Questões de Concurso
Foram encontradas 27.700 questões
Resolva questões gratuitamente!
Junte-se a mais de 4 milhões de concurseiros!
Texto 11A1
Trabalho e educação são atividades especificamente humanas. Isso significa que, rigorosamente falando, apenas o ser humano trabalha e educa. Assim, a pergunta sobre os fundamentos ontológicos da relação trabalho-educação traz imediatamente à mente a questão: quais são as características do ser humano que lhe permitem realizar as ações de trabalhar e de educar? Ou: o que é que está inscrito no ser do humano que lhe possibilita trabalhar e educar?
Perguntas desse tipo pressupõem que o ser humano esteja previamente constituído como ser que possui propriedades que lhe permitem trabalhar e educar. Pressupõe-se, portanto, uma definição de ser humano que indique em que ele consiste, isto é, sua característica essencial a partir da qual se possa explicar o trabalho e a educação como atributos desse ser. E, nesse caso, fica aberta a possibilidade de que trabalho e educação sejam considerados atributos essenciais do ser humano, ou acidentais.
Na definição de ser humano mais difundida (animal racional), o atributo essencial é dado pela racionalidade, consoante o significado clássico de definição estabelecido por Aristóteles: uma definição dá-se pelo gênero próximo e pela diferença específica. Pelo gênero próximo, indica-se aquilo que o objeto definido tem em comum com outros seres de espécies diferentes (no caso em tela, o gênero animal); pela diferença específica, indica-se a espécie, isto é, o que distingue determinado ser dos demais que pertencem ao mesmo gênero (no caso do ser humano, a racionalidade). Consequentemente, sendo o ser humano definido pela racionalidade, é esta que assume o caráter de atributo essencial desse ser.
Ora, assim entendido o ser humano, vê-se que, embora trabalhar e educar possam ser reconhecidos como atributos humanos, eles o são em caráter acidental, e não substancial. Com efeito, o mesmo Aristóteles, considerando como próprio do ser humano o pensar, o contemplar, reputa o ato produtivo, o trabalho, como uma atividade não digna de seres humanos livres.
Diversamente, Bergson, ao analisar o desenvolvimento do impulso vital na obra Evolução criadora, observa que “torpor vegetativo, instinto e inteligência” são os elementos comuns às plantas e aos animais. E, definindo a inteligência pela fabricação de objetos, fenômeno identificado como comum aos animais, encontra no ser humano a particularidade da fabricação de objetos artificiais, o que lhe permite avançar à seguinte conclusão: “Se pudéssemos nos despir de todo orgulho, se, para definir nossa espécie, nos ativéssemos estritamente ao que a história e a pré-história nos apresentam como a característica constante do ser humano e da inteligência, talvez não disséssemos Homo sapiens, mas Homo faber. Em conclusão, a inteligência, encarada no que parece ser o seu empenho original, é a faculdade de fabricar objetos artificiais, sobretudo ferramentas para fazer ferramentas, e de diversificar ao infinito a fabricação delas.”.
Demerval Saviani. Trabalho e educação: fundamentos ontológicos e históricos.
Internet:
Em relação às ideias apresentadas no texto 11A1 e às relações de coerência nele presentes, julgue o item que se segue.
As perguntas apresentadas no parágrafo introdutório
sugerem ao leitor uma possível linha de raciocínio que será
percorrida no desenvolvimento do texto, ainda que, no
contexto analisado, essas perguntas sejam desconsideradas e
não se busque respondê-las.
Texto 11A1
Trabalho e educação são atividades especificamente humanas. Isso significa que, rigorosamente falando, apenas o ser humano trabalha e educa. Assim, a pergunta sobre os fundamentos ontológicos da relação trabalho-educação traz imediatamente à mente a questão: quais são as características do ser humano que lhe permitem realizar as ações de trabalhar e de educar? Ou: o que é que está inscrito no ser do humano que lhe possibilita trabalhar e educar?
Perguntas desse tipo pressupõem que o ser humano esteja previamente constituído como ser que possui propriedades que lhe permitem trabalhar e educar. Pressupõe-se, portanto, uma definição de ser humano que indique em que ele consiste, isto é, sua característica essencial a partir da qual se possa explicar o trabalho e a educação como atributos desse ser. E, nesse caso, fica aberta a possibilidade de que trabalho e educação sejam considerados atributos essenciais do ser humano, ou acidentais.
Na definição de ser humano mais difundida (animal racional), o atributo essencial é dado pela racionalidade, consoante o significado clássico de definição estabelecido por Aristóteles: uma definição dá-se pelo gênero próximo e pela diferença específica. Pelo gênero próximo, indica-se aquilo que o objeto definido tem em comum com outros seres de espécies diferentes (no caso em tela, o gênero animal); pela diferença específica, indica-se a espécie, isto é, o que distingue determinado ser dos demais que pertencem ao mesmo gênero (no caso do ser humano, a racionalidade). Consequentemente, sendo o ser humano definido pela racionalidade, é esta que assume o caráter de atributo essencial desse ser.
Ora, assim entendido o ser humano, vê-se que, embora trabalhar e educar possam ser reconhecidos como atributos humanos, eles o são em caráter acidental, e não substancial. Com efeito, o mesmo Aristóteles, considerando como próprio do ser humano o pensar, o contemplar, reputa o ato produtivo, o trabalho, como uma atividade não digna de seres humanos livres.
Diversamente, Bergson, ao analisar o desenvolvimento do impulso vital na obra Evolução criadora, observa que “torpor vegetativo, instinto e inteligência” são os elementos comuns às plantas e aos animais. E, definindo a inteligência pela fabricação de objetos, fenômeno identificado como comum aos animais, encontra no ser humano a particularidade da fabricação de objetos artificiais, o que lhe permite avançar à seguinte conclusão: “Se pudéssemos nos despir de todo orgulho, se, para definir nossa espécie, nos ativéssemos estritamente ao que a história e a pré-história nos apresentam como a característica constante do ser humano e da inteligência, talvez não disséssemos Homo sapiens, mas Homo faber. Em conclusão, a inteligência, encarada no que parece ser o seu empenho original, é a faculdade de fabricar objetos artificiais, sobretudo ferramentas para fazer ferramentas, e de diversificar ao infinito a fabricação delas.”.
Demerval Saviani. Trabalho e educação: fundamentos ontológicos e históricos.
Internet:
Em relação às ideias apresentadas no texto 11A1 e às relações de coerência nele presentes, julgue o item que se segue.
As ideias do texto se desenvolvem a partir da premissa
indicada no período inicial: trabalho e educação são
atividades intrínsecas da espécie humana.
Julgue o próximo item, referentes a diversos aspectos relacionados ao webjornalismo.
As plataformas de mídia social têm adotado algoritmos de
classificação mais transparentes e previsíveis para garantir
uma distribuição equitativa do conteúdo entre os usuários.
Julgue o próximo item, referentes a diversos aspectos relacionados ao webjornalismo.
Os podcasts são uma forma de conteúdo exclusivamente
auditiva e, portanto, não se integram bem com outros
formatos de conteúdo multimídia utilizados no
webjornalismo, como texto, imagem e vídeo.
Julgue o próximo item, referentes a diversos aspectos relacionados ao webjornalismo.
Os formatos de conteúdo emergentes, como vídeos ao vivo e
stories, têm ganhado destaque nas plataformas de mídia
social devido à sua capacidade de gerar engajamento e
interação mais autêntica com o público.
Julgue o próximo item, referentes a diversos aspectos relacionados ao webjornalismo.
As mudanças frequentes nos algoritmos de classificação das
plataformas de mídia social têm como principal objetivo
priorizar conteúdos de amigos e familiares em detrimento
das postagens de marcas e veículos de comunicação.
Julgue o item a seguir, a respeito do fluxo de informação no webjornalismo.
Uma estratégia eficaz de cross-posting consiste em
republicar o mesmo formato e conteúdo em várias
plataformas de mídia social simultaneamente, de modo a
maximizar o alcance e a visibilidade das matérias.
Julgue o item a seguir, a respeito do fluxo de informação no webjornalismo.
A técnica de clique-para-continuar é usada para facilitar a
experiência do usuário e aumentar a sua satisfação e consiste
em fragmentar matérias longas em múltiplas páginas.
Julgue o item a seguir, a respeito do fluxo de informação no webjornalismo.
O método de fact-checking é crucial para combater a
disseminação de desinformação e garantir a precisão das
informações divulgadas.
Julgue o item a seguir, a respeito do fluxo de informação no webjornalismo.
Em se tratando de webjornalismo, a utilização de analytics é
fundamental para a compreensão do comportamento do
público e o ajuste de estratégias editoriais e para melhorar a
performance das matérias.
Julgue o item a seguir, a respeito do fluxo de informação no webjornalismo.
No webjornalismo, a prática de SEO (search engine
optimization) é essencial para aumentar a visibilidade e o
alcance das matérias, mas pode comprometer a qualidade do
conteúdo jornalístico ao priorizar palavras-chave em
detrimento da relevância e da precisão das informações.
Julgue o item a seguir, a respeito do fluxo de informação no webjornalismo.
A abordagem de cultura da convergência da Teoria de
Jenkins sugere que a integração de diferentes mídias e
plataformas cria novas oportunidades para a produção
e distribuição de conteúdo jornalístico, o que, no
webjornalismo, pode resultar em maior participação e
engajamento dos usuários.
Acerca da interação entre internauta, jornalista e notícia, julgue o item subsequente.
O modelo de conexão sincrônica-recíproca pode ser uma
abordagem eficaz para fortalecer a relação entre jornalistas e
internautas no ambiente do webjornalismo.
Acerca da interação entre internauta, jornalista e notícia, julgue o item subsequente.
De acordo com a teoria do gatekeeping, os jornalistas
desempenham um papel crucial na seleção e filtragem das
informações que são apresentadas ao público em plataformas
de webjornalismo.
Acerca da interação entre internauta, jornalista e notícia, julgue o item subsequente.
Na dinâmica do virtual, é aceitável, do ponto de vista ético,
para um jornalista compartilhar informações de fonte não
verificada em tempo real, desde que seja transparente sobre a
natureza da fonte e se disponha a manter a atualização
constante.
Acerca da interação entre internauta, jornalista e notícia, julgue o item subsequente.
A prática do clickbait é justificável para aumentar o tráfego
de um sítio de notícias.
Acerca da interação entre internauta, jornalista e notícia, julgue o item subsequente.
A Teoria da Ecologia da Mídia, proposta por Marshall
McLuhan, pode ser aplicada para se compreender a interação
entre internautas, jornalistas e notícias no contexto do
webjornalismo.
Quanto à mancha gráfica e à forma como os elementos visuais são distribuídos na página, julgue o item que se segue.
A mancha gráfica tem a finalidade de oferecer uma
acomodação visual, sobretudo compatível com o formato
definido para a página.
A mancha gráfica é o espaço delimitado pelas margens, sendo o espaço útil de um leiaute.
Julgue o próximo item, a respeito do processo de diagramação e composição.
O espaçamento entre letras e linhas auxilia na composição de
um visual mais leve: quanto maior for esse espaçamento,
mais leve é o visual.