Questões de Concurso Comentadas sobre português

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Q2374916 Português
Leia o texto e responda a questão.


A disciplina do amor

Lygia Fagundes Telles


      Foi na França, durante a Segunda Grande guerra: um jovem tinha um cachorro que todos os dias, pontualmente, ia esperá-lo voltar do trabalho. Postava-se na esquina, um pouco antes das seis da tarde. Assim que via o dono, ia correndo ao seu encontro e na maior alegria acompanhava-o com seu passinho saltitante de volta à casa. A vila inteira já conhecia o cachorro e as pessoas que passavam faziam-lhe festinhas e ele correspondia, chegava até a correr todo animado atrás dos mais íntimos. Para logo voltar atento ao seu posto e ali ficar sentado até o momento em que seu dono apontava lá longe.

      Mas eu avisei que o tempo era de guerra, o jovem foi convocado. Pensa que o cachorro deixou de esperá-lo? Continuou a ir diariamente até a esquina, fixo o olhar naquele único ponto, a orelha em pé, atenta ao menor ruído que pudesse indicar a presença do dono bem-amado. Assim que anoitecia, ele voltava para casa e levava sua vida normal de cachorro, até chegar o dia seguinte. Então, disciplinadamente, como se tivesse um relógio preso à pata, voltava ao posto de espera. O jovem morreu num bombardeio, mas no pequeno coração do cachorro não morreu a esperança. Quiseram prendê-lo, distraí-lo. Tudo em vão. Quando ia chegando àquela hora ele disparava para o compromisso assumido, todos os dias.

      Todos os dias, com o passar dos anos (a memória dos homens!) as pessoas foram se esquecendo do jovem soldado que não voltou. Casou-se a noiva com um primo. Os familiares voltaram-se para outros familiares. Os amigos para outros amigos. Só o cachorro já velhíssimo (era jovem quando o jovem partiu) continuou a esperá-lo na sua esquina. As pessoas estranhavam, mas quem esse cachorro está esperando… Uma tarde (era inverno) ele lá ficou, o focinho voltado para aquela direção.
O texto “A disciplina do amor” narra:
Alternativas
Q2374827 Português
Garante-se a coesão e a coerência textuais preenchendo-se as lacunas do texto, correta e respectivamente, com:
    _______________ sem dados oficiais sobre o ano passado, cientistas já esperam que 2023 _______________ o ano mais quente já registrado na história da Terra.
    _______________ as análises meteorológicas não tenham alcance para além do primeiro semestre, a chance de um arrefecimento do El Niño, caracterizado pelo aquecimento acima da média das águas do oceano Pacífico equatorial, poderia ajudar numa trégua.
    _______________, a expectativa é que 2024 fique entre os anos mais quentes já registrados, _______________ aquecimento do planeta. [...]

[texto adaptado]. Disponível em: https://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2023/12/brasil-pode-ver-calor-arrefecer-em-2024-mas-ano- ainda-deve-ser-um-dos-mais-quentes-da-historia.shtml
Alternativas
Q2374826 Português
Texto para a questão.

"Mussum, O Filmis‟ bate recorde de bilheteria e tem a maior estreia do cinema nacional em 2023

"Mussum, O Filmis‟ tornou-se a maior estreia do cinema brasileiro em 2023. De acordo com dados da Comscore, a obra arrecadou, na última quinta-feira (2) – data do primeiro dia de exibição –, cerca de R$ 640 mil em 400 salas de cinema espalhadas pelo país.

Já no seu primeiro fim de semana em cartaz, nos dias 4 e 5 de novembro, a produção faturou R$ 2 milhões. "Mussum, O Filmis‟ é estrelado por Ailton Graça, que faz o papel do humorista, ator e sambista.

O longa, que possui direção de Silvio Guindane, conta a vida do humorista Antônio Carlos, mais conhecido por interpretar o icônico personagem Mussum. No longa, para retratar a trajetória do ator, é mostrado, principalmente, os bastidores de Os Trapalhões, o sucesso do grupo Originais do Samba, a vida pobre, carreira militar e a relação de Antônio com a escola de samba Mangueira.

"Mussum, O Filmis‟ foi o grande vencedor do 51º Festival de Cinema de Gramado, levando seis Kikitos: Melhor Filme, Melhor Ator (Ailton Graça), Melhor Ator Coadjuvante (Yuri Marçal), Melhor Trilha Musical (Max de Castro), Melhor Filme do júri popular e Melhor Atriz Coadjuvante (Neusa Borges).

Assinale a alternativa que apresenta a identificação correta da classe gramatical da palavra destacada:
Alternativas
Q2374791 Português
Leia o texto abaixo:

Nem sempre gigantes…

     Por que os dinossauros despertam tanto a curiosidade das pessoas? A principal resposta pode ser porque, além de extintos e diferentes de tudo o que existe hoje em dia, os dinossauros eram gigantes! Muitos deles passavam dos 30 metros de comprimento, medidos da ponta do focinho até a ponta da cauda. O maior dinossauro do Brasil, por exemplo, é o Austroposeidon magnificus, encontrado na região de Presidente Prudente, em São Paulo (Brasil), e que, com seus estimados 26 metros, pesava cerca de 30 toneladas. Já o mais famoso do mundo é o Tyrannosaurus rex T. rex, para os apaixonados –, que também era enorme: mais de 12 metros de comprimento e um peso que podia chegar a 10 toneladas!
     Mas, aqui vai uma revelação: ao contrário do que muitos pensam, nem todos os dinossauros eram gigantes. E nem por isso foram menos importantes ou maravilhosos! Apenas para relembrar, os paleontólogos – que são os pesquisadores que estudam os fósseis –, conseguiram determinar que nem todos os dinos foram extintos e que um grupo sobreviveu! Que grupo foi esse? O das aves!
    Por mais estranho que essa afirmação possa parecer, fato é que todas as evidências científicas indicam que esses vertebrados emplumados são dinossauros que aprenderam a voar! [...]
KELLNER, Alexander. Nem sempre gigantes... Ciência Hoje das Crianças, 01 de dezembro de 2023. Disponível em: https://www.chc.org.br/artigo/nem-sempregigantes/. Acesso em: 07 jan. 2024. Adaptado. De acordo com esse texto: 



De acordo com esse texto: 
Alternativas
Q2374719 Português

Leia o texto a seguir para responder a questão.


Entre as décadas de 1920 e 30, artistas, intelectuais e literatos se uniram para criar uma identidade regional que incentivasse o sentimento de pertencimento, o que era ser um paranaense e quais eram os elementos do estado. Com um olhar voltado mais para a natureza surgiram os símbolos paranistas, que permanecem em nosso imaginário e cotidiano: a araucária e o pinhão, principalmente, mas a gralha-azul e a erva-mate também são alguns exemplos. Essa criação de tradições regionais e até representações políticas não foi algo exclusivo do Paraná. Após o surgimento da República, em 1889, existia todo um movimento no país em busca de uma linguagem que definisse o que era ser brasileiro. Aqui, no Paraná, o que ajudou a favorecer foi o ciclo econômico provocado pela erva-mate, um terreno fértil para modernização de Curitiba e um cenário para uma efervescência cultural. O termo “Paranismo” surgiu em 1927, em um manifesto publicado pelo político, historiador e jornalista Romário Martins, um dos líderes do Paranismo, pelo qual procurou definir o que era o movimento paranista. 


No entanto, o termo “paranista” foi criado bem antes, em 1906, pelo poeta Domingos Nascimento, que em uma viagem ao norte do estado teria chamado os paulistas que viviam lá de “paranistas”, já que não eram paranaenses. A denominação acabou sendo adquirida pelo movimento já que conseguia traduzir essa sensação de pertencimento a todos que viviam no estado, mas não tinha nascido aqui – ainda mais em uma época de intensa imigração, principalmente de europeus.


(Texto adaptado. Camile Triska. Curitiba de graça. 22/01/2021. Disponível em: https://curitibadegraca.com.br/curitiba-e-arte-o-que-foi-omovimento-paranista/)


Os afixos são acrescentados a algumas palavras para indicar seu sentido. Assinale a alternativa em que o sufixo atribui o mesmo sentido do aplicado na palavra “Paranismo”.
Alternativas
Q2374641 Português

Leia o texto a seguir para responder a questão.


Animais são cada vez mais parte das famílias brasileiras


Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que a realidade dos países europeus já integra o cenário das famílias brasileiras: nos lares, há mais animais do que crianças. Em cada 100 famílias, 44 criam pets e apenas 36 delas possuem crianças com até 12 anos de idade. Para as pessoas que moram sozinhas, os animais de companhia ocupam ainda mais destaque. A médica-veterinária Cristiane Pizzutto, presidente da Comissão Técnica de Bem-Estar Animal (CTBEA), do Conselho Regional de Medicina Veterinária do Estado de São Paulo (CRMV-SP), acredita que o aumento de pets em lares brasileiros é reflexo da mudança do perfil e comportamento da população. “Muitas famílias estão optando por ter menos filhos ou não tê-los, e com isto, incorporam um animal em seu lar, que, desta forma, ganham mais espaço dentro de casa, chegando a dividir a própria cama com os tutores. Eles são carinhosos, recebem cuidados e atenção, e acabam tornando o vínculo homem-animal inseparável. Este é um processo irreversível”, enfatiza.

(Fragmento adaptado. Comunicação CRMV-SP, 07/12/2018. Disponível em: https://crmvsp.gov.br/animais-sao-cada-vez-mais-parte-das--familias-brasileiras/).
Assinale a alternativa que contém a afirmação CORRETA a respeito do conteúdo do texto.
Alternativas
Q2374540 Português

Leia o texto a seguir para responder a questão.


“A importância das mulheres no esporte


Agora, mais do que nunca, a importância da mulher no esporte está sendo reconhecida e valorizada. O esporte sempre foi um território dominado pelos homens, mas as mulheres vêm conquistando seu lugar de destaque e mostrando todo seu talento e habilidades. A presença feminina no esporte é fundamental para quebrar barreiras e estereótipos de gênero, além de promover a igualdade e empoderamento das mulheres em todas as áreas da sociedade.

Além de ser uma forma de expressão e realização pessoal, a prática esportiva traz diversos benefícios para a saúde e bem-estar das mulheres. Através do esporte, as mulheres podem desenvolver habilidades físicas e mentais, ganhar confiança em si mesmas e melhorar sua qualidade de vida. A atividade física também contribui para a prevenção de doenças e o fortalecimento do corpo e da mente.

É importante ressaltar que a importância da mulher no esporte vai além da prática em si. As mulheres também desempenham papéis fundamentais como treinadoras, árbitras, coordenadoras e dirigentes esportivas. A presença feminina em posições de liderança no esporte é essencial para que haja diversidade de pensamentos, perspectivas e experiências, resultando em um esporte mais inclusivo e enriquecedor para todos.”

(A importância da mulher no esporte. Atletas do Bem, 2023. Disponível em: https://www.atletasdobem.com.br/a-importancia-da-mulherno-esporte/)






Assinale a alternativa cujo substantivo tem significado diferente ao mudar o gênero.
Alternativas
Q2374538 Português

Leia o texto a seguir para responder a questão.


“A importância das mulheres no esporte


Agora, mais do que nunca, a importância da mulher no esporte está sendo reconhecida e valorizada. O esporte sempre foi um território dominado pelos homens, mas as mulheres vêm conquistando seu lugar de destaque e mostrando todo seu talento e habilidades. A presença feminina no esporte é fundamental para quebrar barreiras e estereótipos de gênero, além de promover a igualdade e empoderamento das mulheres em todas as áreas da sociedade.

Além de ser uma forma de expressão e realização pessoal, a prática esportiva traz diversos benefícios para a saúde e bem-estar das mulheres. Através do esporte, as mulheres podem desenvolver habilidades físicas e mentais, ganhar confiança em si mesmas e melhorar sua qualidade de vida. A atividade física também contribui para a prevenção de doenças e o fortalecimento do corpo e da mente.

É importante ressaltar que a importância da mulher no esporte vai além da prática em si. As mulheres também desempenham papéis fundamentais como treinadoras, árbitras, coordenadoras e dirigentes esportivas. A presença feminina em posições de liderança no esporte é essencial para que haja diversidade de pensamentos, perspectivas e experiências, resultando em um esporte mais inclusivo e enriquecedor para todos.”

(A importância da mulher no esporte. Atletas do Bem, 2023. Disponível em: https://www.atletasdobem.com.br/a-importancia-da-mulherno-esporte/)






Assinale a alternativa cujas palavras preenchem respectivamente as lacunas da afirmação a seguir de forma CORRETA.
As mulheres podem praticar ____________ esportes. Também é direito ____________ ocupar lugares de liderança e assumirem as ____________ decisões.
Alternativas
Q2374506 Português

Leia o texto a seguir: 


Imagem associada para resolução da questão


VIDA DE SUPORTE. Roteiro de viagem. 05 de janeiro de 2024.

Disponível em: https://vidadesuporte.com.br/suporte-aserie/roteiro-de-viagem/. Acesso em: 07 jan. 2024.



Nesse texto, é possível inferir que: 




Alternativas
Q2374272 Português
Dengue prevista



        A dengue é uma doença periódica e cíclica: os casos crescem no verão e há picos epidêmicos a cada 4 ou 5 anos. Trata-se, portanto, de enfermidade de atuação previsível. Supõe-se que o poder público se adiantaria com medidas de prevenção e tratamento. Contudo, há décadas os números de casos e mortes só aumentam no Brasil.

         Entre 2000 e 2010, foram registrados 4,5 milhões de ocorrências e 1.869 óbitos. Na década seguinte, os números saltaram para 9,5 milhões e 5.385, respectivamente. O primeiro semestre deste ano registra 1,4 milhão de casos, ante 1,5 milhão em 2022. A tendência é piorar.

        Segundo a OMS, urbanização descontrolada e sistema sanitário precário contribuem para o descontrole da moléstia.

       No Brasil, cerca de 50% da população não tem acesso a redes de esgoto, em grande parte devido à ineficiência estatal, que só agora começa a mudar com o novo marco do setor. E o desmatamento para a construção de moradias irregulares grassa nos grandes centros. A dimensão de áreas verdes derrubadas para esse fim na cidade de São Paulo atingiu, nos primeiros dois meses de 2023, 85 hectares.

     Neste ano, o município já conta com 11444 casos de dengue – 3,7% a mais em relação ao mesmo período de 2022. Dez pessoas morreram, o maior número em oito anos, quando houve pico epidêmico.

      A OMS ressaltou a importância da vacinação. Mas, devido à burocracia, o Brasil protela a distribuição do imunizante japonês Qdenga – já aprovado para venda pela Anvisa – no sistema público de saúde.

       O combate à dengue deve ser contínuo, não apenas no verão, e em várias frentes complementares (saúde, infraestrutura e moradia). Com o alerta da OMS, espera-se que o poder público, local e federal, se prepare para receber as consequências do fenômeno climático El Niño.


(Editorial. Folha de S.Paulo, 27.07.2023. Adaptado)
No trecho do primeiro parágrafo – A dengue é uma doença periódica e cíclica: os casos crescem no verão e há picos epidêmicos a cada 4 ou 5 anos. Trata-se, portanto, de enfermidade de atuação previsível. –, os dois-pontos e as vírgulas são empregados, correta e respectivamente, para sinalizar
Alternativas
Q2374103 Português
            Quando arqueólogos descobriram uma tumba na Espanha, datada de quase 5000 anos e contendo artigos luxuosos como um punhal feito com cristal de rocha, casca de um ovo de avestruz e uma presa de elefante africano, perceberam que a pessoa enterrada ali era uma figura poderosa. O que eles não sabiam é que se tratava de uma mulher.

        Pesquisadores divulgaram que a análise do esmalte dos dentes mostrou que o corpo sepultado no local perto de Sevilha não era de um homem, como se pensava anteriormente. A descoberta indica o papel de liderança que as mulheres desempenhavam nessa sociedade antiga, anterior às pirâmides do Egito, e talvez em outros lugares.

         Embora os pesquisadores não saibam exatamente quem ela era ou que papel social desempenhava, suspeitam que ela combinava poder político e religioso e é possível que fosse considerada a fundadora de um clã importante. Nenhum homem de posição semelhante foi encontrado no local. “Esse estudo lança uma nova luz sobre um problema do qual sabemos muito pouco: o papel social e político das mulheres nas primeiras sociedades pré-estatais complexas”, disse Leonardo García Sanjuán, professor de pré-história da Universidade de Sevilha.

       A Dama de Marfim, assim apelidada por haver objetos de marfim finamente trabalhados que a cercam na sepultura, mostra que as mulheres podem ter ocupado altos cargos de liderança durante a Idade do Cobre, um período de transição entre a Idade da Pedra e a Idade do Bronze.

       “O terceiro milênio antes de Cristo é uma época de grandes transformações. Na Mesopotâmia e no Egito, os primeiros séculos do terceiro milênio correspondem _________ primeiras sociedades dinásticas”, disse García Sanjuán.

        “Na Península Ibérica, é um momento de maior complexidade social, em que se intensificou __________ produção e houve maior disponibilidade de excedentes, além de uma crescente conectividade inter-regional e aumento da desigualdade social e da hierarquia política. A Dama de Marfim reflete todos esses elementos”, acrescentou.

      Nesse período, houve na Península Ibérica sociedades complexas, mas que antecederam ___________ formação de entidades políticas como estados.



(Will Dunham. Dama de Marfim sepultada na Espanha revela
o papel de liderança de mulheres na antiguidade.
www1.folha.uol.com.br, 08.07.2023. Adaptado)
No trecho “Embora os pesquisadores não saibam exatamente quem ela era ou que papel social desempenhava…” (3º parágrafo), o vocábulo destacado pode ser substituído, sem prejuízo do sentido e da correção gramatical, por:
Alternativas
Q2373940 Português
Aos 93 anos, Maria Albino faz doces para acolher pessoas


Anna Jailma


É, em Timbaúba dos Batistas, cidade da região Seridó do Rio Grande do Norte, referência no bordado, que reside Maria de Lourdes dos Santos, conhecida como “Maria Albino”, uma alegre doceira que nunca vendeu doces. Aos 93 anos de idade, Maria de Lourdes, desde a adolescência, tem o doce como uma forma de acolher pessoas e, hoje, de trazer para si as melhores lembranças da sua juventude.


Maria morava com seus pais e irmãos no Sítio Pitombeira, município de Serra Negra do Norte. Entre as suas tarefas, estavam o trabalho de tirar ração para o gado e colher feijão no roçado. Mas, no caminho, entre o roçado e a casa da família, estavam os cajueiros frondosos, de frutas cheirosas, que encantavam Maria na sua adolescência.


A menina Maria parava no tempo, debaixo do cajueiro. Ela apanhava as frutas e, em casa, fazia doces, que logo fizeram sucesso entre as pessoas que visitavam sua casa todas as noites, para conversar na calçada. Era comum que, apesar de não ter energia elétrica, as pessoas visitassem os vizinhos para uma prosa, com a luz de lamparina e do céu estrelado. “Eu passava pelos cajueiros, apanhava para fazer doce e pra gente comer a noite, na calçada. Era muita gente que ia lá para casa à noite, a juventude toda. Eu fazia os doces para receber as pessoas. Nunca vendi. Até hoje faço para presentear quem gosto”, diz sorrindo Dona Maria Albino.


Os anos passaram, Maria Albino se casou e foi morar em Timbaúba dos Batistas. Não voltou mais ao sítio Pitombeira, mas a forma que encontra de manter viva essas lembranças é continuar fazendo doces para acolher pessoas em volta. Doce de goiaba, mamão com coco, doce de leite, ou seus preferidos, doce de caju e caju ameixa estão sempre disponíveis na mesa de Maria Albino.


Até seus 90 anos, Maria também fazia chouriço, tradicional doce do Seridó, que utiliza sangue e banha de porco, rapadura, castanha de caju, especiarias como canela, cravo, gengibre, erva-doce, e pimenta-do-reino, além de outros ingredientes. O chouriço precisa ficar no fogo, em média até 6 horas, e Maria Albino fazia o doce, que para ela “não tem nada de trabalhoso”.


Hoje, ela ainda assa castanha, mas é para fazer também seu bolo de batata doce, que é servido no tradicional café da tarde. “Gosto de cozinhar, de receber pessoas com muita comida, minha mãe já era assim”, diz ela.


Mãe de sete filhos, Maria diz que “perdeu a conta” de quantos netos e bisnetos já tem. Ela conta sua história de afeto com o fazer e oferecer doces para os descendentes como forma de preservar suas raízes e reviver suas memórias. “Quando estou fazendo doce, lembro desse tempo bom, quando era mocinha. Fazer doce é tudo pra mim, e o especial é o de caju, porque tudo começou com ele”, conclui.


Sobre ter tanta saúde e disposição aos 93 anos, Maria atribui ao fato de alimentar-se de produtos naturais, inclusive, sua manteiga é feita por ela, em casa, apurada da nata do leite. “Margarina e óleo nunca uso”, diz Maria. 



Disponível em: https://saibamais.jor.br/2023/11/serido-aos-93-anos-maria-albino-faz-doces-para-acolher. [Acesso em dez. de 2023]

Maria morava com seus pais e irmãos no Sítio Pitombeira, município de Serra Negra do Norte. Entre as suas tarefas, estava o trabalho de tirar ração para o gado e colher feijão no roçado. Mas, no caminho, entre o roçado e a casa da família, estavam os cajueiros frondosos, de frutas cheirosas, que encantavam Maria na sua adolescência.



A conjunção “mas” pode ser substituída, sem provocar alteração de sentido, no trecho, por
Alternativas
Q2373939 Português
Aos 93 anos, Maria Albino faz doces para acolher pessoas


Anna Jailma


É, em Timbaúba dos Batistas, cidade da região Seridó do Rio Grande do Norte, referência no bordado, que reside Maria de Lourdes dos Santos, conhecida como “Maria Albino”, uma alegre doceira que nunca vendeu doces. Aos 93 anos de idade, Maria de Lourdes, desde a adolescência, tem o doce como uma forma de acolher pessoas e, hoje, de trazer para si as melhores lembranças da sua juventude.


Maria morava com seus pais e irmãos no Sítio Pitombeira, município de Serra Negra do Norte. Entre as suas tarefas, estavam o trabalho de tirar ração para o gado e colher feijão no roçado. Mas, no caminho, entre o roçado e a casa da família, estavam os cajueiros frondosos, de frutas cheirosas, que encantavam Maria na sua adolescência.


A menina Maria parava no tempo, debaixo do cajueiro. Ela apanhava as frutas e, em casa, fazia doces, que logo fizeram sucesso entre as pessoas que visitavam sua casa todas as noites, para conversar na calçada. Era comum que, apesar de não ter energia elétrica, as pessoas visitassem os vizinhos para uma prosa, com a luz de lamparina e do céu estrelado. “Eu passava pelos cajueiros, apanhava para fazer doce e pra gente comer a noite, na calçada. Era muita gente que ia lá para casa à noite, a juventude toda. Eu fazia os doces para receber as pessoas. Nunca vendi. Até hoje faço para presentear quem gosto”, diz sorrindo Dona Maria Albino.


Os anos passaram, Maria Albino se casou e foi morar em Timbaúba dos Batistas. Não voltou mais ao sítio Pitombeira, mas a forma que encontra de manter viva essas lembranças é continuar fazendo doces para acolher pessoas em volta. Doce de goiaba, mamão com coco, doce de leite, ou seus preferidos, doce de caju e caju ameixa estão sempre disponíveis na mesa de Maria Albino.


Até seus 90 anos, Maria também fazia chouriço, tradicional doce do Seridó, que utiliza sangue e banha de porco, rapadura, castanha de caju, especiarias como canela, cravo, gengibre, erva-doce, e pimenta-do-reino, além de outros ingredientes. O chouriço precisa ficar no fogo, em média até 6 horas, e Maria Albino fazia o doce, que para ela “não tem nada de trabalhoso”.


Hoje, ela ainda assa castanha, mas é para fazer também seu bolo de batata doce, que é servido no tradicional café da tarde. “Gosto de cozinhar, de receber pessoas com muita comida, minha mãe já era assim”, diz ela.


Mãe de sete filhos, Maria diz que “perdeu a conta” de quantos netos e bisnetos já tem. Ela conta sua história de afeto com o fazer e oferecer doces para os descendentes como forma de preservar suas raízes e reviver suas memórias. “Quando estou fazendo doce, lembro desse tempo bom, quando era mocinha. Fazer doce é tudo pra mim, e o especial é o de caju, porque tudo começou com ele”, conclui.


Sobre ter tanta saúde e disposição aos 93 anos, Maria atribui ao fato de alimentar-se de produtos naturais, inclusive, sua manteiga é feita por ela, em casa, apurada da nata do leite. “Margarina e óleo nunca uso”, diz Maria. 



Disponível em: https://saibamais.jor.br/2023/11/serido-aos-93-anos-maria-albino-faz-doces-para-acolher. [Acesso em dez. de 2023]

Maria morava com seus pais e irmãos no Sítio Pitombeira, município de Serra Negra do Norte. Entre as suas tarefas, estava o trabalho de tirar ração para o gado e colher feijão no roçado. Mas, no caminho, entre o roçado e a casa da família, estavam os cajueiros frondosos, de frutas cheirosas, que encantavam Maria na sua adolescência.



No trecho, a conjunção “mas” está ligando

Alternativas
Q2373864 Português
[...] Para além dos seus notórios efeitos fiscais e dos benefícios que garantirá para as gerações futuras, a aprovação das novas regras previdenciárias tem profundo valor simbólico. Representa, a um só tempo, prova da capacidade técnica, do nível de responsabilidade e do poder de articulação das senhoras e dos senhores congressistas. Churchill, o mais emblemático dos primeiros-ministros ingleses, que entendia o papel de um parlamento forte, alertava que “não adianta dizer que estamos fazendo o melhor que podemos. Precisamos fazer tudo aquilo que é necessário”. Na linha dessa Legislatura reformista, que está se impondo nos exatos limites do texto constitucional, fomos atrás de fazer tudo aquilo que era necessário, e a escolha de pautas é uma construção de extrema responsabilidade. O que esse país precisa é de mais foco e trabalho. Como ensinou Churchill, façamos o que for necessário. [...]



Disponível em: https://www25.senado.leg.br/. Acesso em: 18 nov. 2023
A penúltima vírgula empregada no trecho justifica-se porque
Alternativas
Q2373863 Português
[...] Para além dos seus notórios efeitos fiscais e dos benefícios que garantirá para as gerações futuras, a aprovação das novas regras previdenciárias tem profundo valor simbólico. Representa, a um só tempo, prova da capacidade técnica, do nível de responsabilidade e do poder de articulação das senhoras e dos senhores congressistas. Churchill, o mais emblemático dos primeiros-ministros ingleses, que entendia o papel de um parlamento forte, alertava que “não adianta dizer que estamos fazendo o melhor que podemos. Precisamos fazer tudo aquilo que é necessário”. Na linha dessa Legislatura reformista, que está se impondo nos exatos limites do texto constitucional, fomos atrás de fazer tudo aquilo que era necessário, e a escolha de pautas é uma construção de extrema responsabilidade. O que esse país precisa é de mais foco e trabalho. Como ensinou Churchill, façamos o que for necessário. [...]



Disponível em: https://www25.senado.leg.br/. Acesso em: 18 nov. 2023
O substantivo composto empregado no fragmento apresenta flexão de número nas duas palavras que o compõem porque é formado por
Alternativas
Q2373738 Português

Leia o texto a seguir para responder a questão.


Como funciona a energia eólica? 


A energia eólica é produzida pela força dos ventos e é convertida em energia cinética que se transforma em eletricidade. O processo é feito por meio de turbinas eólicas ou aerogeradores, que são parecidos com moinhos de ventos.

Geralmente, a estrutura da turbina é composta por uma torre, rotor e pás. Assim, o vento faz as pás girarem a uma velocidade entre 10 a 25 rotações por minuto, o que aciona o rotor, que é a peça a que as pás estão conectadas.

Ele é multiplicado no interior da nacele que é a estrutura retangular que fica atrás das pás e conecta a torre da turbina. No seu interior fica o gerador que converte a energia cinética em energia elétrica.

Após isso, a eletricidade é conduzida por meio de dutos para transformadores que estão dentro da torre. Um dos transformadores está conectado à turbina e o outro concentra a energia que foi gerada.

Por fim, a energia é distribuída aos consumidores finais pela rede de distribuição.

(Fragmento adaptado. Disponível em: https://www.cnnbrasil.com.br/economia/entenda-como-funciona-a-energia-eolica-offshore-que-e-gerada-no-mar/)




Assinale a alternativa em que a divisão silábica está CORRETA.
Alternativas
Ano: 2024 Banca: FUNCERN Órgão: Prefeitura de Carnaúba dos Dantas - RN Provas: FUNCERN - 2024 - Prefeitura de Carnaúba dos Dantas - RN - Assistente Administrativo | FUNCERN - 2024 - Prefeitura de Carnaúba dos Dantas - RN - Técnico em Manutenção de Computadores | FUNCERN - 2024 - Prefeitura de Carnaúba dos Dantas - RN - Tradutor e Intérprete de Libras | FUNCERN - 2024 - Prefeitura de Carnaúba dos Dantas - RN - Agente Comunitário de Saúde | FUNCERN - 2024 - Prefeitura de Carnaúba dos Dantas - RN - Agente de Combate às Endemias | FUNCERN - 2024 - Prefeitura de Carnaúba dos Dantas - RN - Auxiliar de Apoio Pedagógico | FUNCERN - 2024 - Prefeitura de Carnaúba dos Dantas - RN - Auxiliar de Saúde Bucal - ASB | FUNCERN - 2024 - Prefeitura de Carnaúba dos Dantas - RN - Técnico em Análises Clínicas | FUNCERN - 2024 - Prefeitura de Carnaúba dos Dantas - RN - Técnico em Edificações | FUNCERN - 2024 - Prefeitura de Carnaúba dos Dantas - RN - Técnico em Enfermagem | FUNCERN - 2024 - Prefeitura de Carnaúba dos Dantas - RN - Cinegrafista Legislativo | FUNCERN - 2024 - Prefeitura de Carnaúba dos Dantas - RN - Operador de Mídia | FUNCERN - 2024 - Prefeitura de Carnaúba dos Dantas - RN - Técnico Legislativo | FUNCERN - 2024 - Prefeitura de Carnaúba dos Dantas - RN - Técnico Legislativo - Área Legislativa | FUNCERN - 2024 - Prefeitura de Carnaúba dos Dantas - RN - Técnico Legislativo - Apoio em Informática | FUNCERN - 2024 - Prefeitura de Carnaúba dos Dantas - RN - Recepcionista Legislativo | FUNCERN - 2024 - Prefeitura de Carnaúba dos Dantas - RN - Operador de Máquinas Pesadas | FUNCERN - 2024 - Prefeitura de Carnaúba dos Dantas - RN - Cuidador de Pessoa com Deficiência |
Q2373528 Português
Falácia do injustificável

Por Margareth Dalcolmo


            Inacreditável que, em meio a tantos problemas relevantes e preocupações no momento que vivemos, com guerras insanas, recrudescimento de ódios, vilipêndio de culturas, necessidade de reconstruir tanta coisa, e, por outro lado, maravilhas tecnológicas que nos inspiram e desafiam em torná-las acessíveis ao maior número de pessoas, estejamos diante de uma discussão sobre algo tão sobejamente nocivo, em todos os sentidos, como os dispositivos eletrônicos de fumar. Mas o fato é que nas últimas semanas se intensificou o assunto, sob a pressão de produtores e políticos, para que a regulamentação vigente no Brasil desde 2009 e ratificada em 2022 seja revista, liberando a comercialização.

            Independentemente do teor de qualquer argumento, subjetivo ou científico, a configurar uma retórica construída sobre o que poderíamos definir como uma criação do mal, é preciso deixar claro, para os não iniciados nessa já cansada discussão, que após tentativas de captar novos adictos em nicotina, ao longo dos anos, com uso de filtros, seguidas de formulações chamadas “light”, surgem no mercado, nos últimos quinze anos, os dispositivos eletrônicos de fumar. Se fossem apenas suntuários e lúdicos, como tantos outros objetos de consumo da nossa contemporaneidade, seriam aceitáveis. Mas não. Surgiram da obstinação da indústria em lucrar, após a redução do número de fumantes em várias regiões do planeta. Eles não são inocentes, eles não podem ser travestidos de “redutores de danos” em pessoas que querem abandonar os cigarros convencionais, uma vez que contém altas doses de nicotina, que é a substância altamente viciante. Estamos assim a criar novas legiões de dependentes. E aos que nos questionam, então o porquê de ser reaberta essa discussão em consulta pública pela Anvisa, como ora ocorre, por sessenta dias, esclarecemos que esse é um procedimento de boas práticas em processos regulatórios, e não necessariamente modifica o racional.

             O Brasil como país vitorioso em sua pioneira luta contra os cigarros convencionais de direitos individuais, reduzindo substantivamente o número de usuários de quase 40% para menos de 10% da população, também o é na regulação que criou, desde 2009, proibindo a comercialização de qualquer produto de tabaco aquecido em território nacional. É falacioso afirmar que fabricar, gerar empregos e impostos superaria os gastos com saúde em decorrência das doenças.

         É repetitivo afirmar que há consenso entre especialistas que a indústria do tabaco seja responsável por causar dezenas de doenças e 12% dos óbitos no mundo, de acordo com as estimativas da OMS. O uso desses dispositivos desencadeou até mesmo o surgimento de uma nova doença, denominada Evali (Doença Pulmonar Associada aos Produtos de Cigarro eletrônico ou Vaping), que pode levar o paciente à UTI, ou mesmo à morte, em decorrência de insuficiência respiratória. É falacioso afirmar que o Evali foi apenas um surto, ocorrido nos Estados Unidos, causado por concentrações sem controle de substâncias, entre elas o THC.

            É falsa também a informação que a utilização de dispositivos eletrônicos de fumar no país quase quadruplicou em 4 anos. Toda a publicidade para a venda desses produtos não tem como alvo os dependentes do cigarro tradicional, mas sim um novo mercado consumidor composto, principalmente, por jovens, adolescentes e até mesmo crianças. No Brasil, entre estudantes de 13 a 17 anos, 16,8% já experimentaram cigarro eletrônico, segundo a Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (Pense), que contempla o período de 2009 a 2019.

              Na reunião da Diretoria Colegiada da Anvisa dos últimos dias, houve manifestações subjetivas de pessoas, o que não deverá ser considerado em análise técnica frente aos relatórios absolutamente bem documentados com base na cronologia dos fatos científicos e experiências de regulamentação de outros países, apresentados nos votos dos diretores, em particular pelo Diretor Presidente Barra Torres. A Academia Nacional de Medicina também publicou contundente parecer contra qualquer liberação desses produtos.

          Como os senhores da guerra, historicamente não matam, mandam matar e não morrem, mandam morrer, imagino que nenhum dono da poderosa indústria tabageira fume dispositivos eletrônicos ou estimulem que seus filhos o façam, em nome da preservação da saúde e do bem estar e tampouco se permitam a desfaçatez do argumento de “redução de danos”.


Disponível em: https://oglobo.globo.com/blogs/a-hora-da-ciencia/[acesso em dez. de 2023]

Para responder à questão, analise o parágrafo a seguir. 


É falsa também a informação que a utilização de dispositivos eletrônicos de fumar no país quase quadruplicou em 4 anos. Toda a publicidade para a venda desses produtos não tem como alvo os dependentes do cigarro tradicional, mas sim um novo mercado consumidor composto principalmente por jovens, adolescentes e até mesmo crianças. No Brasil, entre estudantes de 13 a 17 anos, 16,8% já experimentaram cigarro eletrônico, segundo a Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (Pense), que contempla o período de 2009 a 2019.


A palavra “até”, utilizada no parágrafo, trata-se de um

Alternativas
Ano: 2024 Banca: FUNCERN Órgão: Prefeitura de Carnaúba dos Dantas - RN Provas: FUNCERN - 2024 - Prefeitura de Carnaúba dos Dantas - RN - Assistente Administrativo | FUNCERN - 2024 - Prefeitura de Carnaúba dos Dantas - RN - Técnico em Manutenção de Computadores | FUNCERN - 2024 - Prefeitura de Carnaúba dos Dantas - RN - Tradutor e Intérprete de Libras | FUNCERN - 2024 - Prefeitura de Carnaúba dos Dantas - RN - Agente Comunitário de Saúde | FUNCERN - 2024 - Prefeitura de Carnaúba dos Dantas - RN - Agente de Combate às Endemias | FUNCERN - 2024 - Prefeitura de Carnaúba dos Dantas - RN - Auxiliar de Apoio Pedagógico | FUNCERN - 2024 - Prefeitura de Carnaúba dos Dantas - RN - Auxiliar de Saúde Bucal - ASB | FUNCERN - 2024 - Prefeitura de Carnaúba dos Dantas - RN - Técnico em Análises Clínicas | FUNCERN - 2024 - Prefeitura de Carnaúba dos Dantas - RN - Técnico em Edificações | FUNCERN - 2024 - Prefeitura de Carnaúba dos Dantas - RN - Técnico em Enfermagem | FUNCERN - 2024 - Prefeitura de Carnaúba dos Dantas - RN - Cinegrafista Legislativo | FUNCERN - 2024 - Prefeitura de Carnaúba dos Dantas - RN - Operador de Mídia | FUNCERN - 2024 - Prefeitura de Carnaúba dos Dantas - RN - Técnico Legislativo | FUNCERN - 2024 - Prefeitura de Carnaúba dos Dantas - RN - Técnico Legislativo - Área Legislativa | FUNCERN - 2024 - Prefeitura de Carnaúba dos Dantas - RN - Técnico Legislativo - Apoio em Informática | FUNCERN - 2024 - Prefeitura de Carnaúba dos Dantas - RN - Recepcionista Legislativo | FUNCERN - 2024 - Prefeitura de Carnaúba dos Dantas - RN - Operador de Máquinas Pesadas | FUNCERN - 2024 - Prefeitura de Carnaúba dos Dantas - RN - Cuidador de Pessoa com Deficiência |
Q2373526 Português
Falácia do injustificável

Por Margareth Dalcolmo


            Inacreditável que, em meio a tantos problemas relevantes e preocupações no momento que vivemos, com guerras insanas, recrudescimento de ódios, vilipêndio de culturas, necessidade de reconstruir tanta coisa, e, por outro lado, maravilhas tecnológicas que nos inspiram e desafiam em torná-las acessíveis ao maior número de pessoas, estejamos diante de uma discussão sobre algo tão sobejamente nocivo, em todos os sentidos, como os dispositivos eletrônicos de fumar. Mas o fato é que nas últimas semanas se intensificou o assunto, sob a pressão de produtores e políticos, para que a regulamentação vigente no Brasil desde 2009 e ratificada em 2022 seja revista, liberando a comercialização.

            Independentemente do teor de qualquer argumento, subjetivo ou científico, a configurar uma retórica construída sobre o que poderíamos definir como uma criação do mal, é preciso deixar claro, para os não iniciados nessa já cansada discussão, que após tentativas de captar novos adictos em nicotina, ao longo dos anos, com uso de filtros, seguidas de formulações chamadas “light”, surgem no mercado, nos últimos quinze anos, os dispositivos eletrônicos de fumar. Se fossem apenas suntuários e lúdicos, como tantos outros objetos de consumo da nossa contemporaneidade, seriam aceitáveis. Mas não. Surgiram da obstinação da indústria em lucrar, após a redução do número de fumantes em várias regiões do planeta. Eles não são inocentes, eles não podem ser travestidos de “redutores de danos” em pessoas que querem abandonar os cigarros convencionais, uma vez que contém altas doses de nicotina, que é a substância altamente viciante. Estamos assim a criar novas legiões de dependentes. E aos que nos questionam, então o porquê de ser reaberta essa discussão em consulta pública pela Anvisa, como ora ocorre, por sessenta dias, esclarecemos que esse é um procedimento de boas práticas em processos regulatórios, e não necessariamente modifica o racional.

             O Brasil como país vitorioso em sua pioneira luta contra os cigarros convencionais de direitos individuais, reduzindo substantivamente o número de usuários de quase 40% para menos de 10% da população, também o é na regulação que criou, desde 2009, proibindo a comercialização de qualquer produto de tabaco aquecido em território nacional. É falacioso afirmar que fabricar, gerar empregos e impostos superaria os gastos com saúde em decorrência das doenças.

         É repetitivo afirmar que há consenso entre especialistas que a indústria do tabaco seja responsável por causar dezenas de doenças e 12% dos óbitos no mundo, de acordo com as estimativas da OMS. O uso desses dispositivos desencadeou até mesmo o surgimento de uma nova doença, denominada Evali (Doença Pulmonar Associada aos Produtos de Cigarro eletrônico ou Vaping), que pode levar o paciente à UTI, ou mesmo à morte, em decorrência de insuficiência respiratória. É falacioso afirmar que o Evali foi apenas um surto, ocorrido nos Estados Unidos, causado por concentrações sem controle de substâncias, entre elas o THC.

            É falsa também a informação que a utilização de dispositivos eletrônicos de fumar no país quase quadruplicou em 4 anos. Toda a publicidade para a venda desses produtos não tem como alvo os dependentes do cigarro tradicional, mas sim um novo mercado consumidor composto, principalmente, por jovens, adolescentes e até mesmo crianças. No Brasil, entre estudantes de 13 a 17 anos, 16,8% já experimentaram cigarro eletrônico, segundo a Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (Pense), que contempla o período de 2009 a 2019.

              Na reunião da Diretoria Colegiada da Anvisa dos últimos dias, houve manifestações subjetivas de pessoas, o que não deverá ser considerado em análise técnica frente aos relatórios absolutamente bem documentados com base na cronologia dos fatos científicos e experiências de regulamentação de outros países, apresentados nos votos dos diretores, em particular pelo Diretor Presidente Barra Torres. A Academia Nacional de Medicina também publicou contundente parecer contra qualquer liberação desses produtos.

          Como os senhores da guerra, historicamente não matam, mandam matar e não morrem, mandam morrer, imagino que nenhum dono da poderosa indústria tabageira fume dispositivos eletrônicos ou estimulem que seus filhos o façam, em nome da preservação da saúde e do bem estar e tampouco se permitam a desfaçatez do argumento de “redução de danos”.


Disponível em: https://oglobo.globo.com/blogs/a-hora-da-ciencia/[acesso em dez. de 2023]
Considere o período a seguir.

Eles não são inocentes, eles não podem ser travestidos de “redutores de danos” em pessoas que querem abandonar os cigarros convencionais, uma vez que contém altas doses de nicotina, que é a substância altamente viciante.

As aspas foram utilizadas para demarcar uma
Alternativas
Q2373519 Português
Avalie a situação a seguir.

Depois de analisar o texto de um aluno, uma professora asseverou: “O que você escreveu não pode ser considerado texto, pois, além de vários de problemas de natureza gramatical, ainda não consegue estabelecer elos coesivos de retomada ou de acréscimo de informação”.

De acordo com as concepções de textualidade, a professora considera texto
Alternativas
Respostas
4941: B
4942: B
4943: A
4944: B
4945: D
4946: C
4947: D
4948: C
4949: A
4950: E
4951: D
4952: D
4953: C
4954: D
4955: C
4956: B
4957: A
4958: D
4959: B
4960: A