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O bem-vindo retorno das vacinas
Depois de anos de quedas sucessivas na cobertura vacinal, o Brasil saiu, enfim, do indesejável ranking dos 20 países com mais crianças não vacinadas. A auspiciosa notícia
vem do relatório divulgado recentemente pela Organização
Mundial da Saúde (OMS) e pelo Fundo das Nações Unidas para
a Infância (Unicef) sobre os níveis de vacinação no mundo.
A melhora dos índices de cobertura vacinal do Brasil destoa do que acontece no panorama global – de acordo com o
relatório, a taxa de imunização no mundo ficou estagnada. A
título de exemplo, o número de crianças que não receberam
nenhuma dose da DTP1, que protege contra difteria, tétano e
coqueluche, caiu de 418 mil em 2022 para 103 mil em 2023
no Brasil.
Em abril, o Ministério da Saúde já havia apresentado dados que mostravam o aumento da cobertura vacinal no País.
Na ocasião, informou que 13 dos 16 imunizantes do calendário infantil tiveram alta na adesão. Motivo suficiente, na
época, para reconhecer os méritos da atual gestão da pasta,
que buscou revigorar em 2023 o Programa Nacional de Imunizações.
Não é uma vitória trivial e, portanto, deve ser comemorada. Mas mantê-la exigirá vigilância e trabalho. Por exemplo,
as coberturas vacinais da maioria dos imunizantes seguem
abaixo da meta. E o próprio Ministério da Saúde informou ter
pesquisas segundo as quais 20% da população não confia ou
confia pouco em algumas vacinas – índice que, no passado,
não passava de 5%.
Convém reconhecer que a queda na cobertura vacinal
já vinha apresentando piora desde 2016, com números decrescentes entre os imunizantes do calendário infantil. Uma
evidência de que só a confiança da população nas vacinas
não basta. É preciso fazer campanha permanente.
(https://www.estadao.com.br/opiniao, 22.07.2024. Adaptado)