Questões de Concurso Sobre português para técnico judiciário - área administrativa

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Q3288324 Português
Atenção: Para responder à questão, baseie-se no texto abaixo.


Palavras em agonia

    No avião, ouço a voz da comissária: “Senhores passageiros, estamos próximos à decolagem.” Oba! Finalmente vou descobrir onde fica a decolagem. Deve ser um lugar, porque, segundo a moça, estamos próximos dela. Já reparei que, ao levantar voo no Santos Dumont para São Paulo, o avião rola de mansinho pela pista, acelera e, quando passa pela Escola Naval, decola. Se a decolagem é um lugar, significa que esse lugar é ali, diante da antiga ilha onde, em 1555, Vilegagnon tentou construir a França Antártica. Isso justificaria a frase “Estamos próximos à decolagem". Mas, e se a decolagem não for um lugar, & sim uma ação? Mais correto, então, seria dizer “Dentro de instantes iremos decolar”. Ou “Estamos perto de decolar”. Isso obrigaria, no entanto, ao uso de uma palavra que estã se despedindo da lingua, como se seu significado tivesse se exaurido. A palavra é “perto” As pessoas agora dizem “Estou próximo de sair, não “perto de sair, “Estou próximo de conseguir emprego”, não “perto de conseguir emprego”. “Perto” não é a única palavra em agonia entre nós. Hã muitas mais, substituídas por outras que se instalaram e ganharam a preferência nacional. Exemplos. Ninguém mais coloca algo em lugar nenhum — “posiciona”. Ninguém termina mais nada — “finaliza”. Ninguém mais tem resistência fisica ou emocional — é resiliente”. Ninguém mais completa ou enriquece um texto — “atualiza”.

(CASTRO, Ruy. Folha de S.Paulo, 26 de dezembro de 2024) 
O pronome “isso”, empregado no trecho isso justificaria a frase “Estamos próximos à decolagem”, refere-se a(as) 
Alternativas
Q3288323 Português
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Palavras em agonia

    No avião, ouço a voz da comissária: “Senhores passageiros, estamos próximos à decolagem.” Oba! Finalmente vou descobrir onde fica a decolagem. Deve ser um lugar, porque, segundo a moça, estamos próximos dela. Já reparei que, ao levantar voo no Santos Dumont para São Paulo, o avião rola de mansinho pela pista, acelera e, quando passa pela Escola Naval, decola. Se a decolagem é um lugar, significa que esse lugar é ali, diante da antiga ilha onde, em 1555, Vilegagnon tentou construir a França Antártica. Isso justificaria a frase “Estamos próximos à decolagem". Mas, e se a decolagem não for um lugar, & sim uma ação? Mais correto, então, seria dizer “Dentro de instantes iremos decolar”. Ou “Estamos perto de decolar”. Isso obrigaria, no entanto, ao uso de uma palavra que estã se despedindo da lingua, como se seu significado tivesse se exaurido. A palavra é “perto” As pessoas agora dizem “Estou próximo de sair, não “perto de sair, “Estou próximo de conseguir emprego”, não “perto de conseguir emprego”. “Perto” não é a única palavra em agonia entre nós. Hã muitas mais, substituídas por outras que se instalaram e ganharam a preferência nacional. Exemplos. Ninguém mais coloca algo em lugar nenhum — “posiciona”. Ninguém termina mais nada — “finaliza”. Ninguém mais tem resistência fisica ou emocional — é resiliente”. Ninguém mais completa ou enriquece um texto — “atualiza”.

(CASTRO, Ruy. Folha de S.Paulo, 26 de dezembro de 2024) 
Ao dizer que palavras como “perto” estão “se despedindo da lingua", o autor sugere implicitamente que: 
Alternativas
Q3288322 Português
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Palavras em agonia

    No avião, ouço a voz da comissária: “Senhores passageiros, estamos próximos à decolagem.” Oba! Finalmente vou descobrir onde fica a decolagem. Deve ser um lugar, porque, segundo a moça, estamos próximos dela. Já reparei que, ao levantar voo no Santos Dumont para São Paulo, o avião rola de mansinho pela pista, acelera e, quando passa pela Escola Naval, decola. Se a decolagem é um lugar, significa que esse lugar é ali, diante da antiga ilha onde, em 1555, Vilegagnon tentou construir a França Antártica. Isso justificaria a frase “Estamos próximos à decolagem". Mas, e se a decolagem não for um lugar, & sim uma ação? Mais correto, então, seria dizer “Dentro de instantes iremos decolar”. Ou “Estamos perto de decolar”. Isso obrigaria, no entanto, ao uso de uma palavra que estã se despedindo da lingua, como se seu significado tivesse se exaurido. A palavra é “perto” As pessoas agora dizem “Estou próximo de sair, não “perto de sair, “Estou próximo de conseguir emprego”, não “perto de conseguir emprego”. “Perto” não é a única palavra em agonia entre nós. Hã muitas mais, substituídas por outras que se instalaram e ganharam a preferência nacional. Exemplos. Ninguém mais coloca algo em lugar nenhum — “posiciona”. Ninguém termina mais nada — “finaliza”. Ninguém mais tem resistência fisica ou emocional — é resiliente”. Ninguém mais completa ou enriquece um texto — “atualiza”.

(CASTRO, Ruy. Folha de S.Paulo, 26 de dezembro de 2024) 
A crítica central do texto & voltada para 
Alternativas
Q3288321 Português
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Palavras em agonia

    No avião, ouço a voz da comissária: “Senhores passageiros, estamos próximos à decolagem.” Oba! Finalmente vou descobrir onde fica a decolagem. Deve ser um lugar, porque, segundo a moça, estamos próximos dela. Já reparei que, ao levantar voo no Santos Dumont para São Paulo, o avião rola de mansinho pela pista, acelera e, quando passa pela Escola Naval, decola. Se a decolagem é um lugar, significa que esse lugar é ali, diante da antiga ilha onde, em 1555, Vilegagnon tentou construir a França Antártica. Isso justificaria a frase “Estamos próximos à decolagem". Mas, e se a decolagem não for um lugar, & sim uma ação? Mais correto, então, seria dizer “Dentro de instantes iremos decolar”. Ou “Estamos perto de decolar”. Isso obrigaria, no entanto, ao uso de uma palavra que estã se despedindo da lingua, como se seu significado tivesse se exaurido. A palavra é “perto” As pessoas agora dizem “Estou próximo de sair, não “perto de sair, “Estou próximo de conseguir emprego”, não “perto de conseguir emprego”. “Perto” não é a única palavra em agonia entre nós. Hã muitas mais, substituídas por outras que se instalaram e ganharam a preferência nacional. Exemplos. Ninguém mais coloca algo em lugar nenhum — “posiciona”. Ninguém termina mais nada — “finaliza”. Ninguém mais tem resistência fisica ou emocional — é resiliente”. Ninguém mais completa ou enriquece um texto — “atualiza”.

(CASTRO, Ruy. Folha de S.Paulo, 26 de dezembro de 2024) 
Ao longo do texto, o autor adota um tom sarcástico para tratar do uso de determinadas palavras. Esse tom é construido principalmente  
Alternativas
Q3288320 Português
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Palavras em agonia

    No avião, ouço a voz da comissária: “Senhores passageiros, estamos próximos à decolagem.” Oba! Finalmente vou descobrir onde fica a decolagem. Deve ser um lugar, porque, segundo a moça, estamos próximos dela. Já reparei que, ao levantar voo no Santos Dumont para São Paulo, o avião rola de mansinho pela pista, acelera e, quando passa pela Escola Naval, decola. Se a decolagem é um lugar, significa que esse lugar é ali, diante da antiga ilha onde, em 1555, Vilegagnon tentou construir a França Antártica. Isso justificaria a frase “Estamos próximos à decolagem". Mas, e se a decolagem não for um lugar, & sim uma ação? Mais correto, então, seria dizer “Dentro de instantes iremos decolar”. Ou “Estamos perto de decolar”. Isso obrigaria, no entanto, ao uso de uma palavra que estã se despedindo da lingua, como se seu significado tivesse se exaurido. A palavra é “perto” As pessoas agora dizem “Estou próximo de sair, não “perto de sair, “Estou próximo de conseguir emprego”, não “perto de conseguir emprego”. “Perto” não é a única palavra em agonia entre nós. Hã muitas mais, substituídas por outras que se instalaram e ganharam a preferência nacional. Exemplos. Ninguém mais coloca algo em lugar nenhum — “posiciona”. Ninguém termina mais nada — “finaliza”. Ninguém mais tem resistência fisica ou emocional — é resiliente”. Ninguém mais completa ou enriquece um texto — “atualiza”.

(CASTRO, Ruy. Folha de S.Paulo, 26 de dezembro de 2024) 
A palavra resiliente” no texto exemplifica: 
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Q3288319 Português
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Vale quanto pesa

    Numa era obcecada pela magreza e pelos objetos portáteis, a literatura popular anda na contramão. Basta observar as prateleiras das livrarias, para constatar que os best-sellers — aquelas obras que oferecem diversão em estado puro, sem pretensões intelectuais — andam cada vez mais grossos. Sejam eles romances água-com-açúear, de terror ou ficção cientifica, eles parecem feitos sob medida para entrar nos quadros de Fernando Batero. Tome-se como exemplo dois lançamentos recentes de autoras que fazem muito sucesso no Brasil O Regresso, de Rosamunde Pilcher, tem 1091 páginas e pesa 1,52 quilo. Os Favoritos de Fortuna, de Coleen MeCullough, é ainda maior: 1205 páginas e quase 2 quilos no ponteiro da balança. Não que medidas como essas sejam novidade no terreno das letras - o primeiro romance modemo, Dom Quixote, do espanhol Miguel de Cervantes, já era um calhamaço considerável. Mas os livros de ficção engordam atualmente por ordem expressa dos editores. Amparados em pesquisas de mercado, eles pedem aos autores histórias mais longas, que resultem em livros mais cheios. Querem pesos pesados — e isso não se refere ao recheio intelectual.

(Adaptado de GRAIEB, Carlos. Revista Veja. 1 de abril, 1998) 
A expressão “água-com-açúcar no texto pode ser interpretada como sinônimo de: 
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Q3288318 Português
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Vale quanto pesa

    Numa era obcecada pela magreza e pelos objetos portáteis, a literatura popular anda na contramão. Basta observar as prateleiras das livrarias, para constatar que os best-sellers — aquelas obras que oferecem diversão em estado puro, sem pretensões intelectuais — andam cada vez mais grossos. Sejam eles romances água-com-açúear, de terror ou ficção cientifica, eles parecem feitos sob medida para entrar nos quadros de Fernando Batero. Tome-se como exemplo dois lançamentos recentes de autoras que fazem muito sucesso no Brasil O Regresso, de Rosamunde Pilcher, tem 1091 páginas e pesa 1,52 quilo. Os Favoritos de Fortuna, de Coleen MeCullough, é ainda maior: 1205 páginas e quase 2 quilos no ponteiro da balança. Não que medidas como essas sejam novidade no terreno das letras - o primeiro romance modemo, Dom Quixote, do espanhol Miguel de Cervantes, já era um calhamaço considerável. Mas os livros de ficção engordam atualmente por ordem expressa dos editores. Amparados em pesquisas de mercado, eles pedem aos autores histórias mais longas, que resultem em livros mais cheios. Querem pesos pesados — e isso não se refere ao recheio intelectual.

(Adaptado de GRAIEB, Carlos. Revista Veja. 1 de abril, 1998) 
A relação entre o titulo Vale quanto pesa e o conteúdo do texto é entendida como uma  
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Q3288317 Português
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Vale quanto pesa

    Numa era obcecada pela magreza e pelos objetos portáteis, a literatura popular anda na contramão. Basta observar as prateleiras das livrarias, para constatar que os best-sellers — aquelas obras que oferecem diversão em estado puro, sem pretensões intelectuais — andam cada vez mais grossos. Sejam eles romances água-com-açúear, de terror ou ficção cientifica, eles parecem feitos sob medida para entrar nos quadros de Fernando Batero. Tome-se como exemplo dois lançamentos recentes de autoras que fazem muito sucesso no Brasil O Regresso, de Rosamunde Pilcher, tem 1091 páginas e pesa 1,52 quilo. Os Favoritos de Fortuna, de Coleen MeCullough, é ainda maior: 1205 páginas e quase 2 quilos no ponteiro da balança. Não que medidas como essas sejam novidade no terreno das letras - o primeiro romance modemo, Dom Quixote, do espanhol Miguel de Cervantes, já era um calhamaço considerável. Mas os livros de ficção engordam atualmente por ordem expressa dos editores. Amparados em pesquisas de mercado, eles pedem aos autores histórias mais longas, que resultem em livros mais cheios. Querem pesos pesados — e isso não se refere ao recheio intelectual.

(Adaptado de GRAIEB, Carlos. Revista Veja. 1 de abril, 1998) 
A escolha do narrador ao citar Dom Quixote como exemplo 
Alternativas
Q3288316 Português
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Vale quanto pesa

    Numa era obcecada pela magreza e pelos objetos portáteis, a literatura popular anda na contramão. Basta observar as prateleiras das livrarias, para constatar que os best-sellers — aquelas obras que oferecem diversão em estado puro, sem pretensões intelectuais — andam cada vez mais grossos. Sejam eles romances água-com-açúear, de terror ou ficção cientifica, eles parecem feitos sob medida para entrar nos quadros de Fernando Batero. Tome-se como exemplo dois lançamentos recentes de autoras que fazem muito sucesso no Brasil O Regresso, de Rosamunde Pilcher, tem 1091 páginas e pesa 1,52 quilo. Os Favoritos de Fortuna, de Coleen MeCullough, é ainda maior: 1205 páginas e quase 2 quilos no ponteiro da balança. Não que medidas como essas sejam novidade no terreno das letras - o primeiro romance modemo, Dom Quixote, do espanhol Miguel de Cervantes, já era um calhamaço considerável. Mas os livros de ficção engordam atualmente por ordem expressa dos editores. Amparados em pesquisas de mercado, eles pedem aos autores histórias mais longas, que resultem em livros mais cheios. Querem pesos pesados — e isso não se refere ao recheio intelectual.

(Adaptado de GRAIEB, Carlos. Revista Veja. 1 de abril, 1998) 
Numa era obcecada pela magreza e pelos objetos portáteis, a literatura popular anda na contramão.
O trecho acima sugere que a literatura popular 
Alternativas
Q3288315 Português
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Vale quanto pesa

    Numa era obcecada pela magreza e pelos objetos portáteis, a literatura popular anda na contramão. Basta observar as prateleiras das livrarias, para constatar que os best-sellers — aquelas obras que oferecem diversão em estado puro, sem pretensões intelectuais — andam cada vez mais grossos. Sejam eles romances água-com-açúear, de terror ou ficção cientifica, eles parecem feitos sob medida para entrar nos quadros de Fernando Batero. Tome-se como exemplo dois lançamentos recentes de autoras que fazem muito sucesso no Brasil O Regresso, de Rosamunde Pilcher, tem 1091 páginas e pesa 1,52 quilo. Os Favoritos de Fortuna, de Coleen MeCullough, é ainda maior: 1205 páginas e quase 2 quilos no ponteiro da balança. Não que medidas como essas sejam novidade no terreno das letras - o primeiro romance modemo, Dom Quixote, do espanhol Miguel de Cervantes, já era um calhamaço considerável. Mas os livros de ficção engordam atualmente por ordem expressa dos editores. Amparados em pesquisas de mercado, eles pedem aos autores histórias mais longas, que resultem em livros mais cheios. Querem pesos pesados — e isso não se refere ao recheio intelectual.

(Adaptado de GRAIEB, Carlos. Revista Veja. 1 de abril, 1998) 
Com base no texto, o autor apresenta os livros best-sellers como: 
Alternativas
Q3288314 Português
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Vale quanto pesa

    Numa era obcecada pela magreza e pelos objetos portáteis, a literatura popular anda na contramão. Basta observar as prateleiras das livrarias, para constatar que os best-sellers — aquelas obras que oferecem diversão em estado puro, sem pretensões intelectuais — andam cada vez mais grossos. Sejam eles romances água-com-açúear, de terror ou ficção cientifica, eles parecem feitos sob medida para entrar nos quadros de Fernando Batero. Tome-se como exemplo dois lançamentos recentes de autoras que fazem muito sucesso no Brasil O Regresso, de Rosamunde Pilcher, tem 1091 páginas e pesa 1,52 quilo. Os Favoritos de Fortuna, de Coleen MeCullough, é ainda maior: 1205 páginas e quase 2 quilos no ponteiro da balança. Não que medidas como essas sejam novidade no terreno das letras - o primeiro romance modemo, Dom Quixote, do espanhol Miguel de Cervantes, já era um calhamaço considerável. Mas os livros de ficção engordam atualmente por ordem expressa dos editores. Amparados em pesquisas de mercado, eles pedem aos autores histórias mais longas, que resultem em livros mais cheios. Querem pesos pesados — e isso não se refere ao recheio intelectual.

(Adaptado de GRAIEB, Carlos. Revista Veja. 1 de abril, 1998) 
No trecho eles pedem aos autores histórias mais longas, que resultem em livros mais cheios, o termo 'que' desempenha a função de: 
Alternativas
Q3288313 Português
Atenção: Para responder à questão, basele-se no texto abaixo.


Vale quanto pesa

    Numa era obcecada pela magreza e pelos objetos portáteis, a literatura popular anda na contramão. Basta observar as prateleiras das livrarias, para constatar que os best-sellers — aquelas obras que oferecem diversão em estado puro, sem pretensões intelectuais — andam cada vez mais grossos. Sejam eles romances água-com-açúear, de terror ou ficção cientifica, eles parecem feitos sob medida para entrar nos quadros de Fernando Batero. Tome-se como exemplo dois lançamentos recentes de autoras que fazem muito sucesso no Brasil O Regresso, de Rosamunde Pilcher, tem 1091 páginas e pesa 1,52 quilo. Os Favoritos de Fortuna, de Coleen MeCullough, é ainda maior: 1205 páginas e quase 2 quilos no ponteiro da balança. Não que medidas como essas sejam novidade no terreno das letras - o primeiro romance modemo, Dom Quixote, do espanhol Miguel de Cervantes, já era um calhamaço considerável. Mas os livros de ficção engordam atualmente por ordem expressa dos editores. Amparados em pesquisas de mercado, eles pedem aos autores histórias mais longas, que resultem em livros mais cheios. Querem pesos pesados — e isso não se refere ao recheio intelectual.

(Adaptado de GRAIEB, Carlos. Revista Veja. 1 de abril, 1998) 
Em Basta observar as prateleiras das livrarias, para constatar que os best-sellers, a virgula antes de 'para' 
Alternativas
Q2529261 Português
        Afinal, “o que faz do brasil, Brasil ou do Brazil, Brasil?” Desde que os portugueses aqui chegaram, cinco séculos atrás, essa pergunta faz parte do cotidiano local, por vezes merecendo respostas otimistas, por vezes, mais negativas. Por certo, a pergunta não é fácil, nem a história é o único caminho para dar conta dela. A história do Brasil é jovem de cinco séculos — ao menos se nos fiarmos na narrativa oficial, que inicia sua contagem a partir do desembarque dos portugueses na América — e é inquieta. Uma vez provocada, fala de tudo e adora embarcar numa polêmica: passa a limpo conceitos e mitos, questiona muitas das perguntas que nos habituamos a fazer sobre o país, mostra tendência e recorrências que bem merecem nova interpretação. Também faz um jogo com o tempo: embaralha, ordena e reordena o fio da meada; põe um olho no passado, mas mantém o outro aberto no presente e até no futuro.

Lilia M. Schwarcz; Heloisa M. Starling. Brasil: uma biografia. São Paulo: Cia. das Letras, 2018. p. 499 (com adaptações). 
A respeito dos sentidos e aspectos linguísticos do texto anteriormente apresentado, julgue o item a seguir.


A linguagem empregada no texto é informal, direta e acessível, com predomínio da função metalinguística, visto que o texto se desenvolve em resposta ao questionamento nele mesmo levantado inicialmente. 
Alternativas
Q2529260 Português
        Afinal, “o que faz do brasil, Brasil ou do Brazil, Brasil?” Desde que os portugueses aqui chegaram, cinco séculos atrás, essa pergunta faz parte do cotidiano local, por vezes merecendo respostas otimistas, por vezes, mais negativas. Por certo, a pergunta não é fácil, nem a história é o único caminho para dar conta dela. A história do Brasil é jovem de cinco séculos — ao menos se nos fiarmos na narrativa oficial, que inicia sua contagem a partir do desembarque dos portugueses na América — e é inquieta. Uma vez provocada, fala de tudo e adora embarcar numa polêmica: passa a limpo conceitos e mitos, questiona muitas das perguntas que nos habituamos a fazer sobre o país, mostra tendência e recorrências que bem merecem nova interpretação. Também faz um jogo com o tempo: embaralha, ordena e reordena o fio da meada; põe um olho no passado, mas mantém o outro aberto no presente e até no futuro.

Lilia M. Schwarcz; Heloisa M. Starling. Brasil: uma biografia. São Paulo: Cia. das Letras, 2018. p. 499 (com adaptações). 
A respeito dos sentidos e aspectos linguísticos do texto anteriormente apresentado, julgue o item a seguir.


Com a observação apresentada entre travessões, as autoras destacam que sua abordagem acerca da história do Brasil é feita com base em um recorte temporal específico, que não considera a existência de uma história do país antes da chegada dos portugueses. 
Alternativas
Q2529259 Português
        Afinal, “o que faz do brasil, Brasil ou do Brazil, Brasil?” Desde que os portugueses aqui chegaram, cinco séculos atrás, essa pergunta faz parte do cotidiano local, por vezes merecendo respostas otimistas, por vezes, mais negativas. Por certo, a pergunta não é fácil, nem a história é o único caminho para dar conta dela. A história do Brasil é jovem de cinco séculos — ao menos se nos fiarmos na narrativa oficial, que inicia sua contagem a partir do desembarque dos portugueses na América — e é inquieta. Uma vez provocada, fala de tudo e adora embarcar numa polêmica: passa a limpo conceitos e mitos, questiona muitas das perguntas que nos habituamos a fazer sobre o país, mostra tendência e recorrências que bem merecem nova interpretação. Também faz um jogo com o tempo: embaralha, ordena e reordena o fio da meada; põe um olho no passado, mas mantém o outro aberto no presente e até no futuro.

Lilia M. Schwarcz; Heloisa M. Starling. Brasil: uma biografia. São Paulo: Cia. das Letras, 2018. p. 499 (com adaptações). 
A respeito dos sentidos e aspectos linguísticos do texto anteriormente apresentado, julgue o item a seguir. 


Os sentidos do texto seriam mantidos se a forma verbal “fiarmos” (quarto período) fosse substituída por envolvermos.
Alternativas
Q2529258 Português
        O Estado não é uma ampliação do círculo familiar e, ainda menos, uma integração de certos agrupamentos, de certas vontades particularistas, de que a família é o melhor exemplo. Não existe, entre o círculo familiar e o Estado, uma gradação, mas antes uma descontinuidade e até uma oposição. A indistinção fundamental entre as duas formas é prejuízo romântico que teve os seus adeptos mais entusiastas durante o século XIX. De acordo com esses doutrinadores, o Estado e as suas instituições descenderiam em linha reta, e por simples evolução, da família. A verdade, bem outra, é que pertencem a ordens diferentes em essência. Só pela transgressão da ordem doméstica e familiar é que nasce o Estado e que o simples indivíduo se faz cidadão, contribuinte, eleitor, elegível, recrutável e responsável, ante as leis da Cidade. Há nesse fato um triunfo do geral sobre o particular, do intelectual sobre o material, do abstrato sobre o corpóreo, e não uma depuração sucessiva, uma espiritualização de formas mais naturais e rudimentares.
        Em todas as culturas, o processo pelo qual a lei geral suplanta a lei particular faz-se acompanhar de crises mais ou menos graves e prolongadas, que podem afetar profundamente a estrutura da sociedade. Quem compare, por exemplo, o regime do trabalho das velhas corporações e grêmios de artesãos com a “escravidão dos salários” nas usinas modernas tem um elemento precioso para o julgamento da inquietação social de nossos dias. Nas velhas corporações o mestre e seus aprendizes formavam uma só família, cujos membros se sujeitam a uma hierarquia natural, mas que partilham das mesmas privações e confortos. Foi o moderno sistema industrial que, separando os empregadores e empregados nos processos de manufatura e diferenciando cada vez mais suas funções, suprimiu a atmosfera de intimidade que reinava entre uns e outros e estimulou os antagonismos de classe. O novo regime tornava mais fácil, além disso, ao capitalista explorar o trabalho de seus empregados, a troco de salários ínfimos. 

Sérgio Buarque de Holanda. Raízes do Brasil. São Paulo: Cia. das Letras, 1995, p. 141-142 (com adaptações).
Julgue o item seguinte, acerca das ideias e dos aspectos linguísticos do texto precedente.


Evidencia-se, no texto, o recurso linguístico da intertextualidade tanto no quarto período do primeiro parágrafo, quando o autor reproduz o pensamento de certos “doutrinadores”, quanto no primeiro período do segundo parágrafo, quando o autor menciona “todas as culturas”. 
Alternativas
Q2529257 Português
        O Estado não é uma ampliação do círculo familiar e, ainda menos, uma integração de certos agrupamentos, de certas vontades particularistas, de que a família é o melhor exemplo. Não existe, entre o círculo familiar e o Estado, uma gradação, mas antes uma descontinuidade e até uma oposição. A indistinção fundamental entre as duas formas é prejuízo romântico que teve os seus adeptos mais entusiastas durante o século XIX. De acordo com esses doutrinadores, o Estado e as suas instituições descenderiam em linha reta, e por simples evolução, da família. A verdade, bem outra, é que pertencem a ordens diferentes em essência. Só pela transgressão da ordem doméstica e familiar é que nasce o Estado e que o simples indivíduo se faz cidadão, contribuinte, eleitor, elegível, recrutável e responsável, ante as leis da Cidade. Há nesse fato um triunfo do geral sobre o particular, do intelectual sobre o material, do abstrato sobre o corpóreo, e não uma depuração sucessiva, uma espiritualização de formas mais naturais e rudimentares.
        Em todas as culturas, o processo pelo qual a lei geral suplanta a lei particular faz-se acompanhar de crises mais ou menos graves e prolongadas, que podem afetar profundamente a estrutura da sociedade. Quem compare, por exemplo, o regime do trabalho das velhas corporações e grêmios de artesãos com a “escravidão dos salários” nas usinas modernas tem um elemento precioso para o julgamento da inquietação social de nossos dias. Nas velhas corporações o mestre e seus aprendizes formavam uma só família, cujos membros se sujeitam a uma hierarquia natural, mas que partilham das mesmas privações e confortos. Foi o moderno sistema industrial que, separando os empregadores e empregados nos processos de manufatura e diferenciando cada vez mais suas funções, suprimiu a atmosfera de intimidade que reinava entre uns e outros e estimulou os antagonismos de classe. O novo regime tornava mais fácil, além disso, ao capitalista explorar o trabalho de seus empregados, a troco de salários ínfimos. 

Sérgio Buarque de Holanda. Raízes do Brasil. São Paulo: Cia. das Letras, 1995, p. 141-142 (com adaptações).
Julgue o item seguinte, acerca das ideias e dos aspectos linguísticos do texto precedente.


Estariam mantidos os sentidos e a correção gramatical do penúltimo período do texto caso ele fosse assim reescrito: Foi no moderno sistema industrial que se separou os empregadores dos empregados nos processos de manufatura, e se criou diferenças cada vez maiores entre suas funções, o que suprimiu a atmosfera de intimidade que reinava entre uns e outros e estimulava os antagonismos de classe.
Alternativas
Q2529256 Português
        O Estado não é uma ampliação do círculo familiar e, ainda menos, uma integração de certos agrupamentos, de certas vontades particularistas, de que a família é o melhor exemplo. Não existe, entre o círculo familiar e o Estado, uma gradação, mas antes uma descontinuidade e até uma oposição. A indistinção fundamental entre as duas formas é prejuízo romântico que teve os seus adeptos mais entusiastas durante o século XIX. De acordo com esses doutrinadores, o Estado e as suas instituições descenderiam em linha reta, e por simples evolução, da família. A verdade, bem outra, é que pertencem a ordens diferentes em essência. Só pela transgressão da ordem doméstica e familiar é que nasce o Estado e que o simples indivíduo se faz cidadão, contribuinte, eleitor, elegível, recrutável e responsável, ante as leis da Cidade. Há nesse fato um triunfo do geral sobre o particular, do intelectual sobre o material, do abstrato sobre o corpóreo, e não uma depuração sucessiva, uma espiritualização de formas mais naturais e rudimentares.
        Em todas as culturas, o processo pelo qual a lei geral suplanta a lei particular faz-se acompanhar de crises mais ou menos graves e prolongadas, que podem afetar profundamente a estrutura da sociedade. Quem compare, por exemplo, o regime do trabalho das velhas corporações e grêmios de artesãos com a “escravidão dos salários” nas usinas modernas tem um elemento precioso para o julgamento da inquietação social de nossos dias. Nas velhas corporações o mestre e seus aprendizes formavam uma só família, cujos membros se sujeitam a uma hierarquia natural, mas que partilham das mesmas privações e confortos. Foi o moderno sistema industrial que, separando os empregadores e empregados nos processos de manufatura e diferenciando cada vez mais suas funções, suprimiu a atmosfera de intimidade que reinava entre uns e outros e estimulou os antagonismos de classe. O novo regime tornava mais fácil, além disso, ao capitalista explorar o trabalho de seus empregados, a troco de salários ínfimos. 

Sérgio Buarque de Holanda. Raízes do Brasil. São Paulo: Cia. das Letras, 1995, p. 141-142 (com adaptações).
Julgue o item seguinte, acerca das ideias e dos aspectos linguísticos do texto precedente.


As expressões “Estado”, “Cidade” e “lei geral” compõem uma rede de significados que constrói a concepção do que se opõe, no texto, a “círculo familiar”, “família” e “lei particular”. 
Alternativas
Q2529255 Português
        O Estado não é uma ampliação do círculo familiar e, ainda menos, uma integração de certos agrupamentos, de certas vontades particularistas, de que a família é o melhor exemplo. Não existe, entre o círculo familiar e o Estado, uma gradação, mas antes uma descontinuidade e até uma oposição. A indistinção fundamental entre as duas formas é prejuízo romântico que teve os seus adeptos mais entusiastas durante o século XIX. De acordo com esses doutrinadores, o Estado e as suas instituições descenderiam em linha reta, e por simples evolução, da família. A verdade, bem outra, é que pertencem a ordens diferentes em essência. Só pela transgressão da ordem doméstica e familiar é que nasce o Estado e que o simples indivíduo se faz cidadão, contribuinte, eleitor, elegível, recrutável e responsável, ante as leis da Cidade. Há nesse fato um triunfo do geral sobre o particular, do intelectual sobre o material, do abstrato sobre o corpóreo, e não uma depuração sucessiva, uma espiritualização de formas mais naturais e rudimentares.
        Em todas as culturas, o processo pelo qual a lei geral suplanta a lei particular faz-se acompanhar de crises mais ou menos graves e prolongadas, que podem afetar profundamente a estrutura da sociedade. Quem compare, por exemplo, o regime do trabalho das velhas corporações e grêmios de artesãos com a “escravidão dos salários” nas usinas modernas tem um elemento precioso para o julgamento da inquietação social de nossos dias. Nas velhas corporações o mestre e seus aprendizes formavam uma só família, cujos membros se sujeitam a uma hierarquia natural, mas que partilham das mesmas privações e confortos. Foi o moderno sistema industrial que, separando os empregadores e empregados nos processos de manufatura e diferenciando cada vez mais suas funções, suprimiu a atmosfera de intimidade que reinava entre uns e outros e estimulou os antagonismos de classe. O novo regime tornava mais fácil, além disso, ao capitalista explorar o trabalho de seus empregados, a troco de salários ínfimos. 

Sérgio Buarque de Holanda. Raízes do Brasil. São Paulo: Cia. das Letras, 1995, p. 141-142 (com adaptações).
Julgue o item seguinte, acerca das ideias e dos aspectos linguísticos do texto precedente.


Depreende-se do segundo parágrafo que o “novo regime” mencionado no último período do texto se baseia, entre outras coisas, na destruição dos laços familiares entre pessoas de uma mesma família.
Alternativas
Q2529254 Português
        O Estado não é uma ampliação do círculo familiar e, ainda menos, uma integração de certos agrupamentos, de certas vontades particularistas, de que a família é o melhor exemplo. Não existe, entre o círculo familiar e o Estado, uma gradação, mas antes uma descontinuidade e até uma oposição. A indistinção fundamental entre as duas formas é prejuízo romântico que teve os seus adeptos mais entusiastas durante o século XIX. De acordo com esses doutrinadores, o Estado e as suas instituições descenderiam em linha reta, e por simples evolução, da família. A verdade, bem outra, é que pertencem a ordens diferentes em essência. Só pela transgressão da ordem doméstica e familiar é que nasce o Estado e que o simples indivíduo se faz cidadão, contribuinte, eleitor, elegível, recrutável e responsável, ante as leis da Cidade. Há nesse fato um triunfo do geral sobre o particular, do intelectual sobre o material, do abstrato sobre o corpóreo, e não uma depuração sucessiva, uma espiritualização de formas mais naturais e rudimentares.
        Em todas as culturas, o processo pelo qual a lei geral suplanta a lei particular faz-se acompanhar de crises mais ou menos graves e prolongadas, que podem afetar profundamente a estrutura da sociedade. Quem compare, por exemplo, o regime do trabalho das velhas corporações e grêmios de artesãos com a “escravidão dos salários” nas usinas modernas tem um elemento precioso para o julgamento da inquietação social de nossos dias. Nas velhas corporações o mestre e seus aprendizes formavam uma só família, cujos membros se sujeitam a uma hierarquia natural, mas que partilham das mesmas privações e confortos. Foi o moderno sistema industrial que, separando os empregadores e empregados nos processos de manufatura e diferenciando cada vez mais suas funções, suprimiu a atmosfera de intimidade que reinava entre uns e outros e estimulou os antagonismos de classe. O novo regime tornava mais fácil, além disso, ao capitalista explorar o trabalho de seus empregados, a troco de salários ínfimos. 

Sérgio Buarque de Holanda. Raízes do Brasil. São Paulo: Cia. das Letras, 1995, p. 141-142 (com adaptações).
Julgue o item seguinte, acerca das ideias e dos aspectos linguísticos do texto precedente.


No quinto período do primeiro parágrafo, o vocábulo “que”, em “é que pertencem”, é um pronome que retoma, por coesão, os termos “Estado” e “família”, mencionados no período imediatamente anterior.
Alternativas
Respostas
1: B
2: E
3: D
4: D
5: C
6: C
7: D
8: C
9: E
10: A
11: B
12: C
13: E
14: C
15: E
16: E
17: E
18: C
19: E
20: E