As mutações econômicas, sociais e políticas que vêm
caracterizando o desenvolvimento capitalista no Brasil,
sobretudo nas últimas décadas, colocam em foco o
caráter regulador da intervenção estatal no âmbito das
relações sociais no país. Estruturado em instituições,
com seus programas e projetos, o Estado assumiu
historicamente o papel de fiador dessas relações, intervindo
no processo acumulativo e na reposição das
classes subalternas. As intervenções do Estado se inscrevem,
portanto, no bojo das relações sociais mais
amplas, que configuram a ordem capitalista, processando-se
no âmbito institucional. O que se questiona na
sociedade brasileira é o caráter truncado dessa relação
caracterizada pela ausência de direitos, particularmente
dos trabalhadores, e pela ausência de