Um paciente de 48 anos de idade, com 2 anos de diagnóstico
de esclerose lateral amiotrófica, trabalha como analista
de sistema em uma empresa de telefonia. Desde o
diagnóstico, tem sido capaz de trabalhar em período integral,
apesar de utilizar apenas o indicador para digitar. Relata que
seus ombros e pescoço doem após uma hora no computador.
Nos últimos 15 dias, sentiu-se muito cansado ao caminhar
até o refeitório de sua empresa e, na última semana, deixou a
bandeja cair. Desde então, come em sua sala, mas sente falta
da socialização com os colegas de trabalho. Sua casa sofreu
modificações que permitiram que ele continue realizando
quase todas suas AVDS, uma vez que a fraqueza muscular
é crescente neste tipo de patologia. A avaliação fisioterapêutica
demonstrou fraqueza muscular generalizada, grau 3 a
+3, nos membros superiores, espasticidade dos adutores de
quadril e isquiotibiais. Durante a marcha, ocorre a extensão
inadequada de tornozelo para o toque do calcanhar, os joelho
travam durante a sustentação de carga, e o paciente empurra
o joelho com a mão para fazer a extensão. Apresenta grande
dificuldade para subir e descer degraus em casa.