Questões de Concurso Público Prefeitura de Cananéia - SP 2020 para Médico 20H
Foram encontradas 35 questões
Homem, 49 anos, faz acompanhamento em ambulatório por insuficiência cardíaca (IC) com fração de ejeção reduzida decorrente de cardiopatia isquêmica em fase dilatada. Há dois anos, apresentou infarto agudo do miocárdio, não sendo realizada trombólise ou revascularização percutânea. Atualmente apresenta queixas compatíveis com IC em classe funcional II da New York Heart Association, mesmo na presença de excelente adesão ao tratamento com ácido acetilsalicílico, enalapril, carvedilol, espironolactona, furosemida e atorvastatina, todos em doses otimizadas. Exame físico: PA = 110 x 70 mmHg, FC = 68 bpm, presença de 3a bulha na ausculta cardíaca, turgência jugular patológica e estertores em bases pulmonares. No ECG, nota-se a presença de bloqueio do ramo direito, com duração de QRS em torno de 135 ms. O ecocardiograma evidencia fração de ejeção de 27% e extensa área de acinesia na parede anterior do VE.
A estratégia terapêutica para reduzir a taxa de mortalidade esperada para esse paciente é:
Mulher, 75 anos, queixa-se de dispneia progressiva e precordialgia intermitente. No último ano, apresentou dois episódios de síncope. Exame físico: pulso arterial do tipo parvus e tardus, com fenômeno de Gallavardin à ausculta cardíaca. Foi realizado ecocardiograma transtorácico que revela estenose aórtica grave, com área valvar de 0,6 cm2 e gradiente transvalvar aórtico médio de 65 mmHg. A paciente apresenta antecedente de febre reumática, tabagismo e doença pulmonar obstrutiva crônica grave.
Assinale a alternativa que apresenta a estratégia terapêutica correta para essa paciente.
Mulher, 29 anos, portadora de Graves recentemente diagnosticada, ainda sem tratamento específico, é admitida com quadro de febre, delirium, convulsões e icterícia, sendo diagnosticada crise tireotóxica, precipitada por infecção respiratória.
Optou-se pela instituição de tratamento com propiltiouracil (PTU), em detrimento do metimazol, pelo fato de o PTU
Mulher, 58 anos, encontra-se internada em pré-operatório de colecistectomia eletiva. Durante os exames admissionais, constata-se hiponatremia de 123 mEq/L. A paciente está levemente letárgica e bradipsíquica, com queixa de certa anorexia e cansaço. Nega diarreia ou outros antecedentes mórbidos. Apresentou um episódio de vômito na última semana. Refere que vinha utilizando apenas analgésicos simples e anti-espasmódico, por conta das cólicas biliares. O exame físico é normal. Na radiografia nota-se a presença de nódulo pulmonar espiculado, de 3,0 cm, próximo ao hilo esquerdo. É solicitado um exame de urina simples, que revela osmolaridade urinária de 632 mOsm/L.
A causa provável da hiponatremia da paciente é
O agente mais provavelmente responsável pelo quadro apresentado é
Mulher, 42 anos, portadora de estenose mitral reumática, apresentou episódio de fibrilação atrial e decidiu-se pela anticoagulação como prevenção de eventos tromboembólicos. Cerca de uma semana após o início de terapia anticoagulante oral com varfarina, começou a desenvolver áreas de necrose cutânea nas mamas e coxas. As lesões são bem demarcadas, endurecidas e purpúricas, evoluindo com grandes bolhas hemorrágicas e necrose central.
A necrose cutânea sofrida pela paciente pode ser mais provavelmente atribuída
Homem, 74 anos, apresenta quadro de dor abdominal intensa há dois dias, localizada em hipocôndrio direito, associada a náuseas e vômitos. Procurou pronto atendimento e foi realizada tomografia computadorizada de abdome que revelou gás dissecando a parede da vesícula biliar, sendo diagnosticada colecistite enfisematosa.
Assinale a alternativa que apresenta a condição de base mais provavelmente associada a essa evolução do paciente
Homem, 44 anos, motorista de ônibus, sedentário e portador de sobrepeso, queixa-se de dor torácica atípica para isquemia miocárdica. Foi classificado como paciente de baixo risco para eventos cardiovasculares. O eletrocardiograma de repouso é normal. Realizou teste ergométrico cujo resultado não foi conclusivo para definição de isquemia miocárdica, optando-se, então, pela realização de cineangiocoronariografia, que revela placa aterosclerótica calcificada em artéria descendente anterior, sem estenose significativa.
Diante desse resultado, a conduta correta é
Mulher, 72 anos, queixa-se de dispneia progressiva e tosse seca, além de artralgias intermitentes, acometendo predominantemente grandes articulações como quadril e joelhos. Ao exame físico, encontra-se levemente taquidispneica (FR = 28 ipm) e com estertores nas bases pulmonares. Exames complementares: hipoxemia arterial em repouso (pO2 = 50 mmHg), FAN positivo (padrão homogêneo) e infiltrado intersticial denso nas porções mais periféricas das bases pulmonares, onde há aspecto em vidro fosco.
A principal hipótese diagnóstica para o caso é
O agente etiológico mais provavelmente envolvido é
Mulher, 87 anos, há 6 meses acabou se perdendo no trajeto da igreja para sua casa, trajeto este que fazia rotineiramente aos domingos. Além desse episódio, vem apresentando esquecimento de evolução insidiosa. Não está reconhecendo os sobrinhos e não se lembra do nome de amigas próximas, com quem fazia aulas de pintura. Com isso, acabou deixando de frequentar as aulas, isolando- -se. Não apresenta alteração do ciclo sono-vigília, do humor ou do apetite.
A substância envolvida na fisiopatologia do diagnóstico mais provável dessa paciente é a
Mulher, 64 anos, refere dispneia progressiva e tosse seca matinal há 6 anos. Usou antibióticos duas vezes no último ano por aumento da expectoração e piora de dispneia. É tabagista, há 50 anos, de um maço de cigarro ao dia. Exame físico: bom estado geral, corada, hidratada, cianótica (+/4+), consciente, orientada; ausculta cardíaca e pulmonar normais; SpO2 : 84% (ar ambiente); FC = 84 bpm; PA = 130 x 70 mmHg. Espirometria pós-broncodilatador; VEF1 = 0,66 L (24% do previsto); CVF = 1,94 (56% do previsto); VEF1/CVF: 0,34 (43% do previsto).
Notas:
* VEF1 = volume expiratório forçado no primeiro segundo.
*CVF = capacidade vital forçada
Qual é o benefício do uso crônico de broncodilatador de ação prolongada para essa paciente?
Mulher, 52 anos, tabagista, foi encontrada desacordada por vizinhos e levada ao pronto atendimento. Exame físico na admissão: regular estado geral, descorada +/4, desidratada ++/4, PA = 140 x 80 mmHg, FC = 80 bpm, escala de coma de Glasgow = 10. Exames laboratoriais: gasometria arterial (ar ambiente): pH: 7,25; pO2 : 85 mmHg; pCO2 : 48 mmHg; HCO3 : 13 mEq/L; SpO2 : 88%; sódio sérico: 145 mEq/L; potássio sérico: 4,0 mEq/L; cloro sérico: 96 mmol/L; albumina sérica: 4 g/dL.
A causa mais provavelmente envolvida no rebaixamento do nível de consciência dessa paciente é