Questões de Concurso Sobre português para tecnólogo

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Q1914127 Português

A questão refere-se aos textos abaixo.

Texto I


O renascimento colonialista engendra uma nova sociedade, a dos mestiços, cuja principal característica é o fato de que a noção de unidade sofre reviravolta, é contaminada em favor de uma mistura sutil e complexa entre o elemento europeu e o elemento autóctone – uma espécie de infiltração progressiva efetuada pelo pensamento selvagem, ou seja, abertura do único caminho possível que poderia levar à descolonização. Caminho percorrido ao inverso do percorrido pelos colonos.

SANTIAGO, Silviano. O entre-lugar do discurso latino-americano. In: SANTIAGO, Silviano. Uma literatura nos trópicos: ensaios sobre dependência cultural. São Paulo: Perspectiva, 1978. p. 17 (adaptado).


Texto II


A socióloga e ativista boliviana Silvia Rivera Cusicanqui desenvolveu o conceito de ch’ixi. A ideia surge a partir das conversas de Cusicanqui com o escultor aymara1 Victor Zapana. Ele lhe explica o significado de ch’ixi, do aymara, uma mistura de cores que é mistura só na aparência – trata-se mais da justaposição de cores opostas e igualmente fortes que permanecem lado a lado criando a ilusão de uma terceira cor. Como um granito, que de longe parece cinza, mas ao nos aproximarmos mostra-se uma composição de pequenos pontos em branco e preto. Assim uma cor cinza ch’ixi junta dois opostos sem que estes jamais se misturem. Cusicanqui aplica esse conceito como um contraponto às ideias de mestizaje e também à outra muito em voga nos anos 1980 e 1990, que é o multiculturalismo. Nesse sentido, o ch’ixi seria o oposto da miscigenação, da ideia do mestiço como o produto de culturas que se misturam nele e desaparecem, originando uma outra (no caso, desgarrada de sua origem indígena e visando ao branqueamento).

SAAVEDRA, Carola. O mundo desdobrável: ensaios para depois do fim. Belo Horizonte: Relicário, 2021. p. 159-160 (adaptado).

1. Aymara: povo estabelecido desde a era pré-colombiana no sul do Peru, na Bolívia, na Argentina e no Chile.

No Texto II, a técnica aymara para mistura de cores é mencionada com o objetivo de  
Alternativas
Q1914126 Português

A questão refere-se aos textos abaixo.

Texto I


O renascimento colonialista engendra uma nova sociedade, a dos mestiços, cuja principal característica é o fato de que a noção de unidade sofre reviravolta, é contaminada em favor de uma mistura sutil e complexa entre o elemento europeu e o elemento autóctone – uma espécie de infiltração progressiva efetuada pelo pensamento selvagem, ou seja, abertura do único caminho possível que poderia levar à descolonização. Caminho percorrido ao inverso do percorrido pelos colonos.

SANTIAGO, Silviano. O entre-lugar do discurso latino-americano. In: SANTIAGO, Silviano. Uma literatura nos trópicos: ensaios sobre dependência cultural. São Paulo: Perspectiva, 1978. p. 17 (adaptado).


Texto II


A socióloga e ativista boliviana Silvia Rivera Cusicanqui desenvolveu o conceito de ch’ixi. A ideia surge a partir das conversas de Cusicanqui com o escultor aymara1 Victor Zapana. Ele lhe explica o significado de ch’ixi, do aymara, uma mistura de cores que é mistura só na aparência – trata-se mais da justaposição de cores opostas e igualmente fortes que permanecem lado a lado criando a ilusão de uma terceira cor. Como um granito, que de longe parece cinza, mas ao nos aproximarmos mostra-se uma composição de pequenos pontos em branco e preto. Assim uma cor cinza ch’ixi junta dois opostos sem que estes jamais se misturem. Cusicanqui aplica esse conceito como um contraponto às ideias de mestizaje e também à outra muito em voga nos anos 1980 e 1990, que é o multiculturalismo. Nesse sentido, o ch’ixi seria o oposto da miscigenação, da ideia do mestiço como o produto de culturas que se misturam nele e desaparecem, originando uma outra (no caso, desgarrada de sua origem indígena e visando ao branqueamento).

SAAVEDRA, Carola. O mundo desdobrável: ensaios para depois do fim. Belo Horizonte: Relicário, 2021. p. 159-160 (adaptado).

1. Aymara: povo estabelecido desde a era pré-colombiana no sul do Peru, na Bolívia, na Argentina e no Chile.

Nos textos I e II, os autores apresentam uma perspectiva
Alternativas
Q1914125 Português

O limite do humor


O humor é subjetivo, e não há uma linha exata para definir quais são os limites. Dentro da sociologia, o consenso é de que a comédia é produzida e interpretada a partir de contextos específicos, condutas sociais acordadas entre os grupos com quem o humor dialoga e um senso de identidade compartilhado.

A partir desses elementos, o humor produz o riso majoritariamente pela subversão de expectativas. De acordo com a neurociência, a reação automática do cérebro na maioria dos casos é rir quando as expectativas são subvertidas.

Uma “regra não escrita” do humor é de que não há tema “proibido” na comédia, mas que os comediantes devem escolher seus alvos a fim de não reforçar estruturas de preconceito e opressão – afinal, reforçar sistemas que já estão consolidados não é subverter expectativas, mas reproduzi-las. Nessa linha de pensamento, é válido fazer uma piada com racismo, por exemplo, desde que o alvo da gozação seja o racista e não a vítima.

Disponível em: https://www.nexojornal.com.br/expresso/2022/03/29/- A profusão de interpretações sobre o tapa no Oscar. Acesso em: 02 abr.2022.


O emprego de aspas no termo “proibido” tem a finalidade de

Alternativas
Q1258559 Português

Considere o seguinte início de um texto retirado do jornal eletrônico El País (13/02/2019):


A NASA anunciou nesta quarta-feira que seus esforços para estabelecer contato com o robô Opportunity em Marte não tiveram sucesso, o que significa o final de uma das mais bem sucedidas missões já enviadas ao planeta vermelho.

Numere os parênteses, identificando a ordem das ideias para que o texto apresente lógica textual.

( ) Uma das maiores contribuições do Oppy foi encontrar alguns compostos químicos nas rochas marcianas que demonstram que o planeta já abrigou grandes massas de água, onde alguma vida poderia ter surgido.

( ) O robô Opportunity chegou a Marte em 2004, três semanas depois de outro veículo idêntico, chamado Spirit, destinado ao lado oposto do planeta. Sua missão deveria durar três meses, mas acabou se prolongado por 15 anos.

( ) Em maio do ano passado, uma grande tempestade nublou o céu sobre o Opportunity, o que o impediu de seguir adiante, já que seus painéis solares não conseguiam captar energia suficiente. O último sinal do robô foi enviado em 10 de junho de 2018.

( ) Desde então, a NASA fez mais de mil tentativas frustradas de recuperação segundo John Callas, responsável pela missão. “Supunha-se que tínhamos que chegar ao ponto final da missão em algum momento, mas nunca esperamos que durasse tanto tempo”, ressaltou.

( ) Durante esse tempo, o Opportunity realizou manobras que nunca haviam sido tentadas, como subir até a beira da cratera Victoria, lançar-se no seu interior e conseguir sair de novo em 2008, ou ficar atolado na areia e conseguir se safar graças a movimentos que os engenheiros na Terra ensaiaram usando uma réplica exata do veículo.


Assinale a alternativa que apresenta a numeração correta dos parênteses, de cima para baixo.

Alternativas
Q1258558 Português
Assinale a alternativa corretamente pontuada, de acordo com a língua padrão escrita.
Alternativas
Respostas
131: B
132: C
133: B
134: B
135: A