Questões de Concurso Sobre português para pc-sp

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Ano: 2014 Banca: VUNESP Órgão: PC-SP Prova: VUNESP - 2014 - PC-SP - Auxiliar de Necropsia |
Q479630 Português
                  Condenados à vida

      “Ele tem dezesseis anos, um câncer de boca horroroso, mal anda, mas o médico disse que faz a remoção da mandíbula e uma abertura no estômago para ele se alimentar. Eu queria que ele morresse logo, não tenho dinheiro.”
      Tratava-se de um cão idoso, sofrendo e atormentando a vida da minha paciente.
      O que aconteceu com a morte, que nem é mais permitida aos animais que sofrem, que dirá a nós humanos?
      Ano de 1973, um dos meus pacientes era um velhinho com câncer de fígado que finalmente teve uma parada cardíaca na minha frente.
      Iniciei logo os processos de reanimação (massagem cardíaca etc). Debalde. O chefe de clínica, meu hoje amigo Prof. Alvariz, me chamou: “Daudt, aquilo não se chama parada cardíaca. Chama-se MORTE. É necessário saber a diferença”.
      Parece que nós, médicos, em particular, e a sociedade, em geral, perdemos a noção dessa preciosa diferença, e estamos infligindo um tormento artificial a nós mesmos e aos infelizes sob nossos cuidados.
      Aos médicos, a diferença não é ensinada nas faculdades. Pelo contrário. A morte é vista como uma inimiga a ser combatida a quaisquer “custo$”, saídos dos nossos bolsos.
      E o inferno não atinge só os terminais. Ele se estende aos iniciais que não deveriam ter iniciado.
      A mãe natureza vem expulsando embriões inviáveis desde sempre, em diversas fases da gestação. O aborto de fetos anencéfalos foi consentido a duras penas, e ainda revolta muitos.
      A compulsão de “salvar vidas” atinge prematuros malformados (outrora inviáveis) ao ponto de vegetarem por meses ou anos, aprisionando e desgraçando familiares pobres.
Os médicos deste circo de horrores têm um lema sinistro: “No meu plantão, não!” E se desdobram em manobras heroicas para prolongar a existência daquele ser sem perspectivas, com a crueldade adicional de dar esperança às famílias.
      Até há pouco tempo, morria-se em casa, sabendo que se ia morrer, cercado de carinho da família, dizendo suas últimas palavras, num rito de despedida que incluía a morte como parte da vida, e como um momento digno.
      Hoje, varremos nossos moribundos para debaixo de uma UTI, que nos “poupa de assistir o horror”.
      Pude proporcionar esse momento digno a minha mãe de 95 anos. Ela já estava na maca para ser levada à ambulância quando cheguei. “Podem voltar, que ela quer morrer em casa”. O médico apertou minha mão, solidário e comovido.
      Posta em sua cama, minha mãe disse: “Que bom, voltei ao meu cantinho”. E morreu como queria.

                                          (Francisco Daudt. Folha de S.Paulo, 02 de abril de 2014. Adaptado)
A frase – A morte é vista como uma inimiga a ser combatida a quaisquer “custo$” , ... (7° parágrafo) –, reforçada pela grafia da palavra em destaque, induz à ideia de que, para alguns médicos,
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Ano: 2014 Banca: VUNESP Órgão: PC-SP Prova: VUNESP - 2014 - PC-SP - Auxiliar de Necropsia |
Q479629 Português
                  Condenados à vida

      “Ele tem dezesseis anos, um câncer de boca horroroso, mal anda, mas o médico disse que faz a remoção da mandíbula e uma abertura no estômago para ele se alimentar. Eu queria que ele morresse logo, não tenho dinheiro.”
      Tratava-se de um cão idoso, sofrendo e atormentando a vida da minha paciente.
      O que aconteceu com a morte, que nem é mais permitida aos animais que sofrem, que dirá a nós humanos?
      Ano de 1973, um dos meus pacientes era um velhinho com câncer de fígado que finalmente teve uma parada cardíaca na minha frente.
      Iniciei logo os processos de reanimação (massagem cardíaca etc). Debalde. O chefe de clínica, meu hoje amigo Prof. Alvariz, me chamou: “Daudt, aquilo não se chama parada cardíaca. Chama-se MORTE. É necessário saber a diferença”.
      Parece que nós, médicos, em particular, e a sociedade, em geral, perdemos a noção dessa preciosa diferença, e estamos infligindo um tormento artificial a nós mesmos e aos infelizes sob nossos cuidados.
      Aos médicos, a diferença não é ensinada nas faculdades. Pelo contrário. A morte é vista como uma inimiga a ser combatida a quaisquer “custo$”, saídos dos nossos bolsos.
      E o inferno não atinge só os terminais. Ele se estende aos iniciais que não deveriam ter iniciado.
      A mãe natureza vem expulsando embriões inviáveis desde sempre, em diversas fases da gestação. O aborto de fetos anencéfalos foi consentido a duras penas, e ainda revolta muitos.
      A compulsão de “salvar vidas” atinge prematuros malformados (outrora inviáveis) ao ponto de vegetarem por meses ou anos, aprisionando e desgraçando familiares pobres.
Os médicos deste circo de horrores têm um lema sinistro: “No meu plantão, não!” E se desdobram em manobras heroicas para prolongar a existência daquele ser sem perspectivas, com a crueldade adicional de dar esperança às famílias.
      Até há pouco tempo, morria-se em casa, sabendo que se ia morrer, cercado de carinho da família, dizendo suas últimas palavras, num rito de despedida que incluía a morte como parte da vida, e como um momento digno.
      Hoje, varremos nossos moribundos para debaixo de uma UTI, que nos “poupa de assistir o horror”.
      Pude proporcionar esse momento digno a minha mãe de 95 anos. Ela já estava na maca para ser levada à ambulância quando cheguei. “Podem voltar, que ela quer morrer em casa”. O médico apertou minha mão, solidário e comovido.
      Posta em sua cama, minha mãe disse: “Que bom, voltei ao meu cantinho”. E morreu como queria.

                                          (Francisco Daudt. Folha de S.Paulo, 02 de abril de 2014. Adaptado)
De acordo com informações textuais,
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Ano: 2014 Banca: VUNESP Órgão: PC-SP Prova: VUNESP - 2014 - PC-SP - Auxiliar de Necropsia |
Q479628 Português
                  Condenados à vida

      “Ele tem dezesseis anos, um câncer de boca horroroso, mal anda, mas o médico disse que faz a remoção da mandíbula e uma abertura no estômago para ele se alimentar. Eu queria que ele morresse logo, não tenho dinheiro.”
      Tratava-se de um cão idoso, sofrendo e atormentando a vida da minha paciente.
      O que aconteceu com a morte, que nem é mais permitida aos animais que sofrem, que dirá a nós humanos?
      Ano de 1973, um dos meus pacientes era um velhinho com câncer de fígado que finalmente teve uma parada cardíaca na minha frente.
      Iniciei logo os processos de reanimação (massagem cardíaca etc). Debalde. O chefe de clínica, meu hoje amigo Prof. Alvariz, me chamou: “Daudt, aquilo não se chama parada cardíaca. Chama-se MORTE. É necessário saber a diferença”.
      Parece que nós, médicos, em particular, e a sociedade, em geral, perdemos a noção dessa preciosa diferença, e estamos infligindo um tormento artificial a nós mesmos e aos infelizes sob nossos cuidados.
      Aos médicos, a diferença não é ensinada nas faculdades. Pelo contrário. A morte é vista como uma inimiga a ser combatida a quaisquer “custo$”, saídos dos nossos bolsos.
      E o inferno não atinge só os terminais. Ele se estende aos iniciais que não deveriam ter iniciado.
      A mãe natureza vem expulsando embriões inviáveis desde sempre, em diversas fases da gestação. O aborto de fetos anencéfalos foi consentido a duras penas, e ainda revolta muitos.
      A compulsão de “salvar vidas” atinge prematuros malformados (outrora inviáveis) ao ponto de vegetarem por meses ou anos, aprisionando e desgraçando familiares pobres.
Os médicos deste circo de horrores têm um lema sinistro: “No meu plantão, não!” E se desdobram em manobras heroicas para prolongar a existência daquele ser sem perspectivas, com a crueldade adicional de dar esperança às famílias.
      Até há pouco tempo, morria-se em casa, sabendo que se ia morrer, cercado de carinho da família, dizendo suas últimas palavras, num rito de despedida que incluía a morte como parte da vida, e como um momento digno.
      Hoje, varremos nossos moribundos para debaixo de uma UTI, que nos “poupa de assistir o horror”.
      Pude proporcionar esse momento digno a minha mãe de 95 anos. Ela já estava na maca para ser levada à ambulância quando cheguei. “Podem voltar, que ela quer morrer em casa”. O médico apertou minha mão, solidário e comovido.
      Posta em sua cama, minha mãe disse: “Que bom, voltei ao meu cantinho”. E morreu como queria.

                                          (Francisco Daudt. Folha de S.Paulo, 02 de abril de 2014. Adaptado)
Considerando o contexto, as expressões “inferno” e “circo de horrores” (8.° e 11° parágrafos) referem-se
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Ano: 2014 Banca: VUNESP Órgão: PC-SP Prova: VUNESP - 2014 - PC-SP - Auxiliar de Necropsia |
Q479627 Português
                  Condenados à vida

      “Ele tem dezesseis anos, um câncer de boca horroroso, mal anda, mas o médico disse que faz a remoção da mandíbula e uma abertura no estômago para ele se alimentar. Eu queria que ele morresse logo, não tenho dinheiro.”
      Tratava-se de um cão idoso, sofrendo e atormentando a vida da minha paciente.
      O que aconteceu com a morte, que nem é mais permitida aos animais que sofrem, que dirá a nós humanos?
      Ano de 1973, um dos meus pacientes era um velhinho com câncer de fígado que finalmente teve uma parada cardíaca na minha frente.
      Iniciei logo os processos de reanimação (massagem cardíaca etc). Debalde. O chefe de clínica, meu hoje amigo Prof. Alvariz, me chamou: “Daudt, aquilo não se chama parada cardíaca. Chama-se MORTE. É necessário saber a diferença”.
      Parece que nós, médicos, em particular, e a sociedade, em geral, perdemos a noção dessa preciosa diferença, e estamos infligindo um tormento artificial a nós mesmos e aos infelizes sob nossos cuidados.
      Aos médicos, a diferença não é ensinada nas faculdades. Pelo contrário. A morte é vista como uma inimiga a ser combatida a quaisquer “custo$”, saídos dos nossos bolsos.
      E o inferno não atinge só os terminais. Ele se estende aos iniciais que não deveriam ter iniciado.
      A mãe natureza vem expulsando embriões inviáveis desde sempre, em diversas fases da gestação. O aborto de fetos anencéfalos foi consentido a duras penas, e ainda revolta muitos.
      A compulsão de “salvar vidas” atinge prematuros malformados (outrora inviáveis) ao ponto de vegetarem por meses ou anos, aprisionando e desgraçando familiares pobres.
Os médicos deste circo de horrores têm um lema sinistro: “No meu plantão, não!” E se desdobram em manobras heroicas para prolongar a existência daquele ser sem perspectivas, com a crueldade adicional de dar esperança às famílias.
      Até há pouco tempo, morria-se em casa, sabendo que se ia morrer, cercado de carinho da família, dizendo suas últimas palavras, num rito de despedida que incluía a morte como parte da vida, e como um momento digno.
      Hoje, varremos nossos moribundos para debaixo de uma UTI, que nos “poupa de assistir o horror”.
      Pude proporcionar esse momento digno a minha mãe de 95 anos. Ela já estava na maca para ser levada à ambulância quando cheguei. “Podem voltar, que ela quer morrer em casa”. O médico apertou minha mão, solidário e comovido.
      Posta em sua cama, minha mãe disse: “Que bom, voltei ao meu cantinho”. E morreu como queria.

                                          (Francisco Daudt. Folha de S.Paulo, 02 de abril de 2014. Adaptado)
Conforme informações do texto, para o autor, a morte
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Q443890 Português
                             imagem-006.jpg

Considerando a relação estabelecida com a imagem, é correto afirmar que o enunciado – SERIA MESMO MUITA PRETENSÃO ACREDITAR QUE ESTAMOS SOZINHOS NO UNIVERSO – constitui uma conclusão a que se chega após se observar que o universo é
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Q443889 Português
Leia o texto para responder a questão.

                              Sondagem

      O carteiro, conversador amável, não gosta de livros. Tornam  pesada a carga matinal, que, na sua opinião, devia constituir-se  apenas de cartas. – No máximo algum jornalzinho leve, mas esses pacotes e mais pacotes que o senhor recebe, ler tudo isso  deve ser de morte!
      Explico-lhe que não é preciso ler tudo isso, e ele muito se   admira:
      – Então o senhor guarda sem ler? E como é que sabe o que  tem no miolo?
      Esclareço que não leio de ponta a ponta, mas sempre leio  algumas páginas.
      – Com o devido respeito, mas quem lhe mandou o livro desejava que o senhor lesse tudinho.
      – Bem, Teodorico, faz-se o possível, mas...
      – Eu sei, eu sei. O senhor não tem tempo.
      – É.
      – Mas quem escreveu, coitado! Esse perdeu o seu latim,  como se diz.
      – Será que perdeu? Teve satisfação em escrever, esvaziou a  alma.
     A ideia de que escrever é esvaziar a alma perturbou meu  carteiro, tanto quanto percebo em seu rosto magro e sulcado.
     – Não leva a mal?
     – Não levo a mal o quê?
     – Eu lhe dizer que nesse caso carece prestar mais atenção  ainda nos livros, muito mais! Se um cidadão vem à sua casa e  pede licença para contar um desgosto de família, uma dor forte,  dor-de-cotovelo, vamos dizer assim, será que o senhor não escutava o lacrimal dele?
     – Teodorico, nem todo livro representa uma confissão do  autor. E depois, no caso de ter uma dor moral, escrevendo o livro  o camarada desabafa, entende? Pouco importa que seja lido ou
não, isso é outra coisa.
     Ficou pensativo; à procura de argumento? Enquanto isso, eu  meditava a curiosidade de um carteiro que se queixa de carregar  muitos livros e ao mesmo tempo reprova que outros não os leiam integralmente.
     – Tem razão. Não adianta mesmo escrever.
     – Como não adianta? Lava o espírito.
     – No meu fraco raciocínio, uma coisa nunca acontece sozinha nem acaba sozinha. Se a pessoa, vamos dizer, eu, só para  armar um exemplo, se eu escrevo um livro, deve existir um outro
     – o senhor, numa hipótese – para receber e ler esse livro. Mas se  o senhor não liga a mínima, foi besteira eu fazer esse esforço.
     – Teodorico! você... escreveu um livro?
     Virou o rosto.
     – De poesia, mas agora não adianta eu lhe oferecer um  exemplar. Até segunda, bom domingo para o senhor.
     – Escute aqui, Teodorico...
     – Bem, já que o senhor insiste, aqui está o seu volume, não  repare os defeitos, ouviu? Esvaziei bastante a alma, tudo não era  possível!

                                                       (Carlos Drummond de Andrade. A bolsa e a vida. 1959. Adaptado)

As expressões destacadas no trecho – A ideia de que escrever é esvaziar a alma perturbou meu carteiro... – estão, corretamente, substituídas por pronomes, de acordo com a norma-padrão da língua portuguesa, em:
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Q443888 Português
Leia o texto para responder a questão.

                              Sondagem

      O carteiro, conversador amável, não gosta de livros. Tornam  pesada a carga matinal, que, na sua opinião, devia constituir-se  apenas de cartas. – No máximo algum jornalzinho leve, mas esses pacotes e mais pacotes que o senhor recebe, ler tudo isso  deve ser de morte!
      Explico-lhe que não é preciso ler tudo isso, e ele muito se   admira:
      – Então o senhor guarda sem ler? E como é que sabe o que  tem no miolo?
      Esclareço que não leio de ponta a ponta, mas sempre leio  algumas páginas.
      – Com o devido respeito, mas quem lhe mandou o livro desejava que o senhor lesse tudinho.
      – Bem, Teodorico, faz-se o possível, mas...
      – Eu sei, eu sei. O senhor não tem tempo.
      – É.
      – Mas quem escreveu, coitado! Esse perdeu o seu latim,  como se diz.
      – Será que perdeu? Teve satisfação em escrever, esvaziou a  alma.
     A ideia de que escrever é esvaziar a alma perturbou meu  carteiro, tanto quanto percebo em seu rosto magro e sulcado.
     – Não leva a mal?
     – Não levo a mal o quê?
     – Eu lhe dizer que nesse caso carece prestar mais atenção  ainda nos livros, muito mais! Se um cidadão vem à sua casa e  pede licença para contar um desgosto de família, uma dor forte,  dor-de-cotovelo, vamos dizer assim, será que o senhor não escutava o lacrimal dele?
     – Teodorico, nem todo livro representa uma confissão do  autor. E depois, no caso de ter uma dor moral, escrevendo o livro  o camarada desabafa, entende? Pouco importa que seja lido ou
não, isso é outra coisa.
     Ficou pensativo; à procura de argumento? Enquanto isso, eu  meditava a curiosidade de um carteiro que se queixa de carregar  muitos livros e ao mesmo tempo reprova que outros não os leiam integralmente.
     – Tem razão. Não adianta mesmo escrever.
     – Como não adianta? Lava o espírito.
     – No meu fraco raciocínio, uma coisa nunca acontece sozinha nem acaba sozinha. Se a pessoa, vamos dizer, eu, só para  armar um exemplo, se eu escrevo um livro, deve existir um outro
     – o senhor, numa hipótese – para receber e ler esse livro. Mas se  o senhor não liga a mínima, foi besteira eu fazer esse esforço.
     – Teodorico! você... escreveu um livro?
     Virou o rosto.
     – De poesia, mas agora não adianta eu lhe oferecer um  exemplar. Até segunda, bom domingo para o senhor.
     – Escute aqui, Teodorico...
     – Bem, já que o senhor insiste, aqui está o seu volume, não  repare os defeitos, ouviu? Esvaziei bastante a alma, tudo não era  possível!

                                                       (Carlos Drummond de Andrade. A bolsa e a vida. 1959. Adaptado)

O trecho destacado em – Enquanto isso, eu meditava a curiosidade de um carteiro que se queixa de carregar muitos livros e ao mesmo tempo reprova que outros não os leiam integralmente. – está corretamente substituído, em conformidade com a norma-padrão da língua portuguesa, por:
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Q443887 Português
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                              Sondagem

      O carteiro, conversador amável, não gosta de livros. Tornam  pesada a carga matinal, que, na sua opinião, devia constituir-se  apenas de cartas. – No máximo algum jornalzinho leve, mas esses pacotes e mais pacotes que o senhor recebe, ler tudo isso  deve ser de morte!
      Explico-lhe que não é preciso ler tudo isso, e ele muito se   admira:
      – Então o senhor guarda sem ler? E como é que sabe o que  tem no miolo?
      Esclareço que não leio de ponta a ponta, mas sempre leio  algumas páginas.
      – Com o devido respeito, mas quem lhe mandou o livro desejava que o senhor lesse tudinho.
      – Bem, Teodorico, faz-se o possível, mas...
      – Eu sei, eu sei. O senhor não tem tempo.
      – É.
      – Mas quem escreveu, coitado! Esse perdeu o seu latim,  como se diz.
      – Será que perdeu? Teve satisfação em escrever, esvaziou a  alma.
     A ideia de que escrever é esvaziar a alma perturbou meu  carteiro, tanto quanto percebo em seu rosto magro e sulcado.
     – Não leva a mal?
     – Não levo a mal o quê?
     – Eu lhe dizer que nesse caso carece prestar mais atenção  ainda nos livros, muito mais! Se um cidadão vem à sua casa e  pede licença para contar um desgosto de família, uma dor forte,  dor-de-cotovelo, vamos dizer assim, será que o senhor não escutava o lacrimal dele?
     – Teodorico, nem todo livro representa uma confissão do  autor. E depois, no caso de ter uma dor moral, escrevendo o livro  o camarada desabafa, entende? Pouco importa que seja lido ou
não, isso é outra coisa.
     Ficou pensativo; à procura de argumento? Enquanto isso, eu  meditava a curiosidade de um carteiro que se queixa de carregar  muitos livros e ao mesmo tempo reprova que outros não os leiam integralmente.
     – Tem razão. Não adianta mesmo escrever.
     – Como não adianta? Lava o espírito.
     – No meu fraco raciocínio, uma coisa nunca acontece sozinha nem acaba sozinha. Se a pessoa, vamos dizer, eu, só para  armar um exemplo, se eu escrevo um livro, deve existir um outro
     – o senhor, numa hipótese – para receber e ler esse livro. Mas se  o senhor não liga a mínima, foi besteira eu fazer esse esforço.
     – Teodorico! você... escreveu um livro?
     Virou o rosto.
     – De poesia, mas agora não adianta eu lhe oferecer um  exemplar. Até segunda, bom domingo para o senhor.
     – Escute aqui, Teodorico...
     – Bem, já que o senhor insiste, aqui está o seu volume, não  repare os defeitos, ouviu? Esvaziei bastante a alma, tudo não era  possível!

                                                       (Carlos Drummond de Andrade. A bolsa e a vida. 1959. Adaptado)

A ideia de esvaziar a alma relaciona-se ao ato de
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Q443886 Português
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      O carteiro, conversador amável, não gosta de livros. Tornam  pesada a carga matinal, que, na sua opinião, devia constituir-se  apenas de cartas. – No máximo algum jornalzinho leve, mas esses pacotes e mais pacotes que o senhor recebe, ler tudo isso  deve ser de morte!
      Explico-lhe que não é preciso ler tudo isso, e ele muito se   admira:
      – Então o senhor guarda sem ler? E como é que sabe o que  tem no miolo?
      Esclareço que não leio de ponta a ponta, mas sempre leio  algumas páginas.
      – Com o devido respeito, mas quem lhe mandou o livro desejava que o senhor lesse tudinho.
      – Bem, Teodorico, faz-se o possível, mas...
      – Eu sei, eu sei. O senhor não tem tempo.
      – É.
      – Mas quem escreveu, coitado! Esse perdeu o seu latim,  como se diz.
      – Será que perdeu? Teve satisfação em escrever, esvaziou a  alma.
     A ideia de que escrever é esvaziar a alma perturbou meu  carteiro, tanto quanto percebo em seu rosto magro e sulcado.
     – Não leva a mal?
     – Não levo a mal o quê?
     – Eu lhe dizer que nesse caso carece prestar mais atenção  ainda nos livros, muito mais! Se um cidadão vem à sua casa e  pede licença para contar um desgosto de família, uma dor forte,  dor-de-cotovelo, vamos dizer assim, será que o senhor não escutava o lacrimal dele?
     – Teodorico, nem todo livro representa uma confissão do  autor. E depois, no caso de ter uma dor moral, escrevendo o livro  o camarada desabafa, entende? Pouco importa que seja lido ou
não, isso é outra coisa.
     Ficou pensativo; à procura de argumento? Enquanto isso, eu  meditava a curiosidade de um carteiro que se queixa de carregar  muitos livros e ao mesmo tempo reprova que outros não os leiam integralmente.
     – Tem razão. Não adianta mesmo escrever.
     – Como não adianta? Lava o espírito.
     – No meu fraco raciocínio, uma coisa nunca acontece sozinha nem acaba sozinha. Se a pessoa, vamos dizer, eu, só para  armar um exemplo, se eu escrevo um livro, deve existir um outro
     – o senhor, numa hipótese – para receber e ler esse livro. Mas se  o senhor não liga a mínima, foi besteira eu fazer esse esforço.
     – Teodorico! você... escreveu um livro?
     Virou o rosto.
     – De poesia, mas agora não adianta eu lhe oferecer um  exemplar. Até segunda, bom domingo para o senhor.
     – Escute aqui, Teodorico...
     – Bem, já que o senhor insiste, aqui está o seu volume, não  repare os defeitos, ouviu? Esvaziei bastante a alma, tudo não era  possível!

                                                       (Carlos Drummond de Andrade. A bolsa e a vida. 1959. Adaptado)

Considere a seguinte fala do narrador:
– Teodorico! você... escreveu um livro?
É correto afirmar que, no contexto, os sinais de exclamação
(!), reticências (...) e interrogação (?) contribuem para expressar uma reação de
Alternativas
Q443885 Português
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                              Sondagem

      O carteiro, conversador amável, não gosta de livros. Tornam  pesada a carga matinal, que, na sua opinião, devia constituir-se  apenas de cartas. – No máximo algum jornalzinho leve, mas esses pacotes e mais pacotes que o senhor recebe, ler tudo isso  deve ser de morte!
      Explico-lhe que não é preciso ler tudo isso, e ele muito se   admira:
      – Então o senhor guarda sem ler? E como é que sabe o que  tem no miolo?
      Esclareço que não leio de ponta a ponta, mas sempre leio  algumas páginas.
      – Com o devido respeito, mas quem lhe mandou o livro desejava que o senhor lesse tudinho.
      – Bem, Teodorico, faz-se o possível, mas...
      – Eu sei, eu sei. O senhor não tem tempo.
      – É.
      – Mas quem escreveu, coitado! Esse perdeu o seu latim,  como se diz.
      – Será que perdeu? Teve satisfação em escrever, esvaziou a  alma.
     A ideia de que escrever é esvaziar a alma perturbou meu  carteiro, tanto quanto percebo em seu rosto magro e sulcado.
     – Não leva a mal?
     – Não levo a mal o quê?
     – Eu lhe dizer que nesse caso carece prestar mais atenção  ainda nos livros, muito mais! Se um cidadão vem à sua casa e  pede licença para contar um desgosto de família, uma dor forte,  dor-de-cotovelo, vamos dizer assim, será que o senhor não escutava o lacrimal dele?
     – Teodorico, nem todo livro representa uma confissão do  autor. E depois, no caso de ter uma dor moral, escrevendo o livro  o camarada desabafa, entende? Pouco importa que seja lido ou
não, isso é outra coisa.
     Ficou pensativo; à procura de argumento? Enquanto isso, eu  meditava a curiosidade de um carteiro que se queixa de carregar  muitos livros e ao mesmo tempo reprova que outros não os leiam integralmente.
     – Tem razão. Não adianta mesmo escrever.
     – Como não adianta? Lava o espírito.
     – No meu fraco raciocínio, uma coisa nunca acontece sozinha nem acaba sozinha. Se a pessoa, vamos dizer, eu, só para  armar um exemplo, se eu escrevo um livro, deve existir um outro
     – o senhor, numa hipótese – para receber e ler esse livro. Mas se  o senhor não liga a mínima, foi besteira eu fazer esse esforço.
     – Teodorico! você... escreveu um livro?
     Virou o rosto.
     – De poesia, mas agora não adianta eu lhe oferecer um  exemplar. Até segunda, bom domingo para o senhor.
     – Escute aqui, Teodorico...
     – Bem, já que o senhor insiste, aqui está o seu volume, não  repare os defeitos, ouviu? Esvaziei bastante a alma, tudo não era  possível!

                                                       (Carlos Drummond de Andrade. A bolsa e a vida. 1959. Adaptado)

O termo lacrimal, destacado em – Se um cidadão vem à sua casa e pede licença para contar um desgosto de família, uma dor forte, dor-de-cotovelo, vamos dizer assim, será que o senhor não escutava o lacrimal dele? –, expressa ideia de
Alternativas
Q443884 Português
Leia o texto para responder a questão.

                              Sondagem

      O carteiro, conversador amável, não gosta de livros. Tornam  pesada a carga matinal, que, na sua opinião, devia constituir-se  apenas de cartas. – No máximo algum jornalzinho leve, mas esses pacotes e mais pacotes que o senhor recebe, ler tudo isso  deve ser de morte!
      Explico-lhe que não é preciso ler tudo isso, e ele muito se   admira:
      – Então o senhor guarda sem ler? E como é que sabe o que  tem no miolo?
      Esclareço que não leio de ponta a ponta, mas sempre leio  algumas páginas.
      – Com o devido respeito, mas quem lhe mandou o livro desejava que o senhor lesse tudinho.
      – Bem, Teodorico, faz-se o possível, mas...
      – Eu sei, eu sei. O senhor não tem tempo.
      – É.
      – Mas quem escreveu, coitado! Esse perdeu o seu latim,  como se diz.
      – Será que perdeu? Teve satisfação em escrever, esvaziou a  alma.
     A ideia de que escrever é esvaziar a alma perturbou meu  carteiro, tanto quanto percebo em seu rosto magro e sulcado.
     – Não leva a mal?
     – Não levo a mal o quê?
     – Eu lhe dizer que nesse caso carece prestar mais atenção  ainda nos livros, muito mais! Se um cidadão vem à sua casa e  pede licença para contar um desgosto de família, uma dor forte,  dor-de-cotovelo, vamos dizer assim, será que o senhor não escutava o lacrimal dele?
     – Teodorico, nem todo livro representa uma confissão do  autor. E depois, no caso de ter uma dor moral, escrevendo o livro  o camarada desabafa, entende? Pouco importa que seja lido ou
não, isso é outra coisa.
     Ficou pensativo; à procura de argumento? Enquanto isso, eu  meditava a curiosidade de um carteiro que se queixa de carregar  muitos livros e ao mesmo tempo reprova que outros não os leiam integralmente.
     – Tem razão. Não adianta mesmo escrever.
     – Como não adianta? Lava o espírito.
     – No meu fraco raciocínio, uma coisa nunca acontece sozinha nem acaba sozinha. Se a pessoa, vamos dizer, eu, só para  armar um exemplo, se eu escrevo um livro, deve existir um outro
     – o senhor, numa hipótese – para receber e ler esse livro. Mas se  o senhor não liga a mínima, foi besteira eu fazer esse esforço.
     – Teodorico! você... escreveu um livro?
     Virou o rosto.
     – De poesia, mas agora não adianta eu lhe oferecer um  exemplar. Até segunda, bom domingo para o senhor.
     – Escute aqui, Teodorico...
     – Bem, já que o senhor insiste, aqui está o seu volume, não  repare os defeitos, ouviu? Esvaziei bastante a alma, tudo não era  possível!

                                                       (Carlos Drummond de Andrade. A bolsa e a vida. 1959. Adaptado)

É correto concluir que o carteiro, Teodorico, conduz a conversa com o intuito de
Alternativas
Q443883 Português
Leia o texto para responder a questão.

                              Sondagem

      O carteiro, conversador amável, não gosta de livros. Tornam  pesada a carga matinal, que, na sua opinião, devia constituir-se  apenas de cartas. – No máximo algum jornalzinho leve, mas esses pacotes e mais pacotes que o senhor recebe, ler tudo isso  deve ser de morte!
      Explico-lhe que não é preciso ler tudo isso, e ele muito se   admira:
      – Então o senhor guarda sem ler? E como é que sabe o que  tem no miolo?
      Esclareço que não leio de ponta a ponta, mas sempre leio  algumas páginas.
      – Com o devido respeito, mas quem lhe mandou o livro desejava que o senhor lesse tudinho.
      – Bem, Teodorico, faz-se o possível, mas...
      – Eu sei, eu sei. O senhor não tem tempo.
      – É.
      – Mas quem escreveu, coitado! Esse perdeu o seu latim,  como se diz.
      – Será que perdeu? Teve satisfação em escrever, esvaziou a  alma.
     A ideia de que escrever é esvaziar a alma perturbou meu  carteiro, tanto quanto percebo em seu rosto magro e sulcado.
     – Não leva a mal?
     – Não levo a mal o quê?
     – Eu lhe dizer que nesse caso carece prestar mais atenção  ainda nos livros, muito mais! Se um cidadão vem à sua casa e  pede licença para contar um desgosto de família, uma dor forte,  dor-de-cotovelo, vamos dizer assim, será que o senhor não escutava o lacrimal dele?
     – Teodorico, nem todo livro representa uma confissão do  autor. E depois, no caso de ter uma dor moral, escrevendo o livro  o camarada desabafa, entende? Pouco importa que seja lido ou
não, isso é outra coisa.
     Ficou pensativo; à procura de argumento? Enquanto isso, eu  meditava a curiosidade de um carteiro que se queixa de carregar  muitos livros e ao mesmo tempo reprova que outros não os leiam integralmente.
     – Tem razão. Não adianta mesmo escrever.
     – Como não adianta? Lava o espírito.
     – No meu fraco raciocínio, uma coisa nunca acontece sozinha nem acaba sozinha. Se a pessoa, vamos dizer, eu, só para  armar um exemplo, se eu escrevo um livro, deve existir um outro
     – o senhor, numa hipótese – para receber e ler esse livro. Mas se  o senhor não liga a mínima, foi besteira eu fazer esse esforço.
     – Teodorico! você... escreveu um livro?
     Virou o rosto.
     – De poesia, mas agora não adianta eu lhe oferecer um  exemplar. Até segunda, bom domingo para o senhor.
     – Escute aqui, Teodorico...
     – Bem, já que o senhor insiste, aqui está o seu volume, não  repare os defeitos, ouviu? Esvaziei bastante a alma, tudo não era  possível!

                                                       (Carlos Drummond de Andrade. A bolsa e a vida. 1959. Adaptado)

O narrador conta que seu carteiro não gosta de livros porque
Alternativas
Q443882 Português
Assinale a alternativa em que o uso do acento indicativo de crase está em conformidade com a norma-padrão da língua portuguesa.
Alternativas
Q443881 Português
Considere a charge.
                            imagem-005.jpg

É correto afirmar que, para os personagens, o carteiro agiu de maneira
Alternativas
Q443880 Português
Assinale a alternativa em que a concordância está em conformidade com a norma-padrão da língua portuguesa.
Alternativas
Q443879 Português
Leia o texto para responder a questão.

Calor faz indústria suar para elevar ganho

O calor recorde do início do ano transformou o que seria
um início de ano morno em grandes oportunidades, sobretudo
para fabricantes de produtos sazonais. Mas a indústria foi pega
de surpresa e só quem tinha alguma estratégia de emergência
conseguiu aproveitar o aumento de demanda.
Os fabricantes de água atenderam aos pedidos extras com o
esquema que prepararam para a Copa. O desempenho de janeiro
elevou de 20% para 30% a previsão de expansão de vendas no
ano. “Até 45% de alta tudo bem. Se for mais do que isso, poderá
ser o caos. Faltarão embalagem e caminhão para transporte”, diz
Carlos Lancia, presidente da Abinam (Associação Brasileira da
Indústria de Água Mineral).
Entre os fabricantes de eletroeletrônicos, tem gente espe-
rando uma trégua no calor para dar um respiro na produção de
ventiladores. Na linha de produção da Qualitas, em Itapira (SP),
o volume de horas extras cresceu 40% e, ainda assim, o empre-
sário Paulo Stivalli não consegue atender a todos os pedidos de
ventiladores. “Cheguei ao meu limite e estou com dificuldade
para obter componentes”, diz o empresário, que estima vender
neste verão o que havia planejado para o ano inteiro. “É uma
tristeza deixar de aproveitar a oportunidade, mas não há mais
capacidade”.
(Mariana Marbosa, Ingrid Fagundes, Folha de S.Paulo, 16.02.2014. Adaptado)
Considere as seguintes passagens do texto:
• Mas a indústria foi pega de surpresa e quem tinha alguma estratégia de emergência conseguiu aproveitar o aumento de demanda. (primeiro parágrafo)
• Entre os fabricantes de eletroeletrônicos, tem gente esperando uma trégua no calor para dar um respiro na produção de ventiladores. (terceiro parágrafo)
Os termos e para, em destaque, expressam, respectivamente, noções de
Alternativas
Q443878 Português
Leia o texto para responder a questão.

Calor faz indústria suar para elevar ganho

O calor recorde do início do ano transformou o que seria
um início de ano morno em grandes oportunidades, sobretudo
para fabricantes de produtos sazonais. Mas a indústria foi pega
de surpresa e só quem tinha alguma estratégia de emergência
conseguiu aproveitar o aumento de demanda.
Os fabricantes de água atenderam aos pedidos extras com o
esquema que prepararam para a Copa. O desempenho de janeiro
elevou de 20% para 30% a previsão de expansão de vendas no
ano. “Até 45% de alta tudo bem. Se for mais do que isso, poderá
ser o caos. Faltarão embalagem e caminhão para transporte”, diz
Carlos Lancia, presidente da Abinam (Associação Brasileira da
Indústria de Água Mineral).
Entre os fabricantes de eletroeletrônicos, tem gente espe-
rando uma trégua no calor para dar um respiro na produção de
ventiladores. Na linha de produção da Qualitas, em Itapira (SP),
o volume de horas extras cresceu 40% e, ainda assim, o empre-
sário Paulo Stivalli não consegue atender a todos os pedidos de
ventiladores. “Cheguei ao meu limite e estou com dificuldade
para obter componentes”, diz o empresário, que estima vender
neste verão o que havia planejado para o ano inteiro. “É uma
tristeza deixar de aproveitar a oportunidade, mas não há mais
capacidade”.
(Mariana Marbosa, Ingrid Fagundes, Folha de S.Paulo, 16.02.2014. Adaptado)
A passagem do texto em que se observam formas verbais no tempo futuro, expressando um raciocínio hipotético, é:
Alternativas
Q443877 Português
Leia o texto para responder a questão.

Calor faz indústria suar para elevar ganho

O calor recorde do início do ano transformou o que seria
um início de ano morno em grandes oportunidades, sobretudo
para fabricantes de produtos sazonais. Mas a indústria foi pega
de surpresa e só quem tinha alguma estratégia de emergência
conseguiu aproveitar o aumento de demanda.
Os fabricantes de água atenderam aos pedidos extras com o
esquema que prepararam para a Copa. O desempenho de janeiro
elevou de 20% para 30% a previsão de expansão de vendas no
ano. “Até 45% de alta tudo bem. Se for mais do que isso, poderá
ser o caos. Faltarão embalagem e caminhão para transporte”, diz
Carlos Lancia, presidente da Abinam (Associação Brasileira da
Indústria de Água Mineral).
Entre os fabricantes de eletroeletrônicos, tem gente espe-
rando uma trégua no calor para dar um respiro na produção de
ventiladores. Na linha de produção da Qualitas, em Itapira (SP),
o volume de horas extras cresceu 40% e, ainda assim, o empre-
sário Paulo Stivalli não consegue atender a todos os pedidos de
ventiladores. “Cheguei ao meu limite e estou com dificuldade
para obter componentes”, diz o empresário, que estima vender
neste verão o que havia planejado para o ano inteiro. “É uma
tristeza deixar de aproveitar a oportunidade, mas não há mais
capacidade”.
(Mariana Marbosa, Ingrid Fagundes, Folha de S.Paulo, 16.02.2014. Adaptado)
A expressão destacada em – Na linha de produção da Qualitas, em Itapira (SP), o volume de horas extras cresceu 40% e, ainda assim, o empresário Paulo Stivalli não consegue atender a todos os pedidos de ventiladores. – pode ser corretamente substituída, sem alteração de sentido, por:
Alternativas
Q443876 Português
Leia o texto para responder a questão.

Calor faz indústria suar para elevar ganho

O calor recorde do início do ano transformou o que seria
um início de ano morno em grandes oportunidades, sobretudo
para fabricantes de produtos sazonais. Mas a indústria foi pega
de surpresa e só quem tinha alguma estratégia de emergência
conseguiu aproveitar o aumento de demanda.
Os fabricantes de água atenderam aos pedidos extras com o
esquema que prepararam para a Copa. O desempenho de janeiro
elevou de 20% para 30% a previsão de expansão de vendas no
ano. “Até 45% de alta tudo bem. Se for mais do que isso, poderá
ser o caos. Faltarão embalagem e caminhão para transporte”, diz
Carlos Lancia, presidente da Abinam (Associação Brasileira da
Indústria de Água Mineral).
Entre os fabricantes de eletroeletrônicos, tem gente espe-
rando uma trégua no calor para dar um respiro na produção de
ventiladores. Na linha de produção da Qualitas, em Itapira (SP),
o volume de horas extras cresceu 40% e, ainda assim, o empre-
sário Paulo Stivalli não consegue atender a todos os pedidos de
ventiladores. “Cheguei ao meu limite e estou com dificuldade
para obter componentes”, diz o empresário, que estima vender
neste verão o que havia planejado para o ano inteiro. “É uma
tristeza deixar de aproveitar a oportunidade, mas não há mais
capacidade”.
(Mariana Marbosa, Ingrid Fagundes, Folha de S.Paulo, 16.02.2014. Adaptado)
Um dos problemas enfrentados pela Qualitas, de acordo com Paulo Stivalli, refere-se
Alternativas
Q443875 Português
Leia o texto para responder a questão.

Calor faz indústria suar para elevar ganho

O calor recorde do início do ano transformou o que seria
um início de ano morno em grandes oportunidades, sobretudo
para fabricantes de produtos sazonais. Mas a indústria foi pega
de surpresa e só quem tinha alguma estratégia de emergência
conseguiu aproveitar o aumento de demanda.
Os fabricantes de água atenderam aos pedidos extras com o
esquema que prepararam para a Copa. O desempenho de janeiro
elevou de 20% para 30% a previsão de expansão de vendas no
ano. “Até 45% de alta tudo bem. Se for mais do que isso, poderá
ser o caos. Faltarão embalagem e caminhão para transporte”, diz
Carlos Lancia, presidente da Abinam (Associação Brasileira da
Indústria de Água Mineral).
Entre os fabricantes de eletroeletrônicos, tem gente espe-
rando uma trégua no calor para dar um respiro na produção de
ventiladores. Na linha de produção da Qualitas, em Itapira (SP),
o volume de horas extras cresceu 40% e, ainda assim, o empre-
sário Paulo Stivalli não consegue atender a todos os pedidos de
ventiladores. “Cheguei ao meu limite e estou com dificuldade
para obter componentes”, diz o empresário, que estima vender
neste verão o que havia planejado para o ano inteiro. “É uma
tristeza deixar de aproveitar a oportunidade, mas não há mais
capacidade”.
(Mariana Marbosa, Ingrid Fagundes, Folha de S.Paulo, 16.02.2014. Adaptado)
É correto afirmar que o texto tem como assunto
Alternativas
Respostas
321: A
322: B
323: D
324: D
325: B
326: A
327: B
328: A
329: E
330: D
331: C
332: A
333: B
334: C
335: E
336: A
337: D
338: C
339: A
340: B