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Q2741530 Português

Instrução: As questões 11 a 20 referem-se ao texto abaixo.


  1. _____Todo mundo teve ao menos uma namorada esquisita,
  2. comigo não foi diferente. Beber é trivial, bebe-se por
  3. prazer, para comemorar, para esquecer, para suportar
  4. a vida, mas beber para ficar de ressaca nunca tinha
  5. visto. Essa era Stela, ela bebia em busca do lado escuro
  6. do porre. Acreditava que precisava desse terremoto
  7. orgânico para seu reequilíbrio espiritual.
  8. _____Sua ressaca era diferente, não como a nossa, tingida
  9. de culpa pelo excesso. A dela era almejada, portanto
  10. com propriedades metafísicas. Nem por isso passava
  11. menos mal, sofria muito, o desconforto era visível,
  12. pungente. Tomava coisas que poucos profissionais
  13. do copo se arriscariam, destilados das marcas mais
  14. diabo. Ou então era revés de um vinho da Serra com
  15. nome de Papa, algo que nem ao menos rolha tinha,
  16. era de tampinha. Bebida que, com sua qualidade,
  17. desonrava, simultaneamente, os vinhos e o pontífice.
  18. _____Não era masoquismo. Acompanhando suas
  19. peregrinações etílicas, cheguei a outra conclusão: ela
  20. realmente precisava daquilo. Stela inventara uma
  21. religião do Santo Daime particular, caseira, sabia que
  22. era preciso passar pelo inferno para vislumbrar o céu.
  23. Os porres eram uma provação cósmica, um ordálio
  24. voluntário, um encontro reverencial com o sagrado.
  25. _____Depois da devastação do pileque, ela ficava melhor.
  26. Uma lucidez calma a invadia, sua beleza readquiria os
  27. traços que a marcavam, seus olhos voltavam ao
  28. brilho que me encantara. Tinha mergulhado no poço
  29. da existência e reavaliado seus rumos. Durante dias a
  30. paz reinava entre nós e entre ela e o mundo.
  31. _____Mas bastava uma nova dúvida em sua vida, uma
  32. decisão a tomar, e ela requisitava mais um inferno para
  33. se repensar. A rotina era extenuante. Quem aguenta uma
  34. mulher que, em vez de falar sobre a vida, mergulha
  35. num porre xamânico? Mas o amor perdoa. Lá estava
  36. eu ajudando-a a levantar-se de mais uma triste
  37. manguaça. Fiquei expert em reidratar e reanimar mortos,
  38. em contornar enxaquecas siderais e em amparar dengues
  39. existenciais
  40. _____Amava Stela pela inusitada maneira de consultar o
  41. destino. Triste era o desencontro. Eu cansado por
  42. cuidá-la depois de uma noite mal dormida, servindo de
  43. enfermeiro, e ela radiante, prenha da energia que a
  44. purgação lhe rendera.
  45. _____Stela era irredutível no seu método terapêutico,
  46. dizia que só nesse estado se encontrava com o melhor
  47. de seu ser. Reiterava que era mais sábia durante o
  48. martírio. Insistia que, sóbria, em seu estado normal,
  49. sofria de um otimismo injustificado que lhe turvava a
  50. realidade. Seu lema era: “Só na ressaca enxergamos o
  51. mundo como ele é”.
  52. _____Um dia, sem muitas palavras, Stela foi embora.
  53. Alguma ressaca oracular deve ter lhe dito que eu não
  54. era bom para seu futuro. Não a culpo.


Adaptado de: CORSO, M. O valor da ressaca. Zero Hora, n. 18489,

02/04/2016. Disponível em: http://www.clicrbs.com.br/zerohora/jsp/default2.jsp?uf=1&local=1&source=a5711255.xml&template=3916.dwt&edition=28691§ion=4572. Acessado em 02/04/2016.

Em qual das linhas do texto referidas abaixo a palavra que é uma conjunção integrante?

Alternativas
Q2741529 Português

Instrução: As questões 11 a 20 referem-se ao texto abaixo.


  1. _____Todo mundo teve ao menos uma namorada esquisita,
  2. comigo não foi diferente. Beber é trivial, bebe-se por
  3. prazer, para comemorar, para esquecer, para suportar
  4. a vida, mas beber para ficar de ressaca nunca tinha
  5. visto. Essa era Stela, ela bebia em busca do lado escuro
  6. do porre. Acreditava que precisava desse terremoto
  7. orgânico para seu reequilíbrio espiritual.
  8. _____Sua ressaca era diferente, não como a nossa, tingida
  9. de culpa pelo excesso. A dela era almejada, portanto
  10. com propriedades metafísicas. Nem por isso passava
  11. menos mal, sofria muito, o desconforto era visível,
  12. pungente. Tomava coisas que poucos profissionais
  13. do copo se arriscariam, destilados das marcas mais
  14. diabo. Ou então era revés de um vinho da Serra com
  15. nome de Papa, algo que nem ao menos rolha tinha,
  16. era de tampinha. Bebida que, com sua qualidade,
  17. desonrava, simultaneamente, os vinhos e o pontífice.
  18. _____Não era masoquismo. Acompanhando suas
  19. peregrinações etílicas, cheguei a outra conclusão: ela
  20. realmente precisava daquilo. Stela inventara uma
  21. religião do Santo Daime particular, caseira, sabia que
  22. era preciso passar pelo inferno para vislumbrar o céu.
  23. Os porres eram uma provação cósmica, um ordálio
  24. voluntário, um encontro reverencial com o sagrado.
  25. _____Depois da devastação do pileque, ela ficava melhor.
  26. Uma lucidez calma a invadia, sua beleza readquiria os
  27. traços que a marcavam, seus olhos voltavam ao
  28. brilho que me encantara. Tinha mergulhado no poço
  29. da existência e reavaliado seus rumos. Durante dias a
  30. paz reinava entre nós e entre ela e o mundo.
  31. _____Mas bastava uma nova dúvida em sua vida, uma
  32. decisão a tomar, e ela requisitava mais um inferno para
  33. se repensar. A rotina era extenuante. Quem aguenta uma
  34. mulher que, em vez de falar sobre a vida, mergulha
  35. num porre xamânico? Mas o amor perdoa. Lá estava
  36. eu ajudando-a a levantar-se de mais uma triste
  37. manguaça. Fiquei expert em reidratar e reanimar mortos,
  38. em contornar enxaquecas siderais e em amparar dengues
  39. existenciais
  40. _____Amava Stela pela inusitada maneira de consultar o
  41. destino. Triste era o desencontro. Eu cansado por
  42. cuidá-la depois de uma noite mal dormida, servindo de
  43. enfermeiro, e ela radiante, prenha da energia que a
  44. purgação lhe rendera.
  45. _____Stela era irredutível no seu método terapêutico,
  46. dizia que só nesse estado se encontrava com o melhor
  47. de seu ser. Reiterava que era mais sábia durante o
  48. martírio. Insistia que, sóbria, em seu estado normal,
  49. sofria de um otimismo injustificado que lhe turvava a
  50. realidade. Seu lema era: “Só na ressaca enxergamos o
  51. mundo como ele é”.
  52. _____Um dia, sem muitas palavras, Stela foi embora.
  53. Alguma ressaca oracular deve ter lhe dito que eu não
  54. era bom para seu futuro. Não a culpo.


Adaptado de: CORSO, M. O valor da ressaca. Zero Hora, n. 18489,

02/04/2016. Disponível em: http://www.clicrbs.com.br/zerohora/jsp/default2.jsp?uf=1&local=1&source=a5711255.xml&template=3916.dwt&edition=28691§ion=4572. Acessado em 02/04/2016.

Considere as seguintes formas encontradas no texto.


I - por (l. 10)

II - pelo (l. 22)

III - pela (l. 40)

IV - por (l. 41)


Quais veiculam ideia de causa?

Alternativas
Q2741528 Português

Instrução: As questões 11 a 20 referem-se ao texto abaixo.


  1. _____Todo mundo teve ao menos uma namorada esquisita,
  2. comigo não foi diferente. Beber é trivial, bebe-se por
  3. prazer, para comemorar, para esquecer, para suportar
  4. a vida, mas beber para ficar de ressaca nunca tinha
  5. visto. Essa era Stela, ela bebia em busca do lado escuro
  6. do porre. Acreditava que precisava desse terremoto
  7. orgânico para seu reequilíbrio espiritual.
  8. _____Sua ressaca era diferente, não como a nossa, tingida
  9. de culpa pelo excesso. A dela era almejada, portanto
  10. com propriedades metafísicas. Nem por isso passava
  11. menos mal, sofria muito, o desconforto era visível,
  12. pungente. Tomava coisas que poucos profissionais
  13. do copo se arriscariam, destilados das marcas mais
  14. diabo. Ou então era revés de um vinho da Serra com
  15. nome de Papa, algo que nem ao menos rolha tinha,
  16. era de tampinha. Bebida que, com sua qualidade,
  17. desonrava, simultaneamente, os vinhos e o pontífice.
  18. _____Não era masoquismo. Acompanhando suas
  19. peregrinações etílicas, cheguei a outra conclusão: ela
  20. realmente precisava daquilo. Stela inventara uma
  21. religião do Santo Daime particular, caseira, sabia que
  22. era preciso passar pelo inferno para vislumbrar o céu.
  23. Os porres eram uma provação cósmica, um ordálio
  24. voluntário, um encontro reverencial com o sagrado.
  25. _____Depois da devastação do pileque, ela ficava melhor.
  26. Uma lucidez calma a invadia, sua beleza readquiria os
  27. traços que a marcavam, seus olhos voltavam ao
  28. brilho que me encantara. Tinha mergulhado no poço
  29. da existência e reavaliado seus rumos. Durante dias a
  30. paz reinava entre nós e entre ela e o mundo.
  31. _____Mas bastava uma nova dúvida em sua vida, uma
  32. decisão a tomar, e ela requisitava mais um inferno para
  33. se repensar. A rotina era extenuante. Quem aguenta uma
  34. mulher que, em vez de falar sobre a vida, mergulha
  35. num porre xamânico? Mas o amor perdoa. Lá estava
  36. eu ajudando-a a levantar-se de mais uma triste
  37. manguaça. Fiquei expert em reidratar e reanimar mortos,
  38. em contornar enxaquecas siderais e em amparar dengues
  39. existenciais
  40. _____Amava Stela pela inusitada maneira de consultar o
  41. destino. Triste era o desencontro. Eu cansado por
  42. cuidá-la depois de uma noite mal dormida, servindo de
  43. enfermeiro, e ela radiante, prenha da energia que a
  44. purgação lhe rendera.
  45. _____Stela era irredutível no seu método terapêutico,
  46. dizia que só nesse estado se encontrava com o melhor
  47. de seu ser. Reiterava que era mais sábia durante o
  48. martírio. Insistia que, sóbria, em seu estado normal,
  49. sofria de um otimismo injustificado que lhe turvava a
  50. realidade. Seu lema era: “Só na ressaca enxergamos o
  51. mundo como ele é”.
  52. _____Um dia, sem muitas palavras, Stela foi embora.
  53. Alguma ressaca oracular deve ter lhe dito que eu não
  54. era bom para seu futuro. Não a culpo.


Adaptado de: CORSO, M. O valor da ressaca. Zero Hora, n. 18489,

02/04/2016. Disponível em: http://www.clicrbs.com.br/zerohora/jsp/default2.jsp?uf=1&local=1&source=a5711255.xml&template=3916.dwt&edition=28691§ion=4572. Acessado em 02/04/2016.

Assinale a alternativa em que a palavra extraída do texto NÃO apresenta, em sua formação, processo de derivação prefixal.

Alternativas
Q2741527 Português

Instrução: As questões 11 a 20 referem-se ao texto abaixo.


  1. _____Todo mundo teve ao menos uma namorada esquisita,
  2. comigo não foi diferente. Beber é trivial, bebe-se por
  3. prazer, para comemorar, para esquecer, para suportar
  4. a vida, mas beber para ficar de ressaca nunca tinha
  5. visto. Essa era Stela, ela bebia em busca do lado escuro
  6. do porre. Acreditava que precisava desse terremoto
  7. orgânico para seu reequilíbrio espiritual.
  8. _____Sua ressaca era diferente, não como a nossa, tingida
  9. de culpa pelo excesso. A dela era almejada, portanto
  10. com propriedades metafísicas. Nem por isso passava
  11. menos mal, sofria muito, o desconforto era visível,
  12. pungente. Tomava coisas que poucos profissionais
  13. do copo se arriscariam, destilados das marcas mais
  14. diabo. Ou então era revés de um vinho da Serra com
  15. nome de Papa, algo que nem ao menos rolha tinha,
  16. era de tampinha. Bebida que, com sua qualidade,
  17. desonrava, simultaneamente, os vinhos e o pontífice.
  18. _____Não era masoquismo. Acompanhando suas
  19. peregrinações etílicas, cheguei a outra conclusão: ela
  20. realmente precisava daquilo. Stela inventara uma
  21. religião do Santo Daime particular, caseira, sabia que
  22. era preciso passar pelo inferno para vislumbrar o céu.
  23. Os porres eram uma provação cósmica, um ordálio
  24. voluntário, um encontro reverencial com o sagrado.
  25. _____Depois da devastação do pileque, ela ficava melhor.
  26. Uma lucidez calma a invadia, sua beleza readquiria os
  27. traços que a marcavam, seus olhos voltavam ao
  28. brilho que me encantara. Tinha mergulhado no poço
  29. da existência e reavaliado seus rumos. Durante dias a
  30. paz reinava entre nós e entre ela e o mundo.
  31. _____Mas bastava uma nova dúvida em sua vida, uma
  32. decisão a tomar, e ela requisitava mais um inferno para
  33. se repensar. A rotina era extenuante. Quem aguenta uma
  34. mulher que, em vez de falar sobre a vida, mergulha
  35. num porre xamânico? Mas o amor perdoa. Lá estava
  36. eu ajudando-a a levantar-se de mais uma triste
  37. manguaça. Fiquei expert em reidratar e reanimar mortos,
  38. em contornar enxaquecas siderais e em amparar dengues
  39. existenciais
  40. _____Amava Stela pela inusitada maneira de consultar o
  41. destino. Triste era o desencontro. Eu cansado por
  42. cuidá-la depois de uma noite mal dormida, servindo de
  43. enfermeiro, e ela radiante, prenha da energia que a
  44. purgação lhe rendera.
  45. _____Stela era irredutível no seu método terapêutico,
  46. dizia que só nesse estado se encontrava com o melhor
  47. de seu ser. Reiterava que era mais sábia durante o
  48. martírio. Insistia que, sóbria, em seu estado normal,
  49. sofria de um otimismo injustificado que lhe turvava a
  50. realidade. Seu lema era: “Só na ressaca enxergamos o
  51. mundo como ele é”.
  52. _____Um dia, sem muitas palavras, Stela foi embora.
  53. Alguma ressaca oracular deve ter lhe dito que eu não
  54. era bom para seu futuro. Não a culpo.


Adaptado de: CORSO, M. O valor da ressaca. Zero Hora, n. 18489,

02/04/2016. Disponível em: http://www.clicrbs.com.br/zerohora/jsp/default2.jsp?uf=1&local=1&source=a5711255.xml&template=3916.dwt&edition=28691§ion=4572. Acessado em 02/04/2016.

Assinale a alternativa que apresenta a classificação gramatical da palavra A da linha 09, da palavra a da linha 19 e da palavra a da linha 54, respectivamente.

Alternativas
Q2741526 Português

Instrução: As questões 11 a 20 referem-se ao texto abaixo.


  1. _____Todo mundo teve ao menos uma namorada esquisita,
  2. comigo não foi diferente. Beber é trivial, bebe-se por
  3. prazer, para comemorar, para esquecer, para suportar
  4. a vida, mas beber para ficar de ressaca nunca tinha
  5. visto. Essa era Stela, ela bebia em busca do lado escuro
  6. do porre. Acreditava que precisava desse terremoto
  7. orgânico para seu reequilíbrio espiritual.
  8. _____Sua ressaca era diferente, não como a nossa, tingida
  9. de culpa pelo excesso. A dela era almejada, portanto
  10. com propriedades metafísicas. Nem por isso passava
  11. menos mal, sofria muito, o desconforto era visível,
  12. pungente. Tomava coisas que poucos profissionais
  13. do copo se arriscariam, destilados das marcas mais
  14. diabo. Ou então era revés de um vinho da Serra com
  15. nome de Papa, algo que nem ao menos rolha tinha,
  16. era de tampinha. Bebida que, com sua qualidade,
  17. desonrava, simultaneamente, os vinhos e o pontífice.
  18. _____Não era masoquismo. Acompanhando suas
  19. peregrinações etílicas, cheguei a outra conclusão: ela
  20. realmente precisava daquilo. Stela inventara uma
  21. religião do Santo Daime particular, caseira, sabia que
  22. era preciso passar pelo inferno para vislumbrar o céu.
  23. Os porres eram uma provação cósmica, um ordálio
  24. voluntário, um encontro reverencial com o sagrado.
  25. _____Depois da devastação do pileque, ela ficava melhor.
  26. Uma lucidez calma a invadia, sua beleza readquiria os
  27. traços que a marcavam, seus olhos voltavam ao
  28. brilho que me encantara. Tinha mergulhado no poço
  29. da existência e reavaliado seus rumos. Durante dias a
  30. paz reinava entre nós e entre ela e o mundo.
  31. _____Mas bastava uma nova dúvida em sua vida, uma
  32. decisão a tomar, e ela requisitava mais um inferno para
  33. se repensar. A rotina era extenuante. Quem aguenta uma
  34. mulher que, em vez de falar sobre a vida, mergulha
  35. num porre xamânico? Mas o amor perdoa. Lá estava
  36. eu ajudando-a a levantar-se de mais uma triste
  37. manguaça. Fiquei expert em reidratar e reanimar mortos,
  38. em contornar enxaquecas siderais e em amparar dengues
  39. existenciais
  40. _____Amava Stela pela inusitada maneira de consultar o
  41. destino. Triste era o desencontro. Eu cansado por
  42. cuidá-la depois de uma noite mal dormida, servindo de
  43. enfermeiro, e ela radiante, prenha da energia que a
  44. purgação lhe rendera.
  45. _____Stela era irredutível no seu método terapêutico,
  46. dizia que só nesse estado se encontrava com o melhor
  47. de seu ser. Reiterava que era mais sábia durante o
  48. martírio. Insistia que, sóbria, em seu estado normal,
  49. sofria de um otimismo injustificado que lhe turvava a
  50. realidade. Seu lema era: “Só na ressaca enxergamos o
  51. mundo como ele é”.
  52. _____Um dia, sem muitas palavras, Stela foi embora.
  53. Alguma ressaca oracular deve ter lhe dito que eu não
  54. era bom para seu futuro. Não a culpo.


Adaptado de: CORSO, M. O valor da ressaca. Zero Hora, n. 18489,

02/04/2016. Disponível em: http://www.clicrbs.com.br/zerohora/jsp/default2.jsp?uf=1&local=1&source=a5711255.xml&template=3916.dwt&edition=28691§ion=4572. Acessado em 02/04/2016.

Considere as afirmações a seguir.


I - O pronome a (l. 26) exerce a função de objeto direto.

II - O pronome lhe (l. 44) exerce a função de complemento nominal.

III - O pronome lhe (l. 53) exerce a função de objeto indireto.


Quais estão corretas?

Alternativas
Q2741525 Português

Instrução: As questões 11 a 20 referem-se ao texto abaixo.


  1. _____Todo mundo teve ao menos uma namorada esquisita,
  2. comigo não foi diferente. Beber é trivial, bebe-se por
  3. prazer, para comemorar, para esquecer, para suportar
  4. a vida, mas beber para ficar de ressaca nunca tinha
  5. visto. Essa era Stela, ela bebia em busca do lado escuro
  6. do porre. Acreditava que precisava desse terremoto
  7. orgânico para seu reequilíbrio espiritual.
  8. _____Sua ressaca era diferente, não como a nossa, tingida
  9. de culpa pelo excesso. A dela era almejada, portanto
  10. com propriedades metafísicas. Nem por isso passava
  11. menos mal, sofria muito, o desconforto era visível,
  12. pungente. Tomava coisas que poucos profissionais
  13. do copo se arriscariam, destilados das marcas mais
  14. diabo. Ou então era revés de um vinho da Serra com
  15. nome de Papa, algo que nem ao menos rolha tinha,
  16. era de tampinha. Bebida que, com sua qualidade,
  17. desonrava, simultaneamente, os vinhos e o pontífice.
  18. _____Não era masoquismo. Acompanhando suas
  19. peregrinações etílicas, cheguei a outra conclusão: ela
  20. realmente precisava daquilo. Stela inventara uma
  21. religião do Santo Daime particular, caseira, sabia que
  22. era preciso passar pelo inferno para vislumbrar o céu.
  23. Os porres eram uma provação cósmica, um ordálio
  24. voluntário, um encontro reverencial com o sagrado.
  25. _____Depois da devastação do pileque, ela ficava melhor.
  26. Uma lucidez calma a invadia, sua beleza readquiria os
  27. traços que a marcavam, seus olhos voltavam ao
  28. brilho que me encantara. Tinha mergulhado no poço
  29. da existência e reavaliado seus rumos. Durante dias a
  30. paz reinava entre nós e entre ela e o mundo.
  31. _____Mas bastava uma nova dúvida em sua vida, uma
  32. decisão a tomar, e ela requisitava mais um inferno para
  33. se repensar. A rotina era extenuante. Quem aguenta uma
  34. mulher que, em vez de falar sobre a vida, mergulha
  35. num porre xamânico? Mas o amor perdoa. Lá estava
  36. eu ajudando-a a levantar-se de mais uma triste
  37. manguaça. Fiquei expert em reidratar e reanimar mortos,
  38. em contornar enxaquecas siderais e em amparar dengues
  39. existenciais
  40. _____Amava Stela pela inusitada maneira de consultar o
  41. destino. Triste era o desencontro. Eu cansado por
  42. cuidá-la depois de uma noite mal dormida, servindo de
  43. enfermeiro, e ela radiante, prenha da energia que a
  44. purgação lhe rendera.
  45. _____Stela era irredutível no seu método terapêutico,
  46. dizia que só nesse estado se encontrava com o melhor
  47. de seu ser. Reiterava que era mais sábia durante o
  48. martírio. Insistia que, sóbria, em seu estado normal,
  49. sofria de um otimismo injustificado que lhe turvava a
  50. realidade. Seu lema era: “Só na ressaca enxergamos o
  51. mundo como ele é”.
  52. _____Um dia, sem muitas palavras, Stela foi embora.
  53. Alguma ressaca oracular deve ter lhe dito que eu não
  54. era bom para seu futuro. Não a culpo.


Adaptado de: CORSO, M. O valor da ressaca. Zero Hora, n. 18489,

02/04/2016. Disponível em: http://www.clicrbs.com.br/zerohora/jsp/default2.jsp?uf=1&local=1&source=a5711255.xml&template=3916.dwt&edition=28691§ion=4572. Acessado em 02/04/2016.

Assinale a alternativa que apresenta uma forma verbal que expressa o sentido contextual da palavra turvava (l. 49).

Alternativas
Q2741524 Português

Instrução: As questões 11 a 20 referem-se ao texto abaixo.


  1. _____Todo mundo teve ao menos uma namorada esquisita,
  2. comigo não foi diferente. Beber é trivial, bebe-se por
  3. prazer, para comemorar, para esquecer, para suportar
  4. a vida, mas beber para ficar de ressaca nunca tinha
  5. visto. Essa era Stela, ela bebia em busca do lado escuro
  6. do porre. Acreditava que precisava desse terremoto
  7. orgânico para seu reequilíbrio espiritual.
  8. _____Sua ressaca era diferente, não como a nossa, tingida
  9. de culpa pelo excesso. A dela era almejada, portanto
  10. com propriedades metafísicas. Nem por isso passava
  11. menos mal, sofria muito, o desconforto era visível,
  12. pungente. Tomava coisas que poucos profissionais
  13. do copo se arriscariam, destilados das marcas mais
  14. diabo. Ou então era revés de um vinho da Serra com
  15. nome de Papa, algo que nem ao menos rolha tinha,
  16. era de tampinha. Bebida que, com sua qualidade,
  17. desonrava, simultaneamente, os vinhos e o pontífice.
  18. _____Não era masoquismo. Acompanhando suas
  19. peregrinações etílicas, cheguei a outra conclusão: ela
  20. realmente precisava daquilo. Stela inventara uma
  21. religião do Santo Daime particular, caseira, sabia que
  22. era preciso passar pelo inferno para vislumbrar o céu.
  23. Os porres eram uma provação cósmica, um ordálio
  24. voluntário, um encontro reverencial com o sagrado.
  25. _____Depois da devastação do pileque, ela ficava melhor.
  26. Uma lucidez calma a invadia, sua beleza readquiria os
  27. traços que a marcavam, seus olhos voltavam ao
  28. brilho que me encantara. Tinha mergulhado no poço
  29. da existência e reavaliado seus rumos. Durante dias a
  30. paz reinava entre nós e entre ela e o mundo.
  31. _____Mas bastava uma nova dúvida em sua vida, uma
  32. decisão a tomar, e ela requisitava mais um inferno para
  33. se repensar. A rotina era extenuante. Quem aguenta uma
  34. mulher que, em vez de falar sobre a vida, mergulha
  35. num porre xamânico? Mas o amor perdoa. Lá estava
  36. eu ajudando-a a levantar-se de mais uma triste
  37. manguaça. Fiquei expert em reidratar e reanimar mortos,
  38. em contornar enxaquecas siderais e em amparar dengues
  39. existenciais
  40. _____Amava Stela pela inusitada maneira de consultar o
  41. destino. Triste era o desencontro. Eu cansado por
  42. cuidá-la depois de uma noite mal dormida, servindo de
  43. enfermeiro, e ela radiante, prenha da energia que a
  44. purgação lhe rendera.
  45. _____Stela era irredutível no seu método terapêutico,
  46. dizia que só nesse estado se encontrava com o melhor
  47. de seu ser. Reiterava que era mais sábia durante o
  48. martírio. Insistia que, sóbria, em seu estado normal,
  49. sofria de um otimismo injustificado que lhe turvava a
  50. realidade. Seu lema era: “Só na ressaca enxergamos o
  51. mundo como ele é”.
  52. _____Um dia, sem muitas palavras, Stela foi embora.
  53. Alguma ressaca oracular deve ter lhe dito que eu não
  54. era bom para seu futuro. Não a culpo.


Adaptado de: CORSO, M. O valor da ressaca. Zero Hora, n. 18489,

02/04/2016. Disponível em: http://www.clicrbs.com.br/zerohora/jsp/default2.jsp?uf=1&local=1&source=a5711255.xml&template=3916.dwt&edition=28691§ion=4572. Acessado em 02/04/2016.

Considere as afirmações a seguir sobre o uso de pronomes oblíquos de terceira pessoa no texto.


I - O pronome se (l. 13) é um pronome recíproco.

II - O pronome se (l. 33) é um pronome reflexivo.

III - O pronome se (l. 36) é um pronome recíproco.


Quais estão corretas?

Alternativas
Q2741523 Português

Instrução: As questões 11 a 20 referem-se ao texto abaixo.


  1. _____Todo mundo teve ao menos uma namorada esquisita,
  2. comigo não foi diferente. Beber é trivial, bebe-se por
  3. prazer, para comemorar, para esquecer, para suportar
  4. a vida, mas beber para ficar de ressaca nunca tinha
  5. visto. Essa era Stela, ela bebia em busca do lado escuro
  6. do porre. Acreditava que precisava desse terremoto
  7. orgânico para seu reequilíbrio espiritual.
  8. _____Sua ressaca era diferente, não como a nossa, tingida
  9. de culpa pelo excesso. A dela era almejada, portanto
  10. com propriedades metafísicas. Nem por isso passava
  11. menos mal, sofria muito, o desconforto era visível,
  12. pungente. Tomava coisas que poucos profissionais
  13. do copo se arriscariam, destilados das marcas mais
  14. diabo. Ou então era revés de um vinho da Serra com
  15. nome de Papa, algo que nem ao menos rolha tinha,
  16. era de tampinha. Bebida que, com sua qualidade,
  17. desonrava, simultaneamente, os vinhos e o pontífice.
  18. _____Não era masoquismo. Acompanhando suas
  19. peregrinações etílicas, cheguei a outra conclusão: ela
  20. realmente precisava daquilo. Stela inventara uma
  21. religião do Santo Daime particular, caseira, sabia que
  22. era preciso passar pelo inferno para vislumbrar o céu.
  23. Os porres eram uma provação cósmica, um ordálio
  24. voluntário, um encontro reverencial com o sagrado.
  25. _____Depois da devastação do pileque, ela ficava melhor.
  26. Uma lucidez calma a invadia, sua beleza readquiria os
  27. traços que a marcavam, seus olhos voltavam ao
  28. brilho que me encantara. Tinha mergulhado no poço
  29. da existência e reavaliado seus rumos. Durante dias a
  30. paz reinava entre nós e entre ela e o mundo.
  31. _____Mas bastava uma nova dúvida em sua vida, uma
  32. decisão a tomar, e ela requisitava mais um inferno para
  33. se repensar. A rotina era extenuante. Quem aguenta uma
  34. mulher que, em vez de falar sobre a vida, mergulha
  35. num porre xamânico? Mas o amor perdoa. Lá estava
  36. eu ajudando-a a levantar-se de mais uma triste
  37. manguaça. Fiquei expert em reidratar e reanimar mortos,
  38. em contornar enxaquecas siderais e em amparar dengues
  39. existenciais
  40. _____Amava Stela pela inusitada maneira de consultar o
  41. destino. Triste era o desencontro. Eu cansado por
  42. cuidá-la depois de uma noite mal dormida, servindo de
  43. enfermeiro, e ela radiante, prenha da energia que a
  44. purgação lhe rendera.
  45. _____Stela era irredutível no seu método terapêutico,
  46. dizia que só nesse estado se encontrava com o melhor
  47. de seu ser. Reiterava que era mais sábia durante o
  48. martírio. Insistia que, sóbria, em seu estado normal,
  49. sofria de um otimismo injustificado que lhe turvava a
  50. realidade. Seu lema era: “Só na ressaca enxergamos o
  51. mundo como ele é”.
  52. _____Um dia, sem muitas palavras, Stela foi embora.
  53. Alguma ressaca oracular deve ter lhe dito que eu não
  54. era bom para seu futuro. Não a culpo.


Adaptado de: CORSO, M. O valor da ressaca. Zero Hora, n. 18489,

02/04/2016. Disponível em: http://www.clicrbs.com.br/zerohora/jsp/default2.jsp?uf=1&local=1&source=a5711255.xml&template=3916.dwt&edition=28691§ion=4572. Acessado em 02/04/2016.

Assinale a alternativa em que o trecho extraído do texto NÃO contém expressão com sentido metafórico.

Alternativas
Q2741522 Português

Instrução: As questões 11 a 20 referem-se ao texto abaixo.


  1. _____Todo mundo teve ao menos uma namorada esquisita,
  2. comigo não foi diferente. Beber é trivial, bebe-se por
  3. prazer, para comemorar, para esquecer, para suportar
  4. a vida, mas beber para ficar de ressaca nunca tinha
  5. visto. Essa era Stela, ela bebia em busca do lado escuro
  6. do porre. Acreditava que precisava desse terremoto
  7. orgânico para seu reequilíbrio espiritual.
  8. _____Sua ressaca era diferente, não como a nossa, tingida
  9. de culpa pelo excesso. A dela era almejada, portanto
  10. com propriedades metafísicas. Nem por isso passava
  11. menos mal, sofria muito, o desconforto era visível,
  12. pungente. Tomava coisas que poucos profissionais
  13. do copo se arriscariam, destilados das marcas mais
  14. diabo. Ou então era revés de um vinho da Serra com
  15. nome de Papa, algo que nem ao menos rolha tinha,
  16. era de tampinha. Bebida que, com sua qualidade,
  17. desonrava, simultaneamente, os vinhos e o pontífice.
  18. _____Não era masoquismo. Acompanhando suas
  19. peregrinações etílicas, cheguei a outra conclusão: ela
  20. realmente precisava daquilo. Stela inventara uma
  21. religião do Santo Daime particular, caseira, sabia que
  22. era preciso passar pelo inferno para vislumbrar o céu.
  23. Os porres eram uma provação cósmica, um ordálio
  24. voluntário, um encontro reverencial com o sagrado.
  25. _____Depois da devastação do pileque, ela ficava melhor.
  26. Uma lucidez calma a invadia, sua beleza readquiria os
  27. traços que a marcavam, seus olhos voltavam ao
  28. brilho que me encantara. Tinha mergulhado no poço
  29. da existência e reavaliado seus rumos. Durante dias a
  30. paz reinava entre nós e entre ela e o mundo.
  31. _____Mas bastava uma nova dúvida em sua vida, uma
  32. decisão a tomar, e ela requisitava mais um inferno para
  33. se repensar. A rotina era extenuante. Quem aguenta uma
  34. mulher que, em vez de falar sobre a vida, mergulha
  35. num porre xamânico? Mas o amor perdoa. Lá estava
  36. eu ajudando-a a levantar-se de mais uma triste
  37. manguaça. Fiquei expert em reidratar e reanimar mortos,
  38. em contornar enxaquecas siderais e em amparar dengues
  39. existenciais
  40. _____Amava Stela pela inusitada maneira de consultar o
  41. destino. Triste era o desencontro. Eu cansado por
  42. cuidá-la depois de uma noite mal dormida, servindo de
  43. enfermeiro, e ela radiante, prenha da energia que a
  44. purgação lhe rendera.
  45. _____Stela era irredutível no seu método terapêutico,
  46. dizia que só nesse estado se encontrava com o melhor
  47. de seu ser. Reiterava que era mais sábia durante o
  48. martírio. Insistia que, sóbria, em seu estado normal,
  49. sofria de um otimismo injustificado que lhe turvava a
  50. realidade. Seu lema era: “Só na ressaca enxergamos o
  51. mundo como ele é”.
  52. _____Um dia, sem muitas palavras, Stela foi embora.
  53. Alguma ressaca oracular deve ter lhe dito que eu não
  54. era bom para seu futuro. Não a culpo.


Adaptado de: CORSO, M. O valor da ressaca. Zero Hora, n. 18489,

02/04/2016. Disponível em: http://www.clicrbs.com.br/zerohora/jsp/default2.jsp?uf=1&local=1&source=a5711255.xml&template=3916.dwt&edition=28691§ion=4572. Acessado em 02/04/2016.

Considere as afirmações a seguir a respeito do uso de expressões referenciais no texto.


I - A expressão o pontífice (l. 17) faz referência ao vinho que Stela costumava tomar.

II - O pronome pessoal a (l. 26) faz referência a Stela.

III - A expressão a purgação (l. 43-44) faz referência ao desencontro entre Stela e o namorado.


Quais estão corretas?

Alternativas
Q2741521 Português

Instrução: As questões 11 a 20 referem-se ao texto abaixo.


  1. _____Todo mundo teve ao menos uma namorada esquisita,
  2. comigo não foi diferente. Beber é trivial, bebe-se por
  3. prazer, para comemorar, para esquecer, para suportar
  4. a vida, mas beber para ficar de ressaca nunca tinha
  5. visto. Essa era Stela, ela bebia em busca do lado escuro
  6. do porre. Acreditava que precisava desse terremoto
  7. orgânico para seu reequilíbrio espiritual.
  8. _____Sua ressaca era diferente, não como a nossa, tingida
  9. de culpa pelo excesso. A dela era almejada, portanto
  10. com propriedades metafísicas. Nem por isso passava
  11. menos mal, sofria muito, o desconforto era visível,
  12. pungente. Tomava coisas que poucos profissionais
  13. do copo se arriscariam, destilados das marcas mais
  14. diabo. Ou então era revés de um vinho da Serra com
  15. nome de Papa, algo que nem ao menos rolha tinha,
  16. era de tampinha. Bebida que, com sua qualidade,
  17. desonrava, simultaneamente, os vinhos e o pontífice.
  18. _____Não era masoquismo. Acompanhando suas
  19. peregrinações etílicas, cheguei a outra conclusão: ela
  20. realmente precisava daquilo. Stela inventara uma
  21. religião do Santo Daime particular, caseira, sabia que
  22. era preciso passar pelo inferno para vislumbrar o céu.
  23. Os porres eram uma provação cósmica, um ordálio
  24. voluntário, um encontro reverencial com o sagrado.
  25. _____Depois da devastação do pileque, ela ficava melhor.
  26. Uma lucidez calma a invadia, sua beleza readquiria os
  27. traços que a marcavam, seus olhos voltavam ao
  28. brilho que me encantara. Tinha mergulhado no poço
  29. da existência e reavaliado seus rumos. Durante dias a
  30. paz reinava entre nós e entre ela e o mundo.
  31. _____Mas bastava uma nova dúvida em sua vida, uma
  32. decisão a tomar, e ela requisitava mais um inferno para
  33. se repensar. A rotina era extenuante. Quem aguenta uma
  34. mulher que, em vez de falar sobre a vida, mergulha
  35. num porre xamânico? Mas o amor perdoa. Lá estava
  36. eu ajudando-a a levantar-se de mais uma triste
  37. manguaça. Fiquei expert em reidratar e reanimar mortos,
  38. em contornar enxaquecas siderais e em amparar dengues
  39. existenciais
  40. _____Amava Stela pela inusitada maneira de consultar o
  41. destino. Triste era o desencontro. Eu cansado por
  42. cuidá-la depois de uma noite mal dormida, servindo de
  43. enfermeiro, e ela radiante, prenha da energia que a
  44. purgação lhe rendera.
  45. _____Stela era irredutível no seu método terapêutico,
  46. dizia que só nesse estado se encontrava com o melhor
  47. de seu ser. Reiterava que era mais sábia durante o
  48. martírio. Insistia que, sóbria, em seu estado normal,
  49. sofria de um otimismo injustificado que lhe turvava a
  50. realidade. Seu lema era: “Só na ressaca enxergamos o
  51. mundo como ele é”.
  52. _____Um dia, sem muitas palavras, Stela foi embora.
  53. Alguma ressaca oracular deve ter lhe dito que eu não
  54. era bom para seu futuro. Não a culpo.


Adaptado de: CORSO, M. O valor da ressaca. Zero Hora, n. 18489,

02/04/2016. Disponível em: http://www.clicrbs.com.br/zerohora/jsp/default2.jsp?uf=1&local=1&source=a5711255.xml&template=3916.dwt&edition=28691§ion=4572. Acessado em 02/04/2016.

Identifique a alternativa que apresenta uma interpretação adequada, no contexto em que se encontra, da frase que inicia o quinto parágrafo do texto.

Alternativas
Q2741520 Português

Instrução: As questões 06 a 10 referem-se ao texto abaixo


A língua do Brasil amanhã


  1. ____Ouvimos com frequência opiniões alarmantes a
  2. respeito do futuro da nossa língua. ___ vezes se diz
  3. que ela vai simplesmente desaparecer, em benefício de
  4. outras línguas supostamente expansionistas (em especial
  5. o inglês, atual candidato número um a língua universal);
  6. ou que vai se “misturar” com o espanhol, formando o
  7. “portunhol”; ou, simplesmente, que vai se corromper
  8. pelo uso da gíria e das formas populares de expressão
  9. (do tipo: o casaco que cê ia sair com ele tá rasgado).
  10. Aqui pretendo trazer uma opinião mais otimista: a
  11. nossa língua, estou convencido, não está em perigo de
  12. desaparecimento, muito menos de mistura. Por outro
  13. lado (e não é possível agradar a todos) acredito que
  14. nossa língua está mudando, e certamente não será a
  15. mesma dentro de vinte, cem ou trezentos anos.
  16. ____O que é que poderia ameaçar a integridade ou
  17. a existência da nossa língua? Um dos fatores,
  18. frequentemente citado, é a influência do inglês – o
  19. mundo de empréstimos que andamos fazendo para
  20. nos expressarmos sobre certos assuntos.
  21. ____Não se pode negar que o fenômeno existe; o que
  22. mais se faz hoje em dia é surfar, deletar ou tratar do
  23. marketing. Mas isso não significa o desaparecimento
  24. da língua portuguesa. Empréstimos são um fato da
  25. vida e sempre existiram. Hoje pouca gente sabe disso,
  26. mas avalanche, alfaiate, tenor e pingue-pongue
  27. são palavras de origem estrangeira; hoje já se
  28. naturalizaram, e certamente ninguém vê ameaça
  29. nelas. Afinal de contas, quando se começou a jogar
  30. aquela bolinha em cima da mesa, precisou-se de um
  31. nome; podíamos dizer tênis de mesa, e alguns tentaram,
  32. mas a palavra estrangeira venceu – só que virou
  33. portuguesa, hoje vive entre nós como uma imigrante já
  34. casada, com filhos brasileiros etc. Perdeu até o sotaque.
  35. ____Quero dizer que não há o menor sintoma de que os
  36. empréstimos estrangeiros estejam causando lesões na
  37. língua portuguesa; a maioria, aliás, desaparece em
  38. pouco tempo, e os que ficam se assimilam. Como toda
  39. língua, o português precisa crescer para dar conta das
  40. novidades sociais, tecnológicas, artísticas e culturais; e
  41. pode aceitar empréstimos – ravióli, ioga, chucrute,
  42. balé – e também pode (e com maior frequência)
  43. criar palavras a partir de seus próprios recursos –
  44. como computador, ecologia, poluição – ou então esten-
  45. der o uso de palavras antigas a novos significados –
  46. executivo ou celular, que significam coisas hoje que
  47. não significavam ___ vinte anos. Isso está acontecendo
  48. a todo o tempo com todas as línguas, e nunca levou
  49. nenhuma delas ___ extinção.

Adaptado de PERINI, M. A. A língua do Brasil amanhã

e outros mistérios. São Paulo: Parábola Editorial, 2004.

Páginas 11-14.

Assinale a alternativa que contém apenas palavras empregadas como adjetivos no texto.

Alternativas
Q2741519 Português

Instrução: As questões 06 a 10 referem-se ao texto abaixo


A língua do Brasil amanhã


  1. ____Ouvimos com frequência opiniões alarmantes a
  2. respeito do futuro da nossa língua. ___ vezes se diz
  3. que ela vai simplesmente desaparecer, em benefício de
  4. outras línguas supostamente expansionistas (em especial
  5. o inglês, atual candidato número um a língua universal);
  6. ou que vai se “misturar” com o espanhol, formando o
  7. “portunhol”; ou, simplesmente, que vai se corromper
  8. pelo uso da gíria e das formas populares de expressão
  9. (do tipo: o casaco que cê ia sair com ele tá rasgado).
  10. Aqui pretendo trazer uma opinião mais otimista: a
  11. nossa língua, estou convencido, não está em perigo de
  12. desaparecimento, muito menos de mistura. Por outro
  13. lado (e não é possível agradar a todos) acredito que
  14. nossa língua está mudando, e certamente não será a
  15. mesma dentro de vinte, cem ou trezentos anos.
  16. ____O que é que poderia ameaçar a integridade ou
  17. a existência da nossa língua? Um dos fatores,
  18. frequentemente citado, é a influência do inglês – o
  19. mundo de empréstimos que andamos fazendo para
  20. nos expressarmos sobre certos assuntos.
  21. ____Não se pode negar que o fenômeno existe; o que
  22. mais se faz hoje em dia é surfar, deletar ou tratar do
  23. marketing. Mas isso não significa o desaparecimento
  24. da língua portuguesa. Empréstimos são um fato da
  25. vida e sempre existiram. Hoje pouca gente sabe disso,
  26. mas avalanche, alfaiate, tenor e pingue-pongue
  27. são palavras de origem estrangeira; hoje já se
  28. naturalizaram, e certamente ninguém vê ameaça
  29. nelas. Afinal de contas, quando se começou a jogar
  30. aquela bolinha em cima da mesa, precisou-se de um
  31. nome; podíamos dizer tênis de mesa, e alguns tentaram,
  32. mas a palavra estrangeira venceu – só que virou
  33. portuguesa, hoje vive entre nós como uma imigrante já
  34. casada, com filhos brasileiros etc. Perdeu até o sotaque.
  35. ____Quero dizer que não há o menor sintoma de que os
  36. empréstimos estrangeiros estejam causando lesões na
  37. língua portuguesa; a maioria, aliás, desaparece em
  38. pouco tempo, e os que ficam se assimilam. Como toda
  39. língua, o português precisa crescer para dar conta das
  40. novidades sociais, tecnológicas, artísticas e culturais; e
  41. pode aceitar empréstimos – ravióli, ioga, chucrute,
  42. balé – e também pode (e com maior frequência)
  43. criar palavras a partir de seus próprios recursos –
  44. como computador, ecologia, poluição – ou então esten-
  45. der o uso de palavras antigas a novos significados –
  46. executivo ou celular, que significam coisas hoje que
  47. não significavam ___ vinte anos. Isso está acontecendo
  48. a todo o tempo com todas as línguas, e nunca levou
  49. nenhuma delas ___ extinção.

Adaptado de PERINI, M. A. A língua do Brasil amanhã

e outros mistérios. São Paulo: Parábola Editorial, 2004.

Páginas 11-14.

O autor apresenta o casaco que cê ia sair com ele tá rasgado (l. 09) como exemplo de uso de gírias e expressões populares. Assinale a alternativa que apresenta uma possível reescrita dessa frase, de acordo com a norma culta da língua portuguesa.

Alternativas
Q2741518 Português

Instrução: As questões 06 a 10 referem-se ao texto abaixo


A língua do Brasil amanhã


  1. ____Ouvimos com frequência opiniões alarmantes a
  2. respeito do futuro da nossa língua. ___ vezes se diz
  3. que ela vai simplesmente desaparecer, em benefício de
  4. outras línguas supostamente expansionistas (em especial
  5. o inglês, atual candidato número um a língua universal);
  6. ou que vai se “misturar” com o espanhol, formando o
  7. “portunhol”; ou, simplesmente, que vai se corromper
  8. pelo uso da gíria e das formas populares de expressão
  9. (do tipo: o casaco que cê ia sair com ele tá rasgado).
  10. Aqui pretendo trazer uma opinião mais otimista: a
  11. nossa língua, estou convencido, não está em perigo de
  12. desaparecimento, muito menos de mistura. Por outro
  13. lado (e não é possível agradar a todos) acredito que
  14. nossa língua está mudando, e certamente não será a
  15. mesma dentro de vinte, cem ou trezentos anos.
  16. ____O que é que poderia ameaçar a integridade ou
  17. a existência da nossa língua? Um dos fatores,
  18. frequentemente citado, é a influência do inglês – o
  19. mundo de empréstimos que andamos fazendo para
  20. nos expressarmos sobre certos assuntos.
  21. ____Não se pode negar que o fenômeno existe; o que
  22. mais se faz hoje em dia é surfar, deletar ou tratar do
  23. marketing. Mas isso não significa o desaparecimento
  24. da língua portuguesa. Empréstimos são um fato da
  25. vida e sempre existiram. Hoje pouca gente sabe disso,
  26. mas avalanche, alfaiate, tenor e pingue-pongue
  27. são palavras de origem estrangeira; hoje já se
  28. naturalizaram, e certamente ninguém vê ameaça
  29. nelas. Afinal de contas, quando se começou a jogar
  30. aquela bolinha em cima da mesa, precisou-se de um
  31. nome; podíamos dizer tênis de mesa, e alguns tentaram,
  32. mas a palavra estrangeira venceu – só que virou
  33. portuguesa, hoje vive entre nós como uma imigrante já
  34. casada, com filhos brasileiros etc. Perdeu até o sotaque.
  35. ____Quero dizer que não há o menor sintoma de que os
  36. empréstimos estrangeiros estejam causando lesões na
  37. língua portuguesa; a maioria, aliás, desaparece em
  38. pouco tempo, e os que ficam se assimilam. Como toda
  39. língua, o português precisa crescer para dar conta das
  40. novidades sociais, tecnológicas, artísticas e culturais; e
  41. pode aceitar empréstimos – ravióli, ioga, chucrute,
  42. balé – e também pode (e com maior frequência)
  43. criar palavras a partir de seus próprios recursos –
  44. como computador, ecologia, poluição – ou então esten-
  45. der o uso de palavras antigas a novos significados –
  46. executivo ou celular, que significam coisas hoje que
  47. não significavam ___ vinte anos. Isso está acontecendo
  48. a todo o tempo com todas as línguas, e nunca levou
  49. nenhuma delas ___ extinção.

Adaptado de PERINI, M. A. A língua do Brasil amanhã

e outros mistérios. São Paulo: Parábola Editorial, 2004.

Páginas 11-14.

Assinale V (verdadeiro) ou F (falso) nas afirmações a seguir sobre algumas das ideias do texto.


( ) Os empréstimos linguísticos são um fenômeno relativamente recente na língua, um reflexo de atividades modernas, como surfar, deletar e lidar com vocábulos da área do marketing.

( ) A língua portuguesa está mudando mais rapidamente hoje do que antigamente para que seu vocabulário possa abarcar novidades de ordem social, tecnológica, artística e cultural.

( ) Todas as línguas podem receber a influência de empréstimos linguísticos, não apenas a língua portuguesa.


A sequência correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é

Alternativas
Q2741517 Português

Instrução: As questões 06 a 10 referem-se ao texto abaixo


A língua do Brasil amanhã


  1. ____Ouvimos com frequência opiniões alarmantes a
  2. respeito do futuro da nossa língua. ___ vezes se diz
  3. que ela vai simplesmente desaparecer, em benefício de
  4. outras línguas supostamente expansionistas (em especial
  5. o inglês, atual candidato número um a língua universal);
  6. ou que vai se “misturar” com o espanhol, formando o
  7. “portunhol”; ou, simplesmente, que vai se corromper
  8. pelo uso da gíria e das formas populares de expressão
  9. (do tipo: o casaco que cê ia sair com ele tá rasgado).
  10. Aqui pretendo trazer uma opinião mais otimista: a
  11. nossa língua, estou convencido, não está em perigo de
  12. desaparecimento, muito menos de mistura. Por outro
  13. lado (e não é possível agradar a todos) acredito que
  14. nossa língua está mudando, e certamente não será a
  15. mesma dentro de vinte, cem ou trezentos anos.
  16. ____O que é que poderia ameaçar a integridade ou
  17. a existência da nossa língua? Um dos fatores,
  18. frequentemente citado, é a influência do inglês – o
  19. mundo de empréstimos que andamos fazendo para
  20. nos expressarmos sobre certos assuntos.
  21. ____Não se pode negar que o fenômeno existe; o que
  22. mais se faz hoje em dia é surfar, deletar ou tratar do
  23. marketing. Mas isso não significa o desaparecimento
  24. da língua portuguesa. Empréstimos são um fato da
  25. vida e sempre existiram. Hoje pouca gente sabe disso,
  26. mas avalanche, alfaiate, tenor e pingue-pongue
  27. são palavras de origem estrangeira; hoje já se
  28. naturalizaram, e certamente ninguém vê ameaça
  29. nelas. Afinal de contas, quando se começou a jogar
  30. aquela bolinha em cima da mesa, precisou-se de um
  31. nome; podíamos dizer tênis de mesa, e alguns tentaram,
  32. mas a palavra estrangeira venceu – só que virou
  33. portuguesa, hoje vive entre nós como uma imigrante já
  34. casada, com filhos brasileiros etc. Perdeu até o sotaque.
  35. ____Quero dizer que não há o menor sintoma de que os
  36. empréstimos estrangeiros estejam causando lesões na
  37. língua portuguesa; a maioria, aliás, desaparece em
  38. pouco tempo, e os que ficam se assimilam. Como toda
  39. língua, o português precisa crescer para dar conta das
  40. novidades sociais, tecnológicas, artísticas e culturais; e
  41. pode aceitar empréstimos – ravióli, ioga, chucrute,
  42. balé – e também pode (e com maior frequência)
  43. criar palavras a partir de seus próprios recursos –
  44. como computador, ecologia, poluição – ou então esten-
  45. der o uso de palavras antigas a novos significados –
  46. executivo ou celular, que significam coisas hoje que
  47. não significavam ___ vinte anos. Isso está acontecendo
  48. a todo o tempo com todas as línguas, e nunca levou
  49. nenhuma delas ___ extinção.

Adaptado de PERINI, M. A. A língua do Brasil amanhã

e outros mistérios. São Paulo: Parábola Editorial, 2004.

Páginas 11-14.

Considere as seguintes afirmações sobre algumas das ideias do texto.


I - Segundo o autor, a língua portuguesa não corre o risco de desaparecer ou ter sua identidade alterada. Contudo, é preciso estar atento ao uso demasiado de estrangeirismos, que podem, no longo prazo, ameaçar a integridade da língua.

II - Existem palavras da língua portuguesa que têm sua origem estrangeira e que nunca foram aportuguesadas, como ravióli, ioga, chucrute, balé, que mantêm sua pronúncia original.

III - Além de a língua contar com novas palavras, criadas no seio da própria língua (computador, por exemplo), o autor destaca que palavras antigas na língua podem receber novos significados com o passar do tempo.


Quais estão corretas?

Alternativas
Q2741516 Português

Instrução: As questões 06 a 10 referem-se ao texto abaixo


A língua do Brasil amanhã


  1. ____Ouvimos com frequência opiniões alarmantes a
  2. respeito do futuro da nossa língua. ___ vezes se diz
  3. que ela vai simplesmente desaparecer, em benefício de
  4. outras línguas supostamente expansionistas (em especial
  5. o inglês, atual candidato número um a língua universal);
  6. ou que vai se “misturar” com o espanhol, formando o
  7. “portunhol”; ou, simplesmente, que vai se corromper
  8. pelo uso da gíria e das formas populares de expressão
  9. (do tipo: o casaco que cê ia sair com ele tá rasgado).
  10. Aqui pretendo trazer uma opinião mais otimista: a
  11. nossa língua, estou convencido, não está em perigo de
  12. desaparecimento, muito menos de mistura. Por outro
  13. lado (e não é possível agradar a todos) acredito que
  14. nossa língua está mudando, e certamente não será a
  15. mesma dentro de vinte, cem ou trezentos anos.
  16. ____O que é que poderia ameaçar a integridade ou
  17. a existência da nossa língua? Um dos fatores,
  18. frequentemente citado, é a influência do inglês – o
  19. mundo de empréstimos que andamos fazendo para
  20. nos expressarmos sobre certos assuntos.
  21. ____Não se pode negar que o fenômeno existe; o que
  22. mais se faz hoje em dia é surfar, deletar ou tratar do
  23. marketing. Mas isso não significa o desaparecimento
  24. da língua portuguesa. Empréstimos são um fato da
  25. vida e sempre existiram. Hoje pouca gente sabe disso,
  26. mas avalanche, alfaiate, tenor e pingue-pongue
  27. são palavras de origem estrangeira; hoje já se
  28. naturalizaram, e certamente ninguém vê ameaça
  29. nelas. Afinal de contas, quando se começou a jogar
  30. aquela bolinha em cima da mesa, precisou-se de um
  31. nome; podíamos dizer tênis de mesa, e alguns tentaram,
  32. mas a palavra estrangeira venceu – só que virou
  33. portuguesa, hoje vive entre nós como uma imigrante já
  34. casada, com filhos brasileiros etc. Perdeu até o sotaque.
  35. ____Quero dizer que não há o menor sintoma de que os
  36. empréstimos estrangeiros estejam causando lesões na
  37. língua portuguesa; a maioria, aliás, desaparece em
  38. pouco tempo, e os que ficam se assimilam. Como toda
  39. língua, o português precisa crescer para dar conta das
  40. novidades sociais, tecnológicas, artísticas e culturais; e
  41. pode aceitar empréstimos – ravióli, ioga, chucrute,
  42. balé – e também pode (e com maior frequência)
  43. criar palavras a partir de seus próprios recursos –
  44. como computador, ecologia, poluição – ou então esten-
  45. der o uso de palavras antigas a novos significados –
  46. executivo ou celular, que significam coisas hoje que
  47. não significavam ___ vinte anos. Isso está acontecendo
  48. a todo o tempo com todas as línguas, e nunca levou
  49. nenhuma delas ___ extinção.

Adaptado de PERINI, M. A. A língua do Brasil amanhã

e outros mistérios. São Paulo: Parábola Editorial, 2004.

Páginas 11-14.

Assinale a alternativa que preenche corretamente as lacunas das linhas 02, 47 e 49 do texto, respectivamente.

Alternativas
Q2741515 Português

Instrução: As questões 01 a 05 referem-se ao texto abaixo.


Videiras de Cristal


  1. ____Bem mais tarde, quando o dormitório coletivo
  2. envolvia-se nas sombras e ________ apenas os roncos
  3. e os espaçados gemidos dos enfermos permeando o
  4. calor rançoso das respirações, Jacobina e Ana Maria
  5. Hofstäter estavam à janela, olhando as luzes da cidade:
  6. pouco a pouco se apagavam, e a fímbria de pontos
  7. luminosos às margens do rio ________ num cordão
  8. móvel, de uma sinuosidade ágil, como se alguém
  9. inconstante traçasse sucessivas linhas de um contorno.
  10. ____Haviam dividido o pão da avó Müller e o mastigavam
  11. sem fome.
  12. ____– Nunca aceite nenhuma violência – disse Jacobina,
  13. despertando de uma longa mudez. Aceitar a violência
  14. é negar a própria vida. Aqueles homens que violaram
  15. você ao lado da cruz, eles um dia pagarão.
  16. ____Ana Maria estremeceu. Desde o acontecimento do
  17. arroio nunca mais falaram no assunto.
  18. ____– A senhora acha que um dia eu vou casar?
  19. ____Ana Maria sentiu logo que não deveria perguntar isso.
  20. ____– Por que não? Irá casar, igual a Maria Sehn. –
  21. Jacobina voltou os olhos para Ana Maria. – Sei o que
  22. você está pensando. Mas uma coisa eu lhe asseguro:
  23. você é tão virgem como Maria Sehn era antes do
  24. casamento.
  25. ____Só, em sua cama, enrolada no exíguo cobertor
  26. que ________ os pés de fora e batendo o queixo de
  27. frio, Ana Maria pensava no jovem Haubert. Sempre
  28. acompanhando o tutor Robinson o Ruivo, Haubert
  29. foi ocupando um lugar no Ferrabrás, e não apenas nos
  30. corações dos chefes. Jovem como uma figueira de um
  31. ano, tinha o olhar caído e triste de um homem de
  32. quarenta. Gostaria que ele estivesse ali, junto com
  33. elas. Ele as protegeria. E adormeceu pensando: a
  34. saudade é a verdadeira medida do amor.


Adaptado de ASSIS BRASIL, L. A. Videiras de Cristal. Porto

Alegre: Mercado Aberto, 1997. 5ª edição. Páginas 211-212.

Assinale a única alternativa em que a partícula que desempenha a mesma função sintática do que em Aqueles homens que violaram você ao lado da cruz, eles um dia pagarão (l. 14-15).

Alternativas
Q2741514 Português

Instrução: As questões 01 a 05 referem-se ao texto abaixo.


Videiras de Cristal


  1. ____Bem mais tarde, quando o dormitório coletivo
  2. envolvia-se nas sombras e ________ apenas os roncos
  3. e os espaçados gemidos dos enfermos permeando o
  4. calor rançoso das respirações, Jacobina e Ana Maria
  5. Hofstäter estavam à janela, olhando as luzes da cidade:
  6. pouco a pouco se apagavam, e a fímbria de pontos
  7. luminosos às margens do rio ________ num cordão
  8. móvel, de uma sinuosidade ágil, como se alguém
  9. inconstante traçasse sucessivas linhas de um contorno.
  10. ____Haviam dividido o pão da avó Müller e o mastigavam
  11. sem fome.
  12. ____– Nunca aceite nenhuma violência – disse Jacobina,
  13. despertando de uma longa mudez. Aceitar a violência
  14. é negar a própria vida. Aqueles homens que violaram
  15. você ao lado da cruz, eles um dia pagarão.
  16. ____Ana Maria estremeceu. Desde o acontecimento do
  17. arroio nunca mais falaram no assunto.
  18. ____– A senhora acha que um dia eu vou casar?
  19. ____Ana Maria sentiu logo que não deveria perguntar isso.
  20. ____– Por que não? Irá casar, igual a Maria Sehn. –
  21. Jacobina voltou os olhos para Ana Maria. – Sei o que
  22. você está pensando. Mas uma coisa eu lhe asseguro:
  23. você é tão virgem como Maria Sehn era antes do
  24. casamento.
  25. ____Só, em sua cama, enrolada no exíguo cobertor
  26. que ________ os pés de fora e batendo o queixo de
  27. frio, Ana Maria pensava no jovem Haubert. Sempre
  28. acompanhando o tutor Robinson o Ruivo, Haubert
  29. foi ocupando um lugar no Ferrabrás, e não apenas nos
  30. corações dos chefes. Jovem como uma figueira de um
  31. ano, tinha o olhar caído e triste de um homem de
  32. quarenta. Gostaria que ele estivesse ali, junto com
  33. elas. Ele as protegeria. E adormeceu pensando: a
  34. saudade é a verdadeira medida do amor.


Adaptado de ASSIS BRASIL, L. A. Videiras de Cristal. Porto

Alegre: Mercado Aberto, 1997. 5ª edição. Páginas 211-212.

Considere as seguintes afirmações.


I - Se a frase Nunca aceite nenhuma violência (l. 12) estivesse em discurso indireto, seria escrita como Jacobina disse a Ana Maria que nunca aceitasse nenhuma violência.

II - Se a frase A senhora acha que um dia eu vou casar? (l. 18) estivesse em discurso direto, seria escrita como Ana Maria perguntou se Jacobina achava que um dia eu casaria.

III - Se a frase Irá casar, igual a Maria Sehn (l. 20) estivesse em discurso indireto, seria escrita como Jacobina disse a Ana Maria que ela iria casar, igual a Maria Sehn.


Quais estão corretas?

Alternativas
Q2741513 Português

Instrução: As questões 01 a 05 referem-se ao texto abaixo.


Videiras de Cristal


  1. ____Bem mais tarde, quando o dormitório coletivo
  2. envolvia-se nas sombras e ________ apenas os roncos
  3. e os espaçados gemidos dos enfermos permeando o
  4. calor rançoso das respirações, Jacobina e Ana Maria
  5. Hofstäter estavam à janela, olhando as luzes da cidade:
  6. pouco a pouco se apagavam, e a fímbria de pontos
  7. luminosos às margens do rio ________ num cordão
  8. móvel, de uma sinuosidade ágil, como se alguém
  9. inconstante traçasse sucessivas linhas de um contorno.
  10. ____Haviam dividido o pão da avó Müller e o mastigavam
  11. sem fome.
  12. ____– Nunca aceite nenhuma violência – disse Jacobina,
  13. despertando de uma longa mudez. Aceitar a violência
  14. é negar a própria vida. Aqueles homens que violaram
  15. você ao lado da cruz, eles um dia pagarão.
  16. ____Ana Maria estremeceu. Desde o acontecimento do
  17. arroio nunca mais falaram no assunto.
  18. ____– A senhora acha que um dia eu vou casar?
  19. ____Ana Maria sentiu logo que não deveria perguntar isso.
  20. ____– Por que não? Irá casar, igual a Maria Sehn. –
  21. Jacobina voltou os olhos para Ana Maria. – Sei o que
  22. você está pensando. Mas uma coisa eu lhe asseguro:
  23. você é tão virgem como Maria Sehn era antes do
  24. casamento.
  25. ____Só, em sua cama, enrolada no exíguo cobertor
  26. que ________ os pés de fora e batendo o queixo de
  27. frio, Ana Maria pensava no jovem Haubert. Sempre
  28. acompanhando o tutor Robinson o Ruivo, Haubert
  29. foi ocupando um lugar no Ferrabrás, e não apenas nos
  30. corações dos chefes. Jovem como uma figueira de um
  31. ano, tinha o olhar caído e triste de um homem de
  32. quarenta. Gostaria que ele estivesse ali, junto com
  33. elas. Ele as protegeria. E adormeceu pensando: a
  34. saudade é a verdadeira medida do amor.


Adaptado de ASSIS BRASIL, L. A. Videiras de Cristal. Porto

Alegre: Mercado Aberto, 1997. 5ª edição. Páginas 211-212.

Assinale a alternativa que apresenta sinônimos das palavras permeando (l. 03), fímbria (l. 06) e exíguo (l. 25), tais como foram empregadas no texto.

Alternativas
Q2741512 Português

Instrução: As questões 01 a 05 referem-se ao texto abaixo.


Videiras de Cristal


  1. ____Bem mais tarde, quando o dormitório coletivo
  2. envolvia-se nas sombras e ________ apenas os roncos
  3. e os espaçados gemidos dos enfermos permeando o
  4. calor rançoso das respirações, Jacobina e Ana Maria
  5. Hofstäter estavam à janela, olhando as luzes da cidade:
  6. pouco a pouco se apagavam, e a fímbria de pontos
  7. luminosos às margens do rio ________ num cordão
  8. móvel, de uma sinuosidade ágil, como se alguém
  9. inconstante traçasse sucessivas linhas de um contorno.
  10. ____Haviam dividido o pão da avó Müller e o mastigavam
  11. sem fome.
  12. ____– Nunca aceite nenhuma violência – disse Jacobina,
  13. despertando de uma longa mudez. Aceitar a violência
  14. é negar a própria vida. Aqueles homens que violaram
  15. você ao lado da cruz, eles um dia pagarão.
  16. ____Ana Maria estremeceu. Desde o acontecimento do
  17. arroio nunca mais falaram no assunto.
  18. ____– A senhora acha que um dia eu vou casar?
  19. ____Ana Maria sentiu logo que não deveria perguntar isso.
  20. ____– Por que não? Irá casar, igual a Maria Sehn. –
  21. Jacobina voltou os olhos para Ana Maria. – Sei o que
  22. você está pensando. Mas uma coisa eu lhe asseguro:
  23. você é tão virgem como Maria Sehn era antes do
  24. casamento.
  25. ____Só, em sua cama, enrolada no exíguo cobertor
  26. que ________ os pés de fora e batendo o queixo de
  27. frio, Ana Maria pensava no jovem Haubert. Sempre
  28. acompanhando o tutor Robinson o Ruivo, Haubert
  29. foi ocupando um lugar no Ferrabrás, e não apenas nos
  30. corações dos chefes. Jovem como uma figueira de um
  31. ano, tinha o olhar caído e triste de um homem de
  32. quarenta. Gostaria que ele estivesse ali, junto com
  33. elas. Ele as protegeria. E adormeceu pensando: a
  34. saudade é a verdadeira medida do amor.


Adaptado de ASSIS BRASIL, L. A. Videiras de Cristal. Porto

Alegre: Mercado Aberto, 1997. 5ª edição. Páginas 211-212.

Assinale V (verdadeiro) ou F (falso) nas afirmações a seguir.


( ) Na oração o mastigavam sem fome (l. 10-11), o sujeito é indeterminado e o objeto direto é expresso pelo pronome o.

( ) Na oração uma coisa eu lhe asseguro (l. 22), o sujeito é o pronome eu, o objeto direto é uma coisa e o objeto indireto é expresso pelo pronome lhe.

( ) Na oração Ele as protegeria (l. 33), o sujeito é o pronome Ele e o objeto direto é expresso pelo pronome as.


A sequência correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é

Alternativas
Q2741511 Português

Instrução: As questões 01 a 05 referem-se ao texto abaixo.


Videiras de Cristal


  1. ____Bem mais tarde, quando o dormitório coletivo
  2. envolvia-se nas sombras e ________ apenas os roncos
  3. e os espaçados gemidos dos enfermos permeando o
  4. calor rançoso das respirações, Jacobina e Ana Maria
  5. Hofstäter estavam à janela, olhando as luzes da cidade:
  6. pouco a pouco se apagavam, e a fímbria de pontos
  7. luminosos às margens do rio ________ num cordão
  8. móvel, de uma sinuosidade ágil, como se alguém
  9. inconstante traçasse sucessivas linhas de um contorno.
  10. ____Haviam dividido o pão da avó Müller e o mastigavam
  11. sem fome.
  12. ____– Nunca aceite nenhuma violência – disse Jacobina,
  13. despertando de uma longa mudez. Aceitar a violência
  14. é negar a própria vida. Aqueles homens que violaram
  15. você ao lado da cruz, eles um dia pagarão.
  16. ____Ana Maria estremeceu. Desde o acontecimento do
  17. arroio nunca mais falaram no assunto.
  18. ____– A senhora acha que um dia eu vou casar?
  19. ____Ana Maria sentiu logo que não deveria perguntar isso.
  20. ____– Por que não? Irá casar, igual a Maria Sehn. –
  21. Jacobina voltou os olhos para Ana Maria. – Sei o que
  22. você está pensando. Mas uma coisa eu lhe asseguro:
  23. você é tão virgem como Maria Sehn era antes do
  24. casamento.
  25. ____Só, em sua cama, enrolada no exíguo cobertor
  26. que ________ os pés de fora e batendo o queixo de
  27. frio, Ana Maria pensava no jovem Haubert. Sempre
  28. acompanhando o tutor Robinson o Ruivo, Haubert
  29. foi ocupando um lugar no Ferrabrás, e não apenas nos
  30. corações dos chefes. Jovem como uma figueira de um
  31. ano, tinha o olhar caído e triste de um homem de
  32. quarenta. Gostaria que ele estivesse ali, junto com
  33. elas. Ele as protegeria. E adormeceu pensando: a
  34. saudade é a verdadeira medida do amor.


Adaptado de ASSIS BRASIL, L. A. Videiras de Cristal. Porto

Alegre: Mercado Aberto, 1997. 5ª edição. Páginas 211-212.

Assinale a alternativa que preenche corretamente as lacunas das linhas 02, 07 e 26 do texto, respectivamente.

Alternativas
Respostas
4881: A
4882: E
4883: B
4884: D
4885: D
4886: A
4887: B
4888: E
4889: B
4890: C
4891: D
4892: C
4893: A
4894: B
4895: B
4896: D
4897: C
4898: A
4899: C
4900: D