Questões de Concurso Comentadas sobre português

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Q2703495 Português

Leia o texto abaixo e responda às questões de 1 a 5.

Bullying é caso de saúde pública

Fabrício Carpinejar

Bullying não é brincadeira, não é gozação, não é simples deboche.

Se adultos têm dificuldades de lidar com críticas e ofensas, imagine crianças e adolescentes, muito mais carentes pela aceitação social.

Aquele que diz que bullying sempre existiu e que em sua época só não tinha esse nome, de que o ato é inofensivo e consiste em naturais implicâncias, não entende do que está falando.

A violência psicológica e física é hoje potencializada pelas redes sociais, a ponto de não dar descanso as suas vítimas, a ponto de não permitir uma trégua no sofrimento e na perseguição.

Eu sofri bullying na passagem dos anos 70 para 80. Fui agredido em corredor polonês, chacotado com chuva de papéis, segurado pelas pernas do alto do segundo andar do refeitório, com as merendas roubadas, obrigado a entregar mesada, preso no banheiro da escola por doze horas, ridicularizado com os piores apelidos, com as calças arriadas na frente dos colegas.

Mas resisti pois acabava a escola e eu ainda resgatava o amor da família para compensar.

Não havia internet, celular, aplicativos. Eu tomava fôlego antes de retornar ao ambiente desesperador. Podia respirar um pouco, livre daquela vida de impropérios. O máximo que acontecia no turno inverso era descobrir que não tinha sido convidado a uma festa.

Durante a tarde e a noite, ficava offline aos ataques. A residência funcionava como esconderijo, como ferrolho. Existia um espaço para recuperar a coragem e enfrentar novamente a turma no dia seguinte.

Se eu fosse criança atualmente não sei se sobreviveria. Não sei se aguentaria. Não sei o que seria de mim. Não sei se estaria aqui.

Porque atualmente o aluno oprimido não tem mais um minuto de proteção e de segurança. Com Facebook, Instagram e WhatsApp, é bombardeado vinte e quatro horas com ameaças, memes e insinuações. Não é apenas excluído das rodinhas presenciais, mas de todas os grupos virtuais. Pode ser recusado, bloqueado, ridicularizado, para todos verem. Não há quem se blinde a tanta maldade, não há quem saia ileso de tamanha crueldade.

Conversas inofensivas são printadas, fotos são viralizadas, pontos fracos são expostos sem direito de defesa. Trata-se de uma enxurrada imprevisível de fake news pessoal, acima dos diques familiares e das barricadas terapêuticas.

É como viver no deserto emocional, na insolação atemporal do medo. Não tem como se curar de uma dor que lá vem outra e outra e outra, até perder a pele das palavras e a alma cansar de doer. Não se conta nem de paz para desabafar e duvidar do que está acontecendo.

O bullying é epidêmico, não é mais um problema educacional, é caso de saúde pública.

Fonte: https://blogs.oglobo.globo.com/fabricio-carpinejar/post/bullying-e-caso-de-saude-publica.html

Assinale a alternativa em que todas as palavras da sequência apresentem ditongo decrescente.

Alternativas
Q2703465 Português

Instrução: As questões de números 01 a 15 referem-se ao texto abaixo. Os destaques ao longo do texto estão citados nas questões.


EUA jogam fora mais da metade da comida que compram


  1. Os Estados Unidos consomem menos da metade de toda a comida de suas geladeiras. Esse
  2. é o resultado do primeiro estudo quantitativo .............. padrão de consumo das casas
  3. americanas. Ao contrário do que se poderia imaginar, a comida jogada fora normalmente não
  4. está estragada. Ela ainda poderia ser consumida; mas, segundo o estudo, acaba indo para o lixo
  5. devido __ confusões na leitura da embalagem.
  6. Os participantes do estudo disseram que consomem 97% de toda a carne que compram,
  7. mas na verdade comem menos de 50% dela. Quanto aos vegetais, as pessoas declararam
  8. consumir 94%, quando na verdade acabavam comendo apenas 44%. O mesmo padrão se repete
  9. com frutas e laticínios.
  10. O estudo entrevistou 307 participantes e acompanhou a rotina de 169 deles durante uma
  11. semana. O questionário também incluía quais seriam os motivos que levaram os participantes
  12. a jogar comida fora.
  13. Segundo o pesquisador Brian Roe, autor do estudo e professor da Universidade Estadual de
  14. Ohio, esse desperdício ocorre com comidas perfeitamente seguras para o consumo. O principal
  15. motivo para o descarte é a preocupação com a saúde e o medo de que aquela comida tenha
  16. estragado. Tudo isso com base no cheiro, aparência e datas nas embalagens.
  17. As embalagens americanas normalmente contêm uma inscrição que diz “melhor se usado
  18. antes de”. Esse é um indicador de qualidade da comida, que aponta durante qual período o
  19. produto estaria ....... seu ápice. No entanto, muitos americanos interpretam essa instrução como
  20. um indicador de segurança.
  21. Desde 2017, a indústria alimentícia dos EUA faz lobby para tentar aprovar uma lei que
  22. mudaria isso. O projeto, que está tramitando no Congresso americano, prevê a utilização de
  23. dois termos distintos: o atual “melhor se usado antes de” e o novo “usar até” (que indicaria a
  24. efetiva data de validade do produto).
  25. O estudo também verificou que as pessoas que ____ o costume de olhar as informações
  26. nutricionais nas embalagens do supermercado desperdiçam menos. Os pesquisadores
  27. especulam que essas pessoas sejam mais conscientes com relação ao que comem, o que acaba
  28. diminuindo o desperdício. Pessoas mais novas também tendem a jogar mais comida fora,
  29. enquanto a população maior de 65 anos é a que menos desperdiça.
  30. Um terço de toda comida produzida no mundo — cerca de 1,3 bilhões de toneladas — vai
  31. para o lixo. De acordo com a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura,
  32. estima-se ....... os países em desenvolvimento percam US$ 310 bilhões por ano com o
  33. desperdício de comida, enquanto nos países desenvolvidos esse valor pode chegar a US$ 680
  34. bilhões.


Disponível em: https://super.abril.com.br/comportamento/eua-jogam-fora-mais-da-metade-da-comida-que-compram/ - texto adaptado para esta prova.

Analise as seguintes propostas de reescrita de trechos do texto:


I. “Segundo o pesquisador Brian Roe, autor do estudo e professor da Universidade Estadual de Ohio, esse desperdício ocorre com comidas perfeitamente seguras para o consumo.”

Reescrita: Para Brian Roe, pesquisador, autor do estudo e professor da Universidade Estadual de Ohio, esse desperdício ocorre com comidas perfeitamente seguras para o consumo.


II. “Ao contrário do que se poderia imaginar, a comida jogada fora normalmente não está estragada. Ela ainda poderia ser consumida; mas, segundo o estudo, acaba indo para o lixo devido __ confusões na leitura da embalagem.”

Reescrita: A comida jogada fora normalmente não está estragada, como se poderia imaginar. Na verdade, ela é consumível, portanto a pesquisa evidenciou que a comida vai fora porque as pessoas não sabem interpretar as embalagens.


III. Os participantes do estudo disseram que consomem 97% de toda a carne que compram, mas na verdade comem menos de 50% dela.

Reescrita: Na verdade, apenas 50% da carne comprada é consumida, mas os participantes afirmam que o consumo é de quase 100%.


Quais mantêm o sentido original, respeitando também as regras de sintaxe e de pontuação?


Alternativas
Q2703463 Português

Instrução: As questões de números 01 a 15 referem-se ao texto abaixo. Os destaques ao longo do texto estão citados nas questões.


EUA jogam fora mais da metade da comida que compram


  1. Os Estados Unidos consomem menos da metade de toda a comida de suas geladeiras. Esse
  2. é o resultado do primeiro estudo quantitativo .............. padrão de consumo das casas
  3. americanas. Ao contrário do que se poderia imaginar, a comida jogada fora normalmente não
  4. está estragada. Ela ainda poderia ser consumida; mas, segundo o estudo, acaba indo para o lixo
  5. devido __ confusões na leitura da embalagem.
  6. Os participantes do estudo disseram que consomem 97% de toda a carne que compram,
  7. mas na verdade comem menos de 50% dela. Quanto aos vegetais, as pessoas declararam
  8. consumir 94%, quando na verdade acabavam comendo apenas 44%. O mesmo padrão se repete
  9. com frutas e laticínios.
  10. O estudo entrevistou 307 participantes e acompanhou a rotina de 169 deles durante uma
  11. semana. O questionário também incluía quais seriam os motivos que levaram os participantes
  12. a jogar comida fora.
  13. Segundo o pesquisador Brian Roe, autor do estudo e professor da Universidade Estadual de
  14. Ohio, esse desperdício ocorre com comidas perfeitamente seguras para o consumo. O principal
  15. motivo para o descarte é a preocupação com a saúde e o medo de que aquela comida tenha
  16. estragado. Tudo isso com base no cheiro, aparência e datas nas embalagens.
  17. As embalagens americanas normalmente contêm uma inscrição que diz “melhor se usado
  18. antes de”. Esse é um indicador de qualidade da comida, que aponta durante qual período o
  19. produto estaria ....... seu ápice. No entanto, muitos americanos interpretam essa instrução como
  20. um indicador de segurança.
  21. Desde 2017, a indústria alimentícia dos EUA faz lobby para tentar aprovar uma lei que
  22. mudaria isso. O projeto, que está tramitando no Congresso americano, prevê a utilização de
  23. dois termos distintos: o atual “melhor se usado antes de” e o novo “usar até” (que indicaria a
  24. efetiva data de validade do produto).
  25. O estudo também verificou que as pessoas que ____ o costume de olhar as informações
  26. nutricionais nas embalagens do supermercado desperdiçam menos. Os pesquisadores
  27. especulam que essas pessoas sejam mais conscientes com relação ao que comem, o que acaba
  28. diminuindo o desperdício. Pessoas mais novas também tendem a jogar mais comida fora,
  29. enquanto a população maior de 65 anos é a que menos desperdiça.
  30. Um terço de toda comida produzida no mundo — cerca de 1,3 bilhões de toneladas — vai
  31. para o lixo. De acordo com a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura,
  32. estima-se ....... os países em desenvolvimento percam US$ 310 bilhões por ano com o
  33. desperdício de comida, enquanto nos países desenvolvidos esse valor pode chegar a US$ 680
  34. bilhões.


Disponível em: https://super.abril.com.br/comportamento/eua-jogam-fora-mais-da-metade-da-comida-que-compram/ - texto adaptado para esta prova.

Assinale a alternativa que apresenta somente advérbios, independentemente de sua classificação.

Alternativas
Q2703462 Português

Instrução: As questões de números 01 a 15 referem-se ao texto abaixo. Os destaques ao longo do texto estão citados nas questões.


EUA jogam fora mais da metade da comida que compram


  1. Os Estados Unidos consomem menos da metade de toda a comida de suas geladeiras. Esse
  2. é o resultado do primeiro estudo quantitativo .............. padrão de consumo das casas
  3. americanas. Ao contrário do que se poderia imaginar, a comida jogada fora normalmente não
  4. está estragada. Ela ainda poderia ser consumida; mas, segundo o estudo, acaba indo para o lixo
  5. devido __ confusões na leitura da embalagem.
  6. Os participantes do estudo disseram que consomem 97% de toda a carne que compram,
  7. mas na verdade comem menos de 50% dela. Quanto aos vegetais, as pessoas declararam
  8. consumir 94%, quando na verdade acabavam comendo apenas 44%. O mesmo padrão se repete
  9. com frutas e laticínios.
  10. O estudo entrevistou 307 participantes e acompanhou a rotina de 169 deles durante uma
  11. semana. O questionário também incluía quais seriam os motivos que levaram os participantes
  12. a jogar comida fora.
  13. Segundo o pesquisador Brian Roe, autor do estudo e professor da Universidade Estadual de
  14. Ohio, esse desperdício ocorre com comidas perfeitamente seguras para o consumo. O principal
  15. motivo para o descarte é a preocupação com a saúde e o medo de que aquela comida tenha
  16. estragado. Tudo isso com base no cheiro, aparência e datas nas embalagens.
  17. As embalagens americanas normalmente contêm uma inscrição que diz “melhor se usado
  18. antes de”. Esse é um indicador de qualidade da comida, que aponta durante qual período o
  19. produto estaria ....... seu ápice. No entanto, muitos americanos interpretam essa instrução como
  20. um indicador de segurança.
  21. Desde 2017, a indústria alimentícia dos EUA faz lobby para tentar aprovar uma lei que
  22. mudaria isso. O projeto, que está tramitando no Congresso americano, prevê a utilização de
  23. dois termos distintos: o atual “melhor se usado antes de” e o novo “usar até” (que indicaria a
  24. efetiva data de validade do produto).
  25. O estudo também verificou que as pessoas que ____ o costume de olhar as informações
  26. nutricionais nas embalagens do supermercado desperdiçam menos. Os pesquisadores
  27. especulam que essas pessoas sejam mais conscientes com relação ao que comem, o que acaba
  28. diminuindo o desperdício. Pessoas mais novas também tendem a jogar mais comida fora,
  29. enquanto a população maior de 65 anos é a que menos desperdiça.
  30. Um terço de toda comida produzida no mundo — cerca de 1,3 bilhões de toneladas — vai
  31. para o lixo. De acordo com a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura,
  32. estima-se ....... os países em desenvolvimento percam US$ 310 bilhões por ano com o
  33. desperdício de comida, enquanto nos países desenvolvidos esse valor pode chegar a US$ 680
  34. bilhões.


Disponível em: https://super.abril.com.br/comportamento/eua-jogam-fora-mais-da-metade-da-comida-que-compram/ - texto adaptado para esta prova.

Assinale a alternativa INCORRETA sobre a relação entre letras e fonemas.

Alternativas
Q2703458 Português

Instrução: As questões de números 01 a 15 referem-se ao texto abaixo. Os destaques ao longo do texto estão citados nas questões.


EUA jogam fora mais da metade da comida que compram


  1. Os Estados Unidos consomem menos da metade de toda a comida de suas geladeiras. Esse
  2. é o resultado do primeiro estudo quantitativo .............. padrão de consumo das casas
  3. americanas. Ao contrário do que se poderia imaginar, a comida jogada fora normalmente não
  4. está estragada. Ela ainda poderia ser consumida; mas, segundo o estudo, acaba indo para o lixo
  5. devido __ confusões na leitura da embalagem.
  6. Os participantes do estudo disseram que consomem 97% de toda a carne que compram,
  7. mas na verdade comem menos de 50% dela. Quanto aos vegetais, as pessoas declararam
  8. consumir 94%, quando na verdade acabavam comendo apenas 44%. O mesmo padrão se repete
  9. com frutas e laticínios.
  10. O estudo entrevistou 307 participantes e acompanhou a rotina de 169 deles durante uma
  11. semana. O questionário também incluía quais seriam os motivos que levaram os participantes
  12. a jogar comida fora.
  13. Segundo o pesquisador Brian Roe, autor do estudo e professor da Universidade Estadual de
  14. Ohio, esse desperdício ocorre com comidas perfeitamente seguras para o consumo. O principal
  15. motivo para o descarte é a preocupação com a saúde e o medo de que aquela comida tenha
  16. estragado. Tudo isso com base no cheiro, aparência e datas nas embalagens.
  17. As embalagens americanas normalmente contêm uma inscrição que diz “melhor se usado
  18. antes de”. Esse é um indicador de qualidade da comida, que aponta durante qual período o
  19. produto estaria ....... seu ápice. No entanto, muitos americanos interpretam essa instrução como
  20. um indicador de segurança.
  21. Desde 2017, a indústria alimentícia dos EUA faz lobby para tentar aprovar uma lei que
  22. mudaria isso. O projeto, que está tramitando no Congresso americano, prevê a utilização de
  23. dois termos distintos: o atual “melhor se usado antes de” e o novo “usar até” (que indicaria a
  24. efetiva data de validade do produto).
  25. O estudo também verificou que as pessoas que ____ o costume de olhar as informações
  26. nutricionais nas embalagens do supermercado desperdiçam menos. Os pesquisadores
  27. especulam que essas pessoas sejam mais conscientes com relação ao que comem, o que acaba
  28. diminuindo o desperdício. Pessoas mais novas também tendem a jogar mais comida fora,
  29. enquanto a população maior de 65 anos é a que menos desperdiça.
  30. Um terço de toda comida produzida no mundo — cerca de 1,3 bilhões de toneladas — vai
  31. para o lixo. De acordo com a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura,
  32. estima-se ....... os países em desenvolvimento percam US$ 310 bilhões por ano com o
  33. desperdício de comida, enquanto nos países desenvolvidos esse valor pode chegar a US$ 680
  34. bilhões.


Disponível em: https://super.abril.com.br/comportamento/eua-jogam-fora-mais-da-metade-da-comida-que-compram/ - texto adaptado para esta prova.

Sobre a pontuação empregada no texto, assinale a alternativa INCORRETA.

Alternativas
Q2703428 Português

Leia o texto abaixo e responda as questões de 1 a 4.


A dor do mundo


Por muito tempo achei – escrevi e disse – que os males humanos foram sempre mais ou menos, e que a loucura toda já contamina o nosso café da manhã pelo universo cibernético. As aflições, as malandragens, as corrupções, os assassinatos absurdos, os piores aleijões morais, tudo é meu, seu, nosso pão de cada dia. Mas, de tempos para cá, comecei a achar que era lirismo sentimental meu. Estamos bem piores, sim. Por sermos mais estressados, por termos valores fracos, tortos ou nenhum, porque estamos incrivelmente fúteis e nos deixamos atingir por qualquer maluquice, porque até nossos ídolos são os mais transtornados, complicados. Nossos desejos não têm limite, nossos sonhos, por outro lado, andam ralinhos. Temos manias de gourmet, mas não podemos comer. Vivemos mais tempo, mas não sabemos oque fazer com ele. Podemos ter mais saúde, mas nos intoxicamos com excesso de remédios. Drogas habituais não bastam, então usamos substâncias e doses cavalares.

A sexualização infantil é um fato e começa em casa com mães amalucadas e programas de televisão pornográficos a qualquer hora do dia. O endeusamento da juventude a enfraquece, os adolescentes lidam sozinhos com a explosão de seus hormônios e a permissividade geral que anula limites e desorienta. A pressão social e até a insistência de governantes nos impõem o deus consumo, que nos deixa contentes até as primeiras, segundas, definitivas dívidas baterem à porta: a gente abre, e está atolado até o pescoço.

Uma cantora pop, que me desinteressava pela aparência e por algumas músicas, morre, mata-se, por uso desmedido de drogas (álcool sendo uma delas) aos 27 anos. Logo se exibe (quase com orgulho, ou isso já é maldade minha?) uma lista de brilhantes artistas mortos na mesma idade pela mesma razão. Nas homenagens que lhe fizeram, de repente escuto canções lindas, com uma voz extraordinária: mais triste ainda, pensar que esse talento se perdeu. Um louco assassino prepara e executa calmamente a chacina de dezenas de crianças e adolescentes num acampamento em ilha paradisíaca das terras nórdicas, onde o índice de desenvolvimento humano é o maior do planeta, e quase não existe a violência, que por estas bandas nos aterroriza. Explode edifícios, depois vai até a ilha, mata todo mundo, confessa à polícia que fez coisas atrozes, mas que “era necessário”, e que não aceitará a culpa.

Viramos assassinos ao volante, de preferência bêbados. Nossos edifícios precisam ter portarias treinadas como segurança, nossas casas, mil artifícios contra invasores, andamos na rua feito coelhos assustados. Não há lugar nas prisões, então se solta a bandidagem, as penas são cada vez mais branda ou não há pena alguma. Pena temos nós, pena por nós, pela tão espalhada dor do mundo. Sempre falando em trilhões, brigando por quatrilhões, diante da imagem das crianças morrendo de fome na Etiópia, na Somália e em outros países, tão fracas que não têm mais força para engolir o mingau que alguma alma compadecida lhes alcança: a mãe observa apática as moscas que pousam no rostinho sofrido. Estou me repetindo, eu sei, talvez assim alivie um pouco a angústia da também repetida indagação: que sociedade estamos nos tornando?

Eu, recolhida na ponta inferior deste país, sou parte dela e da loucura toda: porque tenho alguma voz, escrevo e falo, sem ilusão de que adiantará alguma coisa. Talvez, como na vida das pessoas, esta seja apenas uma fase ruim da humanidade, que conserva fulgores de solidariedade e beleza. Onde não a matamos, a natureza nos fornece material de otimismo: uma folha de outono avermelhada que a chuva grudou na vidraça, a voz das crianças que estão chegando, uma música que merece o termo “sublime”, gente honrada e produtiva, ou que cuida dos outros. Ainda dá para viver neste planeta. Ainda dá para ter esperança de que, de alguma forma, algum dia, a gente comece a se curar enquanto sociedade, e a miséria concreta não mate mais ninguém, enquanto líderes mundiais brigam por abstratos quatrilhões.


Crônica da escritora Luft Lya, publicada na Revista VEJA, de 03 de agosto de 2011.

Por sermos mais estressados, por termos valores fracos, tortos ou nenhum, porque estamos incrivelmente fúteis e nos deixamos atingir por qualquer maluquice, porque até nossos ídolos são os mais transtornados, complicados.” As palavras sublinhadas são classificadas respectivamente:

Alternativas
Q2703209 Português

Exposição no Palácio dos Bandeirantes convida a viajar

para o passado


A exposição “Arte e história nas coleções públicas

paulistas”, em cartaz no Palácio dos Bandeirantes, sede

do governo paulista, convida o visitante a passear pelo

passado. São mais de 200 peças trazidas do Museu

Paulista (mais conhecido como Museu do Ipiranga), da

Pinacoteca do Estado e do Acervo Artístico-Cultural dos

Palácios do Governo. Uma coleção de ferros de passar

roupa, uma carruagem do século XIX, mobiliário da elite

paulista e telas de pintores como Benedito Calixto e

Antonio Ferrigno contam episódios da história do Brasil

desde os tempos coloniais. É a primeira vez que uma

exposição reúne peças dos três mais antigos acervos

culturais paulistas num único espaço.

Para ajudar os visitantes ___ viajar para o

passado, a exposição começa com uma apresentação do

grupo de teatro do Instituto Histórico e Geográfico de São

Vicente. Vestidos ___ moda do século XIX, cerca de 20

atores interpretam personagens típicos do Brasil _____

vésperas da Independência: escravos, capitães do mato,

padeiros portugueses, aristocratas indolentes, polemistas

da imprensa e sinhás. Alguns personagens históricos

também entram em cena, como a escritora negra Maria

Firmina dos Reis, o jornalista Manoel Bastos Tigre e Dona

Leopoldina, mulher de Dom Pedro I.

Os personagens conversam sobre dilemas do

Brasil de 1822: uma escrava exige sua liberdade e o

senhor diz que razões econômicas impedem a Abolição;

uma portuguesa maldiz as ideias independentistas de

certos brasileiros; um menino jornaleiro anuncia notícias

da época. A pecinha termina com o grito “Independência

ou morte!”, bradado por um Dom Pedro de no máximo 6

anos de idade.

Depois da apresentação, os atores passeiam pela

exposição com os visitantes. Boa parte do espaço da

exposição é dedicada ____ iconografia produzida sobre

os bandeirantes, que foram glorificados em pinturas

acadêmicas e bucólicas. No início do XX, membros da

elite paulista costumavam encomendar obras de arte de

temática bandeirante para o Museu do Ipiranga. A

exposição tenta problematizar os bandeirantes e lembra

as brutalidades cometidas por eles contra populações

indígenas. Mas a história que os quadros contam é outra:

paulistas orgulhosos, com barbas longas e chapéus de

aba larga, índios sempre em segundo plano.

https://epoca.globo.com... - adaptado.

Quanto à pontuação, assinalar a alternativa CORRETA:

Alternativas
Q2703174 Português

Leia o texto para responder as questões.

Planeta registra temperaturas mais altas dos últimos 2 mil anos

Segundo um artigo na Nature Geoscience, em nenhum

momento desde o início da era cristã as temperaturas subiram

tão rapidamente


As temperaturas no mundo nunca subiram tão rapidamente nos últimos 2 mil anos quanto hoje. É o que mostram dois estudos divulgados nesta quarta usaram dados de temperatura compilados de cerca de 700 indicadores, incluindo anéis de crescimento de árvores, núcleos de gelo, sedimentos de lagos e corais, bem como termômetros modernos.

O primeiro estudo, publicado na revista que durante a “pequena era glacial” (de 1300 a 1850), apesar de ter sido registrado um frio extremo na Estados Unidos, não ocorreu o mesmo em todo o planeta. “Quando olhamos para o passado, encontramos fenômenos regionais, mas nenhum em todo o mundo”, explica Nathan Steiger, da Universidade de Columbia, em Nova outro lado, atualmente, o aquecimento é global: 98% do planeta sofreu um aquecimento após a Revolução Industrial.”

Um segundo artigo, na Nature Geoscience média das variações de temperatura em períodos curtos, de várias décadas. E conclui que em nenhum momento desde o início da era cristã as temperaturas subiram tão rapidamente e de maneira tão regular como ao fim do século 20.

Esse resultado “destaca o caráter extraordinário da mudança climática atual”, afirma Raphael Neukom da Universidade de Berna, na Suíça, coautor do estudo. estudos “deveriam derrubar definitivamente os argumentos dos céticos da mudança climática que defendem que o aquecimento global observado recentemente se inscreve em um ciclo climático natural”, destaca Mark Maslin da University College de Londres.

Em alta

Com os termômetros marcando 40,5°C, temperatura registrada no oeste da Alemanha, o país bateu seu recorde absoluto de calor nesta quarta-feira, conforme anunciou o serviço meteorológico alemão (DWD).

Na Bélgica, também se registrou um recorde histórico, com 38,9°C, em Kleine-Brogel, no nordeste do país.

De acordo com o diretor de previsões do Instituto Real Meteorológico (IRM), David Dehenauw, trata “temperatura mais elevada desde o início das observações em 1833”.


Disponível em https://exame.abril.com.br/ciencia/planeta-registra-temperaturas-mais-altas-dos-

ultimos-2-mil-anos/

Analise: “Um segundo artigo, na Nature Geoscience, examina a média das variações de temperatura em períodos curtos, de várias décadas.” E assinale a alternativa que apresenta o tipo e o núcleo do sujeito da oração

Alternativas
Q2703167 Português

Leia o texto para responder as questões.

Planeta registra temperaturas mais altas dos últimos 2 mil anos

Segundo um artigo na Nature Geoscience, em nenhum

momento desde o início da era cristã as temperaturas subiram

tão rapidamente


As temperaturas no mundo nunca subiram tão rapidamente nos últimos 2 mil anos quanto hoje. É o que mostram dois estudos divulgados nesta quarta usaram dados de temperatura compilados de cerca de 700 indicadores, incluindo anéis de crescimento de árvores, núcleos de gelo, sedimentos de lagos e corais, bem como termômetros modernos.

O primeiro estudo, publicado na revista que durante a “pequena era glacial” (de 1300 a 1850), apesar de ter sido registrado um frio extremo na Estados Unidos, não ocorreu o mesmo em todo o planeta. “Quando olhamos para o passado, encontramos fenômenos regionais, mas nenhum em todo o mundo”, explica Nathan Steiger, da Universidade de Columbia, em Nova outro lado, atualmente, o aquecimento é global: 98% do planeta sofreu um aquecimento após a Revolução Industrial.”

Um segundo artigo, na Nature Geoscience média das variações de temperatura em períodos curtos, de várias décadas. E conclui que em nenhum momento desde o início da era cristã as temperaturas subiram tão rapidamente e de maneira tão regular como ao fim do século 20.

Esse resultado “destaca o caráter extraordinário da mudança climática atual”, afirma Raphael Neukom da Universidade de Berna, na Suíça, coautor do estudo. estudos “deveriam derrubar definitivamente os argumentos dos céticos da mudança climática que defendem que o aquecimento global observado recentemente se inscreve em um ciclo climático natural”, destaca Mark Maslin da University College de Londres.

Em alta

Com os termômetros marcando 40,5°C, temperatura registrada no oeste da Alemanha, o país bateu seu recorde absoluto de calor nesta quarta-feira, conforme anunciou o serviço meteorológico alemão (DWD).

Na Bélgica, também se registrou um recorde histórico, com 38,9°C, em Kleine-Brogel, no nordeste do país.

De acordo com o diretor de previsões do Instituto Real Meteorológico (IRM), David Dehenauw, trata “temperatura mais elevada desde o início das observações em 1833”.


Disponível em https://exame.abril.com.br/ciencia/planeta-registra-temperaturas-mais-altas-dos-

ultimos-2-mil-anos/

Assinale a alternativa que apresenta um advérbio.

Alternativas
Q2703056 Português

Quanto à pontuação, marcar C para as sentenças Certas, E para as Erradas e, após, assinalar a alternativa que apresenta a sequência CORRETA:


( ) A Luísa, precisava comprar mais carne para o almoço.

( ) Cuidado! Olhe! É muito alto para pular.

Alternativas
Q2702934 Português

Instrução: As questões de números 01 a 10 referem-se ao texto abaixo. Os destaques ao longo do texto estão citados nas questões.

Por que você precisa se tornar um professor empreendedor?

01 O professor como conhecemos hoje, exclusivamente atrelado ___ uma instituição de

02 ensino, aos poucos, dará espaço a um profissional capaz de preencher a lacuna existente entre o

03 docente tradicional, o administrador e o formulador de políticas educacionais. Estamos falando do

04 chamado teacherpreneur, ou professor-empreendedor em tradução livre. Afirmo isto diante da

05 realidade de que, apesar dos avanços tecnológicos, a maioria das escolas conta com uma

06 hierarquia que separa as pessoas que criam políticas educacionais (administradores) daquelas

07 que realmente entregam a educação (professores)

08 Essa história de compartimentalização muda com o professor-empreendedor, que além de

09 estar no dia ___ dia no ambiente escolar, sai da sala de aula para interagir com múltiplos

10 domínios da educação. Assim, em termos gerais, um professor-empreendedor envolve-se na

11 liderança educacional, escreve seus próprios currículos, pesquisa metodologias educacionais,

12 aprende a usar diferentes tecnologias, cria cursos próprios e os vende ou disponibiliza

13 gratuitamente em plataformas digitais, educa outros professores e até trabalha para reformar as

14 políticas educacionais oficiais.

15 Esse novo educador tem como característica fundir a imagem do professor inovador com a

16 liderança empreendedora que assume riscos para criar seu próprio lugar no mundo profissional.

17 São pessoas empenhadas em criar uma cultura de criatividade e reflexão na sala de aula, mas

18 que também pensam suas ações para além deste espaço, pois têm consciência de que o

19 aprendizado e lições valiosas não devem ficar restritos aos bancos escolares.

20 A possibilidade de se tornar um professor-empreendedor pode ser uma das soluções para

21 reverter o crescente desinteresse pela carreira e conter o êxodo para o mundo administrativo,

22 movimento geralmente resultante de salários pouco competitivos, dificuldades em lidar com os

23 alunos e até mesmo o esgotamento físico e mental que muitos alegam ao deixar a educação. É

24 um caminho possível para ajudar aqueles professores talentosos e dedicados a permanecerem

25 entusiasmados com sua profissão e a compartilharem suas melhores práticas. A chave aqui é que

26 o educador crie uma maneira diferente de navegar na profissão sem abandoná-la ou perder a

27 vontade de ensinar.

28 Mas o que os teacherpreneurs estão produzindo agora?

29 Como exemplo de professores-empreendedores, podemos nos pautar por vários cases de

30 sucesso, tanto no exterior como aqui mesmo no Brasil. São educadores que resolveram criar seu

31 próprio produto ou serviço para solucionar problemas que eles ou seus colegas encontraram na

32 sala de aula, desenvolvendo soluções criativas para educação.

33 Este é o caso do professor de História de uma escola pública localizada no Bronx, Charles

34 Best, que fundou o site DonorsChoose.org, uma plataforma de financiamento coletivo de projetos

35 escolares direcionados ___ rede pública norte-americana. Em 2000, Charles Best propôs que

36 seus alunos lessem “Little House on the Prairie”. Enquanto fazia fotocópias do único livro

37 disponível na escola, pensou em todo o dinheiro que ele e seus colegas gastavam em livros e

38 materiais de apoio para lecionar. Foi então que ele imaginou que talvez houvesse pessoas que

39 gostariam de colaborar com projetos educacionais, desde que pudessem acompanhar para onde

40 seu dinheiro estava indo.

41 Best esboçou um site onde os professores poderiam postar solicitações de projetos de sala

42 de aula e os doadores poderiam escolher os que desejariam apoiar. Seus colegas postaram os

43 primeiros onze pedidos. Hoje, a plataforma é utilizada em todo os Estados Unidos. Quando o

44 projeto atinge a meta de doações em dinheiro, a organização do DonorsChoose entrega os

45 materiais necessários – que vão desde livros e giz de cera até microscópios e equipamentos

16 esportivos – e envia para os doadores um extrato detalhado, indicando como cada dólar foi

47 utilizado.

48 Como se tornar um professor empreendedor?

49 Os exemplos mostram o quanto os professores empreendedores têm a oportunidade de

50 afetar a política educacional, impactando a sociedade e gerando inovação no ensino, sem

51 estarem necessariamente atrelados a uma instituição ou sala de aula convencional. Eles geram

52 renovação e entusiasmo, além de experiências mais eficazes e enriquecedoras para todo o

53 sistema educacional. Em certo sentido, eles dão um passo adiante para alcançar um estado de

54 aprendizado mais engajado e simplificado.

55 Abrir-se para a possibilidade de se transformar num professor-empreendedor é

56 importante porque traz um novo olhar sobre o ensino-aprendizado e sobre suas próprias

57 possibilidades como educador e pessoa. A profissão de professor não vai acabar, mas vai se

58 transformar profundamente. É importante se perguntar se você quer acompanhar esta mudança

59 ou não. Pelo que já estamos vendo, será uma ótima jornada. Você não vai querer ficar fora

60 desta, vai?

(Luciana Allan – Revista Exame – 14/02/2019 – disponível em: https://exame.abril.com.br/ - adaptação)

Considerando o emprego da vírgula, analise as assertivas a seguir:


I. A ocorrência de vírgula na linha 01 e a primeira ocorrência da linha 02 demarcam um aposto explicativo.

II. A ocorrência das vírgulas, nas linhas 08 e 09, marca a separação de uma oração subordinada adjetiva explicativa.

III. Na linha 50 (primeira ocorrência), a vírgula marca uma enumeração de itens.


Quais estão corretas?

Alternativas
Q2702931 Português

Instrução: As questões de números 01 a 10 referem-se ao texto abaixo. Os destaques ao longo do texto estão citados nas questões.

Por que você precisa se tornar um professor empreendedor?

01 O professor como conhecemos hoje, exclusivamente atrelado ___ uma instituição de

02 ensino, aos poucos, dará espaço a um profissional capaz de preencher a lacuna existente entre o

03 docente tradicional, o administrador e o formulador de políticas educacionais. Estamos falando do

04 chamado teacherpreneur, ou professor-empreendedor em tradução livre. Afirmo isto diante da

05 realidade de que, apesar dos avanços tecnológicos, a maioria das escolas conta com uma

06 hierarquia que separa as pessoas que criam políticas educacionais (administradores) daquelas

07 que realmente entregam a educação (professores)

08 Essa história de compartimentalização muda com o professor-empreendedor, que além de

09 estar no dia ___ dia no ambiente escolar, sai da sala de aula para interagir com múltiplos

10 domínios da educação. Assim, em termos gerais, um professor-empreendedor envolve-se na

11 liderança educacional, escreve seus próprios currículos, pesquisa metodologias educacionais,

12 aprende a usar diferentes tecnologias, cria cursos próprios e os vende ou disponibiliza

13 gratuitamente em plataformas digitais, educa outros professores e até trabalha para reformar as

14 políticas educacionais oficiais.

15 Esse novo educador tem como característica fundir a imagem do professor inovador com a

16 liderança empreendedora que assume riscos para criar seu próprio lugar no mundo profissional.

17 São pessoas empenhadas em criar uma cultura de criatividade e reflexão na sala de aula, mas

18 que também pensam suas ações para além deste espaço, pois têm consciência de que o

19 aprendizado e lições valiosas não devem ficar restritos aos bancos escolares.

20 A possibilidade de se tornar um professor-empreendedor pode ser uma das soluções para

21 reverter o crescente desinteresse pela carreira e conter o êxodo para o mundo administrativo,

22 movimento geralmente resultante de salários pouco competitivos, dificuldades em lidar com os

23 alunos e até mesmo o esgotamento físico e mental que muitos alegam ao deixar a educação. É

24 um caminho possível para ajudar aqueles professores talentosos e dedicados a permanecerem

25 entusiasmados com sua profissão e a compartilharem suas melhores práticas. A chave aqui é que

26 o educador crie uma maneira diferente de navegar na profissão sem abandoná-la ou perder a

27 vontade de ensinar.

28 Mas o que os teacherpreneurs estão produzindo agora?

29 Como exemplo de professores-empreendedores, podemos nos pautar por vários cases de

30 sucesso, tanto no exterior como aqui mesmo no Brasil. São educadores que resolveram criar seu

31 próprio produto ou serviço para solucionar problemas que eles ou seus colegas encontraram na

32 sala de aula, desenvolvendo soluções criativas para educação.

33 Este é o caso do professor de História de uma escola pública localizada no Bronx, Charles

34 Best, que fundou o site DonorsChoose.org, uma plataforma de financiamento coletivo de projetos

35 escolares direcionados ___ rede pública norte-americana. Em 2000, Charles Best propôs que

36 seus alunos lessem “Little House on the Prairie”. Enquanto fazia fotocópias do único livro

37 disponível na escola, pensou em todo o dinheiro que ele e seus colegas gastavam em livros e

38 materiais de apoio para lecionar. Foi então que ele imaginou que talvez houvesse pessoas que

39 gostariam de colaborar com projetos educacionais, desde que pudessem acompanhar para onde

40 seu dinheiro estava indo.

41 Best esboçou um site onde os professores poderiam postar solicitações de projetos de sala

42 de aula e os doadores poderiam escolher os que desejariam apoiar. Seus colegas postaram os

43 primeiros onze pedidos. Hoje, a plataforma é utilizada em todo os Estados Unidos. Quando o

44 projeto atinge a meta de doações em dinheiro, a organização do DonorsChoose entrega os

45 materiais necessários – que vão desde livros e giz de cera até microscópios e equipamentos

16 esportivos – e envia para os doadores um extrato detalhado, indicando como cada dólar foi

47 utilizado.

48 Como se tornar um professor empreendedor?

49 Os exemplos mostram o quanto os professores empreendedores têm a oportunidade de

50 afetar a política educacional, impactando a sociedade e gerando inovação no ensino, sem

51 estarem necessariamente atrelados a uma instituição ou sala de aula convencional. Eles geram

52 renovação e entusiasmo, além de experiências mais eficazes e enriquecedoras para todo o

53 sistema educacional. Em certo sentido, eles dão um passo adiante para alcançar um estado de

54 aprendizado mais engajado e simplificado.

55 Abrir-se para a possibilidade de se transformar num professor-empreendedor é

56 importante porque traz um novo olhar sobre o ensino-aprendizado e sobre suas próprias

57 possibilidades como educador e pessoa. A profissão de professor não vai acabar, mas vai se

58 transformar profundamente. É importante se perguntar se você quer acompanhar esta mudança

59 ou não. Pelo que já estamos vendo, será uma ótima jornada. Você não vai querer ficar fora

60 desta, vai?

(Luciana Allan – Revista Exame – 14/02/2019 – disponível em: https://exame.abril.com.br/ - adaptação)

Considerando o emprego do vocábulo “que”, assinale a alternativa na qual ele é empregado como pronome relativo, relacionando-se a um substantivo e caracterizando-o.

Alternativas
Q2702849 Português

A Polônia, uma das maiores nações da Europa,

havia se constituído a partir de grandes territórios

tomados de três diferentes nações: Alemanha,

Rússia e Império Austro-Húngaro. O fato de dois

dos três doadores estarem insatisfeitos não era

um bom presságio. Tanto a Alemanha quanto a

Rússia queriam se expandir, e a Polônia era o

alvo mais óbvio. Os dois países poderiam

simplesmente argumentar que retomavam

antigas terras que lhes havia sido tiradas

injustamente. Orgulhosa de sua língua, de sua

literatura e de suas tradições, a Polônia desejava

havia muito reconquistar a antiga grandeza. Mas

não era uma nação unida. Embora a população

de cerca de 30 milhões fosse majoritariamente

católica, a variedade de nacionalidades não

contribuía para um governo harmonioso. Na

década de 1920, a segunda maior cidade

polonesa era Breslau, onde se falava alemão. Tal

cidade havia recebido o novo nome de Wroclaw

e muitos de seus cidadãos queriam que ela

continuasse fazendo parte da Alemanha, como

era até pouco tempo antes. Por outro lado, muitos

poloneses que tinham vivido sob o jugo alemão

até 1918 lembravam o modo miserável como

foram tratados – e retribuíam dificultando a vida

dos alemães que ali residiam. A Polônia também

contava com o maior contingente de judeus da

Europa, sobre os quais costumavam pairar a

suspeita e a inveja. Além disso, os poloneses

também se encontravam divididos. Uma Polônia

unida e bem-armada, com aliados alertas, talvez

tivesse feito Hitler pensar duas vezes antes de

lançar um ataque. Mas ele não teve de pensar

tanto. Em 1° de setembro de 1939, Hitler invadiu

a Polônia e quinze dias depois tropas russas

marchavam sobre o território para completar a

conquista. A Rússia foi além e tentou retomar

parte da Finlândia que lhe pertencia antes das

revoluções de 1917. Os finlandeses combateram

corajosamente no gelo e na neve, mas por fim

resolveram admitir a derrota e acabaram

conseguindo termos que estavam longe de ser

desastrosos. (BLAINEY, Geoffrey. Uma Breve

História do Século XX. 2 ed. São Paulo:

Fundamento, p. 136).

A palavra “simplesmente”, utilizada pelo autor do texto na linha 9, possui a seguinte classificação gramatical:

Alternativas
Q2702817 Português

Assinalar a alternativa que NÃO apresenta um diminutivo:

Alternativas
Q2702702 Português

São considerados advérbio de tempo, EXCETO:

Alternativas
Q2702575 Português

Todas as alternativas a respeito da palavra “chuvisco” estão corretas, EXCETO:

Alternativas
Q2702564 Português

Quanto à concordância nominal, assinalar a alternativa que preenche as lacunas abaixo CORRETAMENTE:


Nós estamos _______.

Ela ________ disse o que pensava.

Alternativas
Q2702470 Português

Considerando as normas ortográficas vigentes em língua portuguesa, qual sequência de palavras preenche adequadamente as lacunas do trecho abaixo?

“_____ você está sempre de bom humor? Sinceramente gostaria de saber o _____ de tanta alegria...” Renata respondeu prontamente: “_____ eu estou viva.”

Alternativas
Q2702465 Português

O poema ‘Canção do Exílio’ de Gonçalves Dias é um dos textos mais conhecidos em língua portuguesa e também um dos mais parodiados. A seguir podemos ler as duas primeiras estrofes do poema:


Minha terra tem palmeiras

Onde canta o sabiá;

As aves que aqui gorjeiam,

Não gorjeiam como lá.


Nosso céu tem mais estrelas,

Nossas várzeas têm mais flores,

Nossos bosques têm mais vida,

Nossa vida mais amores.


Abaixo, podemos ler uma paródia, escrita por Oswald de Andrade: ‘Canto de Regresso à Pátria’

Minha terra tem palmares

Onde gorjeia o mar

Os passarinhos daqui

Não cantam como os de lá


Minha terra tem mais rosas

E quase que mais amores

Minha terra tem mais ouro

Minha terra tem mais terra


Assinale a única alternativa ERRADA no que diz respeito à interpretação e comparação dos dois poemas.

Alternativas
Q2702267 Português

Leia o texto a seguir para responder às questões de 1 a 5.


“A crise migratória vai manter-se. É preciso uma visão integrada"


A crise migratória vai manter-se, se não amplificar-se, por isso é preciso uma visão integrada. Essa foi uma das ideias deixadas por António Vitorino, diretor-geral da Organização Internacional das Migrações (OIM), no Seminário Diplomático, em 03 de janeiro de 2019, no Museu do Oriente, em Lisboa.

Considerando que, no futuro, as migrações e as alterações climáticas são os maiores desafios da humanidade, o ex-ministro português, orador convidado deste evento, criticou as forças populistas que exploram medos associados às migrações e lamentou que EUA e oito países da UE não se tenham associado ao Pacto Global para a Migração da ONU. Pois, em seu entender, este contém essa visão integrada e, sem ela, não é possível responder às crises migratórias.

"O crescimento da vaga populista vai de par com o retrocesso da cooperação internacional. A deriva nacionalista em curso leva à crítica acesa do multilateralismo. O problema hoje não é a incerteza, é aquilo a que os chineses chamam a impermanência. Decisões unilaterais como abandono de organizações e de acordos internacionais", afirmou, numa clara referência à Administração norte-americana liderada pelo republicano Donald Trump.

"A deriva populista alimenta-se do ressentimento dos perdedores da globalização e dos que olham para os migrantes como resultado da pressão globalizadora. Medite-se sobre o exemplo da AfD. Nunca passou de um partido marginal. A partir do momento em que fez das migrações o centro da sua política disparou", declarou, referindo-se ao partido de extrema-direita alemão que conseguiu entrar no Bundestag - e em todos os parlamentos dos estados federados - à boleia da sua retórica anti-imigração e das suas críticas ferozes à política de porta aberta da chanceler Angela Merkel.

"O tema das migrações é o tema preferido das forças populistas, que constroem um discurso contra as elites, em que a identidade prevalece sobre a economia, em que o debate político acontece num clima altamente polarizador. Os populistas fazem uso das redes sociais. Usam uma linguagem simples. Fácil de ser entendida. Mas não há soluções simplistas para problemas complexos. A questão do controlo das fronteiras é essencial. Era da responsabilidade dos Estados. É um elemento essencial para dar confiança às populações. 70% dos imigrantes irregulares nos países de destino entraram regularmente nesses países. A regularidade ou irregularidade não tem, por isso, que ver com a questão das fronteiras. Por isso é perigoso pedir ao controlo de fronteiras que elimine o problema do controlo das migrações", sublinhou, notando que, em relação às migrações, a dinâmica das percepções não acompanha aquilo que é a dinâmica da vida real.

[...]

"Há mais OIM para além do pacto global. Somos uma organização descentralizada. Temos relações bilaterais com os Estados. Tenho respeito pelas políticas migratórias dos EUA", disse, respondendo a uma pergunta de um dos diplomatas presentes na sala. "É preciso uma narrativa equilibrada sobre as migrações, que não ignore os obstáculos, mas que ao mesmo tempo não negue o papel que podem ter as migrações ordenadas. Sem deixar de levar em conta as resistências das comunidades de acolhimento. Há racismo e xenofobia, mas seria um erro grave de análise achar que todos aqueles que têm resistência às migrações têm motivações racistas e xenófobas", sublinhou ainda o ex-comissário europeu para a Justiça e Assuntos Internos da UE.

"Nesta matéria", admitiu Vitorino, "não há fórmulas mágicas, cada caso é um caso". O diretor-geral da OIM, agradecendo todo o apoio à sua candidatura ao cargo por parte de Portugal, concluiu: "Portugal é, cada vez mais, um bom exemplo ou talvez, lamentavelmente, uma exceção honrosa, onde nunca as migrações foram usadas para desenhar linhas de divisão política e o consenso sempre existiu. E já agora, como vamos ter eleições em 2019, que depois disso seja assim também".


https://www.artigosenoticias.com/noticia/diario_de_noticias/2171699/a-crise-migratoria-vai-manter-se-e-preciso-uma-visao-integrada.html

“A crise migratória vai manter-se, se não amplificar-se, por isso é preciso uma visão integrada.” 1º §


A relação de ideia estabelecida pelo conectivo sublinhado nessa frase está corretamente identificada em:

Alternativas
Respostas
1761: B
1762: A
1763: C
1764: B
1765: B
1766: A
1767: C
1768: A
1769: D
1770: C
1771: C
1772: A
1773: C
1774: D
1775: C
1776: B
1777: C
1778: B
1779: B
1780: B