Questões de Concurso
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Atenção: Para responder à questão, leia o texto de John Gledson.
Na década de 1880, Machado de Assis publicou cerca de oitenta contos, numa espantosa explosão de criatividade, que também rendeu seu primeiro grande romance, Memórias póstumas de Brás Cubas (1880).
Como isso aconteceu − por que aconteceu, e por que nesse momento? Nada é mais difícil de explicar do que a explosão de um gênio criador − e não devemos duvidar que é disso que se trata. Contos podem parecer fáceis, escritos algo apressadamente como uma espécie de subproduto de um trabalho mais sério ou até como sintomas de uma incapacidade passageira de empreender “obras de maior tomo” (palavras de Dom Casmurro), mas nada está mais longe da verdade. Contos não são romances imperfeitos − existem com seus direitos próprios, e quando Machado começou a escrever os seus melhores, o gênero estava conquistando uma nova dignidade.
O traço mais importante de seus contos é a ironia, com frequência fixada por um estilo que muitas vezes emprega certo registro de linguagem a fim de estabelecer, desde a primeira palavra, que nada ali é para ser levado inteiramente a sério, que aquilo não é a fala direta do autor: “A coisa mais árdua do mundo, depois do ofício de governar, seria dizer a idade exata de Dona Benedita”. Machado podia parodiar qualquer tipo de linguagem, da Bíblia à dos jornais (essa, de fato, era a que satirizava com mais frequência). No começo dos anos 1880, Machado não só estabelecera seu direito a falar do universo, mas também principiara a fazer o retrato da sociedade brasileira sob uma luz inteiramente nova. Os romances bem-educados dos anos 1870, que elevavam a vida social, deram lugar à sátira selvagem de Memórias póstumas de Brás Cubas, que mostrava realidades − adultério, prostituição, escravatura, o tratamento dado aos agregados − com uma nitidez e uma cólera inteiramente impossíveis alguns anos antes.
Uma coisa é certa: a expansão do material possível de Machado e o distanciamento irônico que ele adota são inseparáveis. Digamos assim: se ele não tivesse encontrado modos dos mais variados (irônicos, sarcásticos, mas sempre semiocultos) de se expressar a respeito de coisas sobre as quais não devia falar, ou às quais só podia se referir de soslaio, suas histórias jamais teriam existido; podemos sentir sua satisfação quando se aproxima de outra questão espinhosa e acaba encontrando novas maneiras de falar sobre coisas demasiado embaraçosas para mencionar diretamente. Na minha opinião, isso ajuda a explicar o êxito de seus contos − Machado caminhava no fio da navalha.
Atenção: Para responder à questão, leia o texto de John Gledson.
Na década de 1880, Machado de Assis publicou cerca de oitenta contos, numa espantosa explosão de criatividade, que também rendeu seu primeiro grande romance, Memórias póstumas de Brás Cubas (1880).
Como isso aconteceu − por que aconteceu, e por que nesse momento? Nada é mais difícil de explicar do que a explosão de um gênio criador − e não devemos duvidar que é disso que se trata. Contos podem parecer fáceis, escritos algo apressadamente como uma espécie de subproduto de um trabalho mais sério ou até como sintomas de uma incapacidade passageira de empreender “obras de maior tomo” (palavras de Dom Casmurro), mas nada está mais longe da verdade. Contos não são romances imperfeitos − existem com seus direitos próprios, e quando Machado começou a escrever os seus melhores, o gênero estava conquistando uma nova dignidade.
O traço mais importante de seus contos é a ironia, com frequência fixada por um estilo que muitas vezes emprega certo registro de linguagem a fim de estabelecer, desde a primeira palavra, que nada ali é para ser levado inteiramente a sério, que aquilo não é a fala direta do autor: “A coisa mais árdua do mundo, depois do ofício de governar, seria dizer a idade exata de Dona Benedita”. Machado podia parodiar qualquer tipo de linguagem, da Bíblia à dos jornais (essa, de fato, era a que satirizava com mais frequência). No começo dos anos 1880, Machado não só estabelecera seu direito a falar do universo, mas também principiara a fazer o retrato da sociedade brasileira sob uma luz inteiramente nova. Os romances bem-educados dos anos 1870, que elevavam a vida social, deram lugar à sátira selvagem de Memórias póstumas de Brás Cubas, que mostrava realidades − adultério, prostituição, escravatura, o tratamento dado aos agregados − com uma nitidez e uma cólera inteiramente impossíveis alguns anos antes.
Uma coisa é certa: a expansão do material possível de Machado e o distanciamento irônico que ele adota são inseparáveis. Digamos assim: se ele não tivesse encontrado modos dos mais variados (irônicos, sarcásticos, mas sempre semiocultos) de se expressar a respeito de coisas sobre as quais não devia falar, ou às quais só podia se referir de soslaio, suas histórias jamais teriam existido; podemos sentir sua satisfação quando se aproxima de outra questão espinhosa e acaba encontrando novas maneiras de falar sobre coisas demasiado embaraçosas para mencionar diretamente. Na minha opinião, isso ajuda a explicar o êxito de seus contos − Machado caminhava no fio da navalha.
Machado caminhava no fio da navalha. (4° parágrafo)
Na frase acima, Gledson indica que Machado de Assis
No contexto em que se encontra, o segmento sublinhado acima exerce a mesma função sintática do que está também sublinhado em:
Os pronomes sublinhados acima referem-se, respectivamente, a
Lembram-se da história de Tristão e Isolda?
Transposto para o discurso indireto, o trecho acima assume a seguinte redação:
I. O Raid tipo 5 é semelhante ao Raid 4 com uma grande diferença em relação aos bits de paridade. Por utilizar o dobro de bits de paridade, quando comparado ao Raid 4, o Raid 5 é também conhecido como Dual Parity.
II. No Raid tipo O não há redundância, logo é uma alternativa de baixa confiabilidade.
III. O Raid tipo 1 é uma tecnologia em desuso pois os dispositivos de armazenamento mais modernos já implementam interna mecanismos de detecção de erro.
I. Por ser um SGBD apropriado para informações semiestruturadas, é classificado como um banco de dados de chave-valor. .
II. É um SGBD de concepção in-memory, indicado portanto para aplicações com exigência de alto desempenho.
III. É um software livre que conta com suporte à SQL. Suporta também: Transações, Triggers, Stored Procedures, Hot Backup e Cursores.
I. No mundo dos testes chamamos de teste de caixa branca aquele em que o testador tem acesso a estrutura interna da aplicação. Por outro lado, temos o teste de caixa preta. Ele possui tal nome justamente pelo fato do testador desconhecer o conteúdo interno da aplicação.
Il. Também chamado de teste estrutural, o teste de caixa branca possui diversas técnicas. A técnica de caminhos básicos, por exemplo, identifica os percursos de execução do software com o objetivo de garantir que cada um deles seja testado.
III. Os testes de caixa preta são também conhecidos como testes funcionais. São chamados assim pois tem o objetivo de validar saídas de acordo com as entradas, ou seja, garantir que os requisitos funcionais da aplicação estão sendo atendidos.
I. Escopo, Tempo, Custo, Qualidade e Riscos são as cinco áreas de conhecimento existentes no PMBOK 5º edição.
Il. É comum associarmos o termo risco a questões negativas. O PMBOK considera risco como sendo um elemento que pode gerar consequências positivas ou negativas, no contexto de um projeto.
Ill. Fundado na década de 60, o Project Management Institute (PMI) é o nome da instituição internacional sem fins lucrativos que conta com milhares de associados e é a responsável pelas atualizações do PMBOK.