Questões de Concurso Público Câmara de Mogi Mirim - SP 2020 para Jornalista

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Q1681772 Português
Estônia tem governo quase 100% digital


    A menor das três repúblicas bálticas, a Estônia é hoje considerada um dos grandes laboratórios do mundo em matéria de digitalização e transparência de dados. Lá, apenas três serviços ligados ao governo ainda demandam a presença física de seus cidadãos. Casamentos, divórcios e transferências de titularidade de um imóvel ainda requerem uma testemunha juramentada. Todo o resto pode ser feito pela internet, incluindo criar uma conta em banco, abrir uma empresa ou até mesmo escolher representantes políticos.
    Dos 1,3 milhão de estonianos, 99% possuem uma espécie de RG digital, um documento com um chip que lhes garante acesso a mais 500 serviços do governo, incluindo acesso ao sistema de saúde e ao transporte público.
    Primeiro a vantagem. O sistema, de fato, torna todos os processos públicos muito mais rápidos. Na Estônia, é possível abrir uma empresa em impressionantes 15 minutos. Uma conta em banco leva um pouco mais de tempo: 24 horas. Sem contar o acesso ao amplo sistema de benefícios estatais. A saúde é pública, o transporte é grátis e, com o documento digital, o governo subsidia até a compra de medicamentos na farmácia – o benefício pode chegar a 50%.
     Agora, a desvantagem. Todas as vezes que um estoniano saca seu RG digital para um serviço, ele registra a movimentação na rede estatal, que passa a ter a posse da informação. Além disso, em tese, qualquer cidadão pode consultar os dados de outro estoniano, mediante solicitação prévia e intermediação do governo.
    O Estado* acompanhou a consulta no perfil do primeiro ministro da Estônia, Jüri Ratas. Viu seus três imóveis, onde estão e quanto custam. “Está tudo aqui, é só consultar”, afirma a funcionária do governo digital da Estônia, Harle Pihlak. Assunto polêmico? Não para os locais. Segundo o cientista de computação Edilson Osorio, que mora há dois anos naquele país, os estonianos não se preocupam com a privacidade, mas “os estrangeiros ficam ressabiados com tanta exposição”.

(Renato Jakitas. O Estado de S. Paulo, 01.03.2020. Adaptado)
*Jornal o Estado de S.Paulo. 
É correto afirmar que o texto selecionado
Alternativas
Q1681773 Português
Estônia tem governo quase 100% digital


    A menor das três repúblicas bálticas, a Estônia é hoje considerada um dos grandes laboratórios do mundo em matéria de digitalização e transparência de dados. Lá, apenas três serviços ligados ao governo ainda demandam a presença física de seus cidadãos. Casamentos, divórcios e transferências de titularidade de um imóvel ainda requerem uma testemunha juramentada. Todo o resto pode ser feito pela internet, incluindo criar uma conta em banco, abrir uma empresa ou até mesmo escolher representantes políticos.
    Dos 1,3 milhão de estonianos, 99% possuem uma espécie de RG digital, um documento com um chip que lhes garante acesso a mais 500 serviços do governo, incluindo acesso ao sistema de saúde e ao transporte público.
    Primeiro a vantagem. O sistema, de fato, torna todos os processos públicos muito mais rápidos. Na Estônia, é possível abrir uma empresa em impressionantes 15 minutos. Uma conta em banco leva um pouco mais de tempo: 24 horas. Sem contar o acesso ao amplo sistema de benefícios estatais. A saúde é pública, o transporte é grátis e, com o documento digital, o governo subsidia até a compra de medicamentos na farmácia – o benefício pode chegar a 50%.
     Agora, a desvantagem. Todas as vezes que um estoniano saca seu RG digital para um serviço, ele registra a movimentação na rede estatal, que passa a ter a posse da informação. Além disso, em tese, qualquer cidadão pode consultar os dados de outro estoniano, mediante solicitação prévia e intermediação do governo.
    O Estado* acompanhou a consulta no perfil do primeiro ministro da Estônia, Jüri Ratas. Viu seus três imóveis, onde estão e quanto custam. “Está tudo aqui, é só consultar”, afirma a funcionária do governo digital da Estônia, Harle Pihlak. Assunto polêmico? Não para os locais. Segundo o cientista de computação Edilson Osorio, que mora há dois anos naquele país, os estonianos não se preocupam com a privacidade, mas “os estrangeiros ficam ressabiados com tanta exposição”.

(Renato Jakitas. O Estado de S. Paulo, 01.03.2020. Adaptado)
*Jornal o Estado de S.Paulo. 
Assinale a alternativa em que os trechos apresentem, respectivamente, a definição de expressão mencionada no texto e a oposição entre ideias.
Alternativas
Q1681774 Português
Estônia tem governo quase 100% digital


    A menor das três repúblicas bálticas, a Estônia é hoje considerada um dos grandes laboratórios do mundo em matéria de digitalização e transparência de dados. Lá, apenas três serviços ligados ao governo ainda demandam a presença física de seus cidadãos. Casamentos, divórcios e transferências de titularidade de um imóvel ainda requerem uma testemunha juramentada. Todo o resto pode ser feito pela internet, incluindo criar uma conta em banco, abrir uma empresa ou até mesmo escolher representantes políticos.
    Dos 1,3 milhão de estonianos, 99% possuem uma espécie de RG digital, um documento com um chip que lhes garante acesso a mais 500 serviços do governo, incluindo acesso ao sistema de saúde e ao transporte público.
    Primeiro a vantagem. O sistema, de fato, torna todos os processos públicos muito mais rápidos. Na Estônia, é possível abrir uma empresa em impressionantes 15 minutos. Uma conta em banco leva um pouco mais de tempo: 24 horas. Sem contar o acesso ao amplo sistema de benefícios estatais. A saúde é pública, o transporte é grátis e, com o documento digital, o governo subsidia até a compra de medicamentos na farmácia – o benefício pode chegar a 50%.
     Agora, a desvantagem. Todas as vezes que um estoniano saca seu RG digital para um serviço, ele registra a movimentação na rede estatal, que passa a ter a posse da informação. Além disso, em tese, qualquer cidadão pode consultar os dados de outro estoniano, mediante solicitação prévia e intermediação do governo.
    O Estado* acompanhou a consulta no perfil do primeiro ministro da Estônia, Jüri Ratas. Viu seus três imóveis, onde estão e quanto custam. “Está tudo aqui, é só consultar”, afirma a funcionária do governo digital da Estônia, Harle Pihlak. Assunto polêmico? Não para os locais. Segundo o cientista de computação Edilson Osorio, que mora há dois anos naquele país, os estonianos não se preocupam com a privacidade, mas “os estrangeiros ficam ressabiados com tanta exposição”.

(Renato Jakitas. O Estado de S. Paulo, 01.03.2020. Adaptado)
*Jornal o Estado de S.Paulo. 
A frase do terceiro parágrafo – Sem contar o acesso ao amplo sistema de benefícios estatais. – pode ser reescrita, sem alteração do sentido do texto, como indicado na alternativa:
Alternativas
Q1681775 Português
Estônia tem governo quase 100% digital


    A menor das três repúblicas bálticas, a Estônia é hoje considerada um dos grandes laboratórios do mundo em matéria de digitalização e transparência de dados. Lá, apenas três serviços ligados ao governo ainda demandam a presença física de seus cidadãos. Casamentos, divórcios e transferências de titularidade de um imóvel ainda requerem uma testemunha juramentada. Todo o resto pode ser feito pela internet, incluindo criar uma conta em banco, abrir uma empresa ou até mesmo escolher representantes políticos.
    Dos 1,3 milhão de estonianos, 99% possuem uma espécie de RG digital, um documento com um chip que lhes garante acesso a mais 500 serviços do governo, incluindo acesso ao sistema de saúde e ao transporte público.
    Primeiro a vantagem. O sistema, de fato, torna todos os processos públicos muito mais rápidos. Na Estônia, é possível abrir uma empresa em impressionantes 15 minutos. Uma conta em banco leva um pouco mais de tempo: 24 horas. Sem contar o acesso ao amplo sistema de benefícios estatais. A saúde é pública, o transporte é grátis e, com o documento digital, o governo subsidia até a compra de medicamentos na farmácia – o benefício pode chegar a 50%.
     Agora, a desvantagem. Todas as vezes que um estoniano saca seu RG digital para um serviço, ele registra a movimentação na rede estatal, que passa a ter a posse da informação. Além disso, em tese, qualquer cidadão pode consultar os dados de outro estoniano, mediante solicitação prévia e intermediação do governo.
    O Estado* acompanhou a consulta no perfil do primeiro ministro da Estônia, Jüri Ratas. Viu seus três imóveis, onde estão e quanto custam. “Está tudo aqui, é só consultar”, afirma a funcionária do governo digital da Estônia, Harle Pihlak. Assunto polêmico? Não para os locais. Segundo o cientista de computação Edilson Osorio, que mora há dois anos naquele país, os estonianos não se preocupam com a privacidade, mas “os estrangeiros ficam ressabiados com tanta exposição”.

(Renato Jakitas. O Estado de S. Paulo, 01.03.2020. Adaptado)
*Jornal o Estado de S.Paulo. 
Considere a frase.

Ainda que a maioria das requisições _______ feita pela internet, casamentos, divórcios e transferências de imóveis ________ a presença de cidadãos e testemunhas.

Com base no sentido do texto e na norma-padrão da língua portuguesa, as lacunas dessa frase devem ser preenchidas, respectivamente, por
Alternativas
Q1681776 Português
Estônia tem governo quase 100% digital


    A menor das três repúblicas bálticas, a Estônia é hoje considerada um dos grandes laboratórios do mundo em matéria de digitalização e transparência de dados. Lá, apenas três serviços ligados ao governo ainda demandam a presença física de seus cidadãos. Casamentos, divórcios e transferências de titularidade de um imóvel ainda requerem uma testemunha juramentada. Todo o resto pode ser feito pela internet, incluindo criar uma conta em banco, abrir uma empresa ou até mesmo escolher representantes políticos.
    Dos 1,3 milhão de estonianos, 99% possuem uma espécie de RG digital, um documento com um chip que lhes garante acesso a mais 500 serviços do governo, incluindo acesso ao sistema de saúde e ao transporte público.
    Primeiro a vantagem. O sistema, de fato, torna todos os processos públicos muito mais rápidos. Na Estônia, é possível abrir uma empresa em impressionantes 15 minutos. Uma conta em banco leva um pouco mais de tempo: 24 horas. Sem contar o acesso ao amplo sistema de benefícios estatais. A saúde é pública, o transporte é grátis e, com o documento digital, o governo subsidia até a compra de medicamentos na farmácia – o benefício pode chegar a 50%.
     Agora, a desvantagem. Todas as vezes que um estoniano saca seu RG digital para um serviço, ele registra a movimentação na rede estatal, que passa a ter a posse da informação. Além disso, em tese, qualquer cidadão pode consultar os dados de outro estoniano, mediante solicitação prévia e intermediação do governo.
    O Estado* acompanhou a consulta no perfil do primeiro ministro da Estônia, Jüri Ratas. Viu seus três imóveis, onde estão e quanto custam. “Está tudo aqui, é só consultar”, afirma a funcionária do governo digital da Estônia, Harle Pihlak. Assunto polêmico? Não para os locais. Segundo o cientista de computação Edilson Osorio, que mora há dois anos naquele país, os estonianos não se preocupam com a privacidade, mas “os estrangeiros ficam ressabiados com tanta exposição”.

(Renato Jakitas. O Estado de S. Paulo, 01.03.2020. Adaptado)
*Jornal o Estado de S.Paulo. 
No último parágrafo do texto, em – … os estonianos não se preocupam com a privacidade, mas “os estrangeiros ficam ressabiados com tanta exposição” –, o trecho destacado pode ser substituído, em conformidade com as ideias do texto e com a regência verbal e nominal padrão, por
Alternativas
Q1681777 Português
Estônia tem governo quase 100% digital


    A menor das três repúblicas bálticas, a Estônia é hoje considerada um dos grandes laboratórios do mundo em matéria de digitalização e transparência de dados. Lá, apenas três serviços ligados ao governo ainda demandam a presença física de seus cidadãos. Casamentos, divórcios e transferências de titularidade de um imóvel ainda requerem uma testemunha juramentada. Todo o resto pode ser feito pela internet, incluindo criar uma conta em banco, abrir uma empresa ou até mesmo escolher representantes políticos.
    Dos 1,3 milhão de estonianos, 99% possuem uma espécie de RG digital, um documento com um chip que lhes garante acesso a mais 500 serviços do governo, incluindo acesso ao sistema de saúde e ao transporte público.
    Primeiro a vantagem. O sistema, de fato, torna todos os processos públicos muito mais rápidos. Na Estônia, é possível abrir uma empresa em impressionantes 15 minutos. Uma conta em banco leva um pouco mais de tempo: 24 horas. Sem contar o acesso ao amplo sistema de benefícios estatais. A saúde é pública, o transporte é grátis e, com o documento digital, o governo subsidia até a compra de medicamentos na farmácia – o benefício pode chegar a 50%.
     Agora, a desvantagem. Todas as vezes que um estoniano saca seu RG digital para um serviço, ele registra a movimentação na rede estatal, que passa a ter a posse da informação. Além disso, em tese, qualquer cidadão pode consultar os dados de outro estoniano, mediante solicitação prévia e intermediação do governo.
    O Estado* acompanhou a consulta no perfil do primeiro ministro da Estônia, Jüri Ratas. Viu seus três imóveis, onde estão e quanto custam. “Está tudo aqui, é só consultar”, afirma a funcionária do governo digital da Estônia, Harle Pihlak. Assunto polêmico? Não para os locais. Segundo o cientista de computação Edilson Osorio, que mora há dois anos naquele país, os estonianos não se preocupam com a privacidade, mas “os estrangeiros ficam ressabiados com tanta exposição”.

(Renato Jakitas. O Estado de S. Paulo, 01.03.2020. Adaptado)
*Jornal o Estado de S.Paulo. 
Assinale a alternativa correta quanto à concordância verbal estabelecida pela norma-padrão.
Alternativas
Q1681778 Português
Estônia tem governo quase 100% digital


    A menor das três repúblicas bálticas, a Estônia é hoje considerada um dos grandes laboratórios do mundo em matéria de digitalização e transparência de dados. Lá, apenas três serviços ligados ao governo ainda demandam a presença física de seus cidadãos. Casamentos, divórcios e transferências de titularidade de um imóvel ainda requerem uma testemunha juramentada. Todo o resto pode ser feito pela internet, incluindo criar uma conta em banco, abrir uma empresa ou até mesmo escolher representantes políticos.
    Dos 1,3 milhão de estonianos, 99% possuem uma espécie de RG digital, um documento com um chip que lhes garante acesso a mais 500 serviços do governo, incluindo acesso ao sistema de saúde e ao transporte público.
    Primeiro a vantagem. O sistema, de fato, torna todos os processos públicos muito mais rápidos. Na Estônia, é possível abrir uma empresa em impressionantes 15 minutos. Uma conta em banco leva um pouco mais de tempo: 24 horas. Sem contar o acesso ao amplo sistema de benefícios estatais. A saúde é pública, o transporte é grátis e, com o documento digital, o governo subsidia até a compra de medicamentos na farmácia – o benefício pode chegar a 50%.
     Agora, a desvantagem. Todas as vezes que um estoniano saca seu RG digital para um serviço, ele registra a movimentação na rede estatal, que passa a ter a posse da informação. Além disso, em tese, qualquer cidadão pode consultar os dados de outro estoniano, mediante solicitação prévia e intermediação do governo.
    O Estado* acompanhou a consulta no perfil do primeiro ministro da Estônia, Jüri Ratas. Viu seus três imóveis, onde estão e quanto custam. “Está tudo aqui, é só consultar”, afirma a funcionária do governo digital da Estônia, Harle Pihlak. Assunto polêmico? Não para os locais. Segundo o cientista de computação Edilson Osorio, que mora há dois anos naquele país, os estonianos não se preocupam com a privacidade, mas “os estrangeiros ficam ressabiados com tanta exposição”.

(Renato Jakitas. O Estado de S. Paulo, 01.03.2020. Adaptado)
*Jornal o Estado de S.Paulo. 
Considere a frase elaborada a partir das ideias do texto.

Entre as diversas facilidades com que os estonianos podem contar, o país oferece aos estonianos transporte gratuito. Quanto a tratamento médico, o governo tem incluído tratamento médico entre os benefícios disponíveis para a população e, tratando-se de quase 50% de economia, geralmente garante a economia de quase 50% para quem precisa de remédios.

De acordo com as regras de emprego e de colocação dos pronomes estabelecidos pela norma-padrão, as expressões destacadas na frase podem ser substituídas por
Alternativas
Q1681779 Português
No princípio era o caderno


    Quando mocinhas, elas podiam escrever seus pensamentos e estados d’alma (em prosa e verso) nos diários de capa acetinada com vagas pinturas representando flores ou pombinhos brancos levando um coração no bico. Nos diários mais simples, cromos coloridos de cestinhos floridos ou crianças abraçadas a um cachorro. Depois de casadas, não tinha mais sentido pensar sequer em guardar segredos, que segredo de mulher casada só podia ser bandalheira. Restava o recurso do cadernão do dia a dia, onde, de mistura com os gastos da casa cuidadosamente anotados e somados no fim do mês, elas ousavam escrever alguma lembrança ou uma confissão que se juntava na linha adiante com o preço do pó de café e da cebola.
    Minha mãe guardava um desses cadernos que pertencera à minha avó Belmira. Me lembro da capa dura, recoberta com um tecido de algodão preto. A letrinha vacilante, bem desenhada, era menina quando via minha mãe recorrer a esse caderno para conferir uma receita de doce ou a receita de um gargarejo. “Como mamãe escrevia bem! – Observou ela mais de uma vez. – Que pensamentos e que poesias, como era inspirada!”.
    Vejo nas tímidas inspirações desse cadernão (que se perdeu num incêndio) um marco das primeiras arremetidas da mulher brasileira na chamada carreira de letras – um ofício de homem.

(A disciplina do amor. Rocco, 1998.)
Pelas ideias apresentadas, é correto afirmar que o texto é
Alternativas
Q1681780 Português
No princípio era o caderno


    Quando mocinhas, elas podiam escrever seus pensamentos e estados d’alma (em prosa e verso) nos diários de capa acetinada com vagas pinturas representando flores ou pombinhos brancos levando um coração no bico. Nos diários mais simples, cromos coloridos de cestinhos floridos ou crianças abraçadas a um cachorro. Depois de casadas, não tinha mais sentido pensar sequer em guardar segredos, que segredo de mulher casada só podia ser bandalheira. Restava o recurso do cadernão do dia a dia, onde, de mistura com os gastos da casa cuidadosamente anotados e somados no fim do mês, elas ousavam escrever alguma lembrança ou uma confissão que se juntava na linha adiante com o preço do pó de café e da cebola.
    Minha mãe guardava um desses cadernos que pertencera à minha avó Belmira. Me lembro da capa dura, recoberta com um tecido de algodão preto. A letrinha vacilante, bem desenhada, era menina quando via minha mãe recorrer a esse caderno para conferir uma receita de doce ou a receita de um gargarejo. “Como mamãe escrevia bem! – Observou ela mais de uma vez. – Que pensamentos e que poesias, como era inspirada!”.
    Vejo nas tímidas inspirações desse cadernão (que se perdeu num incêndio) um marco das primeiras arremetidas da mulher brasileira na chamada carreira de letras – um ofício de homem.

(A disciplina do amor. Rocco, 1998.)
No último parágrafo do texto, a narradora
Alternativas
Q1681781 Português
No princípio era o caderno


    Quando mocinhas, elas podiam escrever seus pensamentos e estados d’alma (em prosa e verso) nos diários de capa acetinada com vagas pinturas representando flores ou pombinhos brancos levando um coração no bico. Nos diários mais simples, cromos coloridos de cestinhos floridos ou crianças abraçadas a um cachorro. Depois de casadas, não tinha mais sentido pensar sequer em guardar segredos, que segredo de mulher casada só podia ser bandalheira. Restava o recurso do cadernão do dia a dia, onde, de mistura com os gastos da casa cuidadosamente anotados e somados no fim do mês, elas ousavam escrever alguma lembrança ou uma confissão que se juntava na linha adiante com o preço do pó de café e da cebola.
    Minha mãe guardava um desses cadernos que pertencera à minha avó Belmira. Me lembro da capa dura, recoberta com um tecido de algodão preto. A letrinha vacilante, bem desenhada, era menina quando via minha mãe recorrer a esse caderno para conferir uma receita de doce ou a receita de um gargarejo. “Como mamãe escrevia bem! – Observou ela mais de uma vez. – Que pensamentos e que poesias, como era inspirada!”.
    Vejo nas tímidas inspirações desse cadernão (que se perdeu num incêndio) um marco das primeiras arremetidas da mulher brasileira na chamada carreira de letras – um ofício de homem.

(A disciplina do amor. Rocco, 1998.)
Assinale a alternativa correta a respeito do termo destacado no trecho do texto.
Alternativas
Q1681782 Português
No princípio era o caderno


    Quando mocinhas, elas podiam escrever seus pensamentos e estados d’alma (em prosa e verso) nos diários de capa acetinada com vagas pinturas representando flores ou pombinhos brancos levando um coração no bico. Nos diários mais simples, cromos coloridos de cestinhos floridos ou crianças abraçadas a um cachorro. Depois de casadas, não tinha mais sentido pensar sequer em guardar segredos, que segredo de mulher casada só podia ser bandalheira. Restava o recurso do cadernão do dia a dia, onde, de mistura com os gastos da casa cuidadosamente anotados e somados no fim do mês, elas ousavam escrever alguma lembrança ou uma confissão que se juntava na linha adiante com o preço do pó de café e da cebola.
    Minha mãe guardava um desses cadernos que pertencera à minha avó Belmira. Me lembro da capa dura, recoberta com um tecido de algodão preto. A letrinha vacilante, bem desenhada, era menina quando via minha mãe recorrer a esse caderno para conferir uma receita de doce ou a receita de um gargarejo. “Como mamãe escrevia bem! – Observou ela mais de uma vez. – Que pensamentos e que poesias, como era inspirada!”.
    Vejo nas tímidas inspirações desse cadernão (que se perdeu num incêndio) um marco das primeiras arremetidas da mulher brasileira na chamada carreira de letras – um ofício de homem.

(A disciplina do amor. Rocco, 1998.)
Um dos sinais de pontuação empregados pela autora no texto são os parênteses, os quais também poderiam ser corretamente inseridos no trecho da alternativa:
Alternativas
Q1681783 Português
No princípio era o caderno


    Quando mocinhas, elas podiam escrever seus pensamentos e estados d’alma (em prosa e verso) nos diários de capa acetinada com vagas pinturas representando flores ou pombinhos brancos levando um coração no bico. Nos diários mais simples, cromos coloridos de cestinhos floridos ou crianças abraçadas a um cachorro. Depois de casadas, não tinha mais sentido pensar sequer em guardar segredos, que segredo de mulher casada só podia ser bandalheira. Restava o recurso do cadernão do dia a dia, onde, de mistura com os gastos da casa cuidadosamente anotados e somados no fim do mês, elas ousavam escrever alguma lembrança ou uma confissão que se juntava na linha adiante com o preço do pó de café e da cebola.
    Minha mãe guardava um desses cadernos que pertencera à minha avó Belmira. Me lembro da capa dura, recoberta com um tecido de algodão preto. A letrinha vacilante, bem desenhada, era menina quando via minha mãe recorrer a esse caderno para conferir uma receita de doce ou a receita de um gargarejo. “Como mamãe escrevia bem! – Observou ela mais de uma vez. – Que pensamentos e que poesias, como era inspirada!”.
    Vejo nas tímidas inspirações desse cadernão (que se perdeu num incêndio) um marco das primeiras arremetidas da mulher brasileira na chamada carreira de letras – um ofício de homem.

(A disciplina do amor. Rocco, 1998.)
Assinale a alternativa correta de acordo com a norma-padrão da língua portuguesa.
Alternativas
Q1681784 Português
Pelos elementos presentes no cartum, é correto afirmar que
Alternativas
Q1681785 Português
A expressão empregada em sentido figurado pelo personagem é
Alternativas
Q1681786 Português
Eu proponho _________ você um jantar ___________ luz de velas, quando ambos poderemos ficar_____________ toa nos dedicando _______ descobrir as fofocas que circulam pelas redes sociais.

De acordo com a norma-padrão, as lacunas da frase reescrita a partir do cartum devem ser preenchidas, respectivamente, por
Alternativas
Q1681787 Inglês
    Among the press‘s roles are what are called the “three I’s” – information, interpretation, and interest. Roger Hilsman, a political scientist and State Department official in the John F. Kennedy administration, identified “the gathering and dissemination of information” as a major function of the press. The flow of information through the press [...] is the lifeblood of America’s democratic system.
    Information in press coverage of foreign affairs is almost always accompanied by interpretation. Journalists provide contexts (often called “frames”) in which information is conveyed. “By suggesting the cause and relationships of various events,” the political scientist Doris A. Graber observes, “the media may shape opinions even without telling their audiences what to believe or think. For example, linking civil strife in El Salvador [in the 1980s] to the activities of Soviet and Cuban agents ensured that the American public would view the situation with considerable alarm.” Among policymakers in Washington, Hilsman notes, “the press is not the sole source of interpretation. The president, the secretary of state, the assistant secretaries, American ambassadors, senators, congressmen, academic experts – all are sources of interpretation. But the fact that the press is there every day, day after day, with its interpretations makes it the principal competitor of all the others in interpreting events”.
    The press also can play an important role in stirring interest in an issue both in Washington and among the public. During the Ronald Reagan years media reporting awakened public interest on starvation in Ethiopia, a topic that Americans had shown little interest in prior to the appearance of illustrated stories about dying children in the press and on television. An example from the James Earl Carter years was the debate over whether to deploy enhanced radiation nuclear bombs (also called neutron bombs) in western Europe. The debate began with a story by Walter Pincus in the Washington Post on 6 June 1977. A quotation in the story noted that the bombs would „kill people“ while „leaving buildings and tanks standing.“ Once the story was framed in this negative way – on television and radio as well as in newspapers and magazines – the administration was not able to gain public and congressional support for deploying the new weapon. The unfolding of this story illustrates a frequent pattern in foreign policy: print journalists often bring stories to public attention, after which they are covered by other print and electronic reporters.


(https://www.americanforeignrelations.com/O-W/ The-Press-The-press-s-many-roles.html. Acesso em 22.02.2020)
O tema principal do texto é:
Alternativas
Q1681788 Inglês
    Among the press‘s roles are what are called the “three I’s” – information, interpretation, and interest. Roger Hilsman, a political scientist and State Department official in the John F. Kennedy administration, identified “the gathering and dissemination of information” as a major function of the press. The flow of information through the press [...] is the lifeblood of America’s democratic system.
    Information in press coverage of foreign affairs is almost always accompanied by interpretation. Journalists provide contexts (often called “frames”) in which information is conveyed. “By suggesting the cause and relationships of various events,” the political scientist Doris A. Graber observes, “the media may shape opinions even without telling their audiences what to believe or think. For example, linking civil strife in El Salvador [in the 1980s] to the activities of Soviet and Cuban agents ensured that the American public would view the situation with considerable alarm.” Among policymakers in Washington, Hilsman notes, “the press is not the sole source of interpretation. The president, the secretary of state, the assistant secretaries, American ambassadors, senators, congressmen, academic experts – all are sources of interpretation. But the fact that the press is there every day, day after day, with its interpretations makes it the principal competitor of all the others in interpreting events”.
    The press also can play an important role in stirring interest in an issue both in Washington and among the public. During the Ronald Reagan years media reporting awakened public interest on starvation in Ethiopia, a topic that Americans had shown little interest in prior to the appearance of illustrated stories about dying children in the press and on television. An example from the James Earl Carter years was the debate over whether to deploy enhanced radiation nuclear bombs (also called neutron bombs) in western Europe. The debate began with a story by Walter Pincus in the Washington Post on 6 June 1977. A quotation in the story noted that the bombs would „kill people“ while „leaving buildings and tanks standing.“ Once the story was framed in this negative way – on television and radio as well as in newspapers and magazines – the administration was not able to gain public and congressional support for deploying the new weapon. The unfolding of this story illustrates a frequent pattern in foreign policy: print journalists often bring stories to public attention, after which they are covered by other print and electronic reporters.


(https://www.americanforeignrelations.com/O-W/ The-Press-The-press-s-many-roles.html. Acesso em 22.02.2020)
De acordo com o segundo parágrafo, é correto afirmar que, na cobertura que faz de assuntos externos, a imprensa
Alternativas
Q1681789 Inglês
    Among the press‘s roles are what are called the “three I’s” – information, interpretation, and interest. Roger Hilsman, a political scientist and State Department official in the John F. Kennedy administration, identified “the gathering and dissemination of information” as a major function of the press. The flow of information through the press [...] is the lifeblood of America’s democratic system.
    Information in press coverage of foreign affairs is almost always accompanied by interpretation. Journalists provide contexts (often called “frames”) in which information is conveyed. “By suggesting the cause and relationships of various events,” the political scientist Doris A. Graber observes, “the media may shape opinions even without telling their audiences what to believe or think. For example, linking civil strife in El Salvador [in the 1980s] to the activities of Soviet and Cuban agents ensured that the American public would view the situation with considerable alarm.” Among policymakers in Washington, Hilsman notes, “the press is not the sole source of interpretation. The president, the secretary of state, the assistant secretaries, American ambassadors, senators, congressmen, academic experts – all are sources of interpretation. But the fact that the press is there every day, day after day, with its interpretations makes it the principal competitor of all the others in interpreting events”.
    The press also can play an important role in stirring interest in an issue both in Washington and among the public. During the Ronald Reagan years media reporting awakened public interest on starvation in Ethiopia, a topic that Americans had shown little interest in prior to the appearance of illustrated stories about dying children in the press and on television. An example from the James Earl Carter years was the debate over whether to deploy enhanced radiation nuclear bombs (also called neutron bombs) in western Europe. The debate began with a story by Walter Pincus in the Washington Post on 6 June 1977. A quotation in the story noted that the bombs would „kill people“ while „leaving buildings and tanks standing.“ Once the story was framed in this negative way – on television and radio as well as in newspapers and magazines – the administration was not able to gain public and congressional support for deploying the new weapon. The unfolding of this story illustrates a frequent pattern in foreign policy: print journalists often bring stories to public attention, after which they are covered by other print and electronic reporters.


(https://www.americanforeignrelations.com/O-W/ The-Press-The-press-s-many-roles.html. Acesso em 22.02.2020)
No segundo parágrafo, a palavra destacada no trecho – the press is not the sole source of interpretation – pode ser substituída, sem alteração de sentido, por:
Alternativas
Q1681790 Inglês
    Among the press‘s roles are what are called the “three I’s” – information, interpretation, and interest. Roger Hilsman, a political scientist and State Department official in the John F. Kennedy administration, identified “the gathering and dissemination of information” as a major function of the press. The flow of information through the press [...] is the lifeblood of America’s democratic system.
    Information in press coverage of foreign affairs is almost always accompanied by interpretation. Journalists provide contexts (often called “frames”) in which information is conveyed. “By suggesting the cause and relationships of various events,” the political scientist Doris A. Graber observes, “the media may shape opinions even without telling their audiences what to believe or think. For example, linking civil strife in El Salvador [in the 1980s] to the activities of Soviet and Cuban agents ensured that the American public would view the situation with considerable alarm.” Among policymakers in Washington, Hilsman notes, “the press is not the sole source of interpretation. The president, the secretary of state, the assistant secretaries, American ambassadors, senators, congressmen, academic experts – all are sources of interpretation. But the fact that the press is there every day, day after day, with its interpretations makes it the principal competitor of all the others in interpreting events”.
    The press also can play an important role in stirring interest in an issue both in Washington and among the public. During the Ronald Reagan years media reporting awakened public interest on starvation in Ethiopia, a topic that Americans had shown little interest in prior to the appearance of illustrated stories about dying children in the press and on television. An example from the James Earl Carter years was the debate over whether to deploy enhanced radiation nuclear bombs (also called neutron bombs) in western Europe. The debate began with a story by Walter Pincus in the Washington Post on 6 June 1977. A quotation in the story noted that the bombs would „kill people“ while „leaving buildings and tanks standing.“ Once the story was framed in this negative way – on television and radio as well as in newspapers and magazines – the administration was not able to gain public and congressional support for deploying the new weapon. The unfolding of this story illustrates a frequent pattern in foreign policy: print journalists often bring stories to public attention, after which they are covered by other print and electronic reporters.


(https://www.americanforeignrelations.com/O-W/ The-Press-The-press-s-many-roles.html. Acesso em 22.02.2020)
According to the third paragraph,
Alternativas
Q1681791 Inglês
    Among the press‘s roles are what are called the “three I’s” – information, interpretation, and interest. Roger Hilsman, a political scientist and State Department official in the John F. Kennedy administration, identified “the gathering and dissemination of information” as a major function of the press. The flow of information through the press [...] is the lifeblood of America’s democratic system.
    Information in press coverage of foreign affairs is almost always accompanied by interpretation. Journalists provide contexts (often called “frames”) in which information is conveyed. “By suggesting the cause and relationships of various events,” the political scientist Doris A. Graber observes, “the media may shape opinions even without telling their audiences what to believe or think. For example, linking civil strife in El Salvador [in the 1980s] to the activities of Soviet and Cuban agents ensured that the American public would view the situation with considerable alarm.” Among policymakers in Washington, Hilsman notes, “the press is not the sole source of interpretation. The president, the secretary of state, the assistant secretaries, American ambassadors, senators, congressmen, academic experts – all are sources of interpretation. But the fact that the press is there every day, day after day, with its interpretations makes it the principal competitor of all the others in interpreting events”.
    The press also can play an important role in stirring interest in an issue both in Washington and among the public. During the Ronald Reagan years media reporting awakened public interest on starvation in Ethiopia, a topic that Americans had shown little interest in prior to the appearance of illustrated stories about dying children in the press and on television. An example from the James Earl Carter years was the debate over whether to deploy enhanced radiation nuclear bombs (also called neutron bombs) in western Europe. The debate began with a story by Walter Pincus in the Washington Post on 6 June 1977. A quotation in the story noted that the bombs would „kill people“ while „leaving buildings and tanks standing.“ Once the story was framed in this negative way – on television and radio as well as in newspapers and magazines – the administration was not able to gain public and congressional support for deploying the new weapon. The unfolding of this story illustrates a frequent pattern in foreign policy: print journalists often bring stories to public attention, after which they are covered by other print and electronic reporters.


(https://www.americanforeignrelations.com/O-W/ The-Press-The-press-s-many-roles.html. Acesso em 22.02.2020)
No trecho “Once the story was framed in this negative way – on television and radio as well as in newspapers and magazines – ...“, a expressão em destaque indica
Alternativas
Respostas
1: A
2: C
3: D
4: D
5: C
6: E
7: B
8: C
9: E
10: B
11: A
12: D
13: B
14: D
15: E
16: E
17: C
18: B
19: D
20: D