Questões de Concurso Comentadas sobre português

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Ano: 2024 Banca: SUSTENTE Órgão: COREN-PE Prova: SUSTENTE - 2024 - COREN-PE - Motorista |
Q2442196 Português
Fúria no trânsito


Existe uma forma simples de avaliar o grau de evolução do ser humano. Basta observar dois sujeitos após uma batida. Saem dos veículos arrebentando as portas. Olhares ferozes. Torsos inclinados para a frente. Mãos crispadas. Batem boca. Bastaria mudar o cenário, trocar os ternos por peles e entregar um porrete para cada um. Estaríamos de volta à pré-história. Poucas atividades humanas despertam tanto o espírito selvagem como a guerra no trânsito.

Tenho um amigo de fala mansa, calmo e sensato. Outro dia estávamos no carro. Chuviscava. O suficiente para que os carros entrassem numa luta desenfreada no asfalto. Cortadas súbitas. Buzinas. Ele passou a costurar por todos os lados. Fomos ao Morumbi Shopping. Havia uma fila para o estacionamento vip (quem almoça em alguns restaurantes de lá tem direito à manobrista gratuito).

- Um idiota está parado lá na frente - ele anunciou.

- Por que idiota? Você não sabe o motivo ... - comecei a dizer.

Não pude terminar a frase. Agarrei-me ao banco. Ele atirou o carro para a direita. O da frente fez o mesmo. Para não bater, meu amigo jogou o seu sobre o canteiro. Veio a pancada. O pneu arrebentou. O veículo parado mexeu-se, vagarosamente, e partiu. Meu amigo esbravejou. Trocou o pneu. Depois foi a uma borracharia, onde acabou brigando também. Passou o resto do dia num humor de cão. Telefonou:

- Tudo por culpa daquele imbecil!

Argumentei:

- Você não sabia o motivo de o carro estar parado. A pessoa podia estar se sentindo mal. Pense. Por causa de alguém que não conhece, você quase amassou o carro, arrebentou seu pneu e está furioso. Como permite que um desconhecido faça tudo isso com você?

Silêncio sepulcral. Depois, ouvi um clique do telefone sendo desligado.

Costumo dirigir devagar. Quando vou para o Litoral Norte é uma tortura. A estrada só tem uma pista, com muitos locais de ultrapassagem proibida. Tento me manter na velocidade exigida pelas placas. Adianta? Alguém sempre gruda em mim. Volta e meia, quando ultrapassam, ouço me xingarem.

Nestes tempos politicamente corretos, já não se ouvem tantos gritos do tipo:

- Ô dona Maria, vá pilotar fogão! [...]

Soube de um rapaz que certa vez foi fechado numa grande avenida. Gritou:

- Safado, você vai ver!

Seguiu atrás, buzinando. O outro tentava fugir, ele perseguia. Deu uma superfechada, obrigando o carro a parar. Saiu furioso, pronto para a briga. Aproximou-se. No banco do motorista estava uma senhora idosa, tremendo de medo. Ele caiu em si.

- Parecia que eu estava em um filme, me assistindo.

Gaguejou. Pediu desculpa. Partiu.

No dia seguinte, vendeu o carro.

- Não confio em mim mesmo ao volante. Eu me torno outra pessoa. Prefiro não dirigir.

Claro que não é uma receita para todo mundo. Para ele, funcionou. Anda de ônibus, táxi ou metrô. Sentese feliz. Como se tivesse abandonado a pré-história e, finalmente, ingressado na civilização.


Walcyr Carrasco
“Poucas atividades humanas despertam tanto o espírito selvagem como a guerra no trânsito.” 1º§

A conjunção sublinhada dá à frase na qual se insere um sentido de
Alternativas
Q2442142 Português
Entrevista: virologista destaca desafios e avanços no combate à dengue.

27/02/2024
Fonte: ICC/Fiocruz Paraná


O aumento do número de casos de dengue em diferentes regiões do país em 2024 mobiliza gestores públicos, pesquisadores e profissionais de saúde para a implantação de ações de combate ao mosquito transmissor e ao enfrentamento do vírus em todo o território nacional. Segundo dados do Ministério da Saúde, são mais meio milhão de casos desde o início de 2024. [...]


Durante sua visita ao Brasil no mês de fevereiro, o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, enfatizou que o surto de dengue no país é parte de um alarmante aumento global de casos. Ao longo de 2023, mais de 500 milhões de casos e 5 mil mortes foram registrados em cerca de 80 países. Tedros atribuiu esses números ao fenômeno El Niño e ao aumento das temperaturas globais.


Em entrevista para o portal da Fiocruz Paraná, a pesquisadora e chefe do Laboratório de Virologia da unidade, Claudia Nunes Duarte dos Santos, corrobora com as observações do diretor da OMS sobre o impacto do desequilíbrio ambiental na proliferação dos mosquitos vetores e alerta que a incorporação da vacina no Programa Nacional de Imunização é um recurso valioso, mas deve ser complementada por ações integradas de prevenção, vigilância e uma maciça participação da população e do poder público para eliminar o vetor. A cientista coordena o serviço de referência para o Ministério da Saúde em vírus emergentes e reemergentes.


A dengue persiste como um considerável desafio para a saúde pública brasileira ao longo dos anos. Indo direto ao ponto, qual a forma eficaz para combatê-la?


O combate a essa doença demanda um esforço coletivo, envolvendo intervenção efetiva do poder público e a participação ativa da população na eliminação dos focos do Aedes aegypti, vetor da doença, em áreas de residências e quintais, além de parques e praças, pois se trata de um mosquito que coabita com humanos. Existem estratégias alternativas importantes como o uso de mosquitos geneticamente modificados e a aplicação da técnica de Wolbachia e agora, mais recentemente a incorporação da vacina no Programa Nacional de Imunizações. É importante ressaltar que a dengue nos traz um viés social, evidenciado pela presença de mais casos em regiões com menos acesso a recursos, em populações mais vulneráveis e por isso de medidas educativas aliadas a práticas preventivas são fundamentais.


O combate ao Aedes aegypti ainda é caminho mais eficaz para a prevenção?


A proliferação de mosquitos impacta diretamente na frequência e magnitude de surtos não apenas de dengue, mas de também outros vírus transmitidos por mosquitos como chikungunya e zika, mas o panorama atual apresenta desafios adicionais. O aquecimento global e a destruição da biodiversidade alteram o ciclo destes vetores e a dinâmica de transmissão do vírus, essas mudanças afetam diretamente o ciclo biológico dos mosquitos, que depende fortemente de fatores como pluviosidade (disponibilidade de pontos com água para a postura dos ovos) e temperaturas mais altas para a eclosão dos ovos e geração de mosquitos adultos. Estes fatores culminaram com a dispersão de mosquitos vetores e consequentemente da doença para áreas antes consideradas livres por apresentarem condições adversas ao mosquito com temperaturas mais baixas e maiores altitudes. [...]


A vacina é mais uma aliada nessa luta…


Realmente, mas não existe no momento uma bala de prata para a erradicação da dengue. Trata-se de uma doença complexa causada por quatro vírus relacionados entre si mas diferentes (dengue 1,2 3 e 4), que podem co-circular em uma mesma região. Ademais é uma imunopatologia, isto é, os sinais clínicos estão relacionados à resposta do hospedeiro à infecção, aumentando ainda mais os desafios. A vacina é um recurso valioso, mas devido ao número de doses que a empresa é capaz de produzir, foi direcionada a um dos grupos mais vulnerável, e para áreas mais afetadas. Desta forma, as ações de combate ao mosquito vetor, medidas educativas sobre a eliminação de criadouros, uso de barreiras físicas como repelentes, aliados a intervenções contínuas do poder público, são ferramentas fundamentais para o enfrentamento da dengue e outras arboviroses (vírus transmitidos por artrópodes). [...]


E sobre o vírus, quais os aspectos mais desafiadores?


Diferente de outros arbovírus que causam doenças como zika, febre amarela e chikungunya, o vírus da dengue apresenta quatro sorotipos denominados DENV-1, DENV-2, DENV-3 e DENV-4 e cada um apresenta diferentes variações genéticas. Por essa complexidade é que levamos algumas décadas para desenvolver esse imunizante que será oferecido pelo SUS agora. [...]


Como todos os vírus que possuem o material genético composto por uma molécula de RNA polaridade positiva, o vírus da dengue apresenta alta capacidade de mutação devido à ausência de mecanismos que permitem “consertar erros” durante a replicação do RNA viral. Essas mutações podem tornar o vírus mais competente e mais adaptado, influenciando aspectos do perfil clínico e da transmissão da doença. Nesse sentido, o sequenciamento genômico e a vigilância ativa, realizados por redes laboratoriais de referência, são cruciais para identificar novos vírus, potenciais marcadores de gravidade a novas áreas de circulação, podendo expor populações mais suscetíveis.


O Paraná está entre os quatro estados brasileiros com maior número de casos. Antigamente existia a ideia de que, em regiões mais frias, a dengue não chegava. Isso não tem mais validade, correto?


Correto. Esse dado só reforça a influência das mudanças climáticas na disseminação do vírus. Com o aumento da temperatura nessas localidades onde o frio predominava e, com as chuvas mais intensas, todas as regiões do país têm potencial para o registro do aumento de casos, já que o vírus circula em todo o território brasileiro e atualmente em outros países da América do Sul como Uruguai, por exemplo, que durante muito tempo foi considerado área livre de dengue. [...]


https://portal.fiocruz.br/noticia/2024/02/entrevista-virologista-destaca-desafios-e-avancos-no-combate-dengue
“[...] envolvendo intervenção efetiva do poder público e a participação ativa da população na eliminação dos focos do Aedes aegypti, vetor da doença, em áreas de residências e quintais, além de parques e praças, pois se trata de um mosquito que coabita com humanos.”

Nesse trecho, o termo sublinhado
Alternativas
Q2442046 Português
Qual é o sentido veiculado pela palavra grifada no trecho “Coisas simples, como olhar uma paisagem, conversar com uma pessoa querida, tomar um café com calma, filosofar com o cachorro ou com o gato, ler aquele livro que está adormecendo na mesa de cabeceira?”? 
Alternativas
Q2442043 Português
A Seleção precisa de divã

Confederação Brasileira de Futebol (CBF) monta mais uma comissão técnica para a Copa sem psicólogo para auxiliar o treinador no ciclo rumo ao Mundial de 2026

Marcos Paulo Lima | 02/03/2024 06:01  




        O esporte olímpico envia alertas, mas o futebol os ignora. Atletas de alta performance, como os surfistas Gabriel Medida e Filipe Toledo, a nadadora Ana Marcela Cunha e a tenista Bia Haddad, chamaram a atenção recentemente para o zelo pela saúde mental. Alguns deles deram pausa na carreira. Enquanto o Comitê Olímpico do Brasil (COB) levará aos Jogos de Paris-2024 um departamento de psicologia liderado por nomes como Eduardo Cillo e Carla di Pierro, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) monta mais uma comissão técnica para a Copa sem um profissional da área para auxiliar o treinador no ciclo rumo ao Mundial de 2026.

         Em tempos de debate crescente sobre saúde mental, a Seleção Brasileira tem vaga para diversos cargos, menos para um psicólogo. Tite não quis em 2018 nem em 2022. Perguntei pelo menos duas vezes a ele a razão da preferência e as respostas tergiversavam. A informação nos bastidores era de que Neymar, o dono do vestiário, desaprovava. Simplesmente não queria.

        O ex-técnico interino da Seleção Fernando Diniz era psicólogo. A vitoriosa comissão técnica do Fluminense conta com Emily Gonçalves para auxiliá-lo. Campeão da Copa do Brasil em 2023, o São Paulo disponibilizou Anahy Couto ao técnico Dorival Júnior na campanha em que o tricolor paulista se impôs contra Palmeiras, Corinthians e Flamengo. Abel Ferreira empilha títulos, porém o Núcleo de Saúde e Performance do Palmeiras trata a psicologia como aliada. Gisele Silva faz parte da estrutura do time profissional.

         Adversária do Brasil no amistoso do próximo dia 26, no Estádio Santiago Bernabéu, em Madri, a Espanha não ignora a saúde mental. O psicólogo López Vallejo é um dos homens de confiança do técnico Luis de la Fuente. "Consideramos que o trabalho do psicólogo é muito importante para todos. Para nós, quando há situações de máximo estresse e tensão; e, para os jogadores, quando precisam libertar aquela tensão que se acumula em determinados momentos. Ele é um grande conhecedor de futebol. É um grande apoio não só no aspecto psicológico, mas em todos os outros aspectos que envolvem o desenvolvimento do futebol", justifica o treinador.

         Pia Sundhage tinha uma psicóloga no grupo na última Copa do Mundo feminina: Marina Gusson. Por que a masculina virou as costas ao pioneirismo? A CBF contratou Evandro Mota para apoiar Parreira no tetra, em 1994. Regina Brandão fez parceria com Felipão no penta, em 2002. Luxemburgo contava com Suzy Fleury. Ganhou a Copa América em 1999 e o Pré-Olímpico em 2000.

            A demanda por saúde mental bate à porta da Seleção. O atacante Richarlison passou por crise emocional recentemente e gritou por socorro. Só achou no Tottenham! O clube inglês o ajudou a driblar o preconceito. Ele conheceu a terapia. A CBF precisa devolver o divã ao vestiário da esquadra masculina.


LIMA, Marcos Paulo. A Seleção precisa de divã. Correio
Braziliense, 02 de março de 2024. Disponível em:
https://www.correiobraziliense.com.br/opiniao/2024/03/6
811962-a-selecao-precisa-de-diva.html. Acesso em: 02
mar. 2024. Adaptado.

No trecho “Abel Ferreira empilha títulos, porém o Núcleo de Saúde e Performance do Palmeiras trata a psicologia como aliada.”, o conectivo destacado pode ser substituído, sem alterar o sentido do enunciado, por: 
Alternativas
Q2441963 Português
         Os contos populares são tão antigos quanto a própria civilização humana. Uma síntese do falado e do escrito, uma fusão de diferentes versões para a mesma história. O conto da Cinderela, por exemplo, apareceu na China antiga e no Egito antigo. Os detalhes da narrativa mudam dependendo das origens culturais de quem está contando a história. No Egito, o sapatinho da Cinderela é de couro vermelho; já nas Índias Ocidentais é uma fruta-pão e não uma abóbora que é transformada em carruagem. A história da Cinderela que aparece na coleção de contos populares alemães de Jacob e Wilhelm Grimm, publicada pela primeira vez em 1812, pode chocar os familiarizados com a versão de hoje, onde uma empregada doméstica vira princesa.

         Nos relatos dos irmãos Grimm, a heroína se chama Aschenputtel, e seus desejos se realizam não pelo balançar da varinha de uma fada madrinha, mas por uma avelã que cresce no túmulo de sua mãe, que ela rega com suas lágrimas. Quando o príncipe tenta encontrar o delicado pé que irá caber no único sapatinho (que é de ouro e não de cristal), as irmãs não só forçam e gritam para que seus pés entrem, mas os desmembram: uma corta fora o dedão, a outra corta uma parte do calcanhar. E, no final da história, o casamento de Cinderela com o príncipe inclui dois pássaros brancos, que em vez de cantarem alegremente “Cinderela” a caminho do “felizes para sempre”, bicam os olhos das irmãs.

          Os irmãos Grimm publicaram o que se tornaria uma das coleções mais influentes e famosas do folclore mundial. Contos Infantis e Domésticos (Kinder und Hausmärchen), mais tarde intitulados Contos de Grimm, são histórias que definem a infância. Os Grimms, no entanto, haviam montado a coleção como uma antologia acadêmica para estudiosos da cultura alemã, não como uma coleção de histórias para ninar jovens leitores.


(Disponível em: https://www.nationalgeographicbrasil.com/cultura/2019/10/contos-de-fadas-irmaos-grimm-criancas-cinderela-brancade-neve-folclore-alemanha)
Assinale a alternativa que preenche CORRETAMENTE as lacunas da afirmação a seguir.
“As versões mais antigas das histórias populares nem sempre agradam _________ que gostam _____ contos de fadas”.
Alternativas
Ano: 2024 Banca: Quadrix Órgão: CRESS-AM Prova: Quadrix - 2024 - CRESS-AM - Agente Fiscal |
Q2441820 Português

 Texto para o item.



Internet: <www.g1.globo.com> (com adaptações).

Em relação a aspectos estruturais do texto, julgue o item. 


No primeiro parágrafo, a expressão “apoiado em uma bengala” classifica‑se sintaticamente como aposto.

Alternativas
Q2441639 Português
O texto abaixo deve ser lido com atenção para responder à questão:

    Os colegas da escola em que Marianna Santos, 12 anos, estuda adoram os trabalhos que ela faz na TV. E, como qualquer fã de um programa, eles não deixam passar uma oportunidade de descobrir em primeira mão o que vai acontecer nos próximos capítulos daquela história.

    “Os alunos sempre querem spoiler e ficam com raiva, às vezes, pois eu nunca conto”, brinca Marianna, que, como se vê, leva a profissão a sério.

    Mari atualmente está no ar no streaming como a protagonista da série “Luz”, da Netflix. Na trama, Luz é uma menina órfã acolhida e criada desde bebé em uma comunidade kaingang. Quando completa 9 anos, ela descobre algo que vinha sendo mantido em segredo até então e resolve fugir.

    Como brinca a personagem no trailer da série, todo mundo sabe que fugir de noite sozinha na floresta não é a melhor ideia do mundo, então Luz quase não consegue pôr seus planos em prática. Por sorte, ela é ajudada por um vagalume e consegue chegar a um internato, onde vai contar com novos amigos para descobrir sua verdadeira origem. Ela deu entrevista à Folhinha para contar como é ser uma atriz desde os 4 anos de idade (quando ela começou, ainda nem sabia ler!) e o que aprendeu de mais legal com este novo trabalho. (…)

(FRANCO, Marcella. Trecho de apresentação de uma entrevista. Folha de São Paulo. 24.fev.2024. Sessão Folhinha, Coluna DEIXA QUE EU LEIO SOZINHO.)
Assinale a alternativa que apresenta a pontuação adequada para o período:
"Ele disse que não viria mas depois mudou de ideia." 
Alternativas
Q2441399 Português

Texto para o item.



Internet: <www.cfess.org.br> (com adaptações).


Em relação ao texto, julgue o item.


O vocábulo “enquanto” (linha 23) poderia ser substituído por como sem prejuízo para o sentido original do texto.

Alternativas
Q2441392 Português

Internet: <www.ivoviuauva.com.br (com adaptações).

Em relação ao quadrinho acima, julgue o item.


No início da fala do juiz, a preposição “ante” tem sentido equivalente ao de “diante”.

Alternativas
Q2441382 Português

 Texto para o item.


 Internet: <www.g1.globo.com> (com adaptações).

Em relação a aspectos gerais do texto, julgue o item.
O texto tem estrutura de texto dramático.
Alternativas
Q2441077 Português
Ditados populares


Por Silvia Tancredi


001.png (770×349)



(Disponível em: www.brasilescola.uol.com.br – texto adaptado especialmente para esta prova).

O sinal de pontuação em destaque no trecho abaixo é:




“Filho de peixeImagem associada para resolução da questão peixinho é” 

Alternativas
Q2440393 Português

Leia o Texto 2 e responda à questão.



Texto 2



Geração TikTok: nova geração não consegue ouvir músicas com mais de 3 minutos



Geração TikTok e a audição ansiosa: o que mudou no mundo da música?



     De acordo com as principais plataformas de streaming de música (Amazon Music, Deezer e Spotify), a Geração TikTok, ou seja, a Geração Z, considera músicas com mais de 3 minutos muito longas. No geral, as canções com até 2 minutos e 30 segundos são as mais consumidas por esse público.


     Esse fenômeno já ganhou um nome, “audição ansiosa”, e está mudando a forma como os artistas produzem suas músicas. Agora, quem não cria uma canção que vai direto ao ponto perde ouvintes nos primeiros segundos — algo que pode parecer muito estranho para o público da época de Faroeste Caboclo, November Rain e Stairway to Heaven.


     O motivo dessa preferência por músicas menores parece ser um reflexo das redes sociais, especialmente o TikTok. Há tempos, os conteúdos nas redes sociais são apresentados de forma extremamente rápida.


     Por exemplo, o Twitter aceita pouco texto, o TikTok aceita vídeos de no máximo 3 minutos, o WhatsApp e as plataformas de streaming de vídeo e música possuem a opção de reprodução acelerada. Por isso, os tutoriais de 15 minutos do YouTube estão perdendo espaço para conteúdo de 15 segundos no TikTok. Como resultado, a Geração Z está mais ansiosa e não tem paciência para apreciar músicas mais longas.



PONTES, Márcio Miranda. Geração TikTok e a audição ansiosa: o que mudou no mundo da música? Disponível em: https://www.sabra.org.br/site/geracao-tiktok. Acesso em: 9 fev. 2024. [Adaptado].

No segundo parágrafo, as aspas servem para:  
Alternativas
Q2440294 Português
Gírias gaúchas



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(Disponível em: https://conteudo.sesc-rs.com.br/girias-gauchas-quantos-destes-termos-voce-conhece/ – texto adaptado especialmente para esta prova). 

No trecho abaixo, os sinais de pontuação em destaque são, respectivamente:



BaitaImagem associada para resolução da questão significa o mesmo que grandeImagem associada para resolução da questão

Alternativas
Q2440124 Português
        O IBGE, sigla para Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, é um instituto público, federal, criado por meio de um decreto na década de 1930 e atualmente vinculado ao Ministério da Economia do Brasil. A criação do instituto teve como principal objetivo a centralização do levantamento, análise e fornecimento de dados a respeito do território brasileiro e da população do país."

       O IBGE tem como função a produção, análise e divulgação de informações sobre o território brasileiro em todas as suas escalas (nacional, regional, estadual e municipal) e também sobre a população que nele vive. Essas informações possuem diversas naturezas: estatística, socioeconômica, geodésica, geográfica, cartográfica e ambiental, conforme explica o próprio IBGE.

     Quanto às funções específicas desse órgão, elas compreendem a produção e análise de informações estatísticas, geográficas e ambientais; coordenação e consolidação das informações estatísticas e geográficas; implementação e estruturação de um sistema de informações ambientais; coordenação de sistemas estatísticos e cartográficos de escala nacional; documentação e divulgação dessas informações.

     O IBGE é responsável por uma série de levantamentos de dados populacionais, sociais, econômicos e ambientais. O principal deles é o Censo Demográfico, que acontece com uma frequência de dez anos e mapeia de forma integral o território nacional, sendo responsável por dimensionar e caracterizar a população brasileira.  Além do Censo Demográfico, destaca-se a realização da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio Contínua, mais conhecida como Pnad Contínua. Feita a cada três meses, essa pesquisa tem como objetivo acompanhar a evolução de indicadores do mercado de trabalho e também socioeconômicos. A Pnad Contínua existe desde 2011 e, por cinco anos, coexistiu com a Pnad.

A Pnad foi realizada anualmente entre 1967 e 2015, tendo sido definitivamente substituída pela Pnad Contínua em 2016. Pode-se dizer que a Pnad era um levantamento complementar ao Censo Demográfico e utilizada em comparação a ele, uma vez que coletava dados atualizados e em um intervalo de tempo muito menor de uma amostra da população brasileira. Entre esses dados estavam características gerais, trabalho, renda média, escolaridade e outros aspectos socioeconômicos."

    O IBGE realiza o levantamento de informações que nos permitem caracterizar o país e a população brasileira, o que é fundamental para o planejamento e para a gestão pública dos municípios, estados, regiões e do território nacional como um todo.

Assim, o IBGE é importante porque é o órgão que centraliza, analisa e torna públicos esses dados, disponibilizando-os para gestores, pesquisadores, estudantes, empresários e todos os demais membros da sociedade civil interessados em conhecer com detalhes o país em que vivemos.

         O banco de dados criado pelo IBGE viabiliza a realização de pesquisas e estudos científicos de diversas áreas do conhecimento e fornece uma base cartográfica ampla e detalhada importante no meio acadêmico-científico e na gestão em todas as suas escalas territoriais. Além da sociedade civil, esse banco de dados alimenta órgãos e instituições públicas e entes privados, como as empresas e investidores em potencial.

         Indicadores como o IPCA e o INPC, pelos quais o IBGE é responsável, são importantes para o cálculo da inflação. Já outros indicadores socioeconômicos são essenciais para a governança do território nacional, utilizados para a elaboração e no direcionamento de políticas públicas e estratégias de desenvolvimento para determinadas localidades ou parcelas específicas da população brasileira, cuja necessidade é identificada, justamente, por meio das informações levantadas pelo IBGE.


https://brasilescola.uol.com.br/geografia
[Questão inédita] A vírgula está corretamente empregada em:
Alternativas
Q2439850 Português
UMA REFLEXÃO SOBRE A DEMOCRACIA



                Ano de 1947, Inglaterra, Câmara dos Comuns. Winston Churchill teria dito uma frase assim: a democracia é a pior forma de governo, à exceção de todas as demais formas que têm sido experimentadas ao longo da história.

                  Deixando de lado, por um instante, o caráter frasista de Churchill, "como aferir a democracia?" é a pergunta que não quer calar. A experiência grega, que nos legou a palavra “democracia”, gerou efeitos no debate. Resta, então, tentar refleti-la estatisticamente, assunto levado para o campo da quantificação, uma espécie de linha que separa países “democráticos” de “não democráticos”.

                O cientista político Luís Felipe Miguel, da Universidade de Brasília (UnB), tratou logo de nos esclarecer a respeito do assunto. É que “um índice é um construto”. E, no caso da democracia, trata-se de uma instituição dificílima de demarcar. Por quê? Porque a produção de um índice, nessa seara, “visa apreender uma realidade complexa”, o que “exige uma série de decisões”, sendo a primeira delas, a preocupação de transformar a liberdade de expressão em números. Daí as consideráveis dificuldades: o direito de voto e liberdade de expressão têm o mesmo impacto na produção de uma democracia? Qual vale o dobro?

                  Feita essa rápida introdução, a fim de verificar que avaliar a democracia não é como colocar um termômetro e medir a temperatura, convém perquirir um índice de democracia que circulou amplamente pelos principais jornais ao longo do corrente ano. É que democracias do mundo, nos últimos dez anos, vivenciaram considerável queda de qualidade, sendo que a parcela de insatisfeitos atingiu o pico em 2020, divisa extrema da “recessão democrática”.

              O relatório de satisfação global com a democracia 2020, elaborado pelo Instituto Bennett de Políticas Públicas da Universidade de Cambridge, apontou quais foram os países que mais caíram no índice de democracia.

O levantamento revelou que 92 países atualmente têm regimes autoritários, contra 87 democráticos, sendo que os cinco mais autoritários foram Eritreia, Coreia do Norte, Arábia Saudita, Iêmen e Síria. Os que apareceram como mais democráticos foram Dinamarca, Estônia, Suécia, Suíça e Noruega. E o Brasil? Bem, o Brasil foi o quinto país que mais caiu no ranking na última década. (Fonte: Democracy Report 2020 e Folha S.Paulo)

                 Mas quais os critérios desse relatório de satisfação com a democracia? De maneira geral, os eixos levantados foram a liberdade de expressão e de imprensa, que representam uma das faces do tema. Alguém poderá perguntar: mas a eleição, não é parte essencial da democracia? Sim, mas na interpretação da cientista política alemã Anna Lührmann, em entrevista para o jornal Folha de S. Paulo, acabar com as eleições instantaneamente é um movimento que gera resistência, então “os governos primeiro atacam a mídia”, de modo a enfraquecer a resistência. Essa é a “rota mais comum que os governos têm tomado em direção ao autoritarismo”, diz a pesquisadora.

                E, coincidentemente ou não, quatro meses após a conclusão da mencionada pesquisa da Universidade de Cambridge, um relatório da ONG “Repórteres sem Fronteiras”, apontou que o Brasil teve a segunda queda seguida em ranking de liberdade de imprensa, ocupando a posição 107 da lista de 180 Estados.

             É evidente que há grande esforço para demarcar o assunto, tanto da equipe ligada à Universidade de Cambridge, quanto da equipe ligada à ONG “Repórteres sem Fronteiras”. As informações dos grupos de trabalho são muito interessantes e mais ajudam no debate do que o contrário.

           Diante de tais angulações, alguns comentários adicionais: é evidente que não é nada simples comentar sobre as singularidades da democracia em curto espaço. Até porque, o assunto requer a compreensão de alguns contextos, sendo impossível dar um salto do ideal de liberdade da Grécia antiga, com o “povo” tomando decisões, passando por parâmetros de realidade sócio-política exibidos no clássico A Democracia na América, de Alexis de Tocqueville.

              Assim, dentro do que é possível sintetizar, vê-se que a democracia é um regime de instituições. E isto nega um regime de pessoas isoladas. Ora, apostar num discurso de salvação da pátria, com lastro na figura pessoal de um presidente da República, como muitos imaginam, trata-se de reduzir consideravelmente a riqueza do debate.

            Isso já evidencia que outros tantos componentes de um índice podem ser apresentados para reflexão dentro desse campo temático, que separa países “democráticos” de “não democráticos”, a exemplo de que nas democracias a maioria tem que se preocupar com as minorias ou que, apesar do voto carregar uma mensagem, a democracia não se esgota apenas na operação da eleição.

            Para além disso é necessário ainda refletir a democracia pelo cumprimento de direitos fundamentais, o que passa pela defesa das garantias processuais e pelas “liberdades cívicas” (liberdade de expressão, de Página 4 de 9 consciência, de reunião, entre outros). É que, como diz Lenio Streck, se há um ataque aos direitos e garantias fundamentais, “o Direito é a primeira vítima, a segunda é a democracia”.

          Mais: a democracia requer responsabilidade, o que pressupõe que um presidente da República, mesmo que eleito pelo voto do povo, não pode tudo. E daí caberia mais desdobramentos, a exemplo de que a cidadania é o sustentáculo da democracia, porque se trata de um sistema exercível por todos.

            Vê-se que não é tarefa fácil falar sobre democracia. Trata-se de um tema que requer cuidado redobrado, especialmente quando há argumentos do tipo “as instituições estão funcionando”, porque o maior perigo de uma democracia é achar que não há perigo. Tal significa dizer que é preciso ligar um alerta com as chamadas “armadilhas da confiança”, como nos lembra o professor David Runciman, da Universidade de Cambridge.

              Há, de fato, um ponto de autenticidade na frase do político britânico Churchill, de que a democracia é o único regime aceitável ou o melhor dos piores regimes de governo. Ele faz, como resta claro, o elogio da democracia. O que nos preocupa é saber se as atuais democracias podem ser chamadas de democracias.



(Autor: André Del Negri. Publicado em 13/06/2020. Site Consultor Jurídico. Disponível em https://www.conjur.com.br/2020-jun-13/diario-classe-reflexao-democracia/).
“E, no caso da democracia, trata-se de uma instituição dificílima de demarcar”. Podemos dizer corretamente que a palavra destacada está:
Alternativas
Q2439680 Português
O uso da vírgula entre termos de uma oração segue algumas regras gramaticais, entre as quais não faz parte:
Alternativas
Q2439382 Português
“Tendo milhões de seguidores em suas redes sociais, o PIAUIENSE Winderson Nunes é, hoje, um fenômeno nacional”. Quanto a palavra em destaque, podemos afirmar corretamente que:
Alternativas
Q2438479 Português
TEXTO PARA RESPONDER À QUESTÃO.

CAPTURA E VENDA DE CARANGUEJO ESTÃO PROIBIDAS NO PARÁ

Por Lissa de Alexandria, g1 Pará — Belém . 15/01/2024 10h16

    O Estado do Pará entrou no primeiro período de defeso do Caranguejo-uçá, que visa garantir a reprodução e a proteção dos animais. A primeira fase iniciou junto à lua nova, no dia 12 e segue até 17 de janeiro.
    Os demais períodos que serão proibidas a captura e a venda de caranguejo sem declaração de estoque serão nas próximas luas em sua fase "nova":
    Nessa fase de lua nova, os animais aproveitam para saírem das suas tocas, para acasalamento e liberação dos ovos, tornando-se presas fáceis aos pescadores e catadores, e também por esse comportamento são protegidos para reprodução da espécie.
    Feiras da grande Belém passam por fiscalização e ações são realizadas no interior do Estado do Pará para coibir a prática de captura, transporte, beneficiamento, industrialização e comercialização do animal nos períodos de defeso.
    (...)
    O produto da captura apreendido, quando vivo, deve ser liberado, de preferência, no habitat natural, no manguezal. Aos infratores devem ser aplicadas as penalidades e as sanções previstas na Lei.

(Texto adaptado)
A separação silábica correta de período é
Alternativas
Respostas
4261: C
4262: D
4263: B
4264: B
4265: A
4266: E
4267: C
4268: C
4269: C
4270: E
4271: E
4272: C
4273: C
4274: C
4275: D
4276: A
4277: C
4278: B
4279: B
4280: C