Questões de Concurso
Comentadas sobre português
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Seria mantida a coerência das ideias do texto caso o segmento “espécies de” (linha 6) fosse suprimido.
A vírgula após “Bosch” (linha 19) foi empregada com a finalidade de indicar a elipse da expressão recebeu o prêmio Nobel de Química.
O termo “tanto” (linha 9) expressa, no texto, uma ideia de intensidade.
A palavra “estes” (linha 6) atua, no texto, como um recurso coesivo catafórico, isto é, um elemento que antecede seu referente — no caso, “seres vivos” (linha 7).
No segundo período do quarto parágrafo do texto, explica-se como o químico Fritz Haber deu um grande passo para solucionar o problema da fixação do N2 atmosférico em amônia sem precisar da ação de outros organismos.
As palavras acima fazem referência a um tipo de argumento frequentemente utilizado, denominado
“Superei um tabu”
O ator Lázaro Ramos, 43, conta como lutou para falar sobre paternidade de forma franca e aberta
As vírgulas empregadas na frase acima separam:
A expressão destacada nessa frase é classificada como adjunto adverbial de:
Texto para o item.
Guardou a mão no bolso pra ainda ocupar menos lugar; encontrou um pedaço de giz; apertou ele com força e o giz se partiu em dois. Com um barulhinho gostoso mesmo. Barulhinho de escola. Vera lembrou da professora quebrando um pedaço de giz e escrevendo no quadro-negro. Pensou: quadro-negro é escuro assim. Quem sabe o giz também riscava a escuridão?
Tirou a mão do bolso devagarinho. Tomou coragem e experimentou desenhar na frente dela a roda de um sol. E não é que saiu? Vera ficou tão feliz que berrou:
— O escuro é que nem quadro-negro, Alexandre! Alexandre foi pra junto dela; pegou o outro pedaço de giz, e foi desenhando também. Uma casa. Uma árvore. Uma onda no mar. Quanto mais os dois desenhavam, menos iam se importando com o escuro. Fizeram uma flor nascendo, um rio correndo, dois besouros se encontrando; fizeram cada desenho lindo. E quanto menos se importavam com o escuro, mais gostoso iam desenhando. De repente, Alexandre teve uma ideia gozada:
— Vou desenhar a cara do medo.
Vera se assustou de novo:
— Psiu! fala baixo.
— Por quê?
— Ele pode não gostar da ideia.
— Mas ele ainda anda por aí?
— Acho que sim.
Alexandre achou melhor não dizer mais nada, mas começou a desenhar uma cara esquisita, toda inchada de um lado:
— O medo tá com dor de dente. — E riu baixinho.
O Pavão gostou tanto de ouvir Alexandre rindo, que riu também.
Vera entrou na brincadeira: desenhou no medo uma orelha inchada e disse que ele estava com dor de ouvido também (…). E não se importaram mais se o medo ia ouvir ou não: desabaram numa gargalhada.
Lygia Bojunga. A casa da madrinha. Casa Lygia Bojunga:
Rio de Janeiro, 2015 (com adaptações).
Com base no texto apresentado, julgue o item, relativos à literatura infantil brasileira.
No trecho, a metalinguagem da narrativa afasta a possibilidade de formação de um leitor-fruidor, como propõe a BNCC para os anos finais do Ensino Fundamental.
Texto para o item.
Paisagem do Capibaribe
Entre a paisagem
o rio fluía
como uma espada de líquido espesso.
Como um cão
humilde e espesso.
Entre a paisagem
(fluía)
de homens plantados na lama;
de casas de lama
plantadas em ilhas
coaguladas na lama;
paisagem de anfíbios
de lama e lama.
Como o rio
aqueles homens
são como cães sem plumas
(um cão sem plumas
é mais
que um cão saqueado;
é mais
que um cão assassinado.
Um cão sem plumas
é quando uma árvore sem voz.
É quando de um pássaro
suas raízes no ar.
É quando a alguma coisa
roem tão fundo
até o que não tem).
(…)
João Cabral de Melo Neto. O cão sem plumas.
In: O cão sem plumas e outros poemas. Rio de Janeiro: Objetiva, 2007.
A partir da leitura do poema acima, julgue o item.
A pluma (em relação ao cão), a voz (em relação à árvore),
e as raízes (em relação ao pássaro) ocupam, nas imagens
de que participam, posição análoga ao lugar do que, no
verso final, é denominado “o que não tem”.
Texto para o item.
Paisagem do Capibaribe
Entre a paisagem
o rio fluía
como uma espada de líquido espesso.
Como um cão
humilde e espesso.
Entre a paisagem
(fluía)
de homens plantados na lama;
de casas de lama
plantadas em ilhas
coaguladas na lama;
paisagem de anfíbios
de lama e lama.
Como o rio
aqueles homens
são como cães sem plumas
(um cão sem plumas
é mais
que um cão saqueado;
é mais
que um cão assassinado.
Um cão sem plumas
é quando uma árvore sem voz.
É quando de um pássaro
suas raízes no ar.
É quando a alguma coisa
roem tão fundo
até o que não tem).
(…)
João Cabral de Melo Neto. O cão sem plumas.
In: O cão sem plumas e outros poemas. Rio de Janeiro: Objetiva, 2007.
A partir da leitura do poema acima, julgue o item.
No trecho, ressalta-se o recurso da comparação,
empregado para estabelecer conexões entre cão, rio e
homens, por meio do uso da conjunção como.
Considerando o texto acima e o que se refere à teoria literária, julgue o item.
Conhecida pela circulação em saraus, as literaturas de
periferias, na contemporaneidade, têm na oralidade
uma de suas marcas, tanto na poesia quanto na prosa.
Considerando o texto acima e o que se refere à teoria literária, julgue o item.
A “diversidade” a que se refere o título do texto e que é
defendida pela autora baseia-se na necessidade de se
valorizarem os diferentes gêneros textuais inseridos nas
práticas sociais dos leitores.
A advertência de Oswald de Andrade referida no texto reflete a proposta estética de crítica ao eurocentrismo na arte brasileira, característica da vertente modernista liderada pelo poeta e expressa no Manifesto Antropófago e no Manifesto da Poesia Pau-Brasil.
No processo de formação da literatura brasileira, ao longo dos séculos XVII e XVIII, povos indígenas e africanos dividiram a atenção dos poetas e ficcionistas, no esforço de se elaborar uma mitologia para a nação.
Texto para o item.
Gabriel Othero e Valdir Flores. O que sabemos sobre a linguagem? In:
Gabriel Othero e Valdir Flores (org.). O que sabemos sobre a linguagem:
51 perguntas e respostas sobre a linguagem humana. São Paulo:
Parábola, 2022, p. 10-11
(com adaptações)
Com relação aos aspectos linguísticos do texto, julgue o item.
A oração “que a linguagem não se conforma a um único
ponto de vista” (linhas 15 e 16) funciona sintaticamente
como complemento nominal de “fato” (linha 15).
Texto para o item.
Gabriel Othero e Valdir Flores. O que sabemos sobre a linguagem? In:
Gabriel Othero e Valdir Flores (org.). O que sabemos sobre a linguagem:
51 perguntas e respostas sobre a linguagem humana. São Paulo:
Parábola, 2022, p. 10-11
(com adaptações)
Com relação aos aspectos linguísticos do texto, julgue o item.
Haveria prejuízo para a correção gramatical se fosse feita
a substituição de “diferencia” (linha 11) por difere.