Questões de Concurso Comentadas sobre português

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Q2313094 Português
Mediação, o melhor caminho para educar


         Há quem diga que educar hoje seja mais difícil do que fora nas gerações anteriores. No entanto, sabe-se que educar sempre foi uma tarefa complexa e exaustiva, que exige do educador perseverança e porosidade. Sobretudo, porque não é razoável simplesmente transferir a educação recebida para os filhos e os alunos, como também não é sábio descartar a tradição, como se ela não estivesse presente nos valores de quem educa.
       No entanto, não é difícil concluir que os ensinamentos que precisamos manter, como legado civilizatório para o bom convívio social, são aqueles fundamentais relacionados aos princípios básicos e aos valores humanos inegociáveis. O mundo mudou e os jovens e as crianças não são mais os mesmos de “antigamente”. Independentemente das mudanças observadas no mundo, do estilo de vida e da quantidade de informações oferecidas, ainda é basilar e necessário ensiná-los a ser honestos, éticos, justos. A respeitar o outro e a sonhar com a vida que se deseja ter, para se sentir agente da própria existência.
        Evidentemente que nessa mediação educacional não se pode perder de vista que educar é frustrar e também provocar desejos. E o caminho entre os dois não é nada fácil. Há momentos em que ele se bifurca, uma vez que o pressuposto saudável na educação é apresentar ao jovem a vida como ela é. E isso exige afastar a tentação de proteger a cria em demasia ou se acautelar para liberá-la para os sustos da vida ou evitar que se enfie goela abaixo o modelo de vida do educador. Por incrível que pareça, o conflito é bem-vindo no processo educativo, porque ele impõe o diálogo (adequado a cada faixa etária), a análise de pontos de vista divergentes e a tentativa de algum ponto de conciliação.
              A formação do caráter de um jovem bem mediada não passa, em hipótese alguma, na tentativa pretensiosa e onipotente de tentar evitar a frustração. Isso é impossível. Nem de frustrar de forma repressora como tentativa de privar o jovem do desejo para que ele sofra a duras penas para aprender a viver. A mediação educativa consistente é aquela que educa com sabedoria o desejo daquele que precisa enfrentar a vida e o mundo. E educar o desejo não é dizer o que desejar, mas ajudar a criança e o jovem a reconhecer seus desejos. O mais difícil talvez seja transmitir às crianças a coragem de desejar com sabedoria. E sonhar com sabedoria é também ensinar que viver alucinadamente em torno apenas do desejo não é liberdade, é escravidão. E não viver alguns desejos nem sempre é precaução, pode ser covardia diante da vida.
         Mediar a educação é talvez autorizar o educando (ou ensinar) a dizer sim e não para os momentos mais custosos e decisivos da vida em que não se pode vacilar. E também reforçar que não há na vida um desejo único, superior ou dominante. Mesmo quando a vida parece plena e alegre nunca estaremos protegidos do surgimento de desejos novos. Ajudar a reconhecer os desejos para abraçá-los ou para recusá-los, se não explica o sentido de ser e de estar no mundo, ajuda a afastar a sombra do sem-sentido.

(João Jonas Veiga Sobral. Em: setembro de 2023. Fragmento.)
No fragmento “Nem de frustrar de forma repressora como tentativa de privar o jovem do desejo para que ele sofra a duras penas para aprender a viver.” (4º§), a expressão “para que” exprime a ideia de:
Alternativas
Q2313089 Português
Mediação, o melhor caminho para educar


         Há quem diga que educar hoje seja mais difícil do que fora nas gerações anteriores. No entanto, sabe-se que educar sempre foi uma tarefa complexa e exaustiva, que exige do educador perseverança e porosidade. Sobretudo, porque não é razoável simplesmente transferir a educação recebida para os filhos e os alunos, como também não é sábio descartar a tradição, como se ela não estivesse presente nos valores de quem educa.
       No entanto, não é difícil concluir que os ensinamentos que precisamos manter, como legado civilizatório para o bom convívio social, são aqueles fundamentais relacionados aos princípios básicos e aos valores humanos inegociáveis. O mundo mudou e os jovens e as crianças não são mais os mesmos de “antigamente”. Independentemente das mudanças observadas no mundo, do estilo de vida e da quantidade de informações oferecidas, ainda é basilar e necessário ensiná-los a ser honestos, éticos, justos. A respeitar o outro e a sonhar com a vida que se deseja ter, para se sentir agente da própria existência.
        Evidentemente que nessa mediação educacional não se pode perder de vista que educar é frustrar e também provocar desejos. E o caminho entre os dois não é nada fácil. Há momentos em que ele se bifurca, uma vez que o pressuposto saudável na educação é apresentar ao jovem a vida como ela é. E isso exige afastar a tentação de proteger a cria em demasia ou se acautelar para liberá-la para os sustos da vida ou evitar que se enfie goela abaixo o modelo de vida do educador. Por incrível que pareça, o conflito é bem-vindo no processo educativo, porque ele impõe o diálogo (adequado a cada faixa etária), a análise de pontos de vista divergentes e a tentativa de algum ponto de conciliação.
              A formação do caráter de um jovem bem mediada não passa, em hipótese alguma, na tentativa pretensiosa e onipotente de tentar evitar a frustração. Isso é impossível. Nem de frustrar de forma repressora como tentativa de privar o jovem do desejo para que ele sofra a duras penas para aprender a viver. A mediação educativa consistente é aquela que educa com sabedoria o desejo daquele que precisa enfrentar a vida e o mundo. E educar o desejo não é dizer o que desejar, mas ajudar a criança e o jovem a reconhecer seus desejos. O mais difícil talvez seja transmitir às crianças a coragem de desejar com sabedoria. E sonhar com sabedoria é também ensinar que viver alucinadamente em torno apenas do desejo não é liberdade, é escravidão. E não viver alguns desejos nem sempre é precaução, pode ser covardia diante da vida.
         Mediar a educação é talvez autorizar o educando (ou ensinar) a dizer sim e não para os momentos mais custosos e decisivos da vida em que não se pode vacilar. E também reforçar que não há na vida um desejo único, superior ou dominante. Mesmo quando a vida parece plena e alegre nunca estaremos protegidos do surgimento de desejos novos. Ajudar a reconhecer os desejos para abraçá-los ou para recusá-los, se não explica o sentido de ser e de estar no mundo, ajuda a afastar a sombra do sem-sentido.

(João Jonas Veiga Sobral. Em: setembro de 2023. Fragmento.)
No trecho “[...] porque ele impõe o diálogo (adequado a cada faixa etária), a análise de pontos de vista divergentes e a tentativa de algum ponto de conciliação.” (3º§), os parênteses foram usados para
Alternativas
Q2312731 Português
Restos de Carnaval


          Não, não deste último Carnaval. Mas não sei por que este me transportou para a minha infância e para as quartas-feiras de cinzas nas ruas mortas onde esvoaçavam despojos de serpentina e confete. Uma ou outra beata com um véu cobrindo a cabeça ia à igreja, atravessando a rua tão extremamente vazia que se segue ao Carnaval. Até que viesse o outro ano.
          E quando a festa ia se aproximando, como explicar a agitação íntima que me tomava? Como se enfim o mundo se abrisse de botão que era em grande rosa escarlate. Como se as ruas e praças do Recife enfim explicassem para que tinham sido feitas. Como se vozes humanas enfim cantassem a capacidade de prazer que era secreta em mim. Carnaval era meu, meu.
          No entanto, na realidade, eu dele pouco participava. Nunca tinha ido a um baile infantil, nunca me haviam fantasiado. Em compensação deixavam-me ficar até umas 11 horas da noite à porta do pé de escada do sobrado onde morávamos, olhando ávida os outros se divertirem.
          E as máscaras? Eu tinha medo, mas era um medo vital e necessário porque vinha de encontro à minha mais profunda suspeita de que o rosto humano também fosse uma espécie de máscara. À porta do meu pé de escada, se um mascarado falava comigo, eu de súbito entrava no contato indispensável com o meu mundo interior, que não era feito só de duendes e príncipes encantados, mas de pessoas com o seu mistério. Até meu susto com os mascarados, pois, era essencial para mim.
          Não me fantasiavam: no meio das preocupações com minha mãe doente, ninguém em casa tinha cabeça para Carnaval de criança. Mas eu pedia a uma de minhas irmãs para enrolar aqueles meus cabelos lisos que me causavam tanto desgosto e tinha então a vaidade de possuir cabelos frisados pelo menos durante três dias por ano. Nesses três dias, ainda, minha irmã acedia ao meu sonho intenso de ser uma moça – eu mal podia esperar pela saída de uma infância vulnerável – e pintava minha boca de batom bem forte, passando também ruge nas minhas faces. Então eu me sentia bonita e feminina, eu escapava da meninice.
           Mas houve um Carnaval diferente dos outros. Tão milagroso que eu não conseguia acreditar que tanto me fosse dado, eu, que já aprendera a pedir pouco. É que a mãe de uma amiga minha resolvera fantasiar a filha e o nome da fantasia era no figurino rosa. Para isso comprara folhas e folhas de papel crepom cor-de-rosa, com as quais, suponho, pretendia imitar as pétalas de uma flor. Boquiaberta, eu assistia pouco a pouco à fantasia tomando forma e se criando. Embora de pétalas o papel crepom nem de longe lembrasse, eu pensava seriamente que era uma das fantasias mais belas que jamais vira.
           Foi quando aconteceu, por simples acaso, o inesperado: sobrou papel crepom, e muito. E a mãe de minha amiga – talvez atendendo a meu apelo mudo, ao meu mudo desespero de inveja, ou talvez por pura bondade, já que sobrara papel – resolveu fazer para mim também uma fantasia de rosa com o que restara de material. Naquele Carnaval, pois, pela primeira vez na vida, eu teria o que sempre quisera: ia ser outra que não eu mesma.
           Mas por que exatamente aquele Carnaval, o único de fantasia, teve que ser tão melancólico? De manhã cedo no domingo eu já estava de cabelos enrolados para que até de tarde o frisado pegasse bem. Mas os minutos não passavam, de tanta ansiedade. Enfim, enfim! Chegaram três horas da tarde: com cuidado para não rasgar o papel, eu me vesti de rosa.
          Quando eu estava vestida de papel crepom todo armado, ainda com os cabelos enrolados e ainda sem batom e ruge – minha mãe de súbito piorou muito de saúde, um alvoroço repentino se criou em casa e mandaram-me comprar depressa um remédio na farmácia. Fui correndo vestida de rosa – mas o rosto ainda nu não tinha a máscara de moça que cobriria minha tão exposta vida infantil – fui correndo, correndo, perplexa, atônita, entre serpentinas, confetes e gritos de Carnaval. A alegria dos outros me espantava.
             Quando horas depois a atmosfera em casa acalmou-se, minha irmã me penteou e pintou-me. Mas alguma coisa tinha morrido em mim. E, como nas histórias que eu havia lido sobre fadas que encantavam e desencantavam pessoas, eu fora desencantada; não era mais uma rosa, era de novo uma simples menina. Desci até a rua e ali de pé eu não era uma flor, era um palhaço pensativo de lábios encarnados. Na minha fome de sentir êxtase, às vezes começava a ficar alegre mas com remorso lembrava-me do estado grave de minha mãe e de novo eu morria.
           Só horas depois é que veio a salvação. E se depressa agarrei-me a ela é porque tanto precisava me salvar. Um menino de uns 12 anos, o que para mim significava um rapaz, esse menino muito bonito parou diante de mim e, numa mistura de carinho, grossura, brincadeira e sensualidade, cobriu meus cabelos, já lisos, de confete: por um instante ficamos nos defrontando, sorrindo, sem falar. E eu então, mulherzinha de 8 anos, considerei pelo resto da noite que enfim alguém me havia reconhecido: eu era, sim, uma rosa.

(LISPECTOR, Clarice. A descoberta do mundo. Rio de Janeiro. Rocco. 1999. Jornal do Brasil. Em: 16/03/1968.)
Em todos os fragmentos a seguir transcritos do texto as formas verbais evidenciadas estão flexionadas no mesmo tempo, EXCETO em:
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Q2312729 Português
Restos de Carnaval


          Não, não deste último Carnaval. Mas não sei por que este me transportou para a minha infância e para as quartas-feiras de cinzas nas ruas mortas onde esvoaçavam despojos de serpentina e confete. Uma ou outra beata com um véu cobrindo a cabeça ia à igreja, atravessando a rua tão extremamente vazia que se segue ao Carnaval. Até que viesse o outro ano.
          E quando a festa ia se aproximando, como explicar a agitação íntima que me tomava? Como se enfim o mundo se abrisse de botão que era em grande rosa escarlate. Como se as ruas e praças do Recife enfim explicassem para que tinham sido feitas. Como se vozes humanas enfim cantassem a capacidade de prazer que era secreta em mim. Carnaval era meu, meu.
          No entanto, na realidade, eu dele pouco participava. Nunca tinha ido a um baile infantil, nunca me haviam fantasiado. Em compensação deixavam-me ficar até umas 11 horas da noite à porta do pé de escada do sobrado onde morávamos, olhando ávida os outros se divertirem.
          E as máscaras? Eu tinha medo, mas era um medo vital e necessário porque vinha de encontro à minha mais profunda suspeita de que o rosto humano também fosse uma espécie de máscara. À porta do meu pé de escada, se um mascarado falava comigo, eu de súbito entrava no contato indispensável com o meu mundo interior, que não era feito só de duendes e príncipes encantados, mas de pessoas com o seu mistério. Até meu susto com os mascarados, pois, era essencial para mim.
          Não me fantasiavam: no meio das preocupações com minha mãe doente, ninguém em casa tinha cabeça para Carnaval de criança. Mas eu pedia a uma de minhas irmãs para enrolar aqueles meus cabelos lisos que me causavam tanto desgosto e tinha então a vaidade de possuir cabelos frisados pelo menos durante três dias por ano. Nesses três dias, ainda, minha irmã acedia ao meu sonho intenso de ser uma moça – eu mal podia esperar pela saída de uma infância vulnerável – e pintava minha boca de batom bem forte, passando também ruge nas minhas faces. Então eu me sentia bonita e feminina, eu escapava da meninice.
           Mas houve um Carnaval diferente dos outros. Tão milagroso que eu não conseguia acreditar que tanto me fosse dado, eu, que já aprendera a pedir pouco. É que a mãe de uma amiga minha resolvera fantasiar a filha e o nome da fantasia era no figurino rosa. Para isso comprara folhas e folhas de papel crepom cor-de-rosa, com as quais, suponho, pretendia imitar as pétalas de uma flor. Boquiaberta, eu assistia pouco a pouco à fantasia tomando forma e se criando. Embora de pétalas o papel crepom nem de longe lembrasse, eu pensava seriamente que era uma das fantasias mais belas que jamais vira.
           Foi quando aconteceu, por simples acaso, o inesperado: sobrou papel crepom, e muito. E a mãe de minha amiga – talvez atendendo a meu apelo mudo, ao meu mudo desespero de inveja, ou talvez por pura bondade, já que sobrara papel – resolveu fazer para mim também uma fantasia de rosa com o que restara de material. Naquele Carnaval, pois, pela primeira vez na vida, eu teria o que sempre quisera: ia ser outra que não eu mesma.
           Mas por que exatamente aquele Carnaval, o único de fantasia, teve que ser tão melancólico? De manhã cedo no domingo eu já estava de cabelos enrolados para que até de tarde o frisado pegasse bem. Mas os minutos não passavam, de tanta ansiedade. Enfim, enfim! Chegaram três horas da tarde: com cuidado para não rasgar o papel, eu me vesti de rosa.
          Quando eu estava vestida de papel crepom todo armado, ainda com os cabelos enrolados e ainda sem batom e ruge – minha mãe de súbito piorou muito de saúde, um alvoroço repentino se criou em casa e mandaram-me comprar depressa um remédio na farmácia. Fui correndo vestida de rosa – mas o rosto ainda nu não tinha a máscara de moça que cobriria minha tão exposta vida infantil – fui correndo, correndo, perplexa, atônita, entre serpentinas, confetes e gritos de Carnaval. A alegria dos outros me espantava.
             Quando horas depois a atmosfera em casa acalmou-se, minha irmã me penteou e pintou-me. Mas alguma coisa tinha morrido em mim. E, como nas histórias que eu havia lido sobre fadas que encantavam e desencantavam pessoas, eu fora desencantada; não era mais uma rosa, era de novo uma simples menina. Desci até a rua e ali de pé eu não era uma flor, era um palhaço pensativo de lábios encarnados. Na minha fome de sentir êxtase, às vezes começava a ficar alegre mas com remorso lembrava-me do estado grave de minha mãe e de novo eu morria.
           Só horas depois é que veio a salvação. E se depressa agarrei-me a ela é porque tanto precisava me salvar. Um menino de uns 12 anos, o que para mim significava um rapaz, esse menino muito bonito parou diante de mim e, numa mistura de carinho, grossura, brincadeira e sensualidade, cobriu meus cabelos, já lisos, de confete: por um instante ficamos nos defrontando, sorrindo, sem falar. E eu então, mulherzinha de 8 anos, considerei pelo resto da noite que enfim alguém me havia reconhecido: eu era, sim, uma rosa.

(LISPECTOR, Clarice. A descoberta do mundo. Rio de Janeiro. Rocco. 1999. Jornal do Brasil. Em: 16/03/1968.)
A expressão destacada no trecho que exprime qualidade é: 
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Q2312670 Português
Os problemas da civilização tecnológica


           A tecnologia pode salvar o homem das doenças e da fome, abreviar seu sofrimento, substituí-lo nas árduas tarefas, garantir-lhe melhor qualidade de vida. Mas pode também acelerar a destruição da vida na Terra, desequilibrar os ecossistemas pelo uso desordenado dos recursos naturais, pelo excesso de produção e pelo desperdício de energia. A máquina é o resultado da engenhosidade e do trabalho humano. O homem é o senhor da técnica. Tanto pode usá-la em benefício da humanidade como para subjugar uma boa parte da espécie humana aos caprichos de poucos ou, ainda, usá-la para autodestruir-se, como acontece nas guerras.
        A Revolução Industrial foi o marco decisivo para a consolidação do capitalismo. A inovação tecnológica é a própria razão da concorrência e o motor do lucro. Mas embora o capitalismo acarrete um avanço incrível nas técnicas da produção, fazendo aumentar consideravelmente a riqueza das nações, radicalizou a exploração do homem pelo homem, as guerras e a dominação de algumas nações sobre outras.
         Talvez a maior das contradições da moderna civilização tecnológica esteja na capacidade de produzir riquezas sem, no entanto, distribuí-las ao conjunto da humanidade. O acesso à tecnologia e a seus frutos é o grande desafio do século XXI para mais da metade da população mundial, que sequer chegou ao estágio da Revolução Industrial.

(Disponível em: http://valterinfoeduc.blogspot.com.br/2011/07/os-fantasticos-avancos-da-tecnologia.html. Adaptado.)
Assinale, a seguir, uma palavra que se encontra no aumentativo.
Alternativas
Q2312669 Português
Os problemas da civilização tecnológica


           A tecnologia pode salvar o homem das doenças e da fome, abreviar seu sofrimento, substituí-lo nas árduas tarefas, garantir-lhe melhor qualidade de vida. Mas pode também acelerar a destruição da vida na Terra, desequilibrar os ecossistemas pelo uso desordenado dos recursos naturais, pelo excesso de produção e pelo desperdício de energia. A máquina é o resultado da engenhosidade e do trabalho humano. O homem é o senhor da técnica. Tanto pode usá-la em benefício da humanidade como para subjugar uma boa parte da espécie humana aos caprichos de poucos ou, ainda, usá-la para autodestruir-se, como acontece nas guerras.
        A Revolução Industrial foi o marco decisivo para a consolidação do capitalismo. A inovação tecnológica é a própria razão da concorrência e o motor do lucro. Mas embora o capitalismo acarrete um avanço incrível nas técnicas da produção, fazendo aumentar consideravelmente a riqueza das nações, radicalizou a exploração do homem pelo homem, as guerras e a dominação de algumas nações sobre outras.
         Talvez a maior das contradições da moderna civilização tecnológica esteja na capacidade de produzir riquezas sem, no entanto, distribuí-las ao conjunto da humanidade. O acesso à tecnologia e a seus frutos é o grande desafio do século XXI para mais da metade da população mundial, que sequer chegou ao estágio da Revolução Industrial.

(Disponível em: http://valterinfoeduc.blogspot.com.br/2011/07/os-fantasticos-avancos-da-tecnologia.html. Adaptado.)
Assinale, a seguir, a única palavra, transcrita do texto, que se apresenta no masculino. 
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Q2312667 Português
Os problemas da civilização tecnológica


           A tecnologia pode salvar o homem das doenças e da fome, abreviar seu sofrimento, substituí-lo nas árduas tarefas, garantir-lhe melhor qualidade de vida. Mas pode também acelerar a destruição da vida na Terra, desequilibrar os ecossistemas pelo uso desordenado dos recursos naturais, pelo excesso de produção e pelo desperdício de energia. A máquina é o resultado da engenhosidade e do trabalho humano. O homem é o senhor da técnica. Tanto pode usá-la em benefício da humanidade como para subjugar uma boa parte da espécie humana aos caprichos de poucos ou, ainda, usá-la para autodestruir-se, como acontece nas guerras.
        A Revolução Industrial foi o marco decisivo para a consolidação do capitalismo. A inovação tecnológica é a própria razão da concorrência e o motor do lucro. Mas embora o capitalismo acarrete um avanço incrível nas técnicas da produção, fazendo aumentar consideravelmente a riqueza das nações, radicalizou a exploração do homem pelo homem, as guerras e a dominação de algumas nações sobre outras.
         Talvez a maior das contradições da moderna civilização tecnológica esteja na capacidade de produzir riquezas sem, no entanto, distribuí-las ao conjunto da humanidade. O acesso à tecnologia e a seus frutos é o grande desafio do século XXI para mais da metade da população mundial, que sequer chegou ao estágio da Revolução Industrial.

(Disponível em: http://valterinfoeduc.blogspot.com.br/2011/07/os-fantasticos-avancos-da-tecnologia.html. Adaptado.)
No trecho “O homem é o senhor da técnica.” (1º§), o ponto final foi utilizado para
Alternativas
Q2312666 Português
Os problemas da civilização tecnológica


           A tecnologia pode salvar o homem das doenças e da fome, abreviar seu sofrimento, substituí-lo nas árduas tarefas, garantir-lhe melhor qualidade de vida. Mas pode também acelerar a destruição da vida na Terra, desequilibrar os ecossistemas pelo uso desordenado dos recursos naturais, pelo excesso de produção e pelo desperdício de energia. A máquina é o resultado da engenhosidade e do trabalho humano. O homem é o senhor da técnica. Tanto pode usá-la em benefício da humanidade como para subjugar uma boa parte da espécie humana aos caprichos de poucos ou, ainda, usá-la para autodestruir-se, como acontece nas guerras.
        A Revolução Industrial foi o marco decisivo para a consolidação do capitalismo. A inovação tecnológica é a própria razão da concorrência e o motor do lucro. Mas embora o capitalismo acarrete um avanço incrível nas técnicas da produção, fazendo aumentar consideravelmente a riqueza das nações, radicalizou a exploração do homem pelo homem, as guerras e a dominação de algumas nações sobre outras.
         Talvez a maior das contradições da moderna civilização tecnológica esteja na capacidade de produzir riquezas sem, no entanto, distribuí-las ao conjunto da humanidade. O acesso à tecnologia e a seus frutos é o grande desafio do século XXI para mais da metade da população mundial, que sequer chegou ao estágio da Revolução Industrial.

(Disponível em: http://valterinfoeduc.blogspot.com.br/2011/07/os-fantasticos-avancos-da-tecnologia.html. Adaptado.)
Em “Talvez a maior das contradições da moderna civilização tecnológica esteja na capacidade de produzir riquezas sem, no entanto, distribuí-las ao conjunto da humanidade.” (3º§), a palavra destacada exprime circunstância de 
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Q2311987 Português
Responda à questão com base no seguinte texto:

Após o evento de lançamento da primeira Constituição Federal do Brasil traduzida para o Nheengatu, ocorrido em julho, em São Gabriel da Cachoeira, no Amazonas, a nova legislação estadual reconheceu oficialmente 16 línguas indígenas.Além do português, as línguas reconhecidas são: Apurinã, Baniwa, Dessana, Kanamari, Marubo, Matis, Matses, Mawe, Mura, Nheengatu, Tariana, Tikuna, Tukano, Waiwai, Waimiri e Yanomami. Com isso, agora, o Amazonas possui no total 17 línguas oficiais.Essa ação não só representa um marco na valorização das línguas nativas, como também fortalece a luta pela garantia dos direitos dos povos originários. A Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (APIB) comemorou o reconhecimento e destacou que isso representa um passo fundamental para reconhecer também a cultura indígena como parte das raízes brasileiras.“Uma expressão da riqueza e diversidade do nosso país que foi ocultada por séculos pelo colonialismo. Junto a ela, entrou em vigor a Política de Proteção das Línguas Indígenas, que garante o direito ao pleno uso público da própria língua, dentro ou fora de terras indígenas”, disse a APIB.

Adaptado de: https://jornalnota.com.br/2023/08/11/16- linguas-indigenas-sao-oficialmente-reconhecidas-noamazonas/.
As classes de palavras, também conhecidas como classes gramaticais, são categorias nas quais as palavras podem ser agrupadas com base em suas funções e características gramaticais. Sabendo disso, assinale a alternativa que apresenta uma relação INCORRETA entre a palavra e sua classificação entre parênteses. 
Alternativas
Q2311920 Português
Leia o texto a seguir. 
Imagem associada para resolução da questão

Disponível em: <https://slideplayer.com.br/slide/12018844/>. Acesso em: 31 ago. 2023.
No texto, existe a ideia de que as habilidades de comunicação no letramento
Alternativas
Q2311915 Português
Leia o texto a seguir. 
Imagem associada para resolução da questão
Disponível em: <https://editorarealize.com.br/editora/anais/conedu/2020/TRABALHO_EV140_ MD1_SA13_ID3713_07072020232837.pdf>. Acesso em: 31 ago. 2023.
Nota-se no texto que a escrita no WhatsApp pode apresentar
Alternativas
Q2311914 Português
Leia o texto a seguir.
Imagem associada para resolução da questão
Disponível em: <https://4.bp.blogspot.com/- tojXuOmOpLc/WdrJqmBHx3I/AAAAAAAAMJk/7yVeR2DqBj43QXQirrTzr_G9w A9oAg8EwCLcBGAs/s1600/apareceu.jpg>. Acesso em: 31 ago. 2023.
 Qual recurso linguístico é utilizado no texto para tratar da publicidade direcionada?
Alternativas
Q2311421 Português
Assinale a alternativa em que a pontuação está correta.
Alternativas
Ano: 2023 Banca: MPE-GO Órgão: MPE-GO Prova: MPE-GO - 2023 - MPE-GO - Secretário Auxiliar |
Q2311226 Português
Marque a alternativa incorreta a respeito das vogais e semivogais. 
Alternativas
Q2311111 Português

Leia o texto a seguir:


Rubem Alves


... é uma das maiores fontes de alegria. Claro, há uns livros chatos. Não os leiam. Borges dizia que, se há tantos livros deliciosos de serem lidos, por que gastar tempo lendo um livro que não dá prazer? Na leitura fazemos turismo sem sair de casa gastando menos dinheiro e sem correr os riscos das viagens. O Shogun me levou para uma viagem ao Japão do século XVI, em meio aos ferozes samurais e às sutilezas do amor nipônico e das cerimônias de chá. Cem anos de solidão, que reli faz alguns meses, me produziu espantos e ataques de riso. Achei que o Gabriel García Márquez deveria estar sob o efeito de algum alucinógeno quando o escreveu. A poesia do Alberto Caeiro me ensina a ver, me faz criança e fico parecido com árvores e regatos. Também o Mário Quintana. E o Manoel de Barros. E o Solte os cachorros, da Adélia. No momento estou em meio à leitura do livro Na berma de nenhuma estrada, de Mia Couto (Editorial Ndjira), escritor moçambicano. Berma: nunca havia lido ou ouvido essa palavra. O dicionário me disse que “berma” é um “caminho estreito à beira de fossos”. Contos curtíssimos de três páginas. Mia Couto se parece com o Manoel de Barros, vai descobrindo jeitos diferentes de dizer. E o leitor vai vivendo experiências que não viveu e se espantando o tempo todo.


Adaptado de: Alves, Rubem. Ostra feliz não faz pérola / Rubem Alves. – São Paulo: Editora Planeta do Brasil, 2008.

Na penúltima linha do texto, o adjetivo “diferentes” está flexionado no:
Alternativas
Q2311109 Português

Leia o texto a seguir:


Rubem Alves


... é uma das maiores fontes de alegria. Claro, há uns livros chatos. Não os leiam. Borges dizia que, se há tantos livros deliciosos de serem lidos, por que gastar tempo lendo um livro que não dá prazer? Na leitura fazemos turismo sem sair de casa gastando menos dinheiro e sem correr os riscos das viagens. O Shogun me levou para uma viagem ao Japão do século XVI, em meio aos ferozes samurais e às sutilezas do amor nipônico e das cerimônias de chá. Cem anos de solidão, que reli faz alguns meses, me produziu espantos e ataques de riso. Achei que o Gabriel García Márquez deveria estar sob o efeito de algum alucinógeno quando o escreveu. A poesia do Alberto Caeiro me ensina a ver, me faz criança e fico parecido com árvores e regatos. Também o Mário Quintana. E o Manoel de Barros. E o Solte os cachorros, da Adélia. No momento estou em meio à leitura do livro Na berma de nenhuma estrada, de Mia Couto (Editorial Ndjira), escritor moçambicano. Berma: nunca havia lido ou ouvido essa palavra. O dicionário me disse que “berma” é um “caminho estreito à beira de fossos”. Contos curtíssimos de três páginas. Mia Couto se parece com o Manoel de Barros, vai descobrindo jeitos diferentes de dizer. E o leitor vai vivendo experiências que não viveu e se espantando o tempo todo.


Adaptado de: Alves, Rubem. Ostra feliz não faz pérola / Rubem Alves. – São Paulo: Editora Planeta do Brasil, 2008.

O mesmo número de sílabas é apresentado na dupla de palavras:
Alternativas
Q2310467 Português
Assinale a alternativa em que todas as palavras foram separadas corretamente.
Alternativas
Q2310201 Português
Leia o texto a seguir e depois responda à questão.

Como os oceanos podem ser recuperados após
todo o estrago causado pela ação humana

Zaria Gorvett - BBC Future - 6 agosto 2023

O professor de ciências marinhas Stephen Palumbi, da Universidade Stanford, nos Estados Unidos, observava o azul do mar profundo com a misteriosa sensação de que algo estava errado. Palumbi participava de uma expedição no verão de 2016, mergulhando no Pacífico Central para verificar o estado de um obscuro trecho de recife.
O que ele e seus colegas pesquisadores encontraram foi um mundo esquecido, com surpreendente abundância de vida marinha. Havia cardumes de peixes-papagaio nadando, jardins de corais em crescimento, peixes-napoleão do tamanho de bebês rinocerontes... e tubarões – muitos tubarões.
“Você não conseguia olhar em nenhuma direção sem observar um ou dois deles”, relembra o professor.

Fonte: https://www.bbc.com/portuguese/articles/cnlywjrp4y1o – acesso em 11/08/2023.
Considere o trecho: “O professor de ciências marinhas Stephen Palumbi, da Universidade Stanford, nos Estados Unidos, observava o azul do mar profundo com a misteriosa sensação de que algo estava errado”, e marque a opção CORRETA em relação à pontuação na frase:
Alternativas
Q2310142 Português

      “A enorme torre no jardim revela qual é o hobby de Todd Baker. Repleta de antenas, a estrutura de 30 metros é mais alta do que diversas árvores adultas da região.


      Baker é vendedor de correias transportadoras1 industriais2 em Indiana, nos Estados Unidos. Ele se identifica não só pelo seu nome, mas também pelo seu indicativo3 – aquela curta sequência de letras e números que ele usa quando se comunica pelo rádio: W1TOD.


      Todd Baker é membro da comunidade dos radioamadores. Ele conta que já participou de todas as diferentes classes de radioamadores – incluindo a ‘faixa do cidadão4 ’ (um sistema de comunicações individual de curta distância via rádio), que ele vem usando ao longo dos anos. ‘As comunicações eram simplesmente incríveis para mim.’


      Agora, ele também se dedica à ciência cidadã5 .”



(Fonte: https://www.bbc.com/portuguese/articles/cj5vydd58zjo. Adaptado.)



Quais são as respectivas classes de palavras dos vocábulos em destaque no excerto acima?

Alternativas
Q2309886 Português

Leia os versos abaixo:


“Árvores encalhadas pedem socorro

Mata-paus vou-bem-de-saúde se abraçam

O céu tapa o rosto

Chove...chove...chove”

(Raul Bopp. Cobra Norato e outros poemas. RJ: Civ. Bras., 1978).


A figura de linguagem utilizada é a:

Alternativas
Respostas
6121: B
6122: D
6123: A
6124: C
6125: B
6126: C
6127: D
6128: A
6129: A
6130: D
6131: B
6132: A
6133: D
6134: A
6135: A
6136: C
6137: B
6138: C
6139: A
6140: D