Questões de Concurso

Foram encontradas 4.935 questões

Resolva questões gratuitamente!

Junte-se a mais de 4 milhões de concurseiros!

Ano: 2010 Banca: FADESP Órgão: PM-PA Prova: FADESP - 2010 - PM-PA - Médico veterinário |
Q2775704 Português

TEXTO 1 – QUESTÕES 01 a 06

Um país diante da barbárie

Marcelo O. Dantas

1 Em sua formulação clássica, o grego Aristóteles define “virtude” como a

2 capacidade de adotar posturas equilibradas diante de opções extremas e

3 radicalmente opostas. Longe de constituir mero expediente conciliador, este meio

4 termo requer do homem virtuoso lucidez e fibra, do contrário será incapaz de

5 sobrepor-se às forças dilacerantes da desrazão. Confrontado com a crise da

6 violência, nosso país ignora a lição e vai-se dividindo entre os que defendem o

7 recrudescimento das medidas repressivas e os que advogam a ampliação das

8 políticas sociais. Semelhante impasse, além de improdutivo, baseia-se numa falsa

9 antinomia. O combate ao crime e a promoção do bem-estar, quando

10 implementados de forma correta, são estratégias que se complementam e se

11 legitimam.

12 As políticas sociais – entendidas em seu aspecto mais amplo – atuam no

13 campo da profilaxia, oferecendo opções de vida ao cidadão adulto e ao jovem que

14 se forma. O sistema penal, por sua vez, visa dissuadir o indivíduo a cometer

15 crimes, ao mesmo tempo em que regula a punição dos infratores.

16 Desacompanhado de políticas sociais, semelhante sistema torna-se facilmente

17 instrumento de tirania e de perpetuação da desigualdade. Em contrapartida,

18 quando aplicadas em um ambiente de permissividade criminal e falência da

19 justiça, as políticas sociais perdem por completo sua capacidade de prevenir o

20 aumento da violência. Nos últimos anos, o Brasil avançou imensamente na área

21 social, e nem por isso a crise da segurança arrefeceu. Faltou à equação o poder

22 dissuasivo da lei.

http://nominimo.ig.com.br/notitia/servlet/newstorm.notitia.presentation.NavigationServlet?publicationCode=1&pageCode=15&text

Code=25468&date=currentDate&contentType=html

[com adaptações]

O enunciado que, sem perturbar a coerência do texto, poderia dar continuidade à oração “Faltou à equação o poder dissuasivo da lei” é

Alternativas
Ano: 2010 Banca: FADESP Órgão: PM-PA Prova: FADESP - 2010 - PM-PA - Médico veterinário |
Q2775699 Português

TEXTO 1 – QUESTÕES 01 a 06

Um país diante da barbárie

Marcelo O. Dantas

1 Em sua formulação clássica, o grego Aristóteles define “virtude” como a

2 capacidade de adotar posturas equilibradas diante de opções extremas e

3 radicalmente opostas. Longe de constituir mero expediente conciliador, este meio

4 termo requer do homem virtuoso lucidez e fibra, do contrário será incapaz de

5 sobrepor-se às forças dilacerantes da desrazão. Confrontado com a crise da

6 violência, nosso país ignora a lição e vai-se dividindo entre os que defendem o

7 recrudescimento das medidas repressivas e os que advogam a ampliação das

8 políticas sociais. Semelhante impasse, além de improdutivo, baseia-se numa falsa

9 antinomia. O combate ao crime e a promoção do bem-estar, quando

10 implementados de forma correta, são estratégias que se complementam e se

11 legitimam.

12 As políticas sociais – entendidas em seu aspecto mais amplo – atuam no

13 campo da profilaxia, oferecendo opções de vida ao cidadão adulto e ao jovem que

14 se forma. O sistema penal, por sua vez, visa dissuadir o indivíduo a cometer

15 crimes, ao mesmo tempo em que regula a punição dos infratores.

16 Desacompanhado de políticas sociais, semelhante sistema torna-se facilmente

17 instrumento de tirania e de perpetuação da desigualdade. Em contrapartida,

18 quando aplicadas em um ambiente de permissividade criminal e falência da

19 justiça, as políticas sociais perdem por completo sua capacidade de prevenir o

20 aumento da violência. Nos últimos anos, o Brasil avançou imensamente na área

21 social, e nem por isso a crise da segurança arrefeceu. Faltou à equação o poder

22 dissuasivo da lei.

http://nominimo.ig.com.br/notitia/servlet/newstorm.notitia.presentation.NavigationServlet?publicationCode=1&pageCode=15&text

Code=25468&date=currentDate&contentType=html

[com adaptações]

O enunciado que melhor sintetiza o pensamento do autor é

Alternativas
Ano: 2010 Banca: FADESP Órgão: PM-PA Prova: FADESP - 2010 - PM-PA - Médico veterinário |
Q2775535 Português

TEXTO 1 – QUESTÕES 01 a 06

Um país diante da barbárie

Marcelo O. Dantas

1 Em sua formulação clássica, o grego Aristóteles define “virtude” como a

2 capacidade de adotar posturas equilibradas diante de opções extremas e

3 radicalmente opostas. Longe de constituir mero expediente conciliador, este meio

4 termo requer do homem virtuoso lucidez e fibra, do contrário será incapaz de

5 sobrepor-se às forças dilacerantes da desrazão. Confrontado com a crise da

6 violência, nosso país ignora a lição e vai-se dividindo entre os que defendem o

7 recrudescimento das medidas repressivas e os que advogam a ampliação das

8 políticas sociais. Semelhante impasse, além de improdutivo, baseia-se numa falsa

9 antinomia. O combate ao crime e a promoção do bem-estar, quando

10 implementados de forma correta, são estratégias que se complementam e se

11 legitimam.

12 As políticas sociais – entendidas em seu aspecto mais amplo – atuam no

13 campo da profilaxia, oferecendo opções de vida ao cidadão adulto e ao jovem que

14 se forma. O sistema penal, por sua vez, visa dissuadir o indivíduo a cometer

15 crimes, ao mesmo tempo em que regula a punição dos infratores.

16 Desacompanhado de políticas sociais, semelhante sistema torna-se facilmente

17 instrumento de tirania e de perpetuação da desigualdade. Em contrapartida,

18 quando aplicadas em um ambiente de permissividade criminal e falência da

19 justiça, as políticas sociais perdem por completo sua capacidade de prevenir o

20 aumento da violência. Nos últimos anos, o Brasil avançou imensamente na área

21 social, e nem por isso a crise da segurança arrefeceu. Faltou à equação o poder

22 dissuasivo da lei.

http://nominimo.ig.com.br/notitia/servlet/newstorm.notitia.presentation.NavigationServlet?publicationCode=1&pageCode=15&text

Code=25468&date=currentDate&contentType=html

[com adaptações]

No texto “Um país diante da barbárie”, o propósito maior de Marcelo Dantas é

Alternativas
Q2770341 Português

Leia o texto abaixo e responda às questões propostas.

A liberdade chega aos morros

Ao fincar a bandeira do Brasil e a do Batalhão de Operações Especiais (Bope) numa laje que servia como QG de traficantes, um grupo de policiais da tropa de elite do Rio de Janeiro marcava, na semana passada, a retomada do poder em um conjunto de sete violentas favelas da Zona Norte - a maior operação dessa natureza já feita em morros cariocas. Ela é parte de um programa para estabelecer bases permanentes da polícia em áreas sob o jugo do tráfico, as chamadas Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs), que já devolveram ao estado o controle de territórios em catorze favelas. Nas mãos de criminosos por três décadas e palco de sangrentos confrontos entre policiais e traficantes, o Borel, o maior entre os morros ocupados na última quarta-feira, chamou atenção: enquanto os 280 PMs tomavam as vielas, não se ouviu ali um único tiro. Cena rara, ela é o retrato de uma ação planejada nos últimos seis meses, que envolveu o setor de inteligência da polícia e foi precedida de quatro operações menores, nas quais já haviam sido capturados traficantes como Bill do Borel, o chefão local. Além disso, o Secretário de Segurança, José Mariano Beltrame, decidiu tornar pública a operação, com o propósito declarado de provocar a debandada dos bandidos - o que de fato ocorreu. Daí só ter havido uma prisão. Justifica Beltrame: "Se estivessem lá, jamais conseguiríamos retomar o poder sobre territórios sem um banho de sangue".

Isso faz refletir sobre a real capacidade de o estado reaver o comando nos morros mais lucrativos para o tráfico que o Borel, de onde os bandidos evidentemente não querem sair. Diz Pedro Strozenberg, especialista em segurança pública: "A ocupação dessas favelas pelo poder público vai requerer muito mais homens e uma verdadeira estratégia de guerra, algo que não se viu até aqui". E o caso do Complexo do Alemão, também na Zona Norte, o maior conjunto de favelas do Rio, com 130 000 habitantes (justamente onde estão refugiados agora os traficantes do Borel, segundo a polícia). Estima-se que circulem por ali 300 bandidos armados com mais de uma centena de fuzis de guerra. Outra dificuldade em tomar o complexo das mãos dos traficantes diz respeito à sua intrincada geografia: entrecortado de morros acidentados que atingem quase 200 metros de altura e pontuado por centenas de vielas labirínticas, o Alemão impõe um grau de dificuldade à polícia que não se compara ao do Borel - mas é preciso que ela o ocupe.

A decisão do estado de retomar o controle das favelas cariocas rompe com a lógica da complacência e da frouxidão com a bandidagem, que contaminou as políticas de segurança pública do Rio nas últimas décadas. A atual experiência das UPPs reforça a ideia de que com planejamento e uma gestão a salvo de ingerências políticas, é possível, sim, combater a criminalidade. A ocupação das favelas pela polícia também ajuda a desconstruir o mito de que os bandidos ali encastelados compõem um grupo de criminosos tão organizados quanto invencíveis. Eles não o são. Quando o estado se impõe, os resultados se fazem notar - e a cidade como um todo se beneficia disso. Para se ter uma ideia, no entorno das áreas em que as UPPs foram implantadas, os imóveis se valorizaram até 300% em um ano e a frequência escolar subiu 30%. Avanços como esses em lugares tão pobres e violentos não deixam dúvida quanto à necessidade de que essa política seja permanente-e irreversível.

(FRANÇA, Ronaldo. Revista Veja, 05/05/2010.)

Em um dos trechos abaixo a palavra destacada foi empregada em sentido conotativo. Aponte-o.

Alternativas
Q2770337 Português

Leia o texto abaixo e responda às questões propostas.

A liberdade chega aos morros

Ao fincar a bandeira do Brasil e a do Batalhão de Operações Especiais (Bope) numa laje que servia como QG de traficantes, um grupo de policiais da tropa de elite do Rio de Janeiro marcava, na semana passada, a retomada do poder em um conjunto de sete violentas favelas da Zona Norte - a maior operação dessa natureza já feita em morros cariocas. Ela é parte de um programa para estabelecer bases permanentes da polícia em áreas sob o jugo do tráfico, as chamadas Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs), que já devolveram ao estado o controle de territórios em catorze favelas. Nas mãos de criminosos por três décadas e palco de sangrentos confrontos entre policiais e traficantes, o Borel, o maior entre os morros ocupados na última quarta-feira, chamou atenção: enquanto os 280 PMs tomavam as vielas, não se ouviu ali um único tiro. Cena rara, ela é o retrato de uma ação planejada nos últimos seis meses, que envolveu o setor de inteligência da polícia e foi precedida de quatro operações menores, nas quais já haviam sido capturados traficantes como Bill do Borel, o chefão local. Além disso, o Secretário de Segurança, José Mariano Beltrame, decidiu tornar pública a operação, com o propósito declarado de provocar a debandada dos bandidos - o que de fato ocorreu. Daí só ter havido uma prisão. Justifica Beltrame: "Se estivessem lá, jamais conseguiríamos retomar o poder sobre territórios sem um banho de sangue".

Isso faz refletir sobre a real capacidade de o estado reaver o comando nos morros mais lucrativos para o tráfico que o Borel, de onde os bandidos evidentemente não querem sair. Diz Pedro Strozenberg, especialista em segurança pública: "A ocupação dessas favelas pelo poder público vai requerer muito mais homens e uma verdadeira estratégia de guerra, algo que não se viu até aqui". E o caso do Complexo do Alemão, também na Zona Norte, o maior conjunto de favelas do Rio, com 130 000 habitantes (justamente onde estão refugiados agora os traficantes do Borel, segundo a polícia). Estima-se que circulem por ali 300 bandidos armados com mais de uma centena de fuzis de guerra. Outra dificuldade em tomar o complexo das mãos dos traficantes diz respeito à sua intrincada geografia: entrecortado de morros acidentados que atingem quase 200 metros de altura e pontuado por centenas de vielas labirínticas, o Alemão impõe um grau de dificuldade à polícia que não se compara ao do Borel - mas é preciso que ela o ocupe.

A decisão do estado de retomar o controle das favelas cariocas rompe com a lógica da complacência e da frouxidão com a bandidagem, que contaminou as políticas de segurança pública do Rio nas últimas décadas. A atual experiência das UPPs reforça a ideia de que com planejamento e uma gestão a salvo de ingerências políticas, é possível, sim, combater a criminalidade. A ocupação das favelas pela polícia também ajuda a desconstruir o mito de que os bandidos ali encastelados compõem um grupo de criminosos tão organizados quanto invencíveis. Eles não o são. Quando o estado se impõe, os resultados se fazem notar - e a cidade como um todo se beneficia disso. Para se ter uma ideia, no entorno das áreas em que as UPPs foram implantadas, os imóveis se valorizaram até 300% em um ano e a frequência escolar subiu 30%. Avanços como esses em lugares tão pobres e violentos não deixam dúvida quanto à necessidade de que essa política seja permanente-e irreversível.

(FRANÇA, Ronaldo. Revista Veja, 05/05/2010.)

O termo destacado em: "Além disso, o Secretário de Segurança, José Mariano Beltrame, decidiu tornar PÚBLICA a operação ... " exerce a seguinte função sintática:

Alternativas
Respostas
146: A
147: D
148: D
149: A
150: C