P.R.B., 57 anos, vive há oito anos na rua. Parte do dia
segue em busca de alimentos, seja de sobras de restaurantes, seja pedindo, ou por oferta de grupos religiosos.
Faz uso de álcool e já experimentou drogas. Refere-se
a colegas, grupos que se compõem, conversam e dormem debaixo dos viadutos, praças ou marquises de pontos comerciais. Vivem permanentemente em condições
de privação, expostos diariamente à crescente violência
urbana, que os afetam de maneira expressiva, até pelo
pouco alcance das políticas sociais. Como estratégia
de enfretamento dessa questão, o Brasil dispõe, desde
2009, de uma Política Nacional para a População em
Situação de Rua, tendo entre outros objetivos, assegurar
o acesso aos serviços e programas que integram as
políticas públicas de saúde, educação, previdência,
assistência social, moradia, segurança, cultura, esporte,
lazer, trabalho e renda. De acordo com o artigo 7o
do
Decreto no
7.053/09, que institui essa política, esse
acesso deve ser amplo, simplificado e