Questões de Concurso Sobre artigos em português

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Q1851103 Português
Durante muito tempo, a civilização chinesa foi mais avançada do que a europeia. A Europa adquiriu da China, direta ou indiretamente, uma forma rudimentar de imprensa, a fabricação do papel, a bússola, a pólvora e diques para canais. Mas foi na Europa que, pela primeira vez, houve um crescimento econômico contínuo seguido da Revolução Industrial. E foi na Europa que o governo representativo e os direitos individuais – essas outras marcas distintivas da modernidade – se desenvolveram primeiro. Por que a Europa?
Em 1480, o imperador chinês da dinastia Ming proibiu a exploração e o comércio ultramarino. Mercadores que continuaram com esse comércio foram declarados contrabandistas e tropas foram enviadas para destruir seus estabelecimentos e queimar seus barcos. Nenhum rei europeu jamais reivindicou ou empregou tais poderes; nenhum rei poderia dar um tiro no próprio pé. Na Europa, os reis operavam numa rede de estados rivais; o imperador chinês contava com a vantagem – ou a armadilha – de não ter rivais com poder que se equiparasse ao seu. A rivalidade entre estados na Europa ajudou a impulsionar a expansão ultramarina.
Após a queda do Império Romano na Europa Ocidental, nenhum poder absoluto voltou a controlar todo o território. Imagine se um único poder tivesse conquistado Roma como os manchus fizeram na China, os mongóis na Índia e os otomanos no Oriente Médio. Pela conquista, eles se tornaram os senhores dos novos reinos. Os conquistadores de Roma foram várias tribos germânicas que rivalizavam umas com as outras. Eram senhores de pouca coisa. Após conquistar o império, esses homens descobriram que ele estava se dissolvendo sob seus pés. Não tinham a experiência de governar um estado estabelecido e não foram capazes de manter a máquina de coleta de impostos. Desafiaram uma das regras universais de governança, administrando estados incapazes de taxar.
Grande parte da história europeia deriva desse momento de formação. O domínio dos governos sobre seus povos era muito fraco; eles tinham de lutar e trabalhar duro para contar com a lealdade da população. Precisavam oferecer um bom governo – a paz do rei – para obter uma extensão de seu poder. Não podiam simplesmente acionar um sistema de cobrança de tributos como faziam tantos impérios e reinos na Ásia ou no Oriente Médio.
(HIRST, John. A Mais Breve História da Europa. São Paulo: Sextante, 2018, p. 150).
O autor inicia o texto utilizando a palavra “durante”. Assinale a alternativa que apresenta corretamente sua classificação gramatical:
Alternativas
Q1850824 Português
Observe as orações abaixo:
I. “Uma chuva me surpreendeu.” II. “Sendo tartaruga me libertei da areia” III. “Pensei em me ver no espelho” IV. “Só que meu lado racional me mostrou os riscos.”
As palavras destacadas são, respectivamente: 
Alternativas
Q1848779 Português

Leia atentamente o texto abaixo para responder a questão.


Annabel Lee

Edgar Allan Poe

(tradução de Fernando Pessoa)




Foi há muitos e muitos anos já,/ Num reino de ao pé do mar.

Como sabeis todos, vivia lá/ Aquela que eu soube amar;

E vivia sem outro pensamento/ Que amar-me e eu a adorar.

Eu era criança e ela era criança,/ Neste reino ao pé do mar;

Mas o nosso amor era mais que amor/ - O meu e o dela a amar;

Um amor que os anjos do céu vieram/ a ambos nós invejar.

E foi esta a razão por que, há muitos anos,/ Neste reino ao pé do mar,

Um vento saiu duma nuvem, gelando/ A linda que eu soube amar;

E o seu parente fidalgo veio/ De longe a me a tirar,

Para a fechar num sepulcro/ Neste reino ao pé do mar.

E os anjos, menos felizes no céu,/ Ainda a nos invejar...

Sim, foi essa a razão (como sabem todos,/ Neste reino ao pé do mar)

Que o vento saiu da nuvem de noite/ Gelando e matando a que eu soube amar. 

*barras marcam divisão dos versos do poema.

A vogal “a”, quando inserida em orações e textos, assume funções e classificações distintas. Analise o seu uso no enunciado a seguir: “E o seu parente fidalgo veio/ De longe a me a tirar,” [...] Assinale a alternativa que apresenta correta e respectivamente a classificação dos termos em destaque.
Alternativas
Q1848463 Português

Texto 1 para responder à questão.

Considerando o papel das classes de palavras na construção dos sentidos do texto, assinale a alternativa correta. 
Alternativas
Q1848349 Português
Leia, com atenção, o texto de Lucília Diniz, 66 DIAS PARA | | MUDAR e responda o que se pede no comando da questão.

66 DIAS PARA MUDAR
Eis o tempo médio para incorporarmos um novo hábito.
    Não é fácil incorporar um novo hábito à rotina. Mas também não é especialmente difícil. Não há regra geral. Depende da rotina que se quer mudar, do hábito a ser adquirido e, sobretudo, de cada um de nós. De qualquer maneira, não é algo que ocorra da noite para o dia. Pode levar poucas semanas ou alguns meses. Por mais elástico que seja o prazo, no entanto, é importante termos um horizonte à vista, para calibrar nossas expectativas e aplacar ansiedades naturais.
    Muitos anos atrás, quando eu investi na formação de hábitos saudáveis, responsáveis pela eliminação da metade dos meus 120 quilos, não havia referências confiáveis sobre o tempo que o processo duraria. Nos anos 60, o que estava disponível na praça era o mito de que a automação de um novo comportamento consumia no mínimo 21 dias. Era um número mágico, saído da cartola de um bestseller americano, o médico Maxwell Maltz, que difundiu essa métrica a partir da experiência própria e da observação de alguns pacientes. Mas, na falta de um benchmark baseado em estatísticas robusta, as tais três semanas ganharam ares de verdade absoluta.
    Hoje, estudos mais consistentes sobre o fenômeno de mudança de hábito evitam cravar o intervalo de tempo necessário para a adaptação da mente e do corpo, uma vez que são muitas as variáveis que influenciam a transformação. Uma pesquisa de 2009, publicada numa revista especializada, a European Journal of Social Psychology, mostrou que leva de 254 dias para uma pessoa incorporar um novo hábito. A variação é tão grande que teria pouca utilidade a quem busca um parâmetro. Mas o mesmo estudo conclui que, na média, levamos 66 dias para que um exercício diferente ou nova dieta entrem no modo piloto automático.
    Pela minha própria experiência, considero esse um prazo bastante razoável. Não é tão curto a ponto de criar falsas esperanças, nem tão longo que provoque desânimo. Quando embarquei em minha revolução comportamental teria sido mentalmente reconfortante contar com esse referencial. Na época, eu ignorava quanto deveria insistir para concluir a travessia do deserto - o obstáculo inicial para implementar um novo hábito. Comecei e terminei muitas dietas por imaginar que aquele período duro de adaptação não teria fim. Venci, por fim, vivendo um dia de cada vez, mas é claro que a estratégia adotada intuitivamente teria sido facilitada no caso de uma contagem regressiva em direção a essa linha de chegada imaginária dos 66 dias. A medida não é relevante por si própria, mas por quantificar o desafio. Cada xis rabiscado no calendário é um pequeno passo que nos aproxima de um tempo melhor. O processo de mudança é gradativo. Como dizia Mark Twain, “a gente não se liberta de um hábito atirando-o pela janela; é preciso fazê-lo descer a escada, degrau por degrau”.
    O nosso cérebro, que valoriza a eficiência, gosta da rotina. Afinal, se não precisamos pensar para praticar certas ações, como escovar os dentes ou afivelar o cinto de segurança, liberamos a mente para tarefas mais nobres - como nos preparar para o desafio de normalizar novos hábitos nos próximos 66 dias.
FONTE: DINIZ, Lucilia. Revista Veja, 07/07/2021.
A classe gramatical do termo está incorretamente analisada em: “Nos anos 60, o que estava disponível (...)”: 
Alternativas
Respostas
561: D
562: A
563: B
564: B
565: D