Questões de Concurso Público Prefeitura de Monte Alto - SP 2024 para Veterinário
Foram encontradas 50 questões
Leia o texto a seguir para responder à questão.
Compreendo perfeitamente o pintor Raimundo Nogueira. Ele, a mais bem-humorada e a mais cordial de todas as criaturas que conheço, cortou relações há alguns anos com um sujeito. Fez deste o seu único inimigo, negando-lhe cumprimento. E andou certo, a meu ver. O indivíduo em apreço, naquela época ainda em muito boas relações com o Raimundo, era dono duma churrascaria em Ipanema e dum terreno que desejava vender. O pintor se interessou pelo lote e foi vê-lo; no dia seguinte levou a família e, mal chegou ao lugar, ficou indignado e voltou: o proprietário do lote mandara derrubar uma frondosa mangueira que tinha lá. Na churrascaria, houve o seguinte diálogo:
Raimundo: – E a árvore? E a mangueira?
Dono: – Mandei cortar.
Raimundo: – Por quê, rapaz? Por quê?
Dono: – Acho que os pretendentes podem ver melhor o terreno sem a árvore.
Raimundo: – Ah, é assim, não é? Então, é favor não falar mais comigo.
Foi-se embora; desde então, quando passa defronte da churrascaria, Raimundo vira o rosto. Há entre churrasqueiro e pintor uma árvore morta.
Não sei com quem brigar, a quem virar o rosto. Mas cortaram também a amendoeira que existia debaixo da minha janela, no quintal ao lado. Era uma das maiores e das mais bonitas amendoeiras do Rio. Foi abaixo, para ceder lugar a uma garagem. Ora, seu tronco era longo, portanto, seria a coisa mais simples do mundo fazer um buraco no teto da garagem para o tronco passar, antes de se abrir em galhos e folhas no alto. A ideia não ocorreu ao proprietário do edifício que se constrói e que julgou ainda mais simples pôr a árvore no chão. Trata-se duma alma irmã à do churrasqueiro. Um sujeito que não merece o meu respeito ou a minha confiança. Assim, em meu nome, no do pintor Raimundo Nogueira e de todas as pessoas que gostam de árvores, eu o mando para o diabo que o carregue.
(Paulo Mendes Campos. Árvores. Disponível em: https://cronicabrasileira. org.br/cronicas/19359/arvores. Acesso em 23.05.2024. Adaptado)
Leia o texto a seguir para responder à questão.
Compreendo perfeitamente o pintor Raimundo Nogueira. Ele, a mais bem-humorada e a mais cordial de todas as criaturas que conheço, cortou relações há alguns anos com um sujeito. Fez deste o seu único inimigo, negando-lhe cumprimento. E andou certo, a meu ver. O indivíduo em apreço, naquela época ainda em muito boas relações com o Raimundo, era dono duma churrascaria em Ipanema e dum terreno que desejava vender. O pintor se interessou pelo lote e foi vê-lo; no dia seguinte levou a família e, mal chegou ao lugar, ficou indignado e voltou: o proprietário do lote mandara derrubar uma frondosa mangueira que tinha lá. Na churrascaria, houve o seguinte diálogo:
Raimundo: – E a árvore? E a mangueira?
Dono: – Mandei cortar.
Raimundo: – Por quê, rapaz? Por quê?
Dono: – Acho que os pretendentes podem ver melhor o terreno sem a árvore.
Raimundo: – Ah, é assim, não é? Então, é favor não falar mais comigo.
Foi-se embora; desde então, quando passa defronte da churrascaria, Raimundo vira o rosto. Há entre churrasqueiro e pintor uma árvore morta.
Não sei com quem brigar, a quem virar o rosto. Mas cortaram também a amendoeira que existia debaixo da minha janela, no quintal ao lado. Era uma das maiores e das mais bonitas amendoeiras do Rio. Foi abaixo, para ceder lugar a uma garagem. Ora, seu tronco era longo, portanto, seria a coisa mais simples do mundo fazer um buraco no teto da garagem para o tronco passar, antes de se abrir em galhos e folhas no alto. A ideia não ocorreu ao proprietário do edifício que se constrói e que julgou ainda mais simples pôr a árvore no chão. Trata-se duma alma irmã à do churrasqueiro. Um sujeito que não merece o meu respeito ou a minha confiança. Assim, em meu nome, no do pintor Raimundo Nogueira e de todas as pessoas que gostam de árvores, eu o mando para o diabo que o carregue.
(Paulo Mendes Campos. Árvores. Disponível em: https://cronicabrasileira. org.br/cronicas/19359/arvores. Acesso em 23.05.2024. Adaptado)
Leia o texto a seguir para responder à questão.
Compreendo perfeitamente o pintor Raimundo Nogueira. Ele, a mais bem-humorada e a mais cordial de todas as criaturas que conheço, cortou relações há alguns anos com um sujeito. Fez deste o seu único inimigo, negando-lhe cumprimento. E andou certo, a meu ver. O indivíduo em apreço, naquela época ainda em muito boas relações com o Raimundo, era dono duma churrascaria em Ipanema e dum terreno que desejava vender. O pintor se interessou pelo lote e foi vê-lo; no dia seguinte levou a família e, mal chegou ao lugar, ficou indignado e voltou: o proprietário do lote mandara derrubar uma frondosa mangueira que tinha lá. Na churrascaria, houve o seguinte diálogo:
Raimundo: – E a árvore? E a mangueira?
Dono: – Mandei cortar.
Raimundo: – Por quê, rapaz? Por quê?
Dono: – Acho que os pretendentes podem ver melhor o terreno sem a árvore.
Raimundo: – Ah, é assim, não é? Então, é favor não falar mais comigo.
Foi-se embora; desde então, quando passa defronte da churrascaria, Raimundo vira o rosto. Há entre churrasqueiro e pintor uma árvore morta.
Não sei com quem brigar, a quem virar o rosto. Mas cortaram também a amendoeira que existia debaixo da minha janela, no quintal ao lado. Era uma das maiores e das mais bonitas amendoeiras do Rio. Foi abaixo, para ceder lugar a uma garagem. Ora, seu tronco era longo, portanto, seria a coisa mais simples do mundo fazer um buraco no teto da garagem para o tronco passar, antes de se abrir em galhos e folhas no alto. A ideia não ocorreu ao proprietário do edifício que se constrói e que julgou ainda mais simples pôr a árvore no chão. Trata-se duma alma irmã à do churrasqueiro. Um sujeito que não merece o meu respeito ou a minha confiança. Assim, em meu nome, no do pintor Raimundo Nogueira e de todas as pessoas que gostam de árvores, eu o mando para o diabo que o carregue.
(Paulo Mendes Campos. Árvores. Disponível em: https://cronicabrasileira. org.br/cronicas/19359/arvores. Acesso em 23.05.2024. Adaptado)
Considere os trechos a seguir.
• O indivíduo em apreço, naquela época ainda em muito boas relações com o Raimundo… (1º parágrafo)
• … os pretendentes podem ver melhor o terreno sem a árvore. (5º parágrafo)
Os vocábulos destacados apresentam, respectivamente, circunstâncias de
Leia o texto a seguir para responder à questão.
Compreendo perfeitamente o pintor Raimundo Nogueira. Ele, a mais bem-humorada e a mais cordial de todas as criaturas que conheço, cortou relações há alguns anos com um sujeito. Fez deste o seu único inimigo, negando-lhe cumprimento. E andou certo, a meu ver. O indivíduo em apreço, naquela época ainda em muito boas relações com o Raimundo, era dono duma churrascaria em Ipanema e dum terreno que desejava vender. O pintor se interessou pelo lote e foi vê-lo; no dia seguinte levou a família e, mal chegou ao lugar, ficou indignado e voltou: o proprietário do lote mandara derrubar uma frondosa mangueira que tinha lá. Na churrascaria, houve o seguinte diálogo:
Raimundo: – E a árvore? E a mangueira?
Dono: – Mandei cortar.
Raimundo: – Por quê, rapaz? Por quê?
Dono: – Acho que os pretendentes podem ver melhor o terreno sem a árvore.
Raimundo: – Ah, é assim, não é? Então, é favor não falar mais comigo.
Foi-se embora; desde então, quando passa defronte da churrascaria, Raimundo vira o rosto. Há entre churrasqueiro e pintor uma árvore morta.
Não sei com quem brigar, a quem virar o rosto. Mas cortaram também a amendoeira que existia debaixo da minha janela, no quintal ao lado. Era uma das maiores e das mais bonitas amendoeiras do Rio. Foi abaixo, para ceder lugar a uma garagem. Ora, seu tronco era longo, portanto, seria a coisa mais simples do mundo fazer um buraco no teto da garagem para o tronco passar, antes de se abrir em galhos e folhas no alto. A ideia não ocorreu ao proprietário do edifício que se constrói e que julgou ainda mais simples pôr a árvore no chão. Trata-se duma alma irmã à do churrasqueiro. Um sujeito que não merece o meu respeito ou a minha confiança. Assim, em meu nome, no do pintor Raimundo Nogueira e de todas as pessoas que gostam de árvores, eu o mando para o diabo que o carregue.
(Paulo Mendes Campos. Árvores. Disponível em: https://cronicabrasileira. org.br/cronicas/19359/arvores. Acesso em 23.05.2024. Adaptado)
Leia o texto a seguir para responder à questão.
Compreendo perfeitamente o pintor Raimundo Nogueira. Ele, a mais bem-humorada e a mais cordial de todas as criaturas que conheço, cortou relações há alguns anos com um sujeito. Fez deste o seu único inimigo, negando-lhe cumprimento. E andou certo, a meu ver. O indivíduo em apreço, naquela época ainda em muito boas relações com o Raimundo, era dono duma churrascaria em Ipanema e dum terreno que desejava vender. O pintor se interessou pelo lote e foi vê-lo; no dia seguinte levou a família e, mal chegou ao lugar, ficou indignado e voltou: o proprietário do lote mandara derrubar uma frondosa mangueira que tinha lá. Na churrascaria, houve o seguinte diálogo:
Raimundo: – E a árvore? E a mangueira?
Dono: – Mandei cortar.
Raimundo: – Por quê, rapaz? Por quê?
Dono: – Acho que os pretendentes podem ver melhor o terreno sem a árvore.
Raimundo: – Ah, é assim, não é? Então, é favor não falar mais comigo.
Foi-se embora; desde então, quando passa defronte da churrascaria, Raimundo vira o rosto. Há entre churrasqueiro e pintor uma árvore morta.
Não sei com quem brigar, a quem virar o rosto. Mas cortaram também a amendoeira que existia debaixo da minha janela, no quintal ao lado. Era uma das maiores e das mais bonitas amendoeiras do Rio. Foi abaixo, para ceder lugar a uma garagem. Ora, seu tronco era longo, portanto, seria a coisa mais simples do mundo fazer um buraco no teto da garagem para o tronco passar, antes de se abrir em galhos e folhas no alto. A ideia não ocorreu ao proprietário do edifício que se constrói e que julgou ainda mais simples pôr a árvore no chão. Trata-se duma alma irmã à do churrasqueiro. Um sujeito que não merece o meu respeito ou a minha confiança. Assim, em meu nome, no do pintor Raimundo Nogueira e de todas as pessoas que gostam de árvores, eu o mando para o diabo que o carregue.
(Paulo Mendes Campos. Árvores. Disponível em: https://cronicabrasileira. org.br/cronicas/19359/arvores. Acesso em 23.05.2024. Adaptado)
Leia o texto a seguir para responder à questão.
Agora, os pequenos sinais estão em toda parte. Artifícios inteligentes tomam decisões no lugar das pessoas de carne e osso. No trânsito, quem resolve se você vai virar à esquerda ou à direita é um algoritmo, que lhe dá ordens pela tela eletrônica. Por um sistema parecido, o taxista fica sabendo qual será o passageiro e em que endereço deve apanhá-lo. Ninguém escapa. Às vezes mais, às vezes menos, todo mundo segue a batuta de programas informatizados que dirigem a rotina das populações conectadas. O batimento cardíaco dos anônimos, o tráfego aéreo, as ebulições das bolsas de valores, a sensação de que gostam ou não gostam da gente: tudo passa pelos dígitos. O que antes gostávamos de chamar de “livre-arbítrio” se reduziu, enfim, ao arbítrio das máquinas.
Sinais, muitos sinais. O eleitorado se apoia em filminhos da internet para escolher em quem votar. Muita mentira passa por aí, já sabemos. No Brasil, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) anuncia que sua maior preocupação é conter a disseminação daquelas cenas perfeitas, irretocavelmente verossímeis, em que um candidato, na frente das câmeras, diz, com todas as sílabas escandidas, uma frase que jamais pronunciou – tudo obra da cibernética. Esse tipo de truque maligno grassou nas eleições da vizinha Argentina, e já se anteveem complicações do lado de cá da fronteira.
Na imprensa de todos os continentes, as redações decretam normas de conduta para regular o uso de ferramentas de inteligência artificial por seus profissionais. As chances de sucesso são exíguas. A inteligência artificial soterra a atividade jornalística sem deixar a ninguém um tempinho que seja para respirar. Cada vez mais ela nos regula, sem ser regulada por nós.
Agora, esses pequenos sinais que estão em toda parte nos mostram que foi posto um limite virtual – apenas virtual, por enquanto – para a aventura humana sobre a Terra. A cada dia, o humano perde relevância. O humano, depreciadamente humano, deixa de ser protagonista do seu próprio destino. Pobre humano. O único evento no qual ainda exerce um papel de relevo é o aquecimento global, na sua tragédia final, o antropoceno. Fora isso, sobrou-lhe um bico de coadjuvante.
(Eugênio Bucci. Disponível em: https://www.estadao.com.br/opiniao/
eugenio-bucci/alem-do-humano/. Acesso em 25.05.2024. Adaptado)
Leia o texto a seguir para responder à questão.
Agora, os pequenos sinais estão em toda parte. Artifícios inteligentes tomam decisões no lugar das pessoas de carne e osso. No trânsito, quem resolve se você vai virar à esquerda ou à direita é um algoritmo, que lhe dá ordens pela tela eletrônica. Por um sistema parecido, o taxista fica sabendo qual será o passageiro e em que endereço deve apanhá-lo. Ninguém escapa. Às vezes mais, às vezes menos, todo mundo segue a batuta de programas informatizados que dirigem a rotina das populações conectadas. O batimento cardíaco dos anônimos, o tráfego aéreo, as ebulições das bolsas de valores, a sensação de que gostam ou não gostam da gente: tudo passa pelos dígitos. O que antes gostávamos de chamar de “livre-arbítrio” se reduziu, enfim, ao arbítrio das máquinas.
Sinais, muitos sinais. O eleitorado se apoia em filminhos da internet para escolher em quem votar. Muita mentira passa por aí, já sabemos. No Brasil, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) anuncia que sua maior preocupação é conter a disseminação daquelas cenas perfeitas, irretocavelmente verossímeis, em que um candidato, na frente das câmeras, diz, com todas as sílabas escandidas, uma frase que jamais pronunciou – tudo obra da cibernética. Esse tipo de truque maligno grassou nas eleições da vizinha Argentina, e já se anteveem complicações do lado de cá da fronteira.
Na imprensa de todos os continentes, as redações decretam normas de conduta para regular o uso de ferramentas de inteligência artificial por seus profissionais. As chances de sucesso são exíguas. A inteligência artificial soterra a atividade jornalística sem deixar a ninguém um tempinho que seja para respirar. Cada vez mais ela nos regula, sem ser regulada por nós.
Agora, esses pequenos sinais que estão em toda parte nos mostram que foi posto um limite virtual – apenas virtual, por enquanto – para a aventura humana sobre a Terra. A cada dia, o humano perde relevância. O humano, depreciadamente humano, deixa de ser protagonista do seu próprio destino. Pobre humano. O único evento no qual ainda exerce um papel de relevo é o aquecimento global, na sua tragédia final, o antropoceno. Fora isso, sobrou-lhe um bico de coadjuvante.
(Eugênio Bucci. Disponível em: https://www.estadao.com.br/opiniao/
eugenio-bucci/alem-do-humano/. Acesso em 25.05.2024. Adaptado)
Leia o texto a seguir para responder à questão.
Agora, os pequenos sinais estão em toda parte. Artifícios inteligentes tomam decisões no lugar das pessoas de carne e osso. No trânsito, quem resolve se você vai virar à esquerda ou à direita é um algoritmo, que lhe dá ordens pela tela eletrônica. Por um sistema parecido, o taxista fica sabendo qual será o passageiro e em que endereço deve apanhá-lo. Ninguém escapa. Às vezes mais, às vezes menos, todo mundo segue a batuta de programas informatizados que dirigem a rotina das populações conectadas. O batimento cardíaco dos anônimos, o tráfego aéreo, as ebulições das bolsas de valores, a sensação de que gostam ou não gostam da gente: tudo passa pelos dígitos. O que antes gostávamos de chamar de “livre-arbítrio” se reduziu, enfim, ao arbítrio das máquinas.
Sinais, muitos sinais. O eleitorado se apoia em filminhos da internet para escolher em quem votar. Muita mentira passa por aí, já sabemos. No Brasil, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) anuncia que sua maior preocupação é conter a disseminação daquelas cenas perfeitas, irretocavelmente verossímeis, em que um candidato, na frente das câmeras, diz, com todas as sílabas escandidas, uma frase que jamais pronunciou – tudo obra da cibernética. Esse tipo de truque maligno grassou nas eleições da vizinha Argentina, e já se anteveem complicações do lado de cá da fronteira.
Na imprensa de todos os continentes, as redações decretam normas de conduta para regular o uso de ferramentas de inteligência artificial por seus profissionais. As chances de sucesso são exíguas. A inteligência artificial soterra a atividade jornalística sem deixar a ninguém um tempinho que seja para respirar. Cada vez mais ela nos regula, sem ser regulada por nós.
Agora, esses pequenos sinais que estão em toda parte nos mostram que foi posto um limite virtual – apenas virtual, por enquanto – para a aventura humana sobre a Terra. A cada dia, o humano perde relevância. O humano, depreciadamente humano, deixa de ser protagonista do seu próprio destino. Pobre humano. O único evento no qual ainda exerce um papel de relevo é o aquecimento global, na sua tragédia final, o antropoceno. Fora isso, sobrou-lhe um bico de coadjuvante.
(Eugênio Bucci. Disponível em: https://www.estadao.com.br/opiniao/
eugenio-bucci/alem-do-humano/. Acesso em 25.05.2024. Adaptado)
Leia o texto a seguir para responder à questão.
Agora, os pequenos sinais estão em toda parte. Artifícios inteligentes tomam decisões no lugar das pessoas de carne e osso. No trânsito, quem resolve se você vai virar à esquerda ou à direita é um algoritmo, que lhe dá ordens pela tela eletrônica. Por um sistema parecido, o taxista fica sabendo qual será o passageiro e em que endereço deve apanhá-lo. Ninguém escapa. Às vezes mais, às vezes menos, todo mundo segue a batuta de programas informatizados que dirigem a rotina das populações conectadas. O batimento cardíaco dos anônimos, o tráfego aéreo, as ebulições das bolsas de valores, a sensação de que gostam ou não gostam da gente: tudo passa pelos dígitos. O que antes gostávamos de chamar de “livre-arbítrio” se reduziu, enfim, ao arbítrio das máquinas.
Sinais, muitos sinais. O eleitorado se apoia em filminhos da internet para escolher em quem votar. Muita mentira passa por aí, já sabemos. No Brasil, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) anuncia que sua maior preocupação é conter a disseminação daquelas cenas perfeitas, irretocavelmente verossímeis, em que um candidato, na frente das câmeras, diz, com todas as sílabas escandidas, uma frase que jamais pronunciou – tudo obra da cibernética. Esse tipo de truque maligno grassou nas eleições da vizinha Argentina, e já se anteveem complicações do lado de cá da fronteira.
Na imprensa de todos os continentes, as redações decretam normas de conduta para regular o uso de ferramentas de inteligência artificial por seus profissionais. As chances de sucesso são exíguas. A inteligência artificial soterra a atividade jornalística sem deixar a ninguém um tempinho que seja para respirar. Cada vez mais ela nos regula, sem ser regulada por nós.
Agora, esses pequenos sinais que estão em toda parte nos mostram que foi posto um limite virtual – apenas virtual, por enquanto – para a aventura humana sobre a Terra. A cada dia, o humano perde relevância. O humano, depreciadamente humano, deixa de ser protagonista do seu próprio destino. Pobre humano. O único evento no qual ainda exerce um papel de relevo é o aquecimento global, na sua tragédia final, o antropoceno. Fora isso, sobrou-lhe um bico de coadjuvante.
(Eugênio Bucci. Disponível em: https://www.estadao.com.br/opiniao/
eugenio-bucci/alem-do-humano/. Acesso em 25.05.2024. Adaptado)
Leia o texto a seguir para responder à questão.
Agora, os pequenos sinais estão em toda parte. Artifícios inteligentes tomam decisões no lugar das pessoas de carne e osso. No trânsito, quem resolve se você vai virar à esquerda ou à direita é um algoritmo, que lhe dá ordens pela tela eletrônica. Por um sistema parecido, o taxista fica sabendo qual será o passageiro e em que endereço deve apanhá-lo. Ninguém escapa. Às vezes mais, às vezes menos, todo mundo segue a batuta de programas informatizados que dirigem a rotina das populações conectadas. O batimento cardíaco dos anônimos, o tráfego aéreo, as ebulições das bolsas de valores, a sensação de que gostam ou não gostam da gente: tudo passa pelos dígitos. O que antes gostávamos de chamar de “livre-arbítrio” se reduziu, enfim, ao arbítrio das máquinas.
Sinais, muitos sinais. O eleitorado se apoia em filminhos da internet para escolher em quem votar. Muita mentira passa por aí, já sabemos. No Brasil, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) anuncia que sua maior preocupação é conter a disseminação daquelas cenas perfeitas, irretocavelmente verossímeis, em que um candidato, na frente das câmeras, diz, com todas as sílabas escandidas, uma frase que jamais pronunciou – tudo obra da cibernética. Esse tipo de truque maligno grassou nas eleições da vizinha Argentina, e já se anteveem complicações do lado de cá da fronteira.
Na imprensa de todos os continentes, as redações decretam normas de conduta para regular o uso de ferramentas de inteligência artificial por seus profissionais. As chances de sucesso são exíguas. A inteligência artificial soterra a atividade jornalística sem deixar a ninguém um tempinho que seja para respirar. Cada vez mais ela nos regula, sem ser regulada por nós.
Agora, esses pequenos sinais que estão em toda parte nos mostram que foi posto um limite virtual – apenas virtual, por enquanto – para a aventura humana sobre a Terra. A cada dia, o humano perde relevância. O humano, depreciadamente humano, deixa de ser protagonista do seu próprio destino. Pobre humano. O único evento no qual ainda exerce um papel de relevo é o aquecimento global, na sua tragédia final, o antropoceno. Fora isso, sobrou-lhe um bico de coadjuvante.
(Eugênio Bucci. Disponível em: https://www.estadao.com.br/opiniao/
eugenio-bucci/alem-do-humano/. Acesso em 25.05.2024. Adaptado)
Considere os trechos a seguir.
• … cenas perfeitas, irretocavelmente verossímeis, em que um candidato, na frente das câmeras, diz… (2º parágrafo)
• Pobre humano. O único evento no qual ainda exerce um papel de relevo é o aquecimento global… (4º parágrafo)
As expressões destacadas podem ser, correta e respectivamente, substituídas por:
Leia o texto a seguir para responder à questão.
Agora, os pequenos sinais estão em toda parte. Artifícios inteligentes tomam decisões no lugar das pessoas de carne e osso. No trânsito, quem resolve se você vai virar à esquerda ou à direita é um algoritmo, que lhe dá ordens pela tela eletrônica. Por um sistema parecido, o taxista fica sabendo qual será o passageiro e em que endereço deve apanhá-lo. Ninguém escapa. Às vezes mais, às vezes menos, todo mundo segue a batuta de programas informatizados que dirigem a rotina das populações conectadas. O batimento cardíaco dos anônimos, o tráfego aéreo, as ebulições das bolsas de valores, a sensação de que gostam ou não gostam da gente: tudo passa pelos dígitos. O que antes gostávamos de chamar de “livre-arbítrio” se reduziu, enfim, ao arbítrio das máquinas.
Sinais, muitos sinais. O eleitorado se apoia em filminhos da internet para escolher em quem votar. Muita mentira passa por aí, já sabemos. No Brasil, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) anuncia que sua maior preocupação é conter a disseminação daquelas cenas perfeitas, irretocavelmente verossímeis, em que um candidato, na frente das câmeras, diz, com todas as sílabas escandidas, uma frase que jamais pronunciou – tudo obra da cibernética. Esse tipo de truque maligno grassou nas eleições da vizinha Argentina, e já se anteveem complicações do lado de cá da fronteira.
Na imprensa de todos os continentes, as redações decretam normas de conduta para regular o uso de ferramentas de inteligência artificial por seus profissionais. As chances de sucesso são exíguas. A inteligência artificial soterra a atividade jornalística sem deixar a ninguém um tempinho que seja para respirar. Cada vez mais ela nos regula, sem ser regulada por nós.
Agora, esses pequenos sinais que estão em toda parte nos mostram que foi posto um limite virtual – apenas virtual, por enquanto – para a aventura humana sobre a Terra. A cada dia, o humano perde relevância. O humano, depreciadamente humano, deixa de ser protagonista do seu próprio destino. Pobre humano. O único evento no qual ainda exerce um papel de relevo é o aquecimento global, na sua tragédia final, o antropoceno. Fora isso, sobrou-lhe um bico de coadjuvante.
(Eugênio Bucci. Disponível em: https://www.estadao.com.br/opiniao/
eugenio-bucci/alem-do-humano/. Acesso em 25.05.2024. Adaptado)
Considere as frases a seguir.
• Há pessoas que não dirigem sem o auxílio da inteligência artificial.
• Deve haver pessoas que não utilizam redes sociais.
• Existiam no passado bem menos recursos de inteligência artificial.
De acordo com a norma-padrão de concordância verbal, os vocábulos e a expressão destacados podem ser substituídos, respectivamente, por:
Considere o trecho a seguir.
Ser feminista começa pela necessidade de fazer com que sejam ouvidas algumas vozes tornadas inaudíveis, a fim de pensar uma ética da igualdade de vozes em oposição __________ dominação masculina ligada __________ uma norma moral que serve __________ essa dominação e que lhe traz benefícios.
(Fabienne Brugère. A ética do cuidado, 2023. Adaptado)
De acordo com a norma-padrão de emprego do acento indicativo de crase, as lacunas devem ser preenchidas, respectivamente, por:
Em determinado dia, em um aeroporto, 1 avião pousou a cada 6 minutos, sendo que o primeiro avião pousou às 10h, e o último, às 18h18. Desses aviões, um terço era de voos regionais, dos quais desembarcaram 90 passageiros a cada pouso, e os demais eram de voos internacionais, dos quais desembarcaram 300 passageiros a cada pouso.
O número total de passageiros que desembarcaram nesse aeroporto naquele determinado dia foi igual a:
De um grupo de 444 professoras, uma parte tem pós- -graduação. Se 50% das professoras que não têm pós- -graduação fizerem uma, o número de professoras com pós-graduação passará a ser 296.
Logo, o número de professoras com pós-graduação nesse grupo é igual a:
Um estudo feito no principal cruzamento de uma cidade indicou que, para cada 19 carros que passam pela via norte-sul, passam 27 carros pela via leste-oeste.
De acordo com esse estudo, se em certo dia passarem pelo cruzamento 12880 carros, o número de carros que passarão pela via norte-sul será igual a:
Uma pequena cidade tem apenas 3 escolas. Uma delas atende três sétimos dos alunos do município, a outra atende 207 alunos, e a terceira atende um número de alunos que corresponde a um terço da soma dos números de alunos das outras duas escolas.
O número total de alunos atendidos por essas 3 escolas é igual a: