A. A., 62 anos, sexo feminino, portadora de diabete tipo 2
há 15 anos, compareceu à unidade básica de saúde para sua
primeira consulta de enfermagem. Ao realizar a histórico de
enfermagem, o enfermeiro foi informado que a usuária fazia
uso de insulina há dois anos, preferia aplicar o medicamento
no abdome, pois achava menos doloroso e que, para economizar, reutilizava as agulhas por até oito vezes. A. A. relatou
ainda que estava com dificuldade em manter o controle glicêmico apesar de estar aplicando a medicação e seguindo a
dieta corretamente e que já vivenciara alguns episódios de
hipoglicemia. Ao analisar os registros do auto monitoramento
da glicemia realizados pela usuária o enfermeiro observou
a ocorrência de variação glicêmica indesejável. Os resultados de exames recentes, mostravam: glicemia de jejum
= 136 mg/dL e Hb1Ac = 7,2%. Ao realizar o exame físico, à
palpação do abdome, o enfermeiro constatou a presença de
nódulos endurecidos sob a pele, não observáveis à inspeção
dessa região. Ao realizar o exame dos pés de A. A., o enfermeiro observou sinais de neuropatia com a presença de
dedos em garra, sem achados sugestivos de doença arterial
periférica.