Questões de Concurso Sobre português para eletricista

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Q2001117 Português
Cem cruzeiros a mais
Fernando Sabino

Ao receber certa quantia num guichê do Ministério, verificou que o funcionário lhe havia dado cem cruzeiros a mais. ________voltar para devolver, mas outras pessoas protestaram: entrasse na fila.
Esperou pacientemente a vez, para que o funcionário lhe fechasse na cara a janelinha de vidro:
- Tenham paciência, mas está na hora do meu café.
Agora era uma questão de teimosia. Voltou à tarde, para encontrar fila maior – não conseguiu sequer aproximarse do guichê antes de encerrar-se o expediente.
No dia seguinte era o primeiro da fila:
- Olha aqui: o senhor ontem me deu cem cruzeiros a mais.
- Eu? 
Só então reparou que o funcionário era outro.
- Seu colega, então. Um de bigodinho.
- O Mafra.
- Se o nome dele é Mafra, não sei dizer.
- Só pode ter sido o Mafra. Aqui só trabalhamos eu e o Mafra. Não fui eu. Logo ...
Ele _______ a cabeça, aborrecido:
- Está bem, foi o Mafra. E daí? 
O funcionário lhe explicou com toda a urbanidade que não podia responder pela distração do Mafra:
- Isto aqui é a pagadoria, meu chapa. Não posso receber, só posso pagar. Receber, só na recebedoria. O próximo!
O próximo da fila, já impaciente, empurrou-o com o ___________. Amar o próximo como a ti mesmo! Procurou conter-se e se afastou, indeciso. Num súbito impulso de indignação – agora iria até o fim – dirigiu-se à recebedoria.
- O Mafra? Não trabalha aqui, meu amigo, nem nunca trabalhou.
- Eu sei. Ele é da pagadoria. Mas foi quem me deu os cem cruzeiros a mais. Informaram-lhe que não podiam receber: tratava-se de uma devolução, não era isso mesmo? e não de pagamento. Tinha trazido a guia? Pois então?
Onde já se viu pagamento sem guia? Receber mil cruzeiros a troco de quê?
- Mil não: cem. A troco de devolução.
- Troco de devolução. Entenda-se.
- Pois devolvo e acabou-se.
- Só com o chefe. O próximo! 
O chefe da seção já tinha saído: só no dia seguinte. No dia seguinte, depois de fazê-lo esperar mais de meia hora, o chefe informou-lhe que deveria redigir um ofício historiando o fato e devolvendo o dinheiro.
- Já que o senhor faz tanta questão de devolver.
- Questão _________.
- Louvo o seu escrúpulo.
- Mas o nosso amigo ali do guichê disse que era só entregar ao senhor – suspirou ele.
- Quem disse isso?
- Um homem de óculos naquela seção do lado de lá. Recebedoria, parece.
- O Araújo. Ele disse isso, é? Pois olhe: volte lá e diga-lhe para deixar de ser besta. Pode dizer que fui eu que falei. O Araújo sempre se metendo a entendido!
- Mas e o ofício? Não tenho nada com essa briga, vamos fazer logo o ofício.
- Impossível tem de dar entrada no protocolo. 
Saindo dali, em vez de ir ao protocolo, ou ao Araújo para dizer-lhe que deixasse de ser besta, o honesto cidadão dirigiu-se ao guichê onde recebera o dinheiro, fez da nota de cem cruzeiros uma bolinha, atirou-a lá dentro por cima do vidro e foi-se embora.

FONTE: SABINO, Fernando. In: Para gostar de ler, São Paulo: Ática, 2001. vol. 3, p.73-75.
Assinale a alternativa em que NÃO há presença de linguagem informal:
Alternativas
Q2001116 Português
Cem cruzeiros a mais
Fernando Sabino

Ao receber certa quantia num guichê do Ministério, verificou que o funcionário lhe havia dado cem cruzeiros a mais. ________voltar para devolver, mas outras pessoas protestaram: entrasse na fila.
Esperou pacientemente a vez, para que o funcionário lhe fechasse na cara a janelinha de vidro:
- Tenham paciência, mas está na hora do meu café.
Agora era uma questão de teimosia. Voltou à tarde, para encontrar fila maior – não conseguiu sequer aproximarse do guichê antes de encerrar-se o expediente.
No dia seguinte era o primeiro da fila:
- Olha aqui: o senhor ontem me deu cem cruzeiros a mais.
- Eu? 
Só então reparou que o funcionário era outro.
- Seu colega, então. Um de bigodinho.
- O Mafra.
- Se o nome dele é Mafra, não sei dizer.
- Só pode ter sido o Mafra. Aqui só trabalhamos eu e o Mafra. Não fui eu. Logo ...
Ele _______ a cabeça, aborrecido:
- Está bem, foi o Mafra. E daí? 
O funcionário lhe explicou com toda a urbanidade que não podia responder pela distração do Mafra:
- Isto aqui é a pagadoria, meu chapa. Não posso receber, só posso pagar. Receber, só na recebedoria. O próximo!
O próximo da fila, já impaciente, empurrou-o com o ___________. Amar o próximo como a ti mesmo! Procurou conter-se e se afastou, indeciso. Num súbito impulso de indignação – agora iria até o fim – dirigiu-se à recebedoria.
- O Mafra? Não trabalha aqui, meu amigo, nem nunca trabalhou.
- Eu sei. Ele é da pagadoria. Mas foi quem me deu os cem cruzeiros a mais. Informaram-lhe que não podiam receber: tratava-se de uma devolução, não era isso mesmo? e não de pagamento. Tinha trazido a guia? Pois então?
Onde já se viu pagamento sem guia? Receber mil cruzeiros a troco de quê?
- Mil não: cem. A troco de devolução.
- Troco de devolução. Entenda-se.
- Pois devolvo e acabou-se.
- Só com o chefe. O próximo! 
O chefe da seção já tinha saído: só no dia seguinte. No dia seguinte, depois de fazê-lo esperar mais de meia hora, o chefe informou-lhe que deveria redigir um ofício historiando o fato e devolvendo o dinheiro.
- Já que o senhor faz tanta questão de devolver.
- Questão _________.
- Louvo o seu escrúpulo.
- Mas o nosso amigo ali do guichê disse que era só entregar ao senhor – suspirou ele.
- Quem disse isso?
- Um homem de óculos naquela seção do lado de lá. Recebedoria, parece.
- O Araújo. Ele disse isso, é? Pois olhe: volte lá e diga-lhe para deixar de ser besta. Pode dizer que fui eu que falei. O Araújo sempre se metendo a entendido!
- Mas e o ofício? Não tenho nada com essa briga, vamos fazer logo o ofício.
- Impossível tem de dar entrada no protocolo. 
Saindo dali, em vez de ir ao protocolo, ou ao Araújo para dizer-lhe que deixasse de ser besta, o honesto cidadão dirigiu-se ao guichê onde recebera o dinheiro, fez da nota de cem cruzeiros uma bolinha, atirou-a lá dentro por cima do vidro e foi-se embora.

FONTE: SABINO, Fernando. In: Para gostar de ler, São Paulo: Ática, 2001. vol. 3, p.73-75.
De acordo com o texto é INCORRETO afirmar que:
Alternativas
Q2001115 Português
Cem cruzeiros a mais
Fernando Sabino

Ao receber certa quantia num guichê do Ministério, verificou que o funcionário lhe havia dado cem cruzeiros a mais. ________voltar para devolver, mas outras pessoas protestaram: entrasse na fila.
Esperou pacientemente a vez, para que o funcionário lhe fechasse na cara a janelinha de vidro:
- Tenham paciência, mas está na hora do meu café.
Agora era uma questão de teimosia. Voltou à tarde, para encontrar fila maior – não conseguiu sequer aproximarse do guichê antes de encerrar-se o expediente.
No dia seguinte era o primeiro da fila:
- Olha aqui: o senhor ontem me deu cem cruzeiros a mais.
- Eu? 
Só então reparou que o funcionário era outro.
- Seu colega, então. Um de bigodinho.
- O Mafra.
- Se o nome dele é Mafra, não sei dizer.
- Só pode ter sido o Mafra. Aqui só trabalhamos eu e o Mafra. Não fui eu. Logo ...
Ele _______ a cabeça, aborrecido:
- Está bem, foi o Mafra. E daí? 
O funcionário lhe explicou com toda a urbanidade que não podia responder pela distração do Mafra:
- Isto aqui é a pagadoria, meu chapa. Não posso receber, só posso pagar. Receber, só na recebedoria. O próximo!
O próximo da fila, já impaciente, empurrou-o com o ___________. Amar o próximo como a ti mesmo! Procurou conter-se e se afastou, indeciso. Num súbito impulso de indignação – agora iria até o fim – dirigiu-se à recebedoria.
- O Mafra? Não trabalha aqui, meu amigo, nem nunca trabalhou.
- Eu sei. Ele é da pagadoria. Mas foi quem me deu os cem cruzeiros a mais. Informaram-lhe que não podiam receber: tratava-se de uma devolução, não era isso mesmo? e não de pagamento. Tinha trazido a guia? Pois então?
Onde já se viu pagamento sem guia? Receber mil cruzeiros a troco de quê?
- Mil não: cem. A troco de devolução.
- Troco de devolução. Entenda-se.
- Pois devolvo e acabou-se.
- Só com o chefe. O próximo! 
O chefe da seção já tinha saído: só no dia seguinte. No dia seguinte, depois de fazê-lo esperar mais de meia hora, o chefe informou-lhe que deveria redigir um ofício historiando o fato e devolvendo o dinheiro.
- Já que o senhor faz tanta questão de devolver.
- Questão _________.
- Louvo o seu escrúpulo.
- Mas o nosso amigo ali do guichê disse que era só entregar ao senhor – suspirou ele.
- Quem disse isso?
- Um homem de óculos naquela seção do lado de lá. Recebedoria, parece.
- O Araújo. Ele disse isso, é? Pois olhe: volte lá e diga-lhe para deixar de ser besta. Pode dizer que fui eu que falei. O Araújo sempre se metendo a entendido!
- Mas e o ofício? Não tenho nada com essa briga, vamos fazer logo o ofício.
- Impossível tem de dar entrada no protocolo. 
Saindo dali, em vez de ir ao protocolo, ou ao Araújo para dizer-lhe que deixasse de ser besta, o honesto cidadão dirigiu-se ao guichê onde recebera o dinheiro, fez da nota de cem cruzeiros uma bolinha, atirou-a lá dentro por cima do vidro e foi-se embora.

FONTE: SABINO, Fernando. In: Para gostar de ler, São Paulo: Ática, 2001. vol. 3, p.73-75.
As lacunas serão correta e respectivamente preenchidas por:
Alternativas
Ano: 2022 Banca: FUMARC Órgão: CEMIG - MG Prova: FUMARC - 2022 - CEMIG - MG - Eletricista |
Q1931417 Português
FIO DA REDE ELÉTRICA PARTIDO: CEMIG PEDE MÁXIMA ATENÇÃO PARA EVITAR ACIDENTES

Companhia orienta que não se deve aproximar e nem permitir que outros se aproximem de fios rompidos

   No período chuvoso, as ocorrências com fio partido tendem a aumentar em função de situações típicas dessa época – geralmente provocadas por ventanias e tempestades fortes – como a queda de árvores sobre cabos, lançamento de objetos na rede de energia, colisões de veículos em postes ou até mesmo a incidência de descargas atmosféricas, que podem provocar danos à fiação elétrica. Dessa forma, a Cemig vem, mais uma vez, orientar a população sobre os cuidados que todos devem ter em relação a ocorrências na rede elétrica que envolvam situações de fios partidos.
 
   De acordo com o gerente de Saúde e Segurança do Trabalho da Cemig, João José Magalhães Soares, as pessoas nunca devem se aproximar de fios no chão ou tentar retirar restos de árvores sobre veículos ou até mesmo do solo, caso estejam obstruindo a passagem de uma via ou da garagem. Nesses casos, é essencial que se tenha paciência e espere a chegada do Corpo de Bombeiros e da Cemig.

  “Caso as pessoas se deparem com um fio partido, elas não podem se aproximar ou tocar no cabeamento e, se possível, não devem permitir que outras pessoas se aproximem também. Nos casos em que condutores rompidos caiam sobre veículos, é muito provável que, ao sair do automóvel, a pessoa sofra um choque elétrico, que pode ser de até 13.800 volts, caso seja uma rede de média tensão”, orienta o gerente.

   Em um acidente de carro em que haja a derrubada de cabos de energia na lataria ou no entorno, as pessoas podem se desesperar e querer deixar o automóvel o mais rápido possível. Contudo, o mais seguro é permanecer no interior do veículo.

   “Os veículos são projetados de tal forma para não conduzirem energia elétrica para o seu interior. Assim, o mais seguro para as pessoas é permanecerem dentro do automóvel até a chegada da Cemig para providenciar o desligamento da rede elétrica e permitir que o Corpo de Bombeiros faça o resgate com segurança”, explica. 

  Entretanto, há uma situação em que as pessoas devem sair do veículo imediatamente: quando o acidente provoca incêndio. Dessa forma, o especialista em segurança explica a única forma de deixar o automóvel em segurança. 

   “O único caso em que a pessoa deve deixar o veículo imediatamente é em situações de incêndio. Nessas ocasiões, se for necessário sair do veículo, a pessoa nunca deve tocar na estrutura do automóvel e no solo ao mesmo tempo, porque a pessoa se tornará o caminho da corrente elétrica entre ela e o solo. Isso pode ser fatal ou causar queimaduras gravíssimas. O correto é que a pessoa abra a porta e salte de forma a não tocar no veículo e no solo ao mesmo tempo e sempre longe do cabo partido. Ao cair no solo, a pessoa deve andar em passos curtos até se afastar do veículo ou do cabo partido. Apesar da dificuldade, esta é a única forma de evitar o choque elétrico”, completa.


Disponível em: https://www.cemig.com.br/noticia/fio-da-rede-eletrica-partido-cemig-pedemaxima-atencao-para-evitar-acidentes/ Acesso em: 28 mar. 2022 
Em: “Ao cair no solo, a pessoa deve andar em passos curtos até se afastar do veículo ou do cabo partido.”, a ideia expressa pelo trecho destacado é de
Alternativas
Ano: 2022 Banca: FUMARC Órgão: CEMIG - MG Prova: FUMARC - 2022 - CEMIG - MG - Eletricista |
Q1931416 Português
FIO DA REDE ELÉTRICA PARTIDO: CEMIG PEDE MÁXIMA ATENÇÃO PARA EVITAR ACIDENTES

Companhia orienta que não se deve aproximar e nem permitir que outros se aproximem de fios rompidos

   No período chuvoso, as ocorrências com fio partido tendem a aumentar em função de situações típicas dessa época – geralmente provocadas por ventanias e tempestades fortes – como a queda de árvores sobre cabos, lançamento de objetos na rede de energia, colisões de veículos em postes ou até mesmo a incidência de descargas atmosféricas, que podem provocar danos à fiação elétrica. Dessa forma, a Cemig vem, mais uma vez, orientar a população sobre os cuidados que todos devem ter em relação a ocorrências na rede elétrica que envolvam situações de fios partidos.
 
   De acordo com o gerente de Saúde e Segurança do Trabalho da Cemig, João José Magalhães Soares, as pessoas nunca devem se aproximar de fios no chão ou tentar retirar restos de árvores sobre veículos ou até mesmo do solo, caso estejam obstruindo a passagem de uma via ou da garagem. Nesses casos, é essencial que se tenha paciência e espere a chegada do Corpo de Bombeiros e da Cemig.

  “Caso as pessoas se deparem com um fio partido, elas não podem se aproximar ou tocar no cabeamento e, se possível, não devem permitir que outras pessoas se aproximem também. Nos casos em que condutores rompidos caiam sobre veículos, é muito provável que, ao sair do automóvel, a pessoa sofra um choque elétrico, que pode ser de até 13.800 volts, caso seja uma rede de média tensão”, orienta o gerente.

   Em um acidente de carro em que haja a derrubada de cabos de energia na lataria ou no entorno, as pessoas podem se desesperar e querer deixar o automóvel o mais rápido possível. Contudo, o mais seguro é permanecer no interior do veículo.

   “Os veículos são projetados de tal forma para não conduzirem energia elétrica para o seu interior. Assim, o mais seguro para as pessoas é permanecerem dentro do automóvel até a chegada da Cemig para providenciar o desligamento da rede elétrica e permitir que o Corpo de Bombeiros faça o resgate com segurança”, explica. 

  Entretanto, há uma situação em que as pessoas devem sair do veículo imediatamente: quando o acidente provoca incêndio. Dessa forma, o especialista em segurança explica a única forma de deixar o automóvel em segurança. 

   “O único caso em que a pessoa deve deixar o veículo imediatamente é em situações de incêndio. Nessas ocasiões, se for necessário sair do veículo, a pessoa nunca deve tocar na estrutura do automóvel e no solo ao mesmo tempo, porque a pessoa se tornará o caminho da corrente elétrica entre ela e o solo. Isso pode ser fatal ou causar queimaduras gravíssimas. O correto é que a pessoa abra a porta e salte de forma a não tocar no veículo e no solo ao mesmo tempo e sempre longe do cabo partido. Ao cair no solo, a pessoa deve andar em passos curtos até se afastar do veículo ou do cabo partido. Apesar da dificuldade, esta é a única forma de evitar o choque elétrico”, completa.


Disponível em: https://www.cemig.com.br/noticia/fio-da-rede-eletrica-partido-cemig-pedemaxima-atencao-para-evitar-acidentes/ Acesso em: 28 mar. 2022 
Todas as inferências abaixo podem ser feitas com base no texto, EXCETO
Alternativas
Respostas
546: C
547: D
548: B
549: A
550: C