História do lixo
No início dos tempos, os primeiros homens eram
nômades, moravam em cavernas, sobreviviam da caça e
pesca, vestiam-se de peles e formavam uma população
minoritária na Terra. Quando a comida começava a ficar
escassa, mudavam-se para outra região, e seus resíduos,
deixados no meio ambiente, eram logo decompostos pela
ação do tempo.
À medida que foram se civilizando, os seres humanos
passaram a produzir objetos para promover seu conforto,
como vasilhames de cerâmica, instrumentos para o plantio e
roupas mais apropriadas. Também desenvolveram hábitos
como a construção de moradias, criação de animais, cultivo
de alimentos e fixação permanente em um local. A produção
de lixo consequentemente aumentou, mas ainda não
constituía um problema mundial.
Naturalmente, a população humana aumentou, e
com a revolução industrial, a geração de lixo teve um grande
impulso. A partir da segunda metade do século XX, a
humanidade começou a se preocupar com o planeta onde
vive. Fatos como o buraco na camada de ozônio e o
aquecimento global da Terra despertaram a população
mundial para os problemas ambientais.
Até a metade do século, a composição do lixo era
predominantemente de matéria orgânica, restos de comida.
Com o avanço da tecnologia, materiais como plásticos,
isopores, pilhas, baterias de celular e lâmpadas tornaram-se
cada vez mais comuns na coleta. Há 50 anos, os bebês
usavam fraldas de pano, tomavam sopa feita em casa e
bebiam leite em garrafas reutilizáveis. Hoje, bebês usam
fraldas descartáveis, tomam sopa em potinhos descartáveis
e bebem leite em embalagens Tetrapak. Ao final de uma
semana de vida, o lixo que produzem equivale, em volume, a
quatro vezes o seu tamanho.
Um dos maiores problemas do lixo é que muitas
pessoas pensam que basta jogá-lo na lata e o problema da
sujeira estará resolvido. Nada disso. O problema só
começa aí.
(Universidade Federal de Minas Gerais. “História do Lixo”.
Adaptado)