Questões de Concurso Público SEFAZ-SP 2013 para Analista em Planejamento, Orçamento e Finanças Públicas, Conhecimentos gerais

Foram encontradas 80 questões

Q493700 Português
Tomadas e oboés

“O do meio, com heliponto, tá vendo?", diz o taxista, apontando o enorme prédio espelhado, do outro lado da marginal: “A parte elétrica, inteirinha, meu cunhado que fez". Ficamos admirando o edifício parcialmente iluminado ao cair da tarde e penso menos no tamanho da empreitada do que em nossa variegada humanidade: uns se dedicam à escrita, outros a instalações elétricas, lembro-me do meu tio Augusto, que vive de tocar oboé. “Fio, disjuntor, tomada, tudo!", insiste o motorista, com tanto orgulho que chega a contaminar-me.

Pergunto quantas tomadas ele acha que tem, no prédio todo. Há quem ria desse tipo de indagação. Meu taxista, não. É um homem sério, eu também, fazemos as contas: uns dez escritórios por andar, cada um com umas seis salas, vezes 30 andares. “Cada sala tem o quê? Duas tomadas?"

“Cê tá louco! Muito mais! Hoje em dia, com computador, essas coisas? Depois eu pergunto pro meu cunhado, mas pode botar aí pra uma média de seis tomadas/sala."

Ok: 10 x 6 x 6 x 30 = 10.800. Dez mil e oitocentas tomadas! Há 30, 40 anos, uma hora dessas, a maior parte das tomadas já estaria dormindo o sono dos justos, mas a julgar pelo número de janelas acesas, enquanto volto para casa, lentamente, pela marginal, centenas de trabalhadores suam a camisa, ali no prédio: criam logotipos, calculam custos para o escoamento da soja, negociam minério de ferro. Talvez até, quem sabe, deitado num sofá, um homem escute em seu iPod as notas de um oboé.

Alegra-me pensar nesse sujeito de olhos fechados, ouvindo música. Bom saber que, na correria geral, em meio a tantos profissionais que acreditam estar diretamente envolvidos no movimento de rotação da Terra, esse aí reservou-se cinco minutos de contemplação.


Está tarde, contudo. Algo não fecha: por que segue no escritório, esse homem? Por que não voltou para a mulher e os filhos, não foi para o chope ou o cinema? O homem no sofá, entendo agora, está ainda mais afundado do que os outros. O momento oboé era apenas uma pausa para repor as energias, logo mais voltará à sua mesa e a seus logotipos, à soja ou ao minério de ferro.

“Onze mil, cento e cinquenta", diz o taxista, me mostrando o celular. Não entendo. “É o SMS do meu cunhado: 11.150 tomadas."

Olho o prédio mais uma vez, admirado com a instalação elétrica e nossa heteróclita humanidade, enquanto seguimos, feito cágados, pela marginal.

(Antonio Prata, Folha de S.Paulo, 06.03.2013. Adaptado)

A partir da leitura do texto, é correto afirmar que o número de 10.800, para se referir à quantidade de tomadas no edifício, representa um valor
Alternativas
Q493701 Português
Tomadas e oboés

“O do meio, com heliponto, tá vendo?", diz o taxista, apontando o enorme prédio espelhado, do outro lado da marginal: “A parte elétrica, inteirinha, meu cunhado que fez". Ficamos admirando o edifício parcialmente iluminado ao cair da tarde e penso menos no tamanho da empreitada do que em nossa variegada humanidade: uns se dedicam à escrita, outros a instalações elétricas, lembro-me do meu tio Augusto, que vive de tocar oboé. “Fio, disjuntor, tomada, tudo!", insiste o motorista, com tanto orgulho que chega a contaminar-me.

Pergunto quantas tomadas ele acha que tem, no prédio todo. Há quem ria desse tipo de indagação. Meu taxista, não. É um homem sério, eu também, fazemos as contas: uns dez escritórios por andar, cada um com umas seis salas, vezes 30 andares. “Cada sala tem o quê? Duas tomadas?"

“Cê tá louco! Muito mais! Hoje em dia, com computador, essas coisas? Depois eu pergunto pro meu cunhado, mas pode botar aí pra uma média de seis tomadas/sala."

Ok: 10 x 6 x 6 x 30 = 10.800. Dez mil e oitocentas tomadas! Há 30, 40 anos, uma hora dessas, a maior parte das tomadas já estaria dormindo o sono dos justos, mas a julgar pelo número de janelas acesas, enquanto volto para casa, lentamente, pela marginal, centenas de trabalhadores suam a camisa, ali no prédio: criam logotipos, calculam custos para o escoamento da soja, negociam minério de ferro. Talvez até, quem sabe, deitado num sofá, um homem escute em seu iPod as notas de um oboé.

Alegra-me pensar nesse sujeito de olhos fechados, ouvindo música. Bom saber que, na correria geral, em meio a tantos profissionais que acreditam estar diretamente envolvidos no movimento de rotação da Terra, esse aí reservou-se cinco minutos de contemplação.


Está tarde, contudo. Algo não fecha: por que segue no escritório, esse homem? Por que não voltou para a mulher e os filhos, não foi para o chope ou o cinema? O homem no sofá, entendo agora, está ainda mais afundado do que os outros. O momento oboé era apenas uma pausa para repor as energias, logo mais voltará à sua mesa e a seus logotipos, à soja ou ao minério de ferro.

“Onze mil, cento e cinquenta", diz o taxista, me mostrando o celular. Não entendo. “É o SMS do meu cunhado: 11.150 tomadas."

Olho o prédio mais uma vez, admirado com a instalação elétrica e nossa heteróclita humanidade, enquanto seguimos, feito cágados, pela marginal.

(Antonio Prata, Folha de S.Paulo, 06.03.2013. Adaptado)

No trecho do sexto parágrafo – Bom saber que, na correria geral, em meio a tantos profissionais que acreditam estar diretamente envolvidos no movimento de rotação da Terra, esse aí reservou-se cinco minutos de contemplação. –, o segmento em destaque expressa, de modo figurado, um sentido equivalente ao da expressão: profissionais que acreditam ser
Alternativas
Q493702 Português
Tomadas e oboés

“O do meio, com heliponto, tá vendo?", diz o taxista, apontando o enorme prédio espelhado, do outro lado da marginal: “A parte elétrica, inteirinha, meu cunhado que fez". Ficamos admirando o edifício parcialmente iluminado ao cair da tarde e penso menos no tamanho da empreitada do que em nossa variegada humanidade: uns se dedicam à escrita, outros a instalações elétricas, lembro-me do meu tio Augusto, que vive de tocar oboé. “Fio, disjuntor, tomada, tudo!", insiste o motorista, com tanto orgulho que chega a contaminar-me.

Pergunto quantas tomadas ele acha que tem, no prédio todo. Há quem ria desse tipo de indagação. Meu taxista, não. É um homem sério, eu também, fazemos as contas: uns dez escritórios por andar, cada um com umas seis salas, vezes 30 andares. “Cada sala tem o quê? Duas tomadas?"

“Cê tá louco! Muito mais! Hoje em dia, com computador, essas coisas? Depois eu pergunto pro meu cunhado, mas pode botar aí pra uma média de seis tomadas/sala."

Ok: 10 x 6 x 6 x 30 = 10.800. Dez mil e oitocentas tomadas! Há 30, 40 anos, uma hora dessas, a maior parte das tomadas já estaria dormindo o sono dos justos, mas a julgar pelo número de janelas acesas, enquanto volto para casa, lentamente, pela marginal, centenas de trabalhadores suam a camisa, ali no prédio: criam logotipos, calculam custos para o escoamento da soja, negociam minério de ferro. Talvez até, quem sabe, deitado num sofá, um homem escute em seu iPod as notas de um oboé.

Alegra-me pensar nesse sujeito de olhos fechados, ouvindo música. Bom saber que, na correria geral, em meio a tantos profissionais que acreditam estar diretamente envolvidos no movimento de rotação da Terra, esse aí reservou-se cinco minutos de contemplação.


Está tarde, contudo. Algo não fecha: por que segue no escritório, esse homem? Por que não voltou para a mulher e os filhos, não foi para o chope ou o cinema? O homem no sofá, entendo agora, está ainda mais afundado do que os outros. O momento oboé era apenas uma pausa para repor as energias, logo mais voltará à sua mesa e a seus logotipos, à soja ou ao minério de ferro.

“Onze mil, cento e cinquenta", diz o taxista, me mostrando o celular. Não entendo. “É o SMS do meu cunhado: 11.150 tomadas."

Olho o prédio mais uma vez, admirado com a instalação elétrica e nossa heteróclita humanidade, enquanto seguimos, feito cágados, pela marginal.

(Antonio Prata, Folha de S.Paulo, 06.03.2013. Adaptado)

No último parágrafo – Olho o prédio mais uma vez, admirado com a instalação elétrica e nossa heteróclita humanidade, enquanto seguimos, feito cágados, pela marginal. –, a expressão em destaque enfatiza a ideia de que eles seguem de modo
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Q493703 Português
Considerando a norma-padrão da língua, assinale a alternativa em que os trechos destacados estão corretos quanto à regência, verbal ou nominal.
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Q493704 Português
Assinale a alternativa em que a colocação pronominal está de acordo com a norma-padrão da língua.
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Q493705 Atualidades
Sendo uma empresa pública, a gestão da Petrobras está sob o comando do governo federal […]. O combate à inflação levou o Executivo a segurar o preço dos combustíveis, apesar do aumento de sua cotação internacional, limitando os ganhos financeiros com a produção. O quadro de desequilíbrio agravou-se em 2012. O crescimento do consumo nacional obrigou a Petrobras a importar grande volume de combustível, vendendo no mercado interno mais barato do que o valor despendido lá fora, com as cotações em alta.

(A produção patina, mesmo com o pré-sal, In. Almanaque Abril 2013, p. 104-105. Adaptado

O excerto refere-se à situação financeira da Petrobras, que tem sido objeto de análises e discussões. Interpretando-se o excerto, pode-se afirmar que os atuais problemas financeiros da estatal derivam de sua
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Q493706 Atualidades
Em Washington, a maior reforma da imigração em décadas tornou mais rígida a segurança na fronteira entre o México e os EUA. Mas há outra fronteira que torna a tarefa ainda mais desafiadora: o limite poroso entre o México e a América Central. O marido de Elvira Lópes Fernándes, natural da Guatemala, morreu quatro anos atrás, deixando-a viúva aos 18 anos. Sem conseguir trabalho, ela disse que decidiu unir-se a um irmão que havia chegado à Flórida. Ele lhe garantiu que lá havia empregos, e ela esperava ganhar o suficiente para sustentar sua filha e outros parentes em seu país.

(México é via de imigração ilegal. In. The New York Times, em colaboração com Folha de S.Paulo, 06.05.2013, p. 01 e 02. Adaptado)

Alguns países europeus, assim como os Estados Unidos da América, procuram evitar a entrada de imigrantes ilegais nos seus territórios. A história da guatemalteca Elvira Lopes Fernándes resume as causas essenciais do fenômeno contemporâneo das migrações internacionais, que são as
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Q493707 Atualidades
Considerada a pior dos últimos 50 anos, a seca que atinge o Nordeste desde 2011 já provocou ao menos R$ 3,6 bilhões em perdas diretas nas lavouras da região. Para chegar ao balanço do rombo econômico da atual seca, o economista-chefe do IBGE, em Natal, Aldemir Freire, comparou valor e quantidade de dez culturas (feijão, castanha de caju, arroz, mandioca, milho, algodão, banana, cana-de-açúcar, café e soja) produzidas na região em 2011 e 2012. O prejuízo equivale, por exemplo, a quase metade do valor total da transposição do rio São Francisco, orçada em R$ 8,2 bilhões. Até o dia 10 de abril, pelo balanço mais recente, 1 367, municípios e 10,4 milhões de brasileiros sofriam os efeitos da estiagem.

(Nelson Barros Neto e Renata Moura. Pior seca em 50 anos fecha empregos e arruína lucros, Folha de S.Paulo, Caderno B, 05.05.2013, p. 08. Adaptado)

As secas periódicas do interior do Nordeste são aconteci mentos recorrentes na história do Brasil. O texto, que traz informações sobre a seca atual, faz uma descrição
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Q493708 Atualidades
Paulo Vanzolini foi cientista, especializado em zoologia, e sambista. Nasceu em São Paulo, em 1923, e morreu na mesma cidade, em 28 de maio de 2013. Foi compositor de músicas que retratam as experiências de vida na cidade de São Paulo, das quais são exemplos Ronda e Praça Clóvis. Leia a seguir, a letra de Capoeira do Arnaldo,outra conhecida composição do autor.

Quando eu vim da minha terra
[...]
Passei frio, passei fome
[...]
Quando eu vim de minha terra Não sabia o que é sobrosso*
[...]
Coragem de tigre moço
[...]
Rifle no papo amarelo
Peixeira cabo de osso
Medalha de padre Cícero
E rosário de caroço…


* Medo, receio.

A letra expressa um fenômeno social fundamental da história do Brasil, que se estende a nossa contemporaneidade, que é
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Q493709 Atualidades
Pesquisas recentes realizadas nos países da União Europeia e divulgadas pela imprensa do exterior e do Brasil dão conta que três entre quatro cidadãos europeus entrevistados acreditam que a crise, que atinge muitas economias do continente, irá piorar em 2014. Na Espanha, a maioria dos entrevistados julga que o governo está reduzindo demasiadamente os gastos públicos e que isso pode levar à
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Q493710 Estatística
Na tabela de distribuição de frequência a seguir, feita para uma amostra, alguns valores foram apagados e substituídos pelas letras A, B, C e D. No entanto, com os dados que restaram, poderíamos recuperar os que foram apagados.

imagem-002.jpg
Recuperando os dados que faltam, pode-se afirmar corretamente que
Alternativas
Q493711 Estatística
Numa distribuição de frequência em que o intervalo entre a média menos o desvio padrão e a média mais o desvio padrão vai de 14,6 a 17,8, o valor da variância é de
Alternativas
Q493712 Estatística
Um teste de conhecimento tem 10 questões do tipo verdadeiro ou falso. Suponha que uma pessoa entre para esse teste disposta a “chutar” todas as questões. Desse modo, a probabilidade de que essa pessoa acerte a metade das questões é
Alternativas
Q493713 Estatística
Em certa localidade, as medidas dos calçados para homens são normalmente distribuídas com média 40 e desvio padrão de 2. Pesquisas recentes realizadas pelas indústrias de calçados revelaram que há cerca de 2% de homens dessa localidade com pés tão grandes que necessitam de calçados especiais. De acordo com os dados, o número inteiro mais próximo que representa a medida de calçado a partir da qual estão os 2% de homens que calçam números maiores é

Dado: tabela da Distribuição Normal Padrão encontra-se no final deste caderno
Alternativas
Q493714 Estatística
O conjunto de dados a seguir constitui uma pequena amostra colhida para uma pesquisa:

20, 23, 25, 26, 26, 27, 27, 27, 31

Comparando as três medidas, a saber: média, medianae moda do conjunto, pode-se afirmar corretamente que
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Q493715 Estatística
Levando em conta os fatores, propaganda, preço e qualidade, especialistas mediram o potencial de venda de um certo tipo de produto fabricado por apenas três empresas concorrentes, denominadas aqui de empresa A, empresa B e empresa C. As conclusões foram as seguintes: i) o produto fabricado em A tem 1/3 da probabilidade de venda do produto fabricado em B, ii) o produto fabricado em C tem 2 vezes a probabilidade de venda do produto fabricado em B. Se um produto é vendido no mercado, a probabilidade de que seja da empresa C é de
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Q493716 Estatística
Ao descontar um título em um banco, utiliza-se uma taxa de desconto comercial. O desconto é proporcional à taxa de juros e ao prazo. Quando vários títulos com prazos diferentes são descontados, uma das maneiras é calcular o prazo médio dos títulos. A média dos prazos deve ser ponderada, ou seja, o prazo associado ao maior capital tem maior peso enquanto o prazo associado ao menor capital tem menor peso. Considere os quatro títulos a seguir:

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Nesse caso, o prazo médio dos títulos é de
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Q493717 Matemática Financeira
Ao descontar um título em um banco, utiliza-se uma taxa de desconto comercial. O desconto é proporcional à taxa de juros e ao prazo. Quando vários títulos com prazos diferentes são descontados, uma das maneiras é calcular o prazo médio dos títulos. A média dos prazos deve ser ponderada, ou seja, o prazo associado ao maior capital tem maior peso enquanto o prazo associado ao menor capital tem menor peso. Considere os quatro títulos a seguir:

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À taxa de descontos de 6% ao mês, o valor total dos descontos será de
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Q493718 Matemática Financeira
Uma dívida de R$ 20.000,00 foi quitada por R$ 21.000,00, cinco meses após ser contratada. A taxa mensal de juros simples da operação foi de
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Q493719 Matemática
O gerente de uma loja tem títulos de cobrança com 3 agentes, A, B e C. Ele quer distribuir os R$ 340.000,00 para cobrança de modo que cada agente receba proporcionalmente ao que cada um deles recebeu no último mês. No ultimo mês, o agente A recebeu 80% dos títulos, o agente B recebeu 70% e o agente C recebeu apenas 50%. Nessas condições, pode-se afirmar corretamente que
Alternativas
Respostas
21: A
22: D
23: C
24: B
25: D
26: E
27: A
28: C
29: A
30: B
31: B
32: E
33: D
34: D
35: C
36: A
37: E
38: D
39: B
40: B