pessoas tendentes ao cometimento de delitos. Ademais, qualquer indivíduo está sujeito ao cometimento de práticas delituosas, uma vez que os dispositivos penais nem sempre refletem o sentimento coletivo ou mesmo individual do que é, de fato, uma grave transgressão.
Não se pode desconsiderar, todavia, que a prática criminosa reiterada deriva de desvios de conduta decorrentes de uma formação moral frágil, ou da simples ausência dela. Em uma sociedade, há quem não tenha coragem de subtrair um alfinete, enquanto outros estão dispostos a matar se for preciso ("necessidade" essa não tão latente quanto possa parecer).
João trabalha há 30 anos em uma empresa de vigilância. Exerce uma carga horária de 8 horas, de segunda a sextafeira, com uma remuneração um pouco superior a 1 salário mínimo e meio. Já foi assaltado 12 vezes e teve um filho morto em um assalto a mão armada. Pedro, por sua vez, não exerce função remunerada regular. Tem extensa ficha criminal, sobrevive com pequenos bicos e roubos a mão armada. Um deles sai à noite do trabalho temendo os altos índices de violência na cidade em que mora; o outro, é grande colaborador para os índices apontados. É fácil perceber que a arma nas mãos de um deles seria um exclusivo meio de defesa, para o outro, um objeto para práticas delituosas.
O disposto a cometer crimes, provavelmente, não se importará de transgredir outra lei penal: adquirirá ilegalmente uma arma também. Mas quem gostaria de tê-la como meio de defesa respeita as normas impostas pelo Estado e fica à mercê da criminalidade e da ineficaz segurança pública. Entre João e Pedro não é difícil visualizar qual é considerado "cidadão de bem" e qual não é.
Se a opinião pública encabeça, atualmente, um movimento cada vez mais punitivista, é porque se cansou de ficar à deriva, entre um Estado que não o protege (e não o deixa se defender) e uma criminalidade que cresce de forma exponencial. Ainda assim, toda vez que João liga a televisão, ouve ONGs de Direitos Humanos afirmando que os presídios estão superlotados; que é preciso desencarcerar; que os apenados sofrem com a opressão do Estado; que prisão não resolve, porque não cumpre sua finalidade ressocializadora.
É evidente que o indivíduo vê-se exausto de "ver prosperar a desonra, de ver crescer a injustiça" e demoniza os Direitos Humanos. Não que os Direitos Humanos em si sejam algo negativo, mas as instituições que os representam atualmente têm deturpado as suas finalidades. Há que se reconhecer o benefício histórico do movimento, sobretudo quando, em tempos sombrios, o Estado se excedia em face do indivíduo. Mas é preciso ponderação.
Os indivíduos devem deixar de transgredir por princípios morais, mas também por temer as consequências de seus atos. Se a educação não resolveu, o desvio precisa ser coibido. É preciso prevenção, mas também repressão. Por isso, a teoria não pode, jamais, desconsiderar a prática. Atacar a opinião pública sem analisar a sua perspectiva é injusto com quem é compelido a seguir os padrões morais e legais impostos pela vida em sociedade. E talvez o "cidadão de bem" não esteja tão errado assim...


Hyago de Souza Otto.Disponível em: https://hyagootto.jusbrasil.com.br/artigos/421032742/o-cidadao-de-bem-os-direitoshumanos-e-a-opiniao-publica?ref=topic_feed. Acesso em: 29/01/2019. Adaptado.
Com o Texto 1, seu autor pretende, principalmente:
Alternativas
Q1665120 Português


Disponível em: http://www.metalurgicoscaxias.com.br/sou-da-paz-lanca-hoje-campanha-contra-liberacao-de-armas. Acesso em: 20/01/2019. 
O Texto 2 tem como público-alvo:
Alternativas
Q1665130 Enfermagem
Sobre a Política Nacional de Saúde do Idoso, analise as assertivas abaixo e coloque V nas Verdadeiras e F nas Falsas.

( ) O perfil epidemiológico da população idosa é caracterizado pela tripla carga de doenças com forte predomínio das condições crônicas, prevalência de elevada mortalidade e morbidade por condições agudas decorrentes de causas externas e agudizações de condições crônicas.

( ) Os casos de suspeita ou confirmação de violência praticada contra idosos devem ser objeto de notificação compulsória pelos serviços de saúde públicos e privados à autoridade sanitária.

( ) O papel do Estado na área de cuidados de longa duração centra-se, quase exclusivamente, no abrigamento de idosos pobres.

Assinale a alternativa que contém a sequência CORRETA.
Alternativas
Q1665813 Saúde Pública
Sobre as doenças de notificação compulsória, analise as assertivas abaixo e coloque V nas Verdadeiras e F nas Falsas.

( ) De acordo com a Portaria Nº 204/2016, do Ministério da Saúde, a notificação compulsória deverá ser realizada, mesmo diante de caso suspeito, sem um diagnóstico definitivo.

( ) A comunicação de doença, agravo ou evento de saúde pública de notificação compulsória pode ser realizada à autoridade de saúde por qualquer cidadão que deles tenha conhecimento.

( ) A Síndrome da Paralisia Flácida Aguda jamais fez parte da lista de doenças de notificação compulsória devido a sua baixa incidência no Brasil.

Assinale a alternativa que contém a sequência CORRETA.
Alternativas
Respostas
21: C
22: A
23: B
24: D
25: D
26: A
27: B
28: D
29: E
30: B
31: D
32: C
33: B
34: E
35: A
36: E
37: C
38: C
39: B
40: E