Questões de Concurso Comentadas sobre português

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Q2583152 Português

O texto seguinte servirá de base para responder às questões de 21 a 30.


O homem biologicamente incapaz de sonhar


"Sonhar não custa nada". Esta expressão popular soa para a maioria como uma verdade incontestável.

Afinal, quem nunca fechou os olhos deitado sobre o travesseiro, em sua mesa de trabalho ou no ônibus e se viu transportado, como num passe de mágica, para uma praia paradisíaca ou marcando um gol na Copa do Mundo ao lado de um ídolo? Também acontece de se encontrar em situações assustadoras, estranhas ou até incompreensíveis.

Mas há uma porcentagem da população para a qual o mundo dos sonhos, entendido como aquele território em que a mente cria histórias com imagens, sons e até cheiros enquanto dormimos ou até mesmo estamos acordados, é algo desconhecido. O motivo? Eles têm afantasia.

"A afantasia é a ausência de visão mental ou a incapacidade de visualizar". É assim que o neurologista britânico Adam Zeman define a condição, da qual apenas se começou a falar nas últimas duas décadas, em grande parte por causa de suas pesquisas sobre imagens mentais.

"Para a maioria de nós, se nos disserem 'mesa de cozinha' ou 'árvore de maçãs', seremos capazes de reproduzir em nosso cérebro ambas as imagens. Pessoas com afantasia, no entanto, são incapazes de fazer isso", acrescentou o professor da Universidade de Exeter, no Reino Unido.

O médico venezuelano Guillermo Antonio Acevedo pertence ao grupo ao qual o especialista se refere. "Meu cérebro é como um computador com o monitor desligado ou que só armazena arquivos txt (de texto) e não suporta arquivos jpg, png ou nenhuma imagem", ilustrou.

Foi por acaso que Acevedo descobriu que pertence aos 4% da população que, segundo especialistas, não visualizam imagens mentais.

"Eu trabalhava em um hospital psiquiátrico, comecei a mergulhar mais em temas de neurologia e doenças mentais e me deparei com um artigo de Zeman, que falava sobre a mente cega", contou por telefone, da cidade espanhola de San Sebastián, onde vive e trabalha há seis anos. "Esse artigo descreve como as pessoas que têm afantasia pensam e explica que essas pessoas não conseguem imaginar coisas, ou seja, não veem imagens em sua mente. E foi aí que eu disse a mim mesmo: mas será que as pessoas podem realmente fazer isso?", continuou ele. "O meu choque foi que havia pessoas dizendo que podiam imaginar coisas na sua mente.

Hoje, com trinta e cinco anos, Acevedo passou trinta e um anos de sua vida acreditando que, quando as pessoas diziam ter sonhado, não visualizavam o que contavam. "Até eu descobrir que tinha afantasia, pensava que os desenhos animados colocavam a nuvenzinha nos personagens para que pudéssemos entender a história", explicou ele.


https://www.bbc.com/portuguese/articles/c1418120qwqo.adaptado.

O médico venezuelano Guillermo Antonio Acevedo pertence ao grupo ao qual o especialista se refere.


Assinale a opção CORRETA quanto à nova pontuação sem alteração do sentido original da frase:

Alternativas
Q2582034 Português

Em: Alice não tem a inteligência emocional bem desenvolvida e vive colocando o “pé na jaca”.


A expressão em destaque por aspas é:

Alternativas
Q2581949 Português

Assinale a alternativa correta?

Alternativas
Q2581943 Português

TEXTO PARA AS QUESTÕES 01 a 04


A rede longevidade em texto publicado em 13 de maio de 2021 apresenta algumas reflexões acerca do trabalho na vida da pessoa humana na atualidade:

(...)

Descubra o sentido do trabalho em nossas vidas:

Ao pensar sobre o termo Trabalho, uma das primeiras ideias que surgem refere-se ao sentido econômico da palavra, ou seja, trabalho é qualquer atividade exercida por nós cujo resultado seja uma recompensa que, em geral, costuma ser uma forma material de remuneração.

No entanto, o conceito de trabalho mudou muito e mudou rápido nos últimos 20, 30 anos.

Antigamente, a pessoa tinha uma única profissão ou uma única formação. Havia poucas oportunidades de mudança de carreira. Atualmente, você pode ter se aposentado de uma atividade, mas pode aprender algo novo, ou até mudar várias vezes de profissão ao longo da sua vida.

Então, é preciso entender esses novos conceitos. O foco não é mais apenas vender horas de trabalho em troca de benefícios financeiros, mas fazer algo de que gostamos e que faça sentido. Pense nas coisas que você gostaria de experimentar, realizar e construir.

Como será o trabalho para a próxima geração?

Assim como a tecnologia, o trabalho está sempre mudando, seja com o surgimento de novas ocupações ou com o desaparecimento de algumas ocupações convencionais. Hoje em dia, é cada vez mais difícil encontrar pessoas que trabalhem como sapateiros, afiadores de tesouras, alfaiates e outras profissões antigas.

(...)

Você acha que chegou ao fim porque está velho(a) demais para fazer algo diferente?

O mundo mudou! Há muito mais a fazer!

É hora de realizar seus sonhos. O que você sempre quis fazer, mas nunca teve coragem ou não lhe foi permitido em sua vida?

Se você quiser, agora é a hora de começar uma nova carreira! Muitas empresas procuram talentos experientes.

Você pode abrir sua própria empresa ou até mesmo ajudar empresas existentes.

Escolha coisas que te façam feliz e respeite seus limites. Você não precisa trabalhar em tempo integral como antes.

Ficar ativo ajuda a cabeça a se manter ativa! O trabalho não precisa ser pago, também pode ser voluntário. Você pensará que está ajudando o outro, mas verá que também está ajudando a si mesmo(a).

O trabalho desempenha um papel importante em nossas vidas e pode ser agradável. Pago ou não, o importante é se manter ativo. Esta é uma grande oportunidade para descobrir novos talentos, novas paixões, fazer novos amigos e aprender coisas novas. Uma nova etapa, mais emocionante que a anterior! O mercado de trabalho já está procurando pessoas com mais experiência e estudando como elas podem se reunir. Surfe nas ondas e aproveite para continuar sua jornada.


disponível em: https://redelongevidade.org.br/60/qual-a-importancia-do-trabalho-em-sua-vida/

Na frase “O trabalho resolve.”, temos a seguinte ordem quanto a classificação das palavras:

Alternativas
Q2581898 Português

Analise as palavras a seguir e assinale a alternativa em que todas as palavras dadas flexionam em gênero e em número.

Alternativas
Q2581896 Português

Leia o texto para responder às questões de 1 a 7.


Como tamanho e formato do crânio influenciam na longevidade de um cão


Cachorros são uma das espécies animais mais diversas do ponto de vista do fenótipo (ou seja, das características morfológicas, físicas e até comportamentais). Um dos aspectos que pode variar conforme a raça é a longevidade.

Pensando nisso, pesquisadores analisaram dados de milhares de cachorros do Reino Unido, com o objetivo de identificar as raças que geralmente estão associadas a um menor tempo de vida. Os resultados foram publicados na revista Scientific Reports, na última quinta-feira (1º).

Para realizar esse estudo, os pesquisadores utilizaram dados de mais de 580 mil cães do Reino Unido, de 150 raças. As informações dizem respeito a raça, sexo, data de nascimento e data da morte (em cerca de 280 mil casos, os cachorros já haviam morrido).

Os animais foram classificados em raças puras ou mistas, seguindo as diretrizes da organização inglesa Kennel Club. Eles foram divididos de acordo com o tamanho (pequeno, médio ou grande) e o formato do crânio: braquicefálicos (com focinho achatado), mesocefálicos (com focinho médio) ou dolicocefálicos (com focinho longo).

Os cálculos feitos pelos pesquisadores indicam que cachorros dolicocefálicos pequenos têm expectativa de vida mais alta no Reino Unido: 13,3 anos, em média, para machos e fêmeas. É o caso, por exemplo, de Dachshund miniatura, Pastor-de-shetland e Whippet. Já os braquicefálicos de tamanho médio (como o buldogue inglês) têm menor expectativa de vida: 9,1 anos para machos e 9,6 anos para fêmeas. O artigo ainda destaca a média para outras raças comuns: Labrador (13,1 anos), Jack Russell Terrier (13,3 anos) e Cavalier King Charles Spaniel (11,8 anos). Além disso, no estudo, raças puras apresentaram expectativa de vida maior que as mistas: 12,7 anos para as puras e 12 anos para as mistas. Também foi observada uma diferença entre fêmeas (12,7 anos) e machos (12,4 anos).

Conduzir trabalhos científicos focados em cachorros é uma forma importante de aprimorar as discussões sobre a saúde e o bem-estar desses animais. No entanto, vale ressaltar que esses resultados são válidos no contexto do Reino Unido, como constatam os autores da pesquisa, em nota. Considerando que as raças de cachorros apresentam uma série de diferenças – quanto a morfologia, comportamento e longevidade, por exemplo –, é necessário que também sejam feitas outras pesquisas com amostras mais variadas.


Revista Galileu. Disponível em:

https://revistagalileu.globo.com/ciencia/biologia/noticia/2024/02/como-tamanho-e-formato-do-cranio-influenciam-na-longevidade-de-umcao.ghtml

Analise as palavras compostas “quinta-feira”, “Pastor-de-shetland” e “bem-estar”, que ocorrem no texto. Aquela(s) em que, quando pluralizada(s), apenas o último elemento varia é (são):

Alternativas
Q2581894 Português

Leia o texto para responder às questões de 1 a 7.


Como tamanho e formato do crânio influenciam na longevidade de um cão


Cachorros são uma das espécies animais mais diversas do ponto de vista do fenótipo (ou seja, das características morfológicas, físicas e até comportamentais). Um dos aspectos que pode variar conforme a raça é a longevidade.

Pensando nisso, pesquisadores analisaram dados de milhares de cachorros do Reino Unido, com o objetivo de identificar as raças que geralmente estão associadas a um menor tempo de vida. Os resultados foram publicados na revista Scientific Reports, na última quinta-feira (1º).

Para realizar esse estudo, os pesquisadores utilizaram dados de mais de 580 mil cães do Reino Unido, de 150 raças. As informações dizem respeito a raça, sexo, data de nascimento e data da morte (em cerca de 280 mil casos, os cachorros já haviam morrido).

Os animais foram classificados em raças puras ou mistas, seguindo as diretrizes da organização inglesa Kennel Club. Eles foram divididos de acordo com o tamanho (pequeno, médio ou grande) e o formato do crânio: braquicefálicos (com focinho achatado), mesocefálicos (com focinho médio) ou dolicocefálicos (com focinho longo).

Os cálculos feitos pelos pesquisadores indicam que cachorros dolicocefálicos pequenos têm expectativa de vida mais alta no Reino Unido: 13,3 anos, em média, para machos e fêmeas. É o caso, por exemplo, de Dachshund miniatura, Pastor-de-shetland e Whippet. Já os braquicefálicos de tamanho médio (como o buldogue inglês) têm menor expectativa de vida: 9,1 anos para machos e 9,6 anos para fêmeas. O artigo ainda destaca a média para outras raças comuns: Labrador (13,1 anos), Jack Russell Terrier (13,3 anos) e Cavalier King Charles Spaniel (11,8 anos). Além disso, no estudo, raças puras apresentaram expectativa de vida maior que as mistas: 12,7 anos para as puras e 12 anos para as mistas. Também foi observada uma diferença entre fêmeas (12,7 anos) e machos (12,4 anos).

Conduzir trabalhos científicos focados em cachorros é uma forma importante de aprimorar as discussões sobre a saúde e o bem-estar desses animais. No entanto, vale ressaltar que esses resultados são válidos no contexto do Reino Unido, como constatam os autores da pesquisa, em nota. Considerando que as raças de cachorros apresentam uma série de diferenças – quanto a morfologia, comportamento e longevidade, por exemplo –, é necessário que também sejam feitas outras pesquisas com amostras mais variadas.


Revista Galileu. Disponível em:

https://revistagalileu.globo.com/ciencia/biologia/noticia/2024/02/como-tamanho-e-formato-do-cranio-influenciam-na-longevidade-de-umcao.ghtml

As palavras apresentadas a seguir, retiradas do texto, têm elementos mórficos que indicam diferentes processos de formação. Analise-as e assinale aquela que indica, por sua forma, um processo de composição.

Alternativas
Q2581892 Português

Leia o texto para responder às questões de 1 a 7.


Como tamanho e formato do crânio influenciam na longevidade de um cão


Cachorros são uma das espécies animais mais diversas do ponto de vista do fenótipo (ou seja, das características morfológicas, físicas e até comportamentais). Um dos aspectos que pode variar conforme a raça é a longevidade.

Pensando nisso, pesquisadores analisaram dados de milhares de cachorros do Reino Unido, com o objetivo de identificar as raças que geralmente estão associadas a um menor tempo de vida. Os resultados foram publicados na revista Scientific Reports, na última quinta-feira (1º).

Para realizar esse estudo, os pesquisadores utilizaram dados de mais de 580 mil cães do Reino Unido, de 150 raças. As informações dizem respeito a raça, sexo, data de nascimento e data da morte (em cerca de 280 mil casos, os cachorros já haviam morrido).

Os animais foram classificados em raças puras ou mistas, seguindo as diretrizes da organização inglesa Kennel Club. Eles foram divididos de acordo com o tamanho (pequeno, médio ou grande) e o formato do crânio: braquicefálicos (com focinho achatado), mesocefálicos (com focinho médio) ou dolicocefálicos (com focinho longo).

Os cálculos feitos pelos pesquisadores indicam que cachorros dolicocefálicos pequenos têm expectativa de vida mais alta no Reino Unido: 13,3 anos, em média, para machos e fêmeas. É o caso, por exemplo, de Dachshund miniatura, Pastor-de-shetland e Whippet. Já os braquicefálicos de tamanho médio (como o buldogue inglês) têm menor expectativa de vida: 9,1 anos para machos e 9,6 anos para fêmeas. O artigo ainda destaca a média para outras raças comuns: Labrador (13,1 anos), Jack Russell Terrier (13,3 anos) e Cavalier King Charles Spaniel (11,8 anos). Além disso, no estudo, raças puras apresentaram expectativa de vida maior que as mistas: 12,7 anos para as puras e 12 anos para as mistas. Também foi observada uma diferença entre fêmeas (12,7 anos) e machos (12,4 anos).

Conduzir trabalhos científicos focados em cachorros é uma forma importante de aprimorar as discussões sobre a saúde e o bem-estar desses animais. No entanto, vale ressaltar que esses resultados são válidos no contexto do Reino Unido, como constatam os autores da pesquisa, em nota. Considerando que as raças de cachorros apresentam uma série de diferenças – quanto a morfologia, comportamento e longevidade, por exemplo –, é necessário que também sejam feitas outras pesquisas com amostras mais variadas.


Revista Galileu. Disponível em:

https://revistagalileu.globo.com/ciencia/biologia/noticia/2024/02/como-tamanho-e-formato-do-cranio-influenciam-na-longevidade-de-umcao.ghtml

Considere o excerto a seguir para responder às questões 2 e 3:


“Conduzir trabalhos científicos focados em cachorros é uma forma importante de aprimorar as discussões sobre a saúde e o bem-estar desses animais. No entanto, vale ressaltar que esses resultados são válidos no contexto do Reino Unido, como constatam os autores da pesquisa, em nota.”


As palavras “desses” e “no” são classificadas gramaticalmente como contrações. Isso porque cada uma delas envolve duas palavras contraídas em uma só forma. No primeiro caso, uma palavra de uma classe gramatical “X” é contraída com um pronome demonstrativo. No segundo caso, outra palavra da mesma classe gramatical “X” é contraída com um artigo definido. Essa classe gramatical denominada “X” é:

Alternativas
Q2581853 Português

TEXTO PARA AS QUESTÕES 01 a 10


Ler, escrever e fazer conta de cabeça


A professora gostava de vestido branco, como anjos de maio. Carregava sempre um lenço dentro do livro de chamada ou preso no cinto, para limpar as mãos, depois de escrever no quadro-negro. Paninho bordado com flores, pássaros, borboletas. Ela passava o exercício e, de mesa em mesa, ia corrigindo. Um cheiro de limpeza coloria o ar quando ela passava. Sua letra, como era bem desenhada, amarradinha uma na outra! Ninguém tinha maior paciência, melhor sabedoria, mais encanto. E todos gostavam de aprender primeiro, para fazê-la feliz. Eu, como já sabia ler um pouco, fingia não saber e aprendia outra vez. Na hora da chamada, o silêncio ficava mais vazio e o coração quase parado, esperando a vez de responder “presente”. Cada um se levantava, em ordem alfabética e, com voz alta, clara, vaidosa, marcava sua presença e recebia uma bolinha azul na frente do nome. Ela chamava o nome por completo, com o pedaço da mãe e o pedaço do pai. Queria ter mais nome, pra ela chamar por mais tempo.


(Queirós, Bartolomeu Campos de, Ler, escrever e fazer conta de cabeça.)

E todos gostavam de aprender primeiro, para fazê-la feliz.”


O termo destacado exprime ideia de:

Alternativas
Q2581851 Português

TEXTO PARA AS QUESTÕES 01 a 10


Ler, escrever e fazer conta de cabeça


A professora gostava de vestido branco, como anjos de maio. Carregava sempre um lenço dentro do livro de chamada ou preso no cinto, para limpar as mãos, depois de escrever no quadro-negro. Paninho bordado com flores, pássaros, borboletas. Ela passava o exercício e, de mesa em mesa, ia corrigindo. Um cheiro de limpeza coloria o ar quando ela passava. Sua letra, como era bem desenhada, amarradinha uma na outra! Ninguém tinha maior paciência, melhor sabedoria, mais encanto. E todos gostavam de aprender primeiro, para fazê-la feliz. Eu, como já sabia ler um pouco, fingia não saber e aprendia outra vez. Na hora da chamada, o silêncio ficava mais vazio e o coração quase parado, esperando a vez de responder “presente”. Cada um se levantava, em ordem alfabética e, com voz alta, clara, vaidosa, marcava sua presença e recebia uma bolinha azul na frente do nome. Ela chamava o nome por completo, com o pedaço da mãe e o pedaço do pai. Queria ter mais nome, pra ela chamar por mais tempo.


(Queirós, Bartolomeu Campos de, Ler, escrever e fazer conta de cabeça.)

Ninguém tinha maior paciência, melhor sabedoria, mais encanto.”


O termo destacado trata-se de:

Alternativas
Q2581731 Português

“Guerra Civil” motivou Wagner Moura a “levantar mais pontes”: “Comecei a escutar mais, falar menos”


Por Cesar Soto


  1. Mais do que ser o primeiro grande filme de Hollywood que o coloca como um dos
  2. protagonistas, para Wagner Moura "Guerra Civil" é também a oportunidade de se abrir para o
  3. diálogo com pessoas com outras ideologias. “É um filme que está dizendo: “Olha só, a polarização
  4. é o maior perigo que existe para democracias no mundo. Nós deveríamos estar nos conectando
  5. mais.”.
  6. “Eu, pessoalmente, comecei a fazer mais isso depois de ‘Guerra Civil’”. Comecei ___
  7. levantar mais pontes, assim. Escutar mais, falar menos.”. Faz sentido. O filme coloca o ator
  8. brasileiro como um jornalista em um grupo que atravessa os Estados Unidos, no ápice de um
  9. novo conflito interno que divide o país em um futuro não muito distante. “Esse filme não tem
  10. uma agenda ideológica. Ele é um visto através do olhar de jornalistas, que têm, como sua
  11. natureza, serem imparciais. É um filme que junta Texas e Califórnia contra um ditador. Por que
  12. eles não se juntariam Você é conservador e você é liberal, mas vocês são democratas e têm
  13. um presidente déspota.”
  14. Desde que se mudou para os Estados Unidos ___ cerca de sete anos, depois de se tornar
  15. um nome conhecido em Hollywood por causa da popularidade da série “Narcos”, Moura enfileirou
  16. outros trabalhos, mas “Guerra Civil” é a consolidação de uma carreira de quem foi para o país
  17. em busca de papéis que fugissem dos estereótipos de personagens latinos. Após o lançamento
  18. nos EUA e no Canadá o filme arrecadou quase US$ 26 milhões – a maior quantia para um fim
  19. de semana de estreia de uma produção do estúdio independente A24, que bancou ou distribuiu
  20. sucessos como o vencedor do Oscar “Tudo em todo o lugar ao mesmo tempo” (2022). “Eu acho
  21. que é um filme que faz sentido em qualquer lugar. No entanto, eu acho que os americanos, que
  22. estão acostumados a produzir imagens de guerras no país dos outros, quando eles veem aquilo
  23. acontecer em Washington, aquilo é muito forte para eles” fala o ator.
  24. No filme, Moura divide grande parte do tempo de tela com Kirsten Dunst, Stephen
  25. McKinley Henderson e Cailee Spaeny, que interpretam outros jornalistas na mesma missão. A
  26. ideia é chegar ___ Casa Branca, que está sitiada, e fazer uma última entrevista com o presidente,
  27. antes que as forças insurgentes invadam o local. Depois de uma sequência de momentos tensos
  28. e tiroteios dos mais realistas, o filme encerra com um confronto violento, que exigiu muito do
  29. elenco durante as gravações.


(Disponível em: https://g1.globo.com/pop-arte/cinema/noticia/2024/04/18/guerra-civil-motivou-wagner-moura-a-levantar-mais-pontes-comecei-a-escutar-mais-falar-menos.ghtml – texto adaptado especialmente para esta prova).

Tendo em vista o trecho “... o filme arrecadou quase US$ 26 milhões...” (l. 18), assinale a alternativa que apresenta a classificação das palavras sublinhadas, na ordem em que aparecem.

Alternativas
Q2581727 Português

“Guerra Civil” motivou Wagner Moura a “levantar mais pontes”: “Comecei a escutar mais, falar menos”


Por Cesar Soto


  1. Mais do que ser o primeiro grande filme de Hollywood que o coloca como um dos
  2. protagonistas, para Wagner Moura "Guerra Civil" é também a oportunidade de se abrir para o
  3. diálogo com pessoas com outras ideologias. “É um filme que está dizendo: “Olha só, a polarização
  4. é o maior perigo que existe para democracias no mundo. Nós deveríamos estar nos conectando
  5. mais.”.
  6. “Eu, pessoalmente, comecei a fazer mais isso depois de ‘Guerra Civil’”. Comecei ___
  7. levantar mais pontes, assim. Escutar mais, falar menos.”. Faz sentido. O filme coloca o ator
  8. brasileiro como um jornalista em um grupo que atravessa os Estados Unidos, no ápice de um
  9. novo conflito interno que divide o país em um futuro não muito distante. “Esse filme não tem
  10. uma agenda ideológica. Ele é um visto através do olhar de jornalistas, que têm, como sua
  11. natureza, serem imparciais. É um filme que junta Texas e Califórnia contra um ditador. Por que
  12. eles não se juntariam Você é conservador e você é liberal, mas vocês são democratas e têm
  13. um presidente déspota.”
  14. Desde que se mudou para os Estados Unidos ___ cerca de sete anos, depois de se tornar
  15. um nome conhecido em Hollywood por causa da popularidade da série “Narcos”, Moura enfileirou
  16. outros trabalhos, mas “Guerra Civil” é a consolidação de uma carreira de quem foi para o país
  17. em busca de papéis que fugissem dos estereótipos de personagens latinos. Após o lançamento
  18. nos EUA e no Canadá o filme arrecadou quase US$ 26 milhões – a maior quantia para um fim
  19. de semana de estreia de uma produção do estúdio independente A24, que bancou ou distribuiu
  20. sucessos como o vencedor do Oscar “Tudo em todo o lugar ao mesmo tempo” (2022). “Eu acho
  21. que é um filme que faz sentido em qualquer lugar. No entanto, eu acho que os americanos, que
  22. estão acostumados a produzir imagens de guerras no país dos outros, quando eles veem aquilo
  23. acontecer em Washington, aquilo é muito forte para eles” fala o ator.
  24. No filme, Moura divide grande parte do tempo de tela com Kirsten Dunst, Stephen
  25. McKinley Henderson e Cailee Spaeny, que interpretam outros jornalistas na mesma missão. A
  26. ideia é chegar ___ Casa Branca, que está sitiada, e fazer uma última entrevista com o presidente,
  27. antes que as forças insurgentes invadam o local. Depois de uma sequência de momentos tensos
  28. e tiroteios dos mais realistas, o filme encerra com um confronto violento, que exigiu muito do
  29. elenco durante as gravações.


(Disponível em: https://g1.globo.com/pop-arte/cinema/noticia/2024/04/18/guerra-civil-motivou-wagner-moura-a-levantar-mais-pontes-comecei-a-escutar-mais-falar-menos.ghtml – texto adaptado especialmente para esta prova).

Os símbolos das linhas 12, 18 e 23 podem ser substituídos, respectivamente, por quais sinais de pontuação?

Alternativas
Q2581540 Português

Analise as palavras a seguir e assinale a alternativa em que todas as palavras dadas flexionam em gênero e em número.

Alternativas
Q2581539 Português

Considere a seguinte sentença: “Acautelou os soldados ___ a chegada da neve.” No contexto apresentado, o verbo “acautelar” é transitivo indireto. Assinale a alternativa que indica corretamente a preposição requerida pelo verbo.

Alternativas
Q2581538 Português

Leia o texto para responder às questões de 1 a 7.


Como tamanho e formato do crânio influenciam na longevidade de um cão


Cachorros são uma das espécies animais mais diversas do ponto de vista do fenótipo (ou seja, das características morfológicas, físicas e até comportamentais). Um dos aspectos que pode variar conforme a raça é a longevidade.

Pensando nisso, pesquisadores analisaram dados de milhares de cachorros do Reino Unido, com o objetivo de identificar as raças que geralmente estão associadas a um menor tempo de vida. Os resultados foram publicados na revista Scientific Reports, na última quinta-feira (1º).

Para realizar esse estudo, os pesquisadores utilizaram dados de mais de 580 mil cães do Reino Unido, de 150 raças. As informações dizem respeito a raça, sexo, data de nascimento e data da morte (em cerca de 280 mil casos, os cachorros já haviam morrido).

Os animais foram classificados em raças puras ou mistas, seguindo as diretrizes da organização inglesa Kennel Club. Eles foram divididos de acordo com o tamanho (pequeno, médio ou grande) e o formato do crânio: braquicefálicos (com focinho achatado), mesocefálicos (com focinho médio) ou dolicocefálicos (com focinho longo).

Os cálculos feitos pelos pesquisadores indicam que cachorros dolicocefálicos pequenos têm expectativa de vida mais alta no Reino Unido: 13,3 anos, em média, para machos e fêmeas. É o caso, por exemplo, de Dachshund miniatura, Pastor-de-shetland e Whippet. Já os braquicefálicos de tamanho médio (como o buldogue inglês) têm menor expectativa de vida: 9,1 anos para machos e 9,6 anos para fêmeas. O artigo ainda destaca a média para outras raças comuns: Labrador (13,1 anos), Jack Russell Terrier (13,3 anos) e Cavalier King Charles Spaniel (11,8 anos). Além disso, no estudo, raças puras apresentaram expectativa de vida maior que as mistas: 12,7 anos para as puras e 12 anos para as mistas. Também foi observada uma diferença entre fêmeas (12,7 anos) e machos (12,4 anos).

Conduzir trabalhos científicos focados em cachorros é uma forma importante de aprimorar as discussões sobre a saúde e o bem-estar desses animais. No entanto, vale ressaltar que esses resultados são válidos no contexto do Reino Unido, como constatam os autores da pesquisa, em nota. Considerando que as raças de cachorros apresentam uma série de diferenças – quanto a morfologia, comportamento e longevidade, por exemplo –, é necessário que também sejam feitas outras pesquisas com amostras mais variadas.


Revista Galileu. Disponível em: https://revistagalileu.globo.com/ciencia/biologia /noticia/2024/02/como-tamanho-e-formato-do-cranio-influenciam-na-longevidade-de-um-cao.ghtml

Analise as palavras compostas “quinta-feira”, “Pastor-de-shetland” e “bem-estar”, que ocorrem no texto. Aquela(s) em que, quando pluralizada(s), apenas o último elemento varia é (são):

Alternativas
Q2581536 Português

Leia o texto para responder às questões de 1 a 7.


Como tamanho e formato do crânio influenciam na longevidade de um cão


Cachorros são uma das espécies animais mais diversas do ponto de vista do fenótipo (ou seja, das características morfológicas, físicas e até comportamentais). Um dos aspectos que pode variar conforme a raça é a longevidade.

Pensando nisso, pesquisadores analisaram dados de milhares de cachorros do Reino Unido, com o objetivo de identificar as raças que geralmente estão associadas a um menor tempo de vida. Os resultados foram publicados na revista Scientific Reports, na última quinta-feira (1º).

Para realizar esse estudo, os pesquisadores utilizaram dados de mais de 580 mil cães do Reino Unido, de 150 raças. As informações dizem respeito a raça, sexo, data de nascimento e data da morte (em cerca de 280 mil casos, os cachorros já haviam morrido).

Os animais foram classificados em raças puras ou mistas, seguindo as diretrizes da organização inglesa Kennel Club. Eles foram divididos de acordo com o tamanho (pequeno, médio ou grande) e o formato do crânio: braquicefálicos (com focinho achatado), mesocefálicos (com focinho médio) ou dolicocefálicos (com focinho longo).

Os cálculos feitos pelos pesquisadores indicam que cachorros dolicocefálicos pequenos têm expectativa de vida mais alta no Reino Unido: 13,3 anos, em média, para machos e fêmeas. É o caso, por exemplo, de Dachshund miniatura, Pastor-de-shetland e Whippet. Já os braquicefálicos de tamanho médio (como o buldogue inglês) têm menor expectativa de vida: 9,1 anos para machos e 9,6 anos para fêmeas. O artigo ainda destaca a média para outras raças comuns: Labrador (13,1 anos), Jack Russell Terrier (13,3 anos) e Cavalier King Charles Spaniel (11,8 anos). Além disso, no estudo, raças puras apresentaram expectativa de vida maior que as mistas: 12,7 anos para as puras e 12 anos para as mistas. Também foi observada uma diferença entre fêmeas (12,7 anos) e machos (12,4 anos).

Conduzir trabalhos científicos focados em cachorros é uma forma importante de aprimorar as discussões sobre a saúde e o bem-estar desses animais. No entanto, vale ressaltar que esses resultados são válidos no contexto do Reino Unido, como constatam os autores da pesquisa, em nota. Considerando que as raças de cachorros apresentam uma série de diferenças – quanto a morfologia, comportamento e longevidade, por exemplo –, é necessário que também sejam feitas outras pesquisas com amostras mais variadas.


Revista Galileu. Disponível em: https://revistagalileu.globo.com/ciencia/biologia /noticia/2024/02/como-tamanho-e-formato-do-cranio-influenciam-na-longevidade-de-um-cao.ghtml

As palavras apresentadas a seguir, retiradas do texto, têm elementos mórficos que indicam diferentes processos de formação. Analise-as e assinale aquela que indica, por sua forma, um processo de composição.

Alternativas
Q2581461 Português

Leia o texto para responder às questões de 1 a 7.


Máscara em mosaico e outros tesouros são encontrados em tumba de rei maia


O auge da civilização maia ocorreu entre 250 d.C. e 900 d.C. Apesar da grande importância histórica, existem poucos resquícios desse período devido ao saqueamento de sítios arqueológicos. Mas, recentemente, um trabalho da Universidade Tulane, nos EUA, conseguiu recuperar raros tesouros da época.

Liderado pelo arqueólogo Francisco Estrada- Belli, o time de pesquisadores fez investigações no sítio de Chochkitam, localizado na Guatemala, em uma região próxima das fronteiras dos atuais países México e Belize. Em 2022, a equipe encontrou a tumba de um rei maia, datada em 1.700 anos.

A descoberta foi possível graças à tecnologia LIDAR, que utilizou um avião para direcionar raios laser para o chão e, assim, fazer um mapeamento da área. “É como tirar raio-X do solo da floresta”, explica Estrada-Belli, em nota. “Isso revolucionou o nosso campo. Agora podemos ver aonde estamos indo, em vez de simplesmente fazer uma expedição na floresta esperando achar alguma coisa”, diz.

A tumba contém oferendas funerárias consideradas extraordinárias. Há uma máscara de jade em mosaico, raras conchas de ostra e escritos em ossos humanos. Estima-se que as relíquias sejam de 350 d.€. A expectativa é que elas contribuam para a compreensão de elementos da cultura maia, como a religião e a linhagem real. As conchas, por exemplo, eram utilizadas pela realeza como joias e moedas, além de servirem para oferendas religiosas e de sacrifício. Os escritos em ossos humanos, por sua vez, foram feitos em pedaços de fêmur. Um deles retrata um homem que seria um rei — até então desconhecido — segurando uma máscara de jade similar à encontrada na tumba. Os pesquisadores suspeitam que os hieróglifos vistos no material possam identificar o pai e o avô do líder, conectando-o a outros estados maias, como Tikal e Teotihuacan.

“Uma descoberta como essa é um pouco como ganhar na loteria, em termos de informação”, constata o arqueólogo Estrada-Belli. “Ela abre uma janela para um tempo obscuro sobre o qual temos pouquíssimos textos.”


Revista Galileu. Disponível em: https://revistagalileu.globo.com/ciencia/arqueologia/noticia/2024/02/mascara-em-mosaico-e-outros-tesouros-sao-encontrados-em-tumba-de-rei-maia.ghtml

Considere o excerto a seguir para responder às questões 5,6 e 7:


“Uma descoberta como essa é um pouco como ganhar na loteria, em termos de informação”, constata o arqueólogo Estrada-Belli. “Ela abre uma janela para um tempo obscuro sobre o qual temos pouquíssimos textos.”


O adjetivo “pouquíssimos”, que ocorre no excerto apresentado, exprime sua qualidade no grau:

Alternativas
Q2581460 Português

Leia o texto para responder às questões de 1 a 7.


Máscara em mosaico e outros tesouros são encontrados em tumba de rei maia


O auge da civilização maia ocorreu entre 250 d.C. e 900 d.C. Apesar da grande importância histórica, existem poucos resquícios desse período devido ao saqueamento de sítios arqueológicos. Mas, recentemente, um trabalho da Universidade Tulane, nos EUA, conseguiu recuperar raros tesouros da época.

Liderado pelo arqueólogo Francisco Estrada- Belli, o time de pesquisadores fez investigações no sítio de Chochkitam, localizado na Guatemala, em uma região próxima das fronteiras dos atuais países México e Belize. Em 2022, a equipe encontrou a tumba de um rei maia, datada em 1.700 anos.

A descoberta foi possível graças à tecnologia LIDAR, que utilizou um avião para direcionar raios laser para o chão e, assim, fazer um mapeamento da área. “É como tirar raio-X do solo da floresta”, explica Estrada-Belli, em nota. “Isso revolucionou o nosso campo. Agora podemos ver aonde estamos indo, em vez de simplesmente fazer uma expedição na floresta esperando achar alguma coisa”, diz.

A tumba contém oferendas funerárias consideradas extraordinárias. Há uma máscara de jade em mosaico, raras conchas de ostra e escritos em ossos humanos. Estima-se que as relíquias sejam de 350 d.€. A expectativa é que elas contribuam para a compreensão de elementos da cultura maia, como a religião e a linhagem real. As conchas, por exemplo, eram utilizadas pela realeza como joias e moedas, além de servirem para oferendas religiosas e de sacrifício. Os escritos em ossos humanos, por sua vez, foram feitos em pedaços de fêmur. Um deles retrata um homem que seria um rei — até então desconhecido — segurando uma máscara de jade similar à encontrada na tumba. Os pesquisadores suspeitam que os hieróglifos vistos no material possam identificar o pai e o avô do líder, conectando-o a outros estados maias, como Tikal e Teotihuacan.

“Uma descoberta como essa é um pouco como ganhar na loteria, em termos de informação”, constata o arqueólogo Estrada-Belli. “Ela abre uma janela para um tempo obscuro sobre o qual temos pouquíssimos textos.”


Revista Galileu. Disponível em: https://revistagalileu.globo.com/ciencia/arqueologia/noticia/2024/02/mascara-em-mosaico-e-outros-tesouros-sao-encontrados-em-tumba-de-rei-maia.ghtml

Considere o excerto a seguir para responder às questões 5,6 e 7:


“Uma descoberta como essa é um pouco como ganhar na loteria, em termos de informação”, constata o arqueólogo Estrada-Belli. “Ela abre uma janela para um tempo obscuro sobre o qual temos pouquíssimos textos.”


Em relação às categorias gramaticais, no contexto em que ocorrem, as palavras “uma”, “descoberta”, “obscuro” e “qual” classificam -se respectivamente em:

Alternativas
Q2581287 Português

O texto seguinte servirá de base para responder às questões de 1 a 8.

Centro de pesquisa brasileiro desenvolve protótipo de bateria nuclear

Imagine um telefone celular cuja bateria dure anos e não precise ser plugado na tomada para recarregar. Ou um drone capaz de voar indefinidamente sobre a Amazônia, registrando focos de desmatamento e de mineração ilegal. Situações como essas poderão se tornar realidade, em algum tempo, com o início da produção comercial de novos sistemas de armazenamento de energia que usam material radioativo para gerar eletricidade ininterruptamente, por dezenas ou centenas de anos.

Uma das inovações foi revelada no começo do ano pela startup chinesa Betavolt. A empresa desenvolveu uma bateria nuclear que poderá gerar energia por 50 anos sem necessidade de recarga. O dispositivo mede 15 milímetros (mm) de comprimento, por 15 mm de largura e 5 mm de espessura e opera a partir da conversão da energia liberada pelo decaimento de isótopos radioativos de níquel (Ni-63). Com 100 microwatts (µW) de potência e 3 volts (V) de tensão elétrica, o módulo é um projeto-piloto. A Betavolt planeja colocar no mercado em 2025 uma versão mais potente da bateria, com 1 watt (W). Ela tem função modular e, de acordo com a startup, poderá ser empregada em série para energizar drones ou celulares.

O Brasil tem estudos na área. Uma equipe do Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (Ipen), uma unidade técnico-científica da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN), com sede em São Paulo, apresentou no fim de 2023 o primeiro protótipo de uma bateria nuclear termelétrica feito no país. O princípio de funcionamento do dispositivo, também conhecido como gerador termelétrico radioisotópico (RTG), é diferente do sistema da Betavolt: uma corrente elétrica é produzida a partir da conversão do calor gerado pela desintegração de um isótopo de amerício (Am-241). No módulo chinês, partículas beta (elétrons) transformam-se em corrente elétrica por meio de um sistema conversor específico.

O processo de decaimento ou desintegração radioativa ocorre quando o núcleo instável de um elemento químico se transforma no núcleo de outro elemento, que tem menos energia. O processo libera radiação eletromagnética e pode emitir partículas. Esse fenômeno é caracterizado pela meia-vida, que é o tempo necessário para que metade dos átomos do isótopo radioativo presente em uma amostra se desintegre.

"Durante nosso desenvolvimento, tivemos que dimensionar um módulo gerador termelétrico, responsável por converter a energia térmica em elétrica", explica o engenheiro químico e doutor em tecnologia nuclear Carlos Alberto Zeituni. Ele é o gerente do Centro de Tecnologia das Radiações (Ceter) do Ipen, uma das unidades envolvidas no projeto − a outra é o Centro de Engenharia Nuclear (Ceeng).

A principal vantagem das baterias nucleares é a possibilidade de fornecer carga durante um longo período de tempo. "Uma bateria química convencional dura cinco anos, enquanto uma de lítio chega a 10 anos. As nucleares podem ter duração de 50, 100 anos ou mais, dependendo do material radioativo utilizado. A nossa, estimamos que vá durar mais de 200 anos", diz Zeituni.

O Ipen não mediu a potência do módulo, cuja tensão elétrica é de apenas 20 milivolts (mV). O próximo passo, segundo o centro, é construir uma versão com 100 miliwatts (mW) de potência, capaz de controlar uma estação meteorológica remota − a tensão dependerá do termelétrico empregado. A pesquisa, iniciada há dois anos, vem sendo financiada por uma empresa nacional interessada em comercializar a tecnologia. Por contrato, seu nome não pode ser revelado.

Para criar o módulo, os pesquisadores do Ipen utilizaram 11 fontes de amerício que eram originalmente empregadas em equipamentos de medição de espessura de chapas. Para eliminar o risco de vazamento do material radioativo, as fontes foram empilhadas e encapsuladas em um tubo de alumínio.

"O parâmetro inicial de todo o projeto nuclear tem que ser a segurança. A bateria só será comercializada quando houver garantia de que o risco de vazamento é nulo. Por isso, vamos usar um duplo ou triplo encapsulamento do material radioativo e realizaremos testes de impacto e de quebra", esclarece o engenheiro mecânico Eduardo Lustosa Cabral, pesquisador do Ceeng que participa do projeto.


Retirado e adaptado de: VASCONCELOS, Yuri. Centro de pesquisa brasileiro desenvolve protótipo de bateria nuclear. Revista Pesquisa FAPESP.


Disponível em: https://revistapesquisa.fapesp.br/centro-de-pesquisa-brasileiro-desenvo lve-prototipo-de-bateria-nuclear/ Acesso em: 01 abr., 2024.

Assinale a alternativa que apresenta, entre parênteses, a correta classificação da relação semântica apresentada na respectiva sentença:

Alternativas
Respostas
2701: D
2702: B
2703: A
2704: B
2705: C
2706: C
2707: D
2708: C
2709: B
2710: B
2711: A
2712: B
2713: D
2714: C
2715: A
2716: C
2717: D
2718: D
2719: B
2720: C