Questões de Concurso Público Prefeitura de Sertãozinho - SP 2025 para Professor de Educação Básica II - História
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Weisz (2000) destaca a tematização da prática como um trabalho cada vez mais valorizado no contexto da formação continuada do professor.
Assinale a alternativa que corresponde a princípios da tematização da prática.
O processo de ensino e aprendizagem da História no Ensino Fundamental – Anos Finais está pautado por três procedimentos básicos:
I. Pela identificação dos eventos considerados importantes na história do Ocidente [...], ordenando-os de forma cronológica e localizando-os no espaço geográfico.
II. Pelo desenvolvimento das condições necessárias para que os alunos selecionem, compreendam e reflitam sobre os significados da produção, circulação e utilização de documentos [...].
(BRASIL/Ministério da Educação.
BNCC – Base Nacional Comum Curricular:
Ensino Fundamental – História)
O terceiro procedimento básico está relacionado
Das figuras políticas é interessante destacar como têm sido representados [nos livros didáticos] os dois imperadores do Brasil: D. Pedro I, sempre jovem, porque afinal morreu com 34 anos; seu filho D. Pedro II, sempre velho, apesar dos textos escolares darem destaque ao episódio da “Maioridade” [...]. A ilustração do pai jovem e do filho velho tem causado uma certa perplexidade aos jovens leitores e falta a explicação do aparente paradoxo.
(Circe M.F. Bittencourt. Livros didáticos entre textos e imagens.
Em: Circe M.F. Bittencourt (org.). O saber histórico na sala de aula)
De acordo com a historiadora, o “aparente paradoxo”
Mesmo defendendo a liberdade de escolha no processo didático e nele reconhecendo uma área importante de embates políticos, devemos admitir que um sentido maior deve orientar nossa prática no rumo da sociedade democrática [...]
(Maria de Lourdes Monaco Janotti. História, política e ensino. Em: Circe
Maria Fernandes Bittencourt (org.). 6O saber histórico na sala de aula)
Para Janotti, a escola pode contribuir com a construção de uma sociedade democrática ao
Um dos elementos considerados hoje imprescindíveis ao procedimento histórico em sala de aula é, sem dúvida, o trabalho com as fontes ou documentos. A ampliação da noção de documento e as transformações na sua própria concepção atingiram diretamente o trabalho pedagógico.
A partir das renovações teóricos-metodológicas da História, como das novas concepções pedagógicas, o uso escolar do documento foi ressignificado.
(Maria Auxiliadora Schmidt. A formação do professor de
História e o cotidiano da sala de aula. Em: Circe Maria Fernandes
Bittencourt (org.). O saber histórico na sala de aula. Adaptado)
Segundo Schmidt, o uso escolar do documento
A História cronológica, criada no fim do século XIX, tem sido objeto de críticas pela forma linear com que organiza o tempo, de acordo com a ideologia do progresso.
(Circe Maria Fernandes Bittencourt,
Ensino de História: fundamentos e métodos. Adaptado)
Bittencourt destaca que a citada História cronológica, entre outras críticas,
A Inconfidência Mineira, abortada entre os anos de 1788 e 1789, era um movimento, ao contrário do que comumente se afirma na historiografia e nos textos didáticos, bastante heterogêneo.
(João Pinto Furtado. Imaginando a nação: o ensino de história da Inconfidência Mineira na perspectiva da crítica historiográfica. Em: Lana Mara de Castro Siman e Thais Nívia de Lima e Fonseca (org.). Inaugurando a História e construindo a nação – discursos e imagens no ensino de História)
O excerto alude à heterogeneidade do movimento, que pode ser verificada pela
É comum encontrarmos nos livros das séries iniciais do ensino fundamental capítulos introdutórios sobre as medidas usadas para a localização do tempo, e estas, ao que tudo indica, são ensinadas no início do ano letivo por intermédio de alguns exercícios sobre a contagem dos séculos, com destaque à aprendizagem de algarismos romanos.
(Circe Maria Fernandes Bittencourt.
Ensino de História: fundamentos e métodos. Adaptado)
Segundo Bittencourt, a periodização mencionada pelo excerto
Uma questão que tem sido debatida é a possibilidade de introdução do método dialético no ensino de História e das demais disciplinas escolares.
(Circe Maria Fernandes Bittencourt.
Ensino de História: fundamentos e métodos)
O método dialético
Na primeira metade do século XX, Pedro Bruno (1888- 1949) pintou O Precursor, interessante quadro que apresenta Tiradentes sendo preparado para a execução. O personagem aparece de pé e enquanto o carrasco, de cabeça baixa, sem olhá-lo, veste-lhe a alva, ele mantém a cabeça erguida, olhos no céu, braços estendidos como em súplica, entregando sua vida à justiça dos homens e de Deus. Um frade, de joelhos diante do herói, apresenta- -lhe o crucifixo que o acompanhará até o cadafalso. Essa cena é uma entre muitas leituras sacralizadas do drama vivido pelo alferes inconfidente e que tem seus correspondentes em textos historiográficos sobre a Inconfidência Mineira, nos quais poderia ter se baseado o artista.
(Thais Nívia de Lima e Fonseca. Ver para compreender: arte,
livro didático e a história da nação. Em: Lana Mara de Castro Siman e
Thais Nívia de Lima e Fonseca (org.). Inaugurando a História e
construindo a nação – discursos e imagens no ensino de História)
O excerto, assim o como o artigo citado, analisam
Com raras exceções, mapas, cartas, plantas e atlas geográficos tiveram, ao longo dos séculos XIX e XX, um papel secundário dentre os campos de reflexão do historiador, principalmente do professor de história dos ensinos fundamental e médio.
(Maria Eliza Linhares Borges. Cartografia, poder e imaginário: cartográfica portuguesa e terras além-mar. Em: Lana Mara de Castro Siman e Thais Nívia de Lima e Fonseca (org.). Inaugurando a História e construindo a nação – discursos e imagens no ensino de História)
No artigo citado, Borges aponta que, em geral, no tratamento dado à cartografia histórica,
O sentimento antilusitano já era expresso mais livremente pelas camadas populares e vai, aos poucos, tornando- -se mais explícito entre a elite imperial brasileira. Alguns grupos associavam claramente o que consideravam “atraso” material e cultural do Brasil à administração portuguesa colonial e à permanência de vários traços dela no Império.
A República proclamada em 1889, sedenta de construir- -se sobre a incompetência monárquica, intensificou o antilusitanismo ao acrescentar aos antigos dominadores um outro epíteto medonho: assassinos do grande herói nacional, Tiradentes.
O primeiro a levantar-se contra toda essa construção mais imaginária que histórica foi Gilberto Freyre.
(Eduardo França Paiva. De português a mestiço: o imaginário brasileiro sobre a colonização e sobre o Brasil. Em: Lana Mara de Castro Siman e Thais Nívia de Lima e Fonseca (org.). Inaugurando a História e construindo a nação – discursos e imagens no ensino de História. Adaptado)
Considerando a discussão do excerto, Freyre
O uso de música é importante por situar os jovens diante de um meio de comunicação próximo de sua vivência, mediante o qual o professor pode identificar o gosto, a estética da nova geração. Apesar de todas essas vantagens, o uso da música gera algumas questões.
Se existe certa facilidade em usar a música para despertar interesse, um problema se apresenta.
(Circe Maria Fernandes Bittencourt.
Ensino de História: fundamentos e métodos. Adaptado)
Bittencourt, no artigo em análise, refere-se ao problema de
As monarquias absolutas introduziram os exércitos regulares, uma burocracia permanente, o sistema tributário nacional, a codificação do direito e os primórdios de um mercado unificado. Todas essas características parecem ser eminentemente capitalistas. Uma vez que elas coincidem com o desaparecimento da servidão, uma instituição nuclear do primitivo modo de produção feudal na Europa, as descrições do absolutismo por Marx e Engels como um sistema de Estado correspondente a um equilíbrio entre a burguesia e a nobreza – ou mesmo a uma dominação direta do capital –, sempre pareceram plausíveis. No entanto, um estudo mais detido das estruturas do Estado absolutista no Ocidente invalida inevitavelmente tais juízos.
(Perry Anderson. Linhagens do Estado absolutista. Adaptado)
De acordo com Anderson, a estrutura dos Estados absolutistas foi determinada
A comparação das características gerais do grupo dos Annales com a concepção histórica do marxismo permite notar sem dificuldade numerosos e importantes pontos comuns.
(Ciro Flamarion Cardoso e Ronaldo Vainfas (orgs.).
Domínios da história: ensaios de teoria e metodologia. Adaptado)
Entre as características comuns entre o grupo dos Annales e a concepção histórica do marxismo, é possível identificar a
Leia parte de uma entrevista com o historiador Peter Burke.
O Renascimento é visto tradicionalmente como parte de uma Grande Narrativa do desenvolvimento da civilização ocidental, desde os gregos e romanos da Antiguidade, passando pelo cristianismo, Renascença, Reforma, revolução científica, Iluminismo, e assim por diante; em outras palavras, como parte do surgimento da modernidade. A história é frequentemente contada de tal modo que se assume a superioridade do Ocidente sobre o resto do mundo. Eu, como outros historiadores, me empenhei em liberar a história de um movimento cultural (o movimento de reviver a arte e o saber clássicos) dos pressupostos de superioridade, não só do Ocidente, como da modernidade.
(Maria Lúcia Garcia Pallares-Burke.
As muitas faces da história – Nove entrevistas)
O esforço de Peter Burke em descentralizar a história do Renascimento esteve relacionado ao movimento teórico de