Questões de Concurso Sobre português para pedagogo

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Q2304773 Português
TEXTO BASE PARA A QUESTÃO.

Preço da cesta básica cai em 16 de 17 capitais pesquisadas pelo Dieese
Porto Alegre foi a capital que apresentou o maior custo
Publicado em 06/09/2023 - 16:57 Por Bruno Bocchini - Repórter da Agência Brasil - São Paulo

O preço da cesta básica de alimentos caiu em 16 capitais no mês de agosto, em comparação a julho. As maiores quedas ocorreram em Natal (5,2%), Salvador (3,3%), Fortaleza (2,8%), João Pessoa (2,7%) e São Paulo (2,7%). A única elevação ocorreu em Brasília, de 0,3%. Os dados, divulgados nesta quarta-feira (6), são do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), que pesquisa mensalmente o preço da cesta de alimentos em 17 capitais.

A cidade de Porto Alegre foi a capital onde o conjunto dos alimentos básicos apresentou o maior custo, R$ 760,59, seguida de São Paulo, R$ 748,47; Florianópolis R$ 743,94, e Rio de Janeiro, R$ 722,78. Os menores valores foram registrados em Aracaju, R$ 542,67; João Pessoa, R$ 565,07; e Salvador, R$ 575,81.

Comparado ao preço da cesta básica de agosto com o do mesmo mês de 2022, houve queda em nove capitais, com variações que oscilaram entre 5,24%, em Vitória, e 0,08%, em Curitiba. A elevação nos preços foram apresentados em oito cidades, com destaque para Fortaleza, com 2,50%; Porto Alegre, 1,67%, e Belo Horizonte, com 1,23%.

No acumulado dos oito primeiros meses do ano até agosto, o custo da cesta básica caiu em 12 capitais, com destaque para Vitória, com queda de 9,32%; Goiânia, 8,96%; Belo Horizonte, queda de 7,22%, e Campo Grande, 7,06%. Os maiores percentuais foram registrados em Aracaju, com alta de 4,15%, e Recife, 2,77%. [...]

(PREÇO DA CESTA BÁSICA. Disponível em: https://agenciabrasil.ebc.com.br/economia/noticia/2023-09/preco-dacesta-basica-cai-em-16-de-17-capitais-pesquisadas-pelo-dieese. Acesso em: 09 de outubro de 2023).
A partir das informações apresentadas no texto, é correto afirmar que
Alternativas
Q2303970 Português
A internet sem graça 

           Meninos, eu vi. Tenho idade suficiente para ser um dinossauro das redes sociais.
        Ou melhor, sou um pterodáctilo do pré-cambriano da internet, quando a internet era só e-mail e um punhado de sites.
           Quando não existia Google, só Netscape.
           Quando a gente se conectava a um site, depois do ruído áspero do modem, e vibrava de alegria.
           Sou da época que a internet necessitava do aposto “a rede mundial de computadores”.
           Da época que éramos chamados de “internautas” e as redes sociais eram “microblogs”.
           Desbravei esses mares.
       Vi o Orkut nascer, ser invadido por brasileiros, destruído por comunidades aleatórias, até perecer abandonado. Tive conta no MySpace. Baixei músicas no Napster.
          Blog? Tive também. Muito antes de blogs virarem moda de novo.
      Podcast a mesma coisa. No início do século gravei mais de 150 episódios, quando conteúdo não chamava “conteúdo”, nem dava dinheiro.
          Produzíamos por farra. Pela bagunça. Só por isso.
          Então nasceu o Facebook, mas não dei bola. Preferi o Twitter.
       E como criei minha conta no primeiro ou segundo dia de existência dessa rede, consegui o “arroba” Neto. Isso mesmo. Sou o @neto no Twitter até hoje, o que transforma meus domingos num mar de ofensas de torcedores que acreditam que sou comentarista de futebol.
          Um dia cansei de apenas textos curtos e comecei a escrever no jovem Facebook.
          Por anos escrevi aqui e ali, sobre tudo e porque era divertido.
          Acumulei uns 300 mil seguidores somando as duas redes.
          Aí apareceu o Instagram e eu, já veterano, disse:
         – Que bobagem. Isso não vai pegar. Quem é que tem tanta foto para postar? Isso é só um novo Fickr – o que prova que não faço ideia do que vai ou não ser sucesso.
         Foi assim que chegamos onde estamos hoje.
         E hoje, cada vez mais, está perdendo a graça.
        Eu sei que pode soar papo de dinossauro e provavelmente você, que é jovem, que é nativo das redes, vai dizer que a internet não é para ter ou não graça. Internet, para você, está e sempre esteve por aí.
       Minha decepção com a rede deve soar para você como se alguém dissesse “o ar que a gente respira anda muito sem graça”, eu entendo.
       Entendo como, para você, é impossível reconhecer que a Internet foi uma conquista incomparável da liberdade de expressão.
         Hoje mudou. Mudou para um lugar perigoso, cheio de riscos ocultos.
        Na internet de hoje, estamos sempre à beira de um conflito com quem não conhecemos. Passamos boa parte do tempo bombardeados com informações equivocadas ou descaradamente falsas. Comunidades baseadas em fake news. Gente de mentira divulgando notícias idem.
        A internet de hoje não é mais uma aventura para se entrar. O desafio agora é conseguir sair.
     Ou você nunca ouviu falar daquele sujeito que não pode sair de um grupo de WhatsApp porque vai “pegar mal”.
       Ou de uma amiga que não pode deixar de seguir fulano no Instagram porque ele ficará ofendido?
       Que ironia. Fomos escravizados pela mesma ferramenta que nos proveu liberdade.
       Mas isso é só a ponta do iceberg. E não sou eu quem está dizendo.
     Essa semana, em dois artigos diferentes, jornalistas norte-americanos endereçaram exatamente essa mudança que a internet está atravessando.
     Isabel Fattal e Charlie Warzel, ela do The Atlantic, ele, ex-Buzfeed, tratam de uma mudança muito sutil pela qual vem passando a rede mundial de computadores: a desumanização.
     Não me refiro à Inteligência Artificial. Falo dos algoritmos, da organização e controle que impedem o caos e dá cores pálidas às redes sociais, cada vez mais engajadas em compliances, conquista de audiência, controle de riscos e desumanidades.
      Inteligência Artificial vai piorar tudo, isso vai.
     Por isso, talvez, um maluco como Elon Musk, com seu Twitter sem tickezinho azul e sem censura consiga trazer de volta um pouco do caos que seduziu a todos nós, os internautas.
(MUNIZ NETO, Mentor. A internet sem graça. Disponível em: https:// istoe.com.br/a-internet-sem-graca/. Acesso em: 28/04/2023.)
“Eu sei que pode soar papo de dinossauro e provavelmente você, que é jovem, que é nativo das redes, vai dizer que a Internet não é para ter ou não graça.” (21º§) Assinale a alternativa na qual as funções do “que” estejam corretamente expressas, na sequência em que aparecem no excerto anterior. 
Alternativas
Q2303969 Português
A internet sem graça 

           Meninos, eu vi. Tenho idade suficiente para ser um dinossauro das redes sociais.
        Ou melhor, sou um pterodáctilo do pré-cambriano da internet, quando a internet era só e-mail e um punhado de sites.
           Quando não existia Google, só Netscape.
           Quando a gente se conectava a um site, depois do ruído áspero do modem, e vibrava de alegria.
           Sou da época que a internet necessitava do aposto “a rede mundial de computadores”.
           Da época que éramos chamados de “internautas” e as redes sociais eram “microblogs”.
           Desbravei esses mares.
       Vi o Orkut nascer, ser invadido por brasileiros, destruído por comunidades aleatórias, até perecer abandonado. Tive conta no MySpace. Baixei músicas no Napster.
          Blog? Tive também. Muito antes de blogs virarem moda de novo.
      Podcast a mesma coisa. No início do século gravei mais de 150 episódios, quando conteúdo não chamava “conteúdo”, nem dava dinheiro.
          Produzíamos por farra. Pela bagunça. Só por isso.
          Então nasceu o Facebook, mas não dei bola. Preferi o Twitter.
       E como criei minha conta no primeiro ou segundo dia de existência dessa rede, consegui o “arroba” Neto. Isso mesmo. Sou o @neto no Twitter até hoje, o que transforma meus domingos num mar de ofensas de torcedores que acreditam que sou comentarista de futebol.
          Um dia cansei de apenas textos curtos e comecei a escrever no jovem Facebook.
          Por anos escrevi aqui e ali, sobre tudo e porque era divertido.
          Acumulei uns 300 mil seguidores somando as duas redes.
          Aí apareceu o Instagram e eu, já veterano, disse:
         – Que bobagem. Isso não vai pegar. Quem é que tem tanta foto para postar? Isso é só um novo Fickr – o que prova que não faço ideia do que vai ou não ser sucesso.
         Foi assim que chegamos onde estamos hoje.
         E hoje, cada vez mais, está perdendo a graça.
        Eu sei que pode soar papo de dinossauro e provavelmente você, que é jovem, que é nativo das redes, vai dizer que a internet não é para ter ou não graça. Internet, para você, está e sempre esteve por aí.
       Minha decepção com a rede deve soar para você como se alguém dissesse “o ar que a gente respira anda muito sem graça”, eu entendo.
       Entendo como, para você, é impossível reconhecer que a Internet foi uma conquista incomparável da liberdade de expressão.
         Hoje mudou. Mudou para um lugar perigoso, cheio de riscos ocultos.
        Na internet de hoje, estamos sempre à beira de um conflito com quem não conhecemos. Passamos boa parte do tempo bombardeados com informações equivocadas ou descaradamente falsas. Comunidades baseadas em fake news. Gente de mentira divulgando notícias idem.
        A internet de hoje não é mais uma aventura para se entrar. O desafio agora é conseguir sair.
     Ou você nunca ouviu falar daquele sujeito que não pode sair de um grupo de WhatsApp porque vai “pegar mal”.
       Ou de uma amiga que não pode deixar de seguir fulano no Instagram porque ele ficará ofendido?
       Que ironia. Fomos escravizados pela mesma ferramenta que nos proveu liberdade.
       Mas isso é só a ponta do iceberg. E não sou eu quem está dizendo.
     Essa semana, em dois artigos diferentes, jornalistas norte-americanos endereçaram exatamente essa mudança que a internet está atravessando.
     Isabel Fattal e Charlie Warzel, ela do The Atlantic, ele, ex-Buzfeed, tratam de uma mudança muito sutil pela qual vem passando a rede mundial de computadores: a desumanização.
     Não me refiro à Inteligência Artificial. Falo dos algoritmos, da organização e controle que impedem o caos e dá cores pálidas às redes sociais, cada vez mais engajadas em compliances, conquista de audiência, controle de riscos e desumanidades.
      Inteligência Artificial vai piorar tudo, isso vai.
     Por isso, talvez, um maluco como Elon Musk, com seu Twitter sem tickezinho azul e sem censura consiga trazer de volta um pouco do caos que seduziu a todos nós, os internautas.
(MUNIZ NETO, Mentor. A internet sem graça. Disponível em: https:// istoe.com.br/a-internet-sem-graca/. Acesso em: 28/04/2023.)
“Meninos, eu vi. Tenho idade suficiente para ser um dinossauro das redes sociais.” (1º§). “Ou melhor, sou um pterodáctilo do pré-cambriano da internet, quando a internet era só e-mail e um punhado de sites.” (2º§) Há palavras ou expressões que exercem a função não só de ligar orações, como também de estabelecer relações semânticas entre elas. Assim, pode-se afirmar que a locução “ou melhor” estabelece, entre o 2º e o 1º parágrafos do texto, uma relação de 
Alternativas
Q2303968 Português
A internet sem graça 

           Meninos, eu vi. Tenho idade suficiente para ser um dinossauro das redes sociais.
        Ou melhor, sou um pterodáctilo do pré-cambriano da internet, quando a internet era só e-mail e um punhado de sites.
           Quando não existia Google, só Netscape.
           Quando a gente se conectava a um site, depois do ruído áspero do modem, e vibrava de alegria.
           Sou da época que a internet necessitava do aposto “a rede mundial de computadores”.
           Da época que éramos chamados de “internautas” e as redes sociais eram “microblogs”.
           Desbravei esses mares.
       Vi o Orkut nascer, ser invadido por brasileiros, destruído por comunidades aleatórias, até perecer abandonado. Tive conta no MySpace. Baixei músicas no Napster.
          Blog? Tive também. Muito antes de blogs virarem moda de novo.
      Podcast a mesma coisa. No início do século gravei mais de 150 episódios, quando conteúdo não chamava “conteúdo”, nem dava dinheiro.
          Produzíamos por farra. Pela bagunça. Só por isso.
          Então nasceu o Facebook, mas não dei bola. Preferi o Twitter.
       E como criei minha conta no primeiro ou segundo dia de existência dessa rede, consegui o “arroba” Neto. Isso mesmo. Sou o @neto no Twitter até hoje, o que transforma meus domingos num mar de ofensas de torcedores que acreditam que sou comentarista de futebol.
          Um dia cansei de apenas textos curtos e comecei a escrever no jovem Facebook.
          Por anos escrevi aqui e ali, sobre tudo e porque era divertido.
          Acumulei uns 300 mil seguidores somando as duas redes.
          Aí apareceu o Instagram e eu, já veterano, disse:
         – Que bobagem. Isso não vai pegar. Quem é que tem tanta foto para postar? Isso é só um novo Fickr – o que prova que não faço ideia do que vai ou não ser sucesso.
         Foi assim que chegamos onde estamos hoje.
         E hoje, cada vez mais, está perdendo a graça.
        Eu sei que pode soar papo de dinossauro e provavelmente você, que é jovem, que é nativo das redes, vai dizer que a internet não é para ter ou não graça. Internet, para você, está e sempre esteve por aí.
       Minha decepção com a rede deve soar para você como se alguém dissesse “o ar que a gente respira anda muito sem graça”, eu entendo.
       Entendo como, para você, é impossível reconhecer que a Internet foi uma conquista incomparável da liberdade de expressão.
         Hoje mudou. Mudou para um lugar perigoso, cheio de riscos ocultos.
        Na internet de hoje, estamos sempre à beira de um conflito com quem não conhecemos. Passamos boa parte do tempo bombardeados com informações equivocadas ou descaradamente falsas. Comunidades baseadas em fake news. Gente de mentira divulgando notícias idem.
        A internet de hoje não é mais uma aventura para se entrar. O desafio agora é conseguir sair.
     Ou você nunca ouviu falar daquele sujeito que não pode sair de um grupo de WhatsApp porque vai “pegar mal”.
       Ou de uma amiga que não pode deixar de seguir fulano no Instagram porque ele ficará ofendido?
       Que ironia. Fomos escravizados pela mesma ferramenta que nos proveu liberdade.
       Mas isso é só a ponta do iceberg. E não sou eu quem está dizendo.
     Essa semana, em dois artigos diferentes, jornalistas norte-americanos endereçaram exatamente essa mudança que a internet está atravessando.
     Isabel Fattal e Charlie Warzel, ela do The Atlantic, ele, ex-Buzfeed, tratam de uma mudança muito sutil pela qual vem passando a rede mundial de computadores: a desumanização.
     Não me refiro à Inteligência Artificial. Falo dos algoritmos, da organização e controle que impedem o caos e dá cores pálidas às redes sociais, cada vez mais engajadas em compliances, conquista de audiência, controle de riscos e desumanidades.
      Inteligência Artificial vai piorar tudo, isso vai.
     Por isso, talvez, um maluco como Elon Musk, com seu Twitter sem tickezinho azul e sem censura consiga trazer de volta um pouco do caos que seduziu a todos nós, os internautas.
(MUNIZ NETO, Mentor. A internet sem graça. Disponível em: https:// istoe.com.br/a-internet-sem-graca/. Acesso em: 28/04/2023.)
“Falo dos algoritmos, da organização e controle que impedem o caos e dá cores pálidas às redes sociais, [...]” (33º§). Em relação às normas de concordância verbal e de ocorrência de crase, marque para V para as afirmativas verdadeiras e F para as falsas. 
( ) A concordância do verbo “impedir” está em desacordo com a norma culta da língua portuguesa. ( ) A concordância do verbo “dar” se encontra de acordo com a norma culta da língua portuguesa. ( ) A ocorrência de crase em “às redes sociais” se justifica porque o termo regente exige a preposição a e o termo regido é uma expressão feminina.
A sequência está correta em 
Alternativas
Q2303967 Português
A internet sem graça 

           Meninos, eu vi. Tenho idade suficiente para ser um dinossauro das redes sociais.
        Ou melhor, sou um pterodáctilo do pré-cambriano da internet, quando a internet era só e-mail e um punhado de sites.
           Quando não existia Google, só Netscape.
           Quando a gente se conectava a um site, depois do ruído áspero do modem, e vibrava de alegria.
           Sou da época que a internet necessitava do aposto “a rede mundial de computadores”.
           Da época que éramos chamados de “internautas” e as redes sociais eram “microblogs”.
           Desbravei esses mares.
       Vi o Orkut nascer, ser invadido por brasileiros, destruído por comunidades aleatórias, até perecer abandonado. Tive conta no MySpace. Baixei músicas no Napster.
          Blog? Tive também. Muito antes de blogs virarem moda de novo.
      Podcast a mesma coisa. No início do século gravei mais de 150 episódios, quando conteúdo não chamava “conteúdo”, nem dava dinheiro.
          Produzíamos por farra. Pela bagunça. Só por isso.
          Então nasceu o Facebook, mas não dei bola. Preferi o Twitter.
       E como criei minha conta no primeiro ou segundo dia de existência dessa rede, consegui o “arroba” Neto. Isso mesmo. Sou o @neto no Twitter até hoje, o que transforma meus domingos num mar de ofensas de torcedores que acreditam que sou comentarista de futebol.
          Um dia cansei de apenas textos curtos e comecei a escrever no jovem Facebook.
          Por anos escrevi aqui e ali, sobre tudo e porque era divertido.
          Acumulei uns 300 mil seguidores somando as duas redes.
          Aí apareceu o Instagram e eu, já veterano, disse:
         – Que bobagem. Isso não vai pegar. Quem é que tem tanta foto para postar? Isso é só um novo Fickr – o que prova que não faço ideia do que vai ou não ser sucesso.
         Foi assim que chegamos onde estamos hoje.
         E hoje, cada vez mais, está perdendo a graça.
        Eu sei que pode soar papo de dinossauro e provavelmente você, que é jovem, que é nativo das redes, vai dizer que a internet não é para ter ou não graça. Internet, para você, está e sempre esteve por aí.
       Minha decepção com a rede deve soar para você como se alguém dissesse “o ar que a gente respira anda muito sem graça”, eu entendo.
       Entendo como, para você, é impossível reconhecer que a Internet foi uma conquista incomparável da liberdade de expressão.
         Hoje mudou. Mudou para um lugar perigoso, cheio de riscos ocultos.
        Na internet de hoje, estamos sempre à beira de um conflito com quem não conhecemos. Passamos boa parte do tempo bombardeados com informações equivocadas ou descaradamente falsas. Comunidades baseadas em fake news. Gente de mentira divulgando notícias idem.
        A internet de hoje não é mais uma aventura para se entrar. O desafio agora é conseguir sair.
     Ou você nunca ouviu falar daquele sujeito que não pode sair de um grupo de WhatsApp porque vai “pegar mal”.
       Ou de uma amiga que não pode deixar de seguir fulano no Instagram porque ele ficará ofendido?
       Que ironia. Fomos escravizados pela mesma ferramenta que nos proveu liberdade.
       Mas isso é só a ponta do iceberg. E não sou eu quem está dizendo.
     Essa semana, em dois artigos diferentes, jornalistas norte-americanos endereçaram exatamente essa mudança que a internet está atravessando.
     Isabel Fattal e Charlie Warzel, ela do The Atlantic, ele, ex-Buzfeed, tratam de uma mudança muito sutil pela qual vem passando a rede mundial de computadores: a desumanização.
     Não me refiro à Inteligência Artificial. Falo dos algoritmos, da organização e controle que impedem o caos e dá cores pálidas às redes sociais, cada vez mais engajadas em compliances, conquista de audiência, controle de riscos e desumanidades.
      Inteligência Artificial vai piorar tudo, isso vai.
     Por isso, talvez, um maluco como Elon Musk, com seu Twitter sem tickezinho azul e sem censura consiga trazer de volta um pouco do caos que seduziu a todos nós, os internautas.
(MUNIZ NETO, Mentor. A internet sem graça. Disponível em: https:// istoe.com.br/a-internet-sem-graca/. Acesso em: 28/04/2023.)
“Produzíamos por farra. Pela bagunça. Só por isso.” (11º§) Assinale a afirmativa em que a reescrita do excerto anterior não acarreta mudança de sentido e permanece de acordo com as regras da norma culta da língua portuguesa. 
Alternativas
Respostas
716: B
717: C
718: B
719: C
720: D