Um homem de 46 anos foi à consulta, pois não conseguia
dormir havia 10 dias. O paciente informou que era motorista de ambulância e que já havia presenciado muitas
situações difíceis, mas nada que se comparou à remoção mais recente. Havia 14 dias, o paciente e a equipe
de resgate receberam o chamado de um acidente automobilístico envolvendo uma perua de transporte escolar.
Ao chegar ao local, viu várias crianças gravemente feridas. Durante o transporte de uma delas, referiu que sentia “o coração batendo muito rápido e um medo de não
chegar a tempo ao hospital”. De fato, a criança faleceu
dentro da ambulância. Desde então, ao ouvir o barulho
da sirene, era tomado pelo mesmo mal-estar que sentiu
naquele dia. Além disso, sentia um distanciamento e um
estranhamento em relação à rotina e às pessoas com as
quais sempre conviveu. Havia 10 dias que a qualidade
de sono estava ruim e acordava com pesadelos. Referiu
que, sem provocar, vinham lembranças sobre o ocorrido
e não conseguia voltar a dirigir. O paciente negou sintomas semelhantes no passado.
Considerando o caso clínico descrito, a hipótese diagnóstica correta é transtorno de