Questões de Concurso

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Q2566098 Contabilidade Pública
Um ente municipal hipotético apresentou as seguintes informações, retiradas da sua demonstração de variações patrimoniais, e seus respectivos saldos em 31/12/2023:

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Considerando as informações apresentadas, é correto afirmar que o Resultado Patrimonial do Período, em R$, totalizou:
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Q2566092 Auditoria
Em consonância com as normas brasileiras de contabilidade aplicadas à auditoria, o trabalho no qual o auditor independente visa obter evidências apropriadas e suficientes para expressar sua conclusão, de forma a aumentar o grau de confiança dos usuários previstos sobre o resultado da mensuração ou avaliação do objeto, de acordo com os critérios que sejam aplicáveis, é denominado:
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Q2566090 Auditoria
Um auditor identificou um problema contábil que, na avaliação do sócio do trabalho, não foi possível obter evidência de auditoria apropriada e suficiente nas circunstâncias, ao mesmo tempo que foi considerado relevante, mas não generalizado. Diante dessa situação, o sócio concluiu que emitira um relatório com
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Q2566088 Auditoria
A documentação de auditoria é a evidência da base do auditor para uma conclusão quanto ao cumprimento do objetivo global do auditor, bem como de que a auditoria foi planejada e executada em conformidade com as normas de auditoria e exigências legais e regulamentares aplicáveis. Portanto, sua guarda é um processo fundamental para a documentação de auditoria. Nesse caso, de acordo com as normas da profissão, o período de retenção dos papeis de trabalho, a contar da data do relatório do auditor, geralmente,
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Q2566082 Contabilidade Geral
Com base nas informações fornecidas pela empresa Margem Bruta Ltda, calcule o valor do Custo dos Produtos Vendidos (CPV), em reais, tendo em vista que a empresa utilizou o método de custeio por absorção para valorização de seus estoques de produtos acabados, considerando o período hipotético de 12 meses, finalizado em 31/12/2023.


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O valor do CPV em 31/12/2023, em reais, foi de: 
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Q2566071 Noções de Informática

Tem-se a seguinte planilha criada no Microsoft Excel 2016, em sua configuração original.


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Um usuário inseriu na célula C1 a função =SEERRO(A1/B1;1), e depois clicou com o botão principal do mouse na alça de preenchimento da célula C1 e, sem soltar o botão do mouse, arrastou até a célula C5, quando, finalmente, soltou o botão principal do mouse.



Assinale a alternativa com o conteúdo, respectivamente, das células C1, C2, C3, C4 e C5.

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Q2566069 Noções de Informática
Tem-se a seguinte estrutura de pastas do Microsoft Windows 10, exibida no Explorador de Arquivos, ambos em sua configuração padrão, em dois momentos, ANTES e DEPOIS.


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Assinale a alternativa que indica o(s) passo(s) que deve(m) ser executado(s) para transformar a estrutura do momento ANTES para o momento DEPOIS.
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Q2566067 Matemática
O gráfico apresenta as quantidades de unidades de um produto A e de um produto B, que foram vendidas em um comércio, no segundo semestre de 2023:


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Em determinado mês, o acumulado de unidades vendidas do produto A, naquele semestre, igualou-se ao acumulado de unidades vendidas do produto B. O acumulado de unidades do produto B vendidas até o referido mês, correspondeu, do total de unidades vendidas do produto B no semestre, a
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Q2566058 Português
Leia um trecho do romance “A gorda”, da escritora portuguesa Isabela Figueiredo, para responder à questão.



Já estamos habituados a cães abandonados que vêm parar à nossa rua. O Bobi também viveu quase duas décadas no pátio das traseiras do prédio. Do alto do sexto andar víamo-lo acoitar-se debaixo dos carros, fugindo à chuva. A certa altura, o papá comprou-lhe uma casota de cimento, que a loja veio entregar. O Bobi era quase como se fosse nosso, mas vivia na rua. Alguma vizinhança assomou à janela e apreciou o feito do papá. Mas estamos no mundo e, como de costume, outros censuraram. Eu e o papá temos fama de proteger os animais. E é má. Reclamam que ladram, que podem morder e transmitem doenças. Que somos os culpados de não se irem embora porque os alimentamos. Nas nossas costas há sempre alguém a enxotá-los ou a magoá-los. Pessoas que se cruzam conosco fingindo ser do bem, mas nos impugnam pelas costas. Denunciam a presença do cão vadio à câmara e a carroça costuma aparecer de madrugada, com homens súbitos que procuram caçá-lo com redes. Quando não consegue escapar, o Bobi é levado para o canil municipal. Na manhã seguinte, eu e o papá deslocamonos ao canil e confirmamos a sua presença atrás das grades. Seguimos para a Câmara, pagamos a multa e voltamos para o resgatar. Fazemos o caminho a pé para casa, calmamente; ele ao nosso lado. O Bobi não entra em carros. Eu e o papá vamos-lhe pedindo que tenha cuidado com as doenças que as pessoas podem transmitir-lhe. Explicamos que a picada ou mordedura dos humanos é mortal. Embora nos ríamos da conversa que entabulamos, eu e o papá estamos fartos de gente.


(Isabela Figueiredo. “A gorda”. Editora Todavia, 2021. Adaptado)
A frase que segue a norma-padrão de regência e de emprego do sinal indicativo de crase se encontra em: 
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Q2566054 Português
Um filme revolucionário


    Para muitos, a época do Natal é o momento da suprema hipocrisia. Durante 24 horas, ou talvez 48, os sorrisos são forçados, os sentimentos são de plástico e a gentileza, se merece o nome, não consegue esconder completamente a profundidade do ressentimento contra amigos ou familiares.

   Mas será que os mortais ainda se lembram do sorriso franco, dos sentimentos limpos e de uma gentileza genuína? Será que sentem saudades?

    Para esses nostálgicos, aconselho o filme “A Menina Silenciosa”, de Colm Bairéad, inspirado no livro “Foster”, de Claire Keegan. É o meu filme do ano, para usar a linguagem gasta dos balanços jornalísticos.

   A história é simples, ou parece simples: Cáit (espantosa Catherine Clinch) é uma criança de nove anos que sobrevive (é o termo) numa família que a ignora e despreza. O seu método de sobrevivência é o silêncio, a quietude e a observação. Para usar uma palavra clássica, Cáit é uma “enjeitada”. A mãe é uma figura exausta e ausente. O pai alcoólatra tem a delicadeza própria das bestas. E as irmãs mais velhas são espectros sem rosto e sem voz.

    Mas então os pais, que esperam uma nova criança e não têm tempo para Cáit, decidem enviá-la para a casa de Eibhlín e Seán, familiares distantes, só para passar o verão, e a garota é assim levada para um ambiente estranho. Decisão milagrosa, pois eles acolhem-na e, logo nos primeiros momentos, entendemos que algo mudou. Uma diferença nos gestos, digamos assim. Gestos de quem cuida.

    Naquele verão, Cáit conhece essa coisa extraordinária: uma família, partilhando com ela as suas alegrias e tristezas, as suas rotinas, as suas conversas. Lentamente, a “menina silenciosa” vai saindo do seu casulo. “A Menina Silenciosa” é um filme revolucionário por tratar do mais revolucionário dos temas: a bondade humana.

     Não é uma daquelas virtudes mentirosas para ser exibida nas redes sociais e que apenas serve para alimentar a vaidade do suposto virtuoso. Também não é uma mera proclamação ideológica, abstrata, ideal, própria de quem ama a humanidade, mas despreza o ser humano comum.

      Como lembrava Emmanuel Levinas*, a bondade é uma virtude interpessoal. Ela só acontece face a face. A bondade nada exige, nada espera, nada impõe. É pura hospitalidade. É abertura e reconhecimento. E, como no filme, talvez seja um dia reciprocidade.


(João Pereira Coutinho. ‘A Menina Silenciosa’ é um filme revolucionário ao tratar da bondade humana. www.folha.uol.com.br/colunas, 22.12.2023. Adaptado)


*Emmanuel Levinas: filósofo francês (1906-1995)
A passagem destacada em – Naquele verão, Cáit conhece essa coisa extraordinária: uma família, partilhando com ela as suas alegrias e tristezas... (6o parágrafo) está reescrita de acordo com a norma-padrão na alternativa: 
Alternativas
Q2566050 Português
Um filme revolucionário


    Para muitos, a época do Natal é o momento da suprema hipocrisia. Durante 24 horas, ou talvez 48, os sorrisos são forçados, os sentimentos são de plástico e a gentileza, se merece o nome, não consegue esconder completamente a profundidade do ressentimento contra amigos ou familiares.

   Mas será que os mortais ainda se lembram do sorriso franco, dos sentimentos limpos e de uma gentileza genuína? Será que sentem saudades?

    Para esses nostálgicos, aconselho o filme “A Menina Silenciosa”, de Colm Bairéad, inspirado no livro “Foster”, de Claire Keegan. É o meu filme do ano, para usar a linguagem gasta dos balanços jornalísticos.

   A história é simples, ou parece simples: Cáit (espantosa Catherine Clinch) é uma criança de nove anos que sobrevive (é o termo) numa família que a ignora e despreza. O seu método de sobrevivência é o silêncio, a quietude e a observação. Para usar uma palavra clássica, Cáit é uma “enjeitada”. A mãe é uma figura exausta e ausente. O pai alcoólatra tem a delicadeza própria das bestas. E as irmãs mais velhas são espectros sem rosto e sem voz.

    Mas então os pais, que esperam uma nova criança e não têm tempo para Cáit, decidem enviá-la para a casa de Eibhlín e Seán, familiares distantes, só para passar o verão, e a garota é assim levada para um ambiente estranho. Decisão milagrosa, pois eles acolhem-na e, logo nos primeiros momentos, entendemos que algo mudou. Uma diferença nos gestos, digamos assim. Gestos de quem cuida.

    Naquele verão, Cáit conhece essa coisa extraordinária: uma família, partilhando com ela as suas alegrias e tristezas, as suas rotinas, as suas conversas. Lentamente, a “menina silenciosa” vai saindo do seu casulo. “A Menina Silenciosa” é um filme revolucionário por tratar do mais revolucionário dos temas: a bondade humana.

     Não é uma daquelas virtudes mentirosas para ser exibida nas redes sociais e que apenas serve para alimentar a vaidade do suposto virtuoso. Também não é uma mera proclamação ideológica, abstrata, ideal, própria de quem ama a humanidade, mas despreza o ser humano comum.

      Como lembrava Emmanuel Levinas*, a bondade é uma virtude interpessoal. Ela só acontece face a face. A bondade nada exige, nada espera, nada impõe. É pura hospitalidade. É abertura e reconhecimento. E, como no filme, talvez seja um dia reciprocidade.


(João Pereira Coutinho. ‘A Menina Silenciosa’ é um filme revolucionário ao tratar da bondade humana. www.folha.uol.com.br/colunas, 22.12.2023. Adaptado)


*Emmanuel Levinas: filósofo francês (1906-1995)
Segundo a descrição que o autor faz das personagens,
Alternativas
Q2566049 Português
Um filme revolucionário


    Para muitos, a época do Natal é o momento da suprema hipocrisia. Durante 24 horas, ou talvez 48, os sorrisos são forçados, os sentimentos são de plástico e a gentileza, se merece o nome, não consegue esconder completamente a profundidade do ressentimento contra amigos ou familiares.

   Mas será que os mortais ainda se lembram do sorriso franco, dos sentimentos limpos e de uma gentileza genuína? Será que sentem saudades?

    Para esses nostálgicos, aconselho o filme “A Menina Silenciosa”, de Colm Bairéad, inspirado no livro “Foster”, de Claire Keegan. É o meu filme do ano, para usar a linguagem gasta dos balanços jornalísticos.

   A história é simples, ou parece simples: Cáit (espantosa Catherine Clinch) é uma criança de nove anos que sobrevive (é o termo) numa família que a ignora e despreza. O seu método de sobrevivência é o silêncio, a quietude e a observação. Para usar uma palavra clássica, Cáit é uma “enjeitada”. A mãe é uma figura exausta e ausente. O pai alcoólatra tem a delicadeza própria das bestas. E as irmãs mais velhas são espectros sem rosto e sem voz.

    Mas então os pais, que esperam uma nova criança e não têm tempo para Cáit, decidem enviá-la para a casa de Eibhlín e Seán, familiares distantes, só para passar o verão, e a garota é assim levada para um ambiente estranho. Decisão milagrosa, pois eles acolhem-na e, logo nos primeiros momentos, entendemos que algo mudou. Uma diferença nos gestos, digamos assim. Gestos de quem cuida.

    Naquele verão, Cáit conhece essa coisa extraordinária: uma família, partilhando com ela as suas alegrias e tristezas, as suas rotinas, as suas conversas. Lentamente, a “menina silenciosa” vai saindo do seu casulo. “A Menina Silenciosa” é um filme revolucionário por tratar do mais revolucionário dos temas: a bondade humana.

     Não é uma daquelas virtudes mentirosas para ser exibida nas redes sociais e que apenas serve para alimentar a vaidade do suposto virtuoso. Também não é uma mera proclamação ideológica, abstrata, ideal, própria de quem ama a humanidade, mas despreza o ser humano comum.

      Como lembrava Emmanuel Levinas*, a bondade é uma virtude interpessoal. Ela só acontece face a face. A bondade nada exige, nada espera, nada impõe. É pura hospitalidade. É abertura e reconhecimento. E, como no filme, talvez seja um dia reciprocidade.


(João Pereira Coutinho. ‘A Menina Silenciosa’ é um filme revolucionário ao tratar da bondade humana. www.folha.uol.com.br/colunas, 22.12.2023. Adaptado)


*Emmanuel Levinas: filósofo francês (1906-1995)
Com base nas informações do texto, é correto afirmar que
Alternativas
Q2566039 Direito Civil
A respeito dos institutos da supressio e da proibição de comportamento contraditório (venire contra factum proprium), assinale a alternativa correta.
Alternativas
Q2566038 Direito Civil
A respeito do Direito das Obrigações, assinale a alternativa que está de acordo com o Código Civil.
Alternativas
Q2566032 Direito Administrativo
Considere que o Presidente da Câmara Municipal recebeu em seu gabinete o Secretário de Governo do Município X, para tratar de reportagens em que a imprensa denunciava os problemas dos serviços públicos que foram concedidos à iniciativa privada. O Presidente destacou que há uma percepção geral de que o grau de excelência prometido no momento em que os serviços foram concedidos não foi alcançado e que, embora as empresas estejam cumprindo rigorosamente as suas obrigações contratuais, a população não está satisfeita com a sua execução. As partes presentes na reunião chegam à conclusão de que os contratos devem ser encerrados por não atenderem ao interesse público.

Nessa situação hipotética, o assessor jurídico da Câmara Municipal presente na reunião, com base na Lei no 8.987/95, deverá declarar que a extinção dos contratos será feita por
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Q2566023 Noções de Informática
Marcelo preparou uma mensagem de correio eletrônico, inserindo Julia no campo Para, Angela no campo Cc e Pedro no campo Cco. Considerando que todos os usuários utilizam o Microsoft Outlook 2016, em sua configuração padrão, e que a mensagem foi enviada e recebida com sucesso, quando _______ clicar no botão Responder a todos, o Outlook irá preparar uma mensagem automática contendo _______ nos campos de destinatários.
Alternativas
Q2566015 Matemática
Em um terreno retangular, com lados medindo 22 m e 31m, será construído um pequeno galpão, também retangular, em que um lado tem 2 m a mais do que o outro, conforme representado na figura a seguir:

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Sabendo-se que, após a construção do galpão, o terreno deverá ter 619 m2 de área livre, ou seja, sem considerar a área ocupada pelo galpão, o perímetro do galpão deverá ser de
Alternativas
Q2566013 Matemática
A tabela apresenta o número total de unidades de certo produto, produzidas por uma empresa, e o número total de unidades reprovadas no controle de qualidade, nos três quadrimestres do ano anterior: 

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Com base nas informações apresentadas, pode-se corretamente afirmar que, no ano anterior, a média mensal de unidades produzidas e não reprovadas do referido produto pela empresa, foi de
Alternativas
Q2566006 Português
Leia um trecho do romance “A gorda”, da escritora portuguesa Isabela Figueiredo, para responder à questão.



Já estamos habituados a cães abandonados que vêm parar à nossa rua. O Bobi também viveu quase duas décadas no pátio das traseiras do prédio. Do alto do sexto andar víamo-lo acoitar-se debaixo dos carros, fugindo à chuva. A certa altura, o papá comprou-lhe uma casota de cimento, que a loja veio entregar. O Bobi era quase como se fosse nosso, mas vivia na rua. Alguma vizinhança assomou à janela e apreciou o feito do papá. Mas estamos no mundo e, como de costume, outros censuraram. Eu e o papá temos fama de proteger os animais. E é má. Reclamam que ladram, que podem morder e transmitem doenças. Que somos os culpados de não se irem embora porque os alimentamos. Nas nossas costas há sempre alguém a enxotá-los ou a magoá-los. Pessoas que se cruzam conosco fingindo ser do bem, mas nos impugnam pelas costas. Denunciam a presença do cão vadio à câmara e a carroça costuma aparecer de madrugada, com homens súbitos que procuram caçá-lo com redes. Quando não consegue escapar, o Bobi é levado para o canil municipal. Na manhã seguinte, eu e o papá deslocamonos ao canil e confirmamos a sua presença atrás das grades. Seguimos para a Câmara, pagamos a multa e voltamos para o resgatar. Fazemos o caminho a pé para casa, calmamente; ele ao nosso lado. O Bobi não entra em carros. Eu e o papá vamos-lhe pedindo que tenha cuidado com as doenças que as pessoas podem transmitir-lhe. Explicamos que a picada ou mordedura dos humanos é mortal. Embora nos ríamos da conversa que entabulamos, eu e o papá estamos fartos de gente.


(Isabela Figueiredo. “A gorda”. Editora Todavia, 2021. Adaptado)
Assinale a alternativa em que as frases apresentadas estão em conformidade com o sentido do texto. 
Alternativas
Q2566005 Português
Leia um trecho do romance “A gorda”, da escritora portuguesa Isabela Figueiredo, para responder à questão.



Já estamos habituados a cães abandonados que vêm parar à nossa rua. O Bobi também viveu quase duas décadas no pátio das traseiras do prédio. Do alto do sexto andar víamo-lo acoitar-se debaixo dos carros, fugindo à chuva. A certa altura, o papá comprou-lhe uma casota de cimento, que a loja veio entregar. O Bobi era quase como se fosse nosso, mas vivia na rua. Alguma vizinhança assomou à janela e apreciou o feito do papá. Mas estamos no mundo e, como de costume, outros censuraram. Eu e o papá temos fama de proteger os animais. E é má. Reclamam que ladram, que podem morder e transmitem doenças. Que somos os culpados de não se irem embora porque os alimentamos. Nas nossas costas há sempre alguém a enxotá-los ou a magoá-los. Pessoas que se cruzam conosco fingindo ser do bem, mas nos impugnam pelas costas. Denunciam a presença do cão vadio à câmara e a carroça costuma aparecer de madrugada, com homens súbitos que procuram caçá-lo com redes. Quando não consegue escapar, o Bobi é levado para o canil municipal. Na manhã seguinte, eu e o papá deslocamonos ao canil e confirmamos a sua presença atrás das grades. Seguimos para a Câmara, pagamos a multa e voltamos para o resgatar. Fazemos o caminho a pé para casa, calmamente; ele ao nosso lado. O Bobi não entra em carros. Eu e o papá vamos-lhe pedindo que tenha cuidado com as doenças que as pessoas podem transmitir-lhe. Explicamos que a picada ou mordedura dos humanos é mortal. Embora nos ríamos da conversa que entabulamos, eu e o papá estamos fartos de gente.


(Isabela Figueiredo. “A gorda”. Editora Todavia, 2021. Adaptado)
De acordo com o texto, pode-se concluir corretamente que
Alternativas
Respostas
4101: D
4102: A
4103: D
4104: E
4105: E
4106: A
4107: B
4108: C
4109: A
4110: E
4111: C
4112: D
4113: E
4114: E
4115: E
4116: A
4117: D
4118: D
4119: C
4120: D