Questões de Concurso Sobre português para assistente social

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Q2717760 Português

Instrução: As questões de números 01 a 10 referem-se ao texto abaixo. Os destaques ao longo do texto estão citados nas questões.


Plástico: nós o criamos, dependemos dele, mas ele nos ameaça.


Por Laura Parker


  1. ____Se o Mayflower, o barco dos pioneiros colonos ingleses – os chamados Peregrinos, que
  2. saíram de Plymouth, na Inglaterra, rumo à América do Norte –, estivesse cheio de garrafinhas
  3. plásticas de água, esse lixo ainda restaria entre nós, quatro séculos depois. Se os Peregrinos
  4. tivessem feito o que muita gente costuma fazer, jogado ao mar garrafas e embalagens, as
  5. ondas e a radiação solar no Atlântico teriam desgastado todos esses objetos de plástico,
  6. reduzindo-os a fragmentos minúsculos. Esses fragmentos poderiam estar flutuando até agora
  7. nos oceanos do planeta, absorvendo toxinas que iriam aderir ______ já presentes neles, e
  8. acabariam sendo ingeridos por algum peixe ou ostra. E talvez terminassem no prato de um de
  9. nós.
  10. ____“Temos de ser gratos aos pioneiros por não usarem nada de plástico”, pensei pouco
  11. tempo atrás, no trem que me levava até Plymouth, na costa sul da Inglaterra. O motivo da
  12. viagem era entrevistar uma pessoa que me ajudaria a entender a confusão em que estamos
  13. metidos graças aos resíduos plásticos, sobretudo nos mares. Como o plástico só foi inventado
  14. no final do século 19, e a sua produção tornou-se de fato relevante por volta de 1950, temos
  15. de lidar com meros 8,3 bilhões de toneladas do material. Desse total, mais de 6,3 bilhões já
  16. viraram resíduos, _______ a quantidade assombrosa de 5,7 bilhões de toneladas jamais
  17. ______ por nenhum tipo de reciclagem – resultado que chocou os cientistas que calcularam
  18. tais números em 2017.
  19. ____Ninguém faz ideia da efetiva proporção desse lixo plástico não reciclado que acaba nos
  20. oceanos. Em 2015, uma professora que leciona engenharia ambiental na Universidade da
  21. Geórgia, nos Estados Unidos, atraiu a atenção geral com uma estimativa: a cada ano, entre
  22. 4,8 milhões e 12,7 milhões de toneladas de resíduos chegam ao mar. A maior parte do lixo
  23. não vem dos navios, como explicam ela e os seus colegas, mas é descartada em terra e nas
  24. margens dos rios, sobretudo na Ásia. Só depois tais resíduos são carregados, pelo vento e pela
  25. água, até o oceano. Basta imaginarmos 15 sacolinhas repletas de tralha plástica boiando a
  26. cada metro de toda a linha da costa ao redor do mundo: isso corresponderia ______ de 8
  27. milhões de toneladas, a sua estimativa média da quantidade de lixo que os oceanos recebem
  28. a cada ano. E não está claro quanto tempo leva para esse plástico se desintegrar por completo
  29. em suas moléculas constituintes. As estimativas variam de 450 anos a nunca.
  30. ____Por outro lado, é bem provável que todo esse plástico venha causando a morte de
  31. milhões de animais marinhos a cada ano. Já se comprovou que quase 700 espécies, incluindo
  32. algumas em risco de extinção, foram afetadas por resíduos plásticos. Em algumas delas, o
  33. dano é evidente, como os animais estrangulados por itens descartados: sacolas, redes de
  34. pesca etc.. Em muitos outros casos, porém, os prejuízos são invisíveis ......... espécies de
  35. todos os tamanhos, de plâncton a baleias, agora ingerem micropartículas de plástico,
  36. fragmentos ínfimos que medem menos de 5 milímetros. No Havaí, em uma praia que
  37. aparentemente deveria estar intocada (pois não há acesso por estrada pavimentada), senti os
  38. meus pés afundando em crepitantes micropartículas de plástico. Depois dessa experiência,
  39. entendi .......... há pessoas que veem no acúmulo de resíduos plásticos nos oceanos um sinal
  40. de catástrofe iminente, algo tão alarmante quanto as mudanças climáticas.


(Fonte: https://www.nationalgeographicbrasil.com/2018/05/lixo-plastico-planeta-poluicao-lixaoconsumo - Texto adaptado especialmente para esta prova.)

Assinale a alternativa que completa, correta e respectivamente, as lacunas tracejadas das linhas 07, 16, 17 e 26.

Alternativas
Ano: 2018 Banca: ADM&TEC Órgão: Prefeitura de Pão de Açúcar - AL Provas: ADM&TEC - 2018 - Prefeitura de Pão de Açúcar - AL - Enfermeiro | ADM&TEC - 2018 - Prefeitura de Pão de Açúcar - AL - Médico Clínico Geral | ADM&TEC - 2018 - Prefeitura de Pão de Açúcar - AL - Psicólogo | ADM&TEC - 2018 - Prefeitura de Pão de Açúcar - AL - Professor de Língua Portuguesa | ADM&TEC - 2018 - Prefeitura de Pão de Açúcar - AL - Biomédico | ADM&TEC - 2018 - Prefeitura de Pão de Açúcar - AL - Professor de Educação Infantil | ADM&TEC - 2018 - Prefeitura de Pão de Açúcar - AL - Professor de Artes | ADM&TEC - 2018 - Prefeitura de Pão de Açúcar - AL - Professor de Educação Física | ADM&TEC - 2018 - Prefeitura de Pão de Açúcar - AL - Professor de Ciências | ADM&TEC - 2018 - Prefeitura de Pão de Açúcar - AL - Farmacêutico - Bioquímico | ADM&TEC - 2018 - Prefeitura de Pão de Açúcar - AL - Contador | ADM&TEC - 2018 - Prefeitura de Pão de Açúcar - AL - Professor de Matemática | ADM&TEC - 2018 - Prefeitura de Pão de Açúcar - AL - Professor de Inglês | ADM&TEC - 2018 - Prefeitura de Pão de Açúcar - AL - Professor de Geografia | ADM&TEC - 2018 - Prefeitura de Pão de Açúcar - AL - Médico Cardiologista | ADM&TEC - 2018 - Prefeitura de Pão de Açúcar - AL - Assistente Social | ADM&TEC - 2018 - Prefeitura de Pão de Açúcar - AL - Nutricionista | ADM&TEC - 2018 - Prefeitura de Pão de Açúcar - AL - Professor de História | ADM&TEC - 2018 - Prefeitura de Pão de Açúcar - AL - Analista de Sistemas | ADM&TEC - 2018 - Prefeitura de Pão de Açúcar - AL - Analista de Controle Interno | ADM&TEC - 2018 - Prefeitura de Pão de Açúcar - AL - Odontólogo | ADM&TEC - 2018 - Prefeitura de Pão de Açúcar - AL - Fisioterapeuta |
Q2717238 Português

BRASIL LEVARÁ DEZ ANOS PARA RECUPERAR NÍVEL

DE EMPREGO E RENDA PRÉ-CRISE, DIZ FIRJAN


O Brasil vai demorar uma década para retomar o nível de emprego e renda do período pré-crise econômica. É o que revela o Índice Firjan de Desenvolvimento Municipal (IFDM) divulgado nesta quinta-feira (28) pela Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan).

"O que a gente consegue perceber é que tivemos mais de uma década perdida para o desenvolvimento do mercado de trabalho. Este é um cenário bastante alarmante", disse o coordenador de Estudos Econômicos da Firjan, Jonathas Goulart.

(Extraído de g1.globo.com/economia, com adaptações)

Leia o texto 'BRASIL LEVARÁ DEZ ANOS PARA RECUPERAR NÍVEL DE EMPREGO E RENDA PRÉ-CRISE, DIZ FIRJAN', analise as assertivas a seguir e marque a opção CORRETA:

Alternativas
Ano: 2018 Banca: ADM&TEC Órgão: Prefeitura de Pão de Açúcar - AL Provas: ADM&TEC - 2018 - Prefeitura de Pão de Açúcar - AL - Enfermeiro | ADM&TEC - 2018 - Prefeitura de Pão de Açúcar - AL - Médico Clínico Geral | ADM&TEC - 2018 - Prefeitura de Pão de Açúcar - AL - Psicólogo | ADM&TEC - 2018 - Prefeitura de Pão de Açúcar - AL - Professor de Língua Portuguesa | ADM&TEC - 2018 - Prefeitura de Pão de Açúcar - AL - Biomédico | ADM&TEC - 2018 - Prefeitura de Pão de Açúcar - AL - Professor de Educação Infantil | ADM&TEC - 2018 - Prefeitura de Pão de Açúcar - AL - Professor de Artes | ADM&TEC - 2018 - Prefeitura de Pão de Açúcar - AL - Professor de Educação Física | ADM&TEC - 2018 - Prefeitura de Pão de Açúcar - AL - Professor de Ciências | ADM&TEC - 2018 - Prefeitura de Pão de Açúcar - AL - Farmacêutico - Bioquímico | ADM&TEC - 2018 - Prefeitura de Pão de Açúcar - AL - Contador | ADM&TEC - 2018 - Prefeitura de Pão de Açúcar - AL - Professor de Matemática | ADM&TEC - 2018 - Prefeitura de Pão de Açúcar - AL - Professor de Inglês | ADM&TEC - 2018 - Prefeitura de Pão de Açúcar - AL - Professor de Geografia | ADM&TEC - 2018 - Prefeitura de Pão de Açúcar - AL - Médico Cardiologista | ADM&TEC - 2018 - Prefeitura de Pão de Açúcar - AL - Assistente Social | ADM&TEC - 2018 - Prefeitura de Pão de Açúcar - AL - Nutricionista | ADM&TEC - 2018 - Prefeitura de Pão de Açúcar - AL - Professor de História | ADM&TEC - 2018 - Prefeitura de Pão de Açúcar - AL - Analista de Sistemas | ADM&TEC - 2018 - Prefeitura de Pão de Açúcar - AL - Analista de Controle Interno | ADM&TEC - 2018 - Prefeitura de Pão de Açúcar - AL - Odontólogo | ADM&TEC - 2018 - Prefeitura de Pão de Açúcar - AL - Fisioterapeuta |
Q2717122 Português

BRASIL LEVARÁ DEZ ANOS PARA RECUPERAR NÍVEL

DE EMPREGO E RENDA PRÉ-CRISE, DIZ FIRJAN


O Brasil vai demorar uma década para retomar o nível de emprego e renda do período pré-crise econômica. É o que revela o Índice Firjan de Desenvolvimento Municipal (IFDM) divulgado nesta quinta-feira (28) pela Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan).

"O que a gente consegue perceber é que tivemos mais de uma década perdida para o desenvolvimento do mercado de trabalho. Este é um cenário bastante alarmante", disse o coordenador de Estudos Econômicos da Firjan, Jonathas Goulart.

(Extraído de g1.globo.com/economia, com adaptações)

Leia o texto 'BRASIL LEVARÁ DEZ ANOS PARA RECUPERAR NÍVEL DE EMPREGO E RENDA PRÉ-CRISE, DIZ FIRJAN', analise as assertivas a seguir e marque a opção CORRETA:

Alternativas
Q2716619 Português

INSTRUÇÃO: As questões de (01) a (10) devem ser respondidas com base no texto 1. Leia-o atentamente, antes de responder a elas.

Texto 1

Consumismo da linguagem: sobre o rebaixamento dos discursos

Márcia Tiburi

[1º§] No processo de rebaixamento dos discursos, do debate e do diálogo que presenciamos em escala nacional, surgem maledicências e mal-entendidos que se entrelaçam, formando o processo que venho chamando de “consumismo da linguagem”. Meios de comunicação em geral, inclusas as redes sociais e grande parte da imprensa, onde ideologias e indivíduos podem se expressar livremente sem limites de responsabilidade ética e legal, estabelecem compreensões gerais sobre fatos que passam a circular como verdades apenas porque são repetidas. Quem sabe manipular o círculo vicioso e tortuoso da linguagem ganha em termos de poder.

[2º§] O processo que venho chamando de “consumismo da linguagem” é a eliminação do elemento político da linguagem pelo incremento do seu potencial demagógico. O esvaziamento político é, muitas vezes, mascarado de expressão particular, de direito à livre expressão. A histeria, a gritaria, as falácias e falsos argumentos fazem muito sucesso, são livremente imitados e soam como absurdos apenas a quem se nega a comprar a lógica da distorção em alta no mercado da linguagem.

[3º§] A lógica da distorção é própria ao consumismo da linguagem. Como em todo consumismo, o consumismo da linguagem produz vítimas, mas produz também o aproveitador da vítima e o aproveitador da suposta vantagem de ser vítima. “Vantagem” que ele inventa a partir da lógica da distorção à qual serve. Vítimas estão aí. Uma reflexão sobre o tema talvez nos permita pensar em nossas posturas e imposturas quando atacamos e somos atacados ao nível da linguagem.

[4º§] Penso em como as pessoas e as instituições se tornam ora vítimas, ora algozes de discursos criados com fins específicos de produzir violência e destruição. Não me refiro a nenhum tipo de violência essencial própria ao discurso enquanto contrário ao diálogo, nem à violência casual de falas esporádicas, mas aquela projetada e usada como estratégia em acusações gratuitas, campanhas difamatórias, xingamentos em geral e também na criação de um contexto violento que seja capaz de fomentar um imaginário destrutivo. O jogo de linguagem midiático inclui toda forma de violência, inclusive a propaganda que, mesmo sendo mais sutil que programas de sanguinolência e humilhação, tem sempre algo de enganoso. O processo das brigas entre partidários, candidatos, ou desafetos em geral, é inútil do ponto de vista de avanços políticos e sociais, mas não é inútil a quem deseja apenas o envenenamento e a destruição social. [...]

[5º§] Os discursos podem fazer muita coisa por nós, mas podem também atuar contra nós. Ora, usamos discursos, mas também somos usados por eles (penso na subjetividade dos jornalistas e apresentadores de televisão que discursam pela mentira e pela maledicência). Aqueles que usam discursos sempre podem ocupar a posição de algozes: usam seu discurso contra o outro, mas também podem ser usados por discursos que julgam ser autenticamente seus. O que chamamos de discurso, diferente do diálogo, sempre tem algo de pronto. Na verdade, quem pensa que faz um discurso sempre é feito por ele.

[6º§] Somos construídos pelo que dizemos. E pelo que pensamos que estamos dizendo. A diferença talvez esteja entre quem somos e quem pensamos que somos. Há sempre algum grau de objetividade nessas definições.

[7º§] Uma pergunta que podemos nos colocar é: o que pode significar ser vítima de discursos na era do consumismo da linguagem? Por que aderimos, por que os repetimos? [...]

[8º§] A violência verbal é distributiva e não estamos sabendo contê-la. Mas, de fato, gostaríamos de contê-la? Não há entre nós uma satisfação profunda com a violência fácil das palavras que os meios de comunicação sabem manipular tão bem? Não há quem, querendo brigar, goze com a disputa vazia assim como se satisfaz com as falas estúpidas dos agentes da televisão? Por que, afinal de contas, não contemos a violência da linguagem em nossas vidas? Grandes interesses estão sempre em jogo, mas o que os pequenos interesses de cidadãos têm a ver com eles? [...] Por que as pessoas são tão suscetíveis? [...] Se a linguagem foi o que nos tornou seres políticos, a sua destruição nos tornará o quê?

Fonte: Revista Cult, disponível em:<http://revistacult.uol.com.br/home/2015/08/consumismo-da-linguagem-sobre-o-rebaixamento-dos-discursos/21/08/2015> Acesso em 18 jan.2016 (fragmento de texto adaptado)

NÃO se constitui uma estratégia argumentativa utilizada no texto 1:

Alternativas
Q2716618 Português

INSTRUÇÃO: As questões de (01) a (10) devem ser respondidas com base no texto 1. Leia-o atentamente, antes de responder a elas.

Texto 1

Consumismo da linguagem: sobre o rebaixamento dos discursos

Márcia Tiburi

[1º§] No processo de rebaixamento dos discursos, do debate e do diálogo que presenciamos em escala nacional, surgem maledicências e mal-entendidos que se entrelaçam, formando o processo que venho chamando de “consumismo da linguagem”. Meios de comunicação em geral, inclusas as redes sociais e grande parte da imprensa, onde ideologias e indivíduos podem se expressar livremente sem limites de responsabilidade ética e legal, estabelecem compreensões gerais sobre fatos que passam a circular como verdades apenas porque são repetidas. Quem sabe manipular o círculo vicioso e tortuoso da linguagem ganha em termos de poder.

[2º§] O processo que venho chamando de “consumismo da linguagem” é a eliminação do elemento político da linguagem pelo incremento do seu potencial demagógico. O esvaziamento político é, muitas vezes, mascarado de expressão particular, de direito à livre expressão. A histeria, a gritaria, as falácias e falsos argumentos fazem muito sucesso, são livremente imitados e soam como absurdos apenas a quem se nega a comprar a lógica da distorção em alta no mercado da linguagem.

[3º§] A lógica da distorção é própria ao consumismo da linguagem. Como em todo consumismo, o consumismo da linguagem produz vítimas, mas produz também o aproveitador da vítima e o aproveitador da suposta vantagem de ser vítima. “Vantagem” que ele inventa a partir da lógica da distorção à qual serve. Vítimas estão aí. Uma reflexão sobre o tema talvez nos permita pensar em nossas posturas e imposturas quando atacamos e somos atacados ao nível da linguagem.

[4º§] Penso em como as pessoas e as instituições se tornam ora vítimas, ora algozes de discursos criados com fins específicos de produzir violência e destruição. Não me refiro a nenhum tipo de violência essencial própria ao discurso enquanto contrário ao diálogo, nem à violência casual de falas esporádicas, mas aquela projetada e usada como estratégia em acusações gratuitas, campanhas difamatórias, xingamentos em geral e também na criação de um contexto violento que seja capaz de fomentar um imaginário destrutivo. O jogo de linguagem midiático inclui toda forma de violência, inclusive a propaganda que, mesmo sendo mais sutil que programas de sanguinolência e humilhação, tem sempre algo de enganoso. O processo das brigas entre partidários, candidatos, ou desafetos em geral, é inútil do ponto de vista de avanços políticos e sociais, mas não é inútil a quem deseja apenas o envenenamento e a destruição social. [...]

[5º§] Os discursos podem fazer muita coisa por nós, mas podem também atuar contra nós. Ora, usamos discursos, mas também somos usados por eles (penso na subjetividade dos jornalistas e apresentadores de televisão que discursam pela mentira e pela maledicência). Aqueles que usam discursos sempre podem ocupar a posição de algozes: usam seu discurso contra o outro, mas também podem ser usados por discursos que julgam ser autenticamente seus. O que chamamos de discurso, diferente do diálogo, sempre tem algo de pronto. Na verdade, quem pensa que faz um discurso sempre é feito por ele.

[6º§] Somos construídos pelo que dizemos. E pelo que pensamos que estamos dizendo. A diferença talvez esteja entre quem somos e quem pensamos que somos. Há sempre algum grau de objetividade nessas definições.

[7º§] Uma pergunta que podemos nos colocar é: o que pode significar ser vítima de discursos na era do consumismo da linguagem? Por que aderimos, por que os repetimos? [...]

[8º§] A violência verbal é distributiva e não estamos sabendo contê-la. Mas, de fato, gostaríamos de contê-la? Não há entre nós uma satisfação profunda com a violência fácil das palavras que os meios de comunicação sabem manipular tão bem? Não há quem, querendo brigar, goze com a disputa vazia assim como se satisfaz com as falas estúpidas dos agentes da televisão? Por que, afinal de contas, não contemos a violência da linguagem em nossas vidas? Grandes interesses estão sempre em jogo, mas o que os pequenos interesses de cidadãos têm a ver com eles? [...] Por que as pessoas são tão suscetíveis? [...] Se a linguagem foi o que nos tornou seres políticos, a sua destruição nos tornará o quê?

Fonte: Revista Cult, disponível em:<http://revistacult.uol.com.br/home/2015/08/consumismo-da-linguagem-sobre-o-rebaixamento-dos-discursos/21/08/2015> Acesso em 18 jan.2016 (fragmento de texto adaptado)

No trecho, “A violência verbal é distributiva e não estamos sabendo contê-la.”, o vocábulo grifado pode ser substituído, sem perdas semânticas, por

Alternativas
Respostas
701: A
702: E
703: C
704: D
705: C