Questões de Concurso Sobre orações subordinadas adverbiais: causal, comparativa, consecutiva, concessiva, condicional... em português

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Q3300969 Português

Brasileiros já podem solicitar autorização de viagem para o Reino Unido 

Por Julia Buckley



(Disponível em: www.cnnbrasil.com.br/viagemegastronomia/viagem/brasileiros-ja-podem-solicitar-autorizacaode-viagem-para-reino-unido-veja-como/ – texto adaptado especialmente para esta prova)


Assinale a alternativa que poderia substituir o vocábulo “Embora” (l. 28) sem causar alterações significativas ao sentido original do trecho em que aparece.
Alternativas
Q3300919 Português
Texto I.


A Escrita 


A nossa civilização é marcada pela linguagem gráfica. A escrita domina a nossa vida; é uma instituição social tão forte quanto a nação e o Estado. Nossa cultura é basicamente uma cultura de livros. Pela escrita acumulamos conhecimentos, transmitimos ideias, fixamos nossa cultura.

Nossas religiões derivam de livros: o islamismo vem do Corão, escrito por Maomé; os Dez Mandamentos de Moisés foi um livro escrito em pedra. Nosso cristianismo está contido em um livro, a Bíblia. É a cartilha, é o livro escolar, é a literatura expressa graficamente, é o jornal. Mesmo a televisão – e mais do que ela o cinema – lança mão dos recursos da linguagem escrita (legenda) para facilitar a comunicação.

Na engrenagem da sociedade moderna, a comunicação escrita senta-se em trono. São as certidões, os atestados, os relatórios, são os diplomas. O documento é basicamente um documento gráfico, e a simples expressão gráfica vale mais do que todas as evidências.

Numa quase caricatura podemos dizer que o atestado de óbito é mais importante que o cadáver, o diploma mais do que a habilitação. Sem a linguagem escrita é praticamente impossível a existência no seio da civilização. O analfabeto é um pária que não se comunica com o mundo, não influi e pouco é influenciado. 


AMARAL VIEIRA, R. A. O futuro da comunicação. Ed. Achiame. 1981. 
Leia o trecho a seguir.

“Mesmo a televisão – e mais do que ela o cinema – lança mão dos recursos da linguagem escrita (legenda) para facilitar a comunicação.”

As orações subordinadas do período acima devem ser classificadas corretamente como 
Alternativas
Q3300507 Português
Acordar com o barulho do despertador pode ser o motivo do seu estresse todos os dias


Por Elissandra Silva






(Disponível em: https://www.minhavida.com.br/materias/materia-25608 – texto adaptado especialmente para esta prova).
A palavra “Embora” (l. 18) apresenta um sentido de:
Alternativas
Q3299889 Português
Assinale a alternativa que poderia substituir o vocábulo “Embora” (l. 28) sem causar alterações significativas ao sentido original do trecho em que aparece.
Alternativas
Q3298335 Português

Leia o Texto 2 para responder à questão.


Texto 2


                        Guerra


Guerra é esforço, é inquietude, é ânsia, é transporte...

É a dramatização sangrenta e dura

Da avidez com que o Espírito procura

Ser perfeito, ser máximo, ser forte!


É a Subconsciência que se transfigura

Em volição conflagradora... É a coorte

Das raças todas, que se entrega à morte

Para a felicidade da Criatura!


É a obsessão de ver sangue, é o instinto horrendo

De subir, na ordem cósmica, descendo

À irracionalidade primitiva...


É a Natureza que, no seu arcano,

Precisa de encharcar-se em sangue humano

Para mostrar aos homens que está viva!


ANJOS, Augusto dos. Eu e outras poesias. 42. ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1998. p. 63.

No texto, a sentença “Para mostrar aos homens que está viva!” possui, com a sentença anterior, uma relação sintática e semântica de 
Alternativas
Q3296793 Português
Considere a estrutura: “Embora estivesse cansado, ele continuou trabalhando.” Podemos afirmar que:
Alternativas
Q3296612 Português
No período:

“Eles apresentaram críticas contundentes, mas o comitê não as aceitou, porque acreditava na consistência do projeto.”

Sobre a classificação das orações introduzidas pelos conectivos sublinhados, é correto afirmar:
Alternativas
Q3295973 Português

Antes de responder à questão, leia o texto a seguir:



Nostalgia: nossas memórias se tornaram um produto?



Ana Luiza Pires

Lucas Mascarenhas de Miranda



      Você já se pegou pensando nos 'bons e velhos tempos'? Já assistiu a um desenho antigo ou ouviu uma música que marcou sua infância? Já visitou a casa de um ente querido que não via há anos ou encontrou fotos da sua infância e de lugares em que nunca mais esteve? Essas situações costumam nos provocar um sentimento muito diferente, chamado de nostalgia. E engana-se quem pensa que ele está ligado apenas a lembranças de momentos especiais que vivemos na nossa vida. A nostalgia pode nos conectar até a épocas que sequer vivemos e a experiências que nunca tivemos, mas que, de alguma forma, nos tocam profundamente. Mas de onde vem essa sensação? O que significa 'sentir nostalgia'?


    Em 1688, o médico suíço Johannes Hofer ( 1669-1752) identificou uma doença misteriosa que se apresentava como uma saudade patológica de casa e levava a diversos sintomas físicos e mentais. E foi da junção das palavras do grego antigo nóstos ('regresso ao lar') e álgos ('dor' ou 'sofrimento') que nasceu o tem10 'nostalgia'.


   Soldados que iam para guerras, jovens que deixavam seus lares para estudar fora, indivíduos escravizados que eram arrancados de suas terras, muitas foram as pessoas diagnosticadas e até vitimadas pela nostalgia.


    Com o tempo, o significado do termo foi se modificando até chegar a esse sentimento que conhecemos hoje, uma espécie de saudade de épocas passadas, de momentos vividos ou não, mas que nos parecem familiares e nos tocam. A forma como entendemos a nostalgia mudou tanto ao longo dos séculos que hoje muitos a enxergam como um sentimento potencialmente bom, que desencadeia emoções boas.


    E se a nostalgia é algo bom e nos afeta tanto, ela se toma um poderoso meio de acessar nossos sentimentos e influenciar nossas decisões.


     O uso de memórias afetivas em filmes e séries se tornou uma prática comum e, mais do que isso, uma poderosa estratégia para atrair público e aumentar vendas, ao explorar o vínculo emocional que as pessoas têm com o passado.


    Você já ouviu falar em remake, reboot ou revival? Eles nos ajudam a entender como algumas obras despertam tanto nosso interesse, especialmente quando envolvem nossas memórias ou reinterpretações de histórias que já conhecemos.


    Um remake é uma nova versão de uma obra já existente, mas com a mesma história. Os remakes podem trazer novas abordagens, novos elementos, mudanças de elenco, mas sem mudanças significativas no enredo. Já o reboot é uma obra que reinicia uma história, desconsiderando versões anteriores e trazendo mudanças expressivas, mas resgatando o universo e os personagens. Por fim, o revival acontece quando uma série ou franquia retorna com uma continuação direta, mesmo após ter sido considerada finalizada. 


     Essas três formas de adaptar histórias já contadas estão presentes em várias iniciativas, trazendo de volta grandes sucessos da TV e do cinema e até atores e atrizes que marcaram épocas e fizeram parte da vida de uma geração inteira.


    Um exemplo notável é a atriz Winona Ryder, que, após se destacar nas telas nos anos 1980 e 1990, voltou ao estrelato em 2016 com a série Stranger things, que revive a estética dos anos I980, conquistando tanto os fãs daquela época quanto uma nova geração de espectadores.


    Diversas outras séries originais também buscam resgatar memórias, apresentando histórias ambientadas em períodos passados e reavivando a estética, a narrativa e o contexto vivido naquele tempo. O apelo à nostalgia nas mídias é uma forma de garantia de retomo econômico que atravessa gerações, atraindo tanto quem viveu aquele período quanto novos públicos.


     Na TV aberta nacional, essa tendência se manifesta há anos em remakes de grandes novelas, mas podemos citar exemplos atuais como Pantanal e Renascer. Em 2025, a telenovela Êta mundo bom! (20162017) ganhará uma continuidade, algo incomum de se ver na televisão. Em 2024, vimos as continuações de dois grandes sucessos dos anos 2000: o filme O auto da compadecida 2 e a série Cidade de Deus: a luta não para.


    Na indústria norte-americana, também temos vários exemplos de adaptações de obras consagradas, como o recente lançamento do filme Wicked, que mostra a história não contada das bruxas do clássico O mágico de Oz, e o reboot da saga Harry Potter, previsto para ser lançado em 2026 e que contou com testes de mais de 32 mil crianças para compor o trio de ouro na nova versão da história.


      Embora reboots, remakes e revivals não sejam novidade, é notável que a indústria do entretenimento tem investido cada vez mais em adaptações de títulos já conhecidos. E um dos motivos, além do fato de ser uma ótima estratégia comercial, são as crescentes possibilidades que a tecnologia nos oferece de preservar a memória e acessar obras antigas.


    Um marco importante para o audiovisual foi o surgimento das fitas de vídeo na década de 1950, o que mudou completamente a programação televisiva. Antes dessa inovação, todos os programas eram transmitidos ao vivo. Os artistas e a equipe técnica precisavam executar tudo em tempo real, o que significava que qualquer erro se tornava parte da transmissão. Além disso, os canais não tinham conteúdo suficiente para preencher todos os horários.


     Com as fitas, os programas passaram a ser gravados, editados e exibidos posteriormente, o que abriu novas possibilidades criativas. Essa mudança não só facilitou a exibição de reprises, mas também permitiu que novas gerações tivessem acesso a programas clássicos, resgatando conteúdos do passado.


     Hoje, com a digitalização de arquivos e a popularização das plataformas de streaming e das redes sociais, o passado está mais acessível do que nunca nas mídias digitais. Isso torna a nostalgia uma ferramenta poderosa não apenas por mexer com nossas emoções, mas também por atingir um número cada vez maior de pessoas.

     Nesse cenário, o serviço de streaming Netflix se destaca por ser pioneiro no formato e, principalmente, por explorar a nostalgia de forma estratégica, com um vasto catálogo de produções que usam a memória para criar conexões emocionais com o público. Mas, afinal, quais são essas estratégias?


     A Netflix nasceu em 1997 como um serviço de aluguel de filmes e revolucionou o mercado ao criar um modelo de assinatura mensal, sem multas por atraso. A plataforma foi a primeira a lançar o serviço de streaming e, não à toa, se tornou uma das mais populares do mundo, disponível em mais de 190 países.


   Por muito tempo, fomos limitados pelos horários da grade da TV para assistir aos nossos programas favoritos, sendo necessário esperar por um horário específico para ver aquele filme ou novela que tanto desejávamos. Mas o formato on demand (sob demanda) dos streamings nos deu o poder de assistir aos conteúdos a qualquer momento e em qualquer lugar.


    Em 2012, a Netflix começou a investir em produções originais e a experimentar novas estratégias para ampliar seu público. Nesses lançamentos, a nostalgia começou a se destacar como uma ferramenta poderosa, trazendo impactos positivos nos números e nas críticas.


   Usando a nostalgia como uma de suas principais estratégias mercadológicas, a plataforma produziu adaptações e continuações de séries clássicas, bem como obras originais ambientadas em épocas marcantes para diversas gerações. A série Gilmore girls, por exemplo, foi transmitida originalmente pelo canal The CW entre 2000 e 2007 e, em 2016, ganhou um reviva! pela Netflix, que retomou a história das personagens dez anos após os eventos da última temporada.


    No cenário brasileiro, a série De volta aos 15 apresenta um retrato fiel dos anos 2000 e suas peculiaridades. A produção resgata elementos que marcaram a vida de toda uma geração, como as roupas características da época, os hits musicais que estavam no topo das paradas e a popularização dos blogues.


    Um dos casos de maior sucesso recente da plataforma é a série Stranger things. Com sua ambientação nos anos 1980, repleta de referências culturais da época, desde cenários e figurinos até músicas e quadrinhos, a produção homenageia clássicos do cinema, jogos de RPG e outros elementos.


    E o efeito da nostalgia é tão poderoso que até jovens que não viveram os anos 1980 experimentam um sentimento nostálgico, uma espécie de saudade do que não viveram. O poder financeiro dessa ferramenta pode ser percebido pela quantidade de produtos licenciados que fazem referência ao universo da série, pelas lojas temáticas, pelos jogos, pelas exposições interativas ao redor do mundo e pelo sucesso repentino e estrondoso da música 'Running up that hill ', de Kate Bush. Após ser usada em uma das cenas mais memoráveis de um episódio da quarta temporada (2022), a canção voltou às paradas, impulsionando um renascimento da música dos anos 1980 e levando o álbum de Kate Bush a um novo sucesso, 37 anos após seu lançamento.


     Pode ser complexo tentar explicar, sob a ótica da psicologia, como a nostalgia é capaz de afetar nossos sentimentos e nos tornar mais suscetíveis ao consumo. Mas, quando olhamos apenas para os seus efeitos, fica evidente que esse poder existe e vem sendo muito utilizado. E não apenas a Netflix e os demais streamings se valem da nostalgia. Diversas produções, seja na TV, seja no cinema e em outras mídias, têm explorado essa ferramenta de forma magistral, utilizando remakes, reboots e revivals para conquistar tanto gerações mais velhas quanto o público jovem, que se vê imerso em narrativas e estéticas de tempos passados.


     Essa conexão entre o passado e o presente e essa transformação da memória em mercadoria mostram como as emoções humanas, especialmente a saudade e o apego, são constantemente manipuladas em um mercado cada vez mais orientado para a experiência.


    A nostalgia, mais do que um simples sentimento, tornou-se um dos pilares da cultura contemporânea, demonstrando que, de fato, o passado não apenas vive em nossa memória, mas também se reinventa a cada nova geração, se materializa em produtos e, acima de tudo, se vende.



Adaptado de: https://cienciahoje.org.br/a1tigo/nostalgia-nossas-memorias-se-tornaram-um-produto/




Considere as asserções a respeito da função desempenhada pela palavra "que" nas orações a seguir:

I. "Já visitou a casa de um ente querido que não via há anos[ ... ]?" -pronome relativo;
II. "O que significa 'sentir nostalgia'?" - conjunção subordinativa integrante;
III.  "A forma como entendemos a nostalgia mudou tanto ao longo dos séculos que hoje muitos a enxergam como um sentimento potencialmente bom[ ... ]" -conjunção subordinativa consecutiva;
lV.  "É notável que a indústria do entretenimento tem investido cada vez mais em adaptações de títulos já conhecidos." - conjunção subordinativa integrante.

Estão corretas:
Alternativas
Q3295972 Português

Antes de responder à questão, leia o texto a seguir:



Nostalgia: nossas memórias se tornaram um produto?



Ana Luiza Pires

Lucas Mascarenhas de Miranda



      Você já se pegou pensando nos 'bons e velhos tempos'? Já assistiu a um desenho antigo ou ouviu uma música que marcou sua infância? Já visitou a casa de um ente querido que não via há anos ou encontrou fotos da sua infância e de lugares em que nunca mais esteve? Essas situações costumam nos provocar um sentimento muito diferente, chamado de nostalgia. E engana-se quem pensa que ele está ligado apenas a lembranças de momentos especiais que vivemos na nossa vida. A nostalgia pode nos conectar até a épocas que sequer vivemos e a experiências que nunca tivemos, mas que, de alguma forma, nos tocam profundamente. Mas de onde vem essa sensação? O que significa 'sentir nostalgia'?


    Em 1688, o médico suíço Johannes Hofer ( 1669-1752) identificou uma doença misteriosa que se apresentava como uma saudade patológica de casa e levava a diversos sintomas físicos e mentais. E foi da junção das palavras do grego antigo nóstos ('regresso ao lar') e álgos ('dor' ou 'sofrimento') que nasceu o tem10 'nostalgia'.


   Soldados que iam para guerras, jovens que deixavam seus lares para estudar fora, indivíduos escravizados que eram arrancados de suas terras, muitas foram as pessoas diagnosticadas e até vitimadas pela nostalgia.


    Com o tempo, o significado do termo foi se modificando até chegar a esse sentimento que conhecemos hoje, uma espécie de saudade de épocas passadas, de momentos vividos ou não, mas que nos parecem familiares e nos tocam. A forma como entendemos a nostalgia mudou tanto ao longo dos séculos que hoje muitos a enxergam como um sentimento potencialmente bom, que desencadeia emoções boas.


    E se a nostalgia é algo bom e nos afeta tanto, ela se toma um poderoso meio de acessar nossos sentimentos e influenciar nossas decisões.


     O uso de memórias afetivas em filmes e séries se tornou uma prática comum e, mais do que isso, uma poderosa estratégia para atrair público e aumentar vendas, ao explorar o vínculo emocional que as pessoas têm com o passado.


    Você já ouviu falar em remake, reboot ou revival? Eles nos ajudam a entender como algumas obras despertam tanto nosso interesse, especialmente quando envolvem nossas memórias ou reinterpretações de histórias que já conhecemos.


    Um remake é uma nova versão de uma obra já existente, mas com a mesma história. Os remakes podem trazer novas abordagens, novos elementos, mudanças de elenco, mas sem mudanças significativas no enredo. Já o reboot é uma obra que reinicia uma história, desconsiderando versões anteriores e trazendo mudanças expressivas, mas resgatando o universo e os personagens. Por fim, o revival acontece quando uma série ou franquia retorna com uma continuação direta, mesmo após ter sido considerada finalizada. 


     Essas três formas de adaptar histórias já contadas estão presentes em várias iniciativas, trazendo de volta grandes sucessos da TV e do cinema e até atores e atrizes que marcaram épocas e fizeram parte da vida de uma geração inteira.


    Um exemplo notável é a atriz Winona Ryder, que, após se destacar nas telas nos anos 1980 e 1990, voltou ao estrelato em 2016 com a série Stranger things, que revive a estética dos anos I980, conquistando tanto os fãs daquela época quanto uma nova geração de espectadores.


    Diversas outras séries originais também buscam resgatar memórias, apresentando histórias ambientadas em períodos passados e reavivando a estética, a narrativa e o contexto vivido naquele tempo. O apelo à nostalgia nas mídias é uma forma de garantia de retomo econômico que atravessa gerações, atraindo tanto quem viveu aquele período quanto novos públicos.


     Na TV aberta nacional, essa tendência se manifesta há anos em remakes de grandes novelas, mas podemos citar exemplos atuais como Pantanal e Renascer. Em 2025, a telenovela Êta mundo bom! (20162017) ganhará uma continuidade, algo incomum de se ver na televisão. Em 2024, vimos as continuações de dois grandes sucessos dos anos 2000: o filme O auto da compadecida 2 e a série Cidade de Deus: a luta não para.


    Na indústria norte-americana, também temos vários exemplos de adaptações de obras consagradas, como o recente lançamento do filme Wicked, que mostra a história não contada das bruxas do clássico O mágico de Oz, e o reboot da saga Harry Potter, previsto para ser lançado em 2026 e que contou com testes de mais de 32 mil crianças para compor o trio de ouro na nova versão da história.


      Embora reboots, remakes e revivals não sejam novidade, é notável que a indústria do entretenimento tem investido cada vez mais em adaptações de títulos já conhecidos. E um dos motivos, além do fato de ser uma ótima estratégia comercial, são as crescentes possibilidades que a tecnologia nos oferece de preservar a memória e acessar obras antigas.


    Um marco importante para o audiovisual foi o surgimento das fitas de vídeo na década de 1950, o que mudou completamente a programação televisiva. Antes dessa inovação, todos os programas eram transmitidos ao vivo. Os artistas e a equipe técnica precisavam executar tudo em tempo real, o que significava que qualquer erro se tornava parte da transmissão. Além disso, os canais não tinham conteúdo suficiente para preencher todos os horários.


     Com as fitas, os programas passaram a ser gravados, editados e exibidos posteriormente, o que abriu novas possibilidades criativas. Essa mudança não só facilitou a exibição de reprises, mas também permitiu que novas gerações tivessem acesso a programas clássicos, resgatando conteúdos do passado.


     Hoje, com a digitalização de arquivos e a popularização das plataformas de streaming e das redes sociais, o passado está mais acessível do que nunca nas mídias digitais. Isso torna a nostalgia uma ferramenta poderosa não apenas por mexer com nossas emoções, mas também por atingir um número cada vez maior de pessoas.

     Nesse cenário, o serviço de streaming Netflix se destaca por ser pioneiro no formato e, principalmente, por explorar a nostalgia de forma estratégica, com um vasto catálogo de produções que usam a memória para criar conexões emocionais com o público. Mas, afinal, quais são essas estratégias?


     A Netflix nasceu em 1997 como um serviço de aluguel de filmes e revolucionou o mercado ao criar um modelo de assinatura mensal, sem multas por atraso. A plataforma foi a primeira a lançar o serviço de streaming e, não à toa, se tornou uma das mais populares do mundo, disponível em mais de 190 países.


   Por muito tempo, fomos limitados pelos horários da grade da TV para assistir aos nossos programas favoritos, sendo necessário esperar por um horário específico para ver aquele filme ou novela que tanto desejávamos. Mas o formato on demand (sob demanda) dos streamings nos deu o poder de assistir aos conteúdos a qualquer momento e em qualquer lugar.


    Em 2012, a Netflix começou a investir em produções originais e a experimentar novas estratégias para ampliar seu público. Nesses lançamentos, a nostalgia começou a se destacar como uma ferramenta poderosa, trazendo impactos positivos nos números e nas críticas.


   Usando a nostalgia como uma de suas principais estratégias mercadológicas, a plataforma produziu adaptações e continuações de séries clássicas, bem como obras originais ambientadas em épocas marcantes para diversas gerações. A série Gilmore girls, por exemplo, foi transmitida originalmente pelo canal The CW entre 2000 e 2007 e, em 2016, ganhou um reviva! pela Netflix, que retomou a história das personagens dez anos após os eventos da última temporada.


    No cenário brasileiro, a série De volta aos 15 apresenta um retrato fiel dos anos 2000 e suas peculiaridades. A produção resgata elementos que marcaram a vida de toda uma geração, como as roupas características da época, os hits musicais que estavam no topo das paradas e a popularização dos blogues.


    Um dos casos de maior sucesso recente da plataforma é a série Stranger things. Com sua ambientação nos anos 1980, repleta de referências culturais da época, desde cenários e figurinos até músicas e quadrinhos, a produção homenageia clássicos do cinema, jogos de RPG e outros elementos.


    E o efeito da nostalgia é tão poderoso que até jovens que não viveram os anos 1980 experimentam um sentimento nostálgico, uma espécie de saudade do que não viveram. O poder financeiro dessa ferramenta pode ser percebido pela quantidade de produtos licenciados que fazem referência ao universo da série, pelas lojas temáticas, pelos jogos, pelas exposições interativas ao redor do mundo e pelo sucesso repentino e estrondoso da música 'Running up that hill ', de Kate Bush. Após ser usada em uma das cenas mais memoráveis de um episódio da quarta temporada (2022), a canção voltou às paradas, impulsionando um renascimento da música dos anos 1980 e levando o álbum de Kate Bush a um novo sucesso, 37 anos após seu lançamento.


     Pode ser complexo tentar explicar, sob a ótica da psicologia, como a nostalgia é capaz de afetar nossos sentimentos e nos tornar mais suscetíveis ao consumo. Mas, quando olhamos apenas para os seus efeitos, fica evidente que esse poder existe e vem sendo muito utilizado. E não apenas a Netflix e os demais streamings se valem da nostalgia. Diversas produções, seja na TV, seja no cinema e em outras mídias, têm explorado essa ferramenta de forma magistral, utilizando remakes, reboots e revivals para conquistar tanto gerações mais velhas quanto o público jovem, que se vê imerso em narrativas e estéticas de tempos passados.


     Essa conexão entre o passado e o presente e essa transformação da memória em mercadoria mostram como as emoções humanas, especialmente a saudade e o apego, são constantemente manipuladas em um mercado cada vez mais orientado para a experiência.


    A nostalgia, mais do que um simples sentimento, tornou-se um dos pilares da cultura contemporânea, demonstrando que, de fato, o passado não apenas vive em nossa memória, mas também se reinventa a cada nova geração, se materializa em produtos e, acima de tudo, se vende.



Adaptado de: https://cienciahoje.org.br/a1tigo/nostalgia-nossas-memorias-se-tornaram-um-produto/




Analise o período:

"Embora reboots, remakes e revivals não sejam novidade, é notável que a indústria do entretenimento tem investido cada vez mais em adaptações de títulos já conhecidos."

A oração iniciada pela conjunção "embora" classifica-se como:
Alternativas
Q3295704 Português
Trump faz ofensiva para redesenhar América Latina como 'quintal' dos EUA

Um país transformado em uma prisão para deportados dos EUA. Outro chantageado para romper compromissos com a China e um governo pressionado a fechar um pacto de defesa para assegurar a operação de uma petroleira americana. Isso sem contar com a decisão de rebatizar o Golfo do México, nome que designa uma região há mais de 300 anos. Em apenas dois meses no governo, Donald Trump lançou uma verdadeira ofensiva para redesenhar a América Latina como “quintal” dos EUA e frear a ofensiva da China na região.

Abandonado por diversas administrações americanas, o continente passou a ser um foco da expansão chinesa. Em dez anos, o presidente Xi Jinping fez dez viagens pela região e transformou grande parte do hemisfério Sul em um aliado comercial. Não por acaso, num gesto pouco comum na diplomacia americana, o secretário de Estado, Marco Rubio, fez duas viagens para a região latino-americana em apenas dois meses no cargo. Filho de cubanos exilados nos EUA, Rubio admitiu que nem sempre os americanos tiveram o que oferecer para a região. Mas prometeu que, desta vez, será diferente. 

A questão da falta de uma estratégia americana para a América Latina foi alvo de uma conversa de enviados do Itamaraty aos EUA, antes mesmo da eleição de Donald Trump. Os diplomatas brasileiros ouviram da equipe do republicano que a meta era impedir a expansão chinesa na região. Mas tiveram de reconhecer que o avanço de Pequim ocorre, acima de tudo, por conta da ausência de uma agenda positiva por parte dos americanos. Trump, ao assumir, decidiu que era o momento justamente de adotar essa estratégia, ainda que com variações importantes. Quem estiver ao lado dos EUA terá algum benefício. Mas aqueles que optarem por não se alinhar, principalmente os países menores, sofrerão consequências. (Jamil Chade, com adaptações)
[Questão Inédita] Trump, ao assumir, decidiu que era o momento justamente de adotar essa estratégia, ainda que com variações importantes. (3º parágrafo)
A expressão em destaque traz o sentido de:
Alternativas
Q3289910 Português

Leia o texto a seguir:


Rússia anuncia vacina contra o câncer, e prevê distribuição gratuita em 2025


Avanço tecnológico inclui mRNA e vírus oncolíticos desenvolvidos por centros de pesquisa russos


    A Rússia anunciou o desenvolvimento de uma vacina mRNA contra o câncer, que será disponibilizada gratuitamente aos pacientes no país. Segundo o diretor-geral do Centro Nacional de Pesquisa Radiológica do Ministério da Saúde da Rússia, Andrey Kaprin, o lançamento para uso geral está previsto para o início de 2025. A informação foi divulgada pela agência estatal TASS nesta semana.

    O desenvolvimento é resultado de esforços conjuntos entre centros de pesquisa, incluindo o Centro Nacional de Pesquisa em Epidemiologia e Microbiologia Gamaleya. De acordo com Alexander Gintsburg, diretor do Gamaleya, os testes pré-clínicos da vacina já demonstraram eficácia na supressão do desenvolvimento de tumores e no potencial controle de metástases.

    A abordagem mRNA utiliza a análise genética individual para criar vacinas personalizadas que programam o sistema imunológico a identificar e destruir células cancerígenas. Esse método analisa o perfil mutacional do tumor (neoantígenos) e projeta vacinas direcionadas, permitindo um combate específico a cada tipo de tumor.

    Além disso, o país estuda uma frente de vacinas oncolítica chamada de EnteroMix, desenvolvida em colaboração com o Instituto Engelhardt. Ela utiliza um conjunto de quatro vírus não patogênicos capazes de destruir células malignas e, ao mesmo tempo, ativar a imunidade antitumoral do paciente. De acordo com o Centro Nacional de Pesquisa Radiológica, os estudos pré-clínicos do EnteroMix já foram concluídos, confirmando sua segurança e eficácia.

    Os cientistas russos informam que os testes clínicos e o recrutamento de pacientes para as fases iniciais do EnteroMix começarão entre o final de 2024 e o início de 2025. Enquanto isso, a vacina mRNA avança para os testes finais de eficácia e deve ser liberada ao público em 2025.



Fonte: https://www.jb.com.br/mundo/2024/12/1053478-russia-anuncia-vacinacontra-o-cancer-e-preve-distribuicao-gratuita-em-2025.html. Acesso em 27/12/2024

“Esse método analisa o perfil mutacional do tumor (neoantígenos) e projeta vacinas direcionadas, permitindo um combate específico a cada tipo de tumor” (3º parágrafo). A oração destacada veicula um determinado efeito de sentido, que é o de:
Alternativas
Ano: 2025 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: EMBRAPA Provas: CESPE / CEBRASPE - 2025 - EMBRAPA - Técnico - Área: Gestão da Informação - Subárea: Tecnologia da Informação | CESPE / CEBRASPE - 2025 - EMBRAPA - Técnico - Área: Gestão de Pessoas - Subárea: Segurança e Saúde do Trabalho | CESPE / CEBRASPE - 2025 - EMBRAPA - Técnico – Área: Laboratório E Campos Experimentais – Subárea: Bioquímica E Biologia Molecular | CESPE / CEBRASPE - 2025 - EMBRAPA - Técnico – Área: Laboratório E Campos Experimentais – Subárea: Laboratório | CESPE / CEBRASPE - 2025 - EMBRAPA - Técnico – Área: Laboratório E Campos Experimentais – Subárea: Manejo Animal | CESPE / CEBRASPE - 2025 - EMBRAPA - Técnico – Área: Laboratório E Campos Experimentais – Subárea: Manejo Florestal | CESPE / CEBRASPE - 2025 - EMBRAPA - Técnico – Área: Laboratório E Campos Experimentais – Subárea: Manejo Vegetal | CESPE / CEBRASPE - 2025 - EMBRAPA - Técnico – Área: Mecânica – Subárea: Mecânica De Precisão | CESPE / CEBRASPE - 2025 - EMBRAPA - Técnico – Área: Suprimento, Manutenção E Serviços – Subárea: Aquicultura | CESPE / CEBRASPE - 2025 - EMBRAPA - Técnico – Área: Orçamento E Finanças – Subárea: Contabilidade | CESPE / CEBRASPE - 2025 - EMBRAPA - Técnico – Área: Suprimento, Manutenção E Serviços – Subárea: Ativos Patrimoniais E Imobiliários | CESPE / CEBRASPE - 2025 - EMBRAPA - Técnico – Área: Suprimento, Manutenção E Serviços – Subárea: Monitoramento Preditivo | CESPE / CEBRASPE - 2025 - EMBRAPA - Técnico – Área: Suprimento, Manutenção E Serviços – Subárea: Novas Tecnologias | CESPE / CEBRASPE - 2025 - EMBRAPA - Técnico – Área: Suprimento, Manutenção E Serviços – Subárea: Suporte À Gestão | CESPE / CEBRASPE - 2025 - EMBRAPA - Técnico – Área: Transferência De Tecnologia E Comunicação – Subárea: Técnico Audiovisual |
Q3288754 Português

Texto CG1A1        


        Duas ideias recentes que considerei fantásticas fizeram-me refletir sobre o conceito de sustentabilidade. A primeira foi de uma entrevista com Don Tapscott, um dos mais respeitados estudiosos do impacto das tecnologias nas empresas e na sociedade, autor e coautor de 14 livros. Na entrevista, ele afirma que a Internet não muda o que aprendemos, mas o modo como aprendemos — e o impacto dessa revolução terá a mesma intensidade que a invenção dos tipos móveis de Gutenberg: “Não vivemos na era da informação. Estamos na era da colaboração. A era da inteligência conectada”.


        A segunda ideia é da empresária americana Lisa Ganski, fundadora de várias empresas na Internet. Em sua ousada teoria, ela defende que o futuro dos negócios é o compartilhamento de produtos e serviços. Segundo sua tese, as pessoas não vão mais possuir coisas, vão apenas ter acesso a elas. Para que comprar um carro, gastar com seguro e manutenção se você pode alugar o do vizinho? Para que investir em roupas caras para o seu bebê (que espicha rápido) se você pode trocar peças com mamães de filhos já grandinhos? Lisa aposta que, com a ajuda das mídias sociais e da tecnologia, pessoas, serviços e empresas vão encontrar-se com mais facilidade para trocar ou compartilhar.


        A ideia do consumo compartilhado dirige-se aos bens de consumo de maior ociosidade. Por exemplo, nos Estados Unidos da América, a média de utilização de um automóvel é de 8%. Os 92% restantes são de ociosidade nos estacionamentos. Então, por que não alugar o carro em vez de comprar? Ganski sugere que sejam, cada vez mais, criados sistemas de locação para alguns bens de consumo de maior ociosidade.


        Na produção compartilhada, além da redução dos custos de produção por menores encargos trabalhistas, maior eficiência da mão de obra e menor consumo de energia, há em tese uma redução dos impactos ambientais pela redução de resíduos e dispersão destes em áreas distantes umas das outras. Logicamente há também uma maior geração de empregos e melhor distribuição de renda.


        Segundo esses pensadores, esta pode ser uma nova opção para o empresariado e para a sociedade segundo o moderno conceito de sustentabilidade. O meio ambiente agradece.


Raimundo Nonato Brabo Alves.

Compartilhar a produção e o consumo de bens em busca da sustentabilidade.

In: Crônicas ambientais ecos da floresta. Brasília, DF: Embrapa, 2015. p. 62-64 (com adaptações).

Em relação ao texto CG1A1, aos seus sentidos e à organização de suas ideias, julgue o item a seguir. 


O vocábulo “Segundo”, presente no segundo e no último parágrafos, expressa a ideia de conformidade em ambas as ocorrências. 

Alternativas
Q3286767 Português
Assinale a frase sublinhada a seguir que mostra uma concessão.
Alternativas
Q3286766 Português
Assinale a opção em que o termo sublinhado na frase indica uma causa.
Alternativas
Q3281575 Português
Atenção: Para responder à questão, leia o poema Tecendo a manhã de João Cabral de Melo Neto. 


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(MELO NETO, João Cabral de. À Educação pela Pedra
para que a manhã, desde uma teia tênue, / se vá tecendo, entre todos os galos.

O elemento sublinhado expressa, no contexto do poema, ideia de  
Alternativas
Q3281571 Português

Atenção: Para responder à questão, baseie-se no texto abaixo. 



    Todos sabemos que a nossa época é profundamente bárbara, embora se trate de uma barbárie ligada ao máximo de civilização. Penso que o movimento pelos direitos humanos se entronca aí, pois somos a primeira era da história em que teoricamente é possível entrever uma solução para as grandes desarmonias que geram a injustiça contra a qual lutam os homens de boa vontade, à busca não mais do estado ideal sonhado pelos utopistas racionais que nos antecederam, mas do máximo viável de igualdade e justiça.  


    Mas esta verificação desalentadora deve ser compensada por outra mais otimista: nós sabemos que hoje os meios materiais necessários para nos aproximarmos desse estágio melhor existem, e que muito do que era simples utopia se tornou possibilidade real. Quem acredita nos direitos humanos procura transformar a possibilidade teórica em realidade. Inversamente, um traço sinistro do nosso tempo é saber que é possível a solução de tantos problemas e ainda assim não se empenhar nela.


(CANDIDO, Antonio. O direito à literatura. Adaptado)  

Todos sabemos que a nossa época é profundamente bárbara, embora se trate de uma barbárie ligada ao máximo de civilização.

Considerando as relações de sentido, sem que nenhuma outra alteração seja feita na frase, o termo sublinhado pode ser substituído por: 
Alternativas
Q3281338 Português

Leia o texto abaixo para responder à questão.


    O álcool costuma ser usado como auxiliar do sono. Algumas pessoas acreditam que a bebida antes de dormir irá ajudá-las a adormecer com mais facilidade. Relaxar após um longo dia, com uma taça de vinho ou uma cerveja, pode ser agradável. Mas o álcool pode não ser tão benéfico para dormir como pensam algumas pessoas. Na verdade, ele pode piorar a sua noite de sono. Se você consumir álcool antes de ir para a cama, ele pode gerar inicialmente um efeito sedativo, fazendo você adormecer mais rapidamente. Mas, embora possa parecer que a bebida antes de dormir acelera o adormecimento, pesquisas recentes indicam que este efeito sedativo somente ocorre, na verdade, após o consumo de doses mais altas de álcool (3 a 6 taças padrão de vinho, dependendo da pessoa) até três horas antes de ir dormir. Talvez ainda pareça benéfico, mas não se recomenda usar o álcool para adormecer, não só devido aos seus efeitos prejudiciais à saúde, mas também porque a substância prejudica o sono durante a noite.


    O álcool perturba principalmente o sono REM (movimento rápido dos olhos, na sigla em inglês). Ele atrasa o primeiro episódio de sono REM e reduz o total subsequente desta fase do sono ao longo da noite. A bebida também pode fazer você acordar com mais frequência ou causar sono mais leve de madrugada. Isso é significativo, pois o sono REM — também conhecido como "sono dos sonhos" — é considerado importante para a memória e para regular as emoções. Estas perturbações do sono REM são observadas mesmo com o consumo de baixas doses de álcool (cerca de duas bebidas padrão) até três horas antes de dormir. Perturbações do sono de qualquer tipo podem fazer você se sentir mais cansado no dia seguinte. E os distúrbios do sono REM também podem gerar dificuldades na consolidação da memória e prejudicar as funções cognitivas e a regulagem das emoções.


    É preciso observar que a maior parte das pesquisas se concentra apenas nos efeitos do álcool em uma única noite de sono. De forma geral, sabemos menos sobre o efeito sobre o sono de diversas noites seguidas de bebida. Existe apenas um pequeno número de estudos (com baixa quantidade de participantes), que demonstraram resultados inconsistentes. Mas um estudo indicou que, após diversas noites de bebida, as perturbações do sono ainda eram evidentes durante a primeira noite sem álcool. Esta conclusão indica que pode levar algum tempo para que o sono se recupere após diversas noites de bebida.


    Ainda são necessárias mais pesquisas para compreender exatamente por que o álcool afeta diferentes componentes do sono, particularmente entre as pessoas que bebem regularmente e em grande quantidade. Mas já conhecemos alguns dos mecanismos relacionados entre o consumo de álcool e o sono. Em primeiro lugar, o álcool aumenta a ação de um mensageiro químico no cérebro chamado GABA. Ele tem efeito sedativo que, segundo se acredita, contribui para a sensação de sono verificada entre muitas pessoas que consomem álcool. O álcool também pode aumentar os níveis de adenosina, outro mensageiro químico, que é importante para a sonolência. Mas o aumento dessas substâncias quando bebemos tem vida curta. Depois que o corpo metaboliza o álcool, costuma haver um "efeito rebote", que faz o corpo tentar compensar as mudanças das funções fisiológicas e do sono induzidas pela bebida. É por isso que algumas pessoas apresentam sono leve e interrompido ao longo da noite, depois de beber. Beber álcool antes de dormir pode gerar sono leve ou interrompido durante a madrugada.


    O álcool também influencia o ritmo circadiano – o relógio de 24 horas do corpo que reage às indicações da luz ambiental para sincronizar nosso ciclo de sono e vigília. Uma das formas de ação do ritmo circadiano é a liberação de hormônios específicos em certas horas do dia. O nosso corpo libera melatonina quando escurece, por exemplo, para nos fazer sentir cansaço e dormir por toda a noite. Mas o álcool afeta a produção de melatonina e altera nossa temperatura corporal. O momento e a quantidade de liberação de melatonina, ao lado da redução da temperatura do corpo, são importantes na hora de dormir – e suas alterações irão resultar em mudanças do sono. Além disso, o álcool relaxa os músculos das vias aéreas, o que pode exacerbar o ronco, possivelmente prejudicando também o sono do seu parceiro. Por fim, o efeito diurético do consumo de álcool antes de dormir pode causar aumento das visitas ao banheiro durante a noite, prejudicando ainda mais o sono noturno.


    A boa notícia para as pessoas que gostam de beber antes de dormir ou passar a noite fora é que muitos dos efeitos negativos do álcool sobre o sono têm vida relativamente curta. Eles podem ser revertidos evitando o álcool ou reduzindo seu consumo. Pode levar mais tempo para que o sono e o ritmo circadiano retornem ao normal entre as pessoas que bebem com mais frequência e em maior quantidade, mas deixar de beber pode ajudar. A melhoria do sono irá deixar você se sentindo mais renovado, beneficiando também sua saúde e bem-estar em geral.


(Jornal BBC News Brasil, 27.01.2025. Adaptado).

Assinale a alternativa cujo termo destacado introduz um período por subordinação.
Alternativas
Q3279525 Português
“A vida se torna mais simples quando o foco está bem definido. Abarcar coisas demasiadas dispersa a mente e divide a energia. Para que tudo flutua em harmonia, concentro-me intensamente. Um por um, os obstáculos simplesmente se dissolvem.” 
Brahma Kumaris
A “Para que tudo flutua em harmonia...” expressa valor semântico de:
Alternativas
Q3279203 Português

De Volta Pro Aconchego


“Estou de volta pro meu aconchego

Trazendo na mala bastante saudade

Querendo um sorriso sincero, um abraço

Para aliviar meu cansaço

E toda essa minha vontade

Que bom poder tá contigo de novo

Roçando o teu corpo e beijando você

Pra mim tu és a estrela mais linda

Seus olhos me prendem, fascinam

A paz que eu gosto de ter

É duro ficar sem você, vez em quando

Parece que falta um pedaço de mim

Me alegro na hora de regressar

Parece que eu vou mergulhar

Na felicidade sem fim”

Dominguinhos / Nando Cordel


Assinale, no texto acima, a alternativa que contém uma oração com valor semântico de finalidade.

Alternativas
Respostas
1: B
2: D
3: B
4: B
5: C
6: C
7: C
8: D
9: C
10: B
11: D
12: C
13: A
14: D
15: D
16: E
17: A
18: E
19: E
20: B